domingo, agosto 31, 2008
Indice de hoje
- Luz digital reinventa conceito de iluminação (O Estado de S. Paulo, Brasil)
- Por qué es tan difícil atrapar una mosca? (El Mundo, Madrid)
- El «Opportunity» regresa de su misión suicida en Marte (ABC, Madrid)
- Por qué es tan difícil atrapar una mosca? (El Mundo, Madrid)
- El «Opportunity» regresa de su misión suicida en Marte (ABC, Madrid)
Luz digital reinventa conceito de iluminação
O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Mariana Barbosa
As luzinhas vermelhas de "stand by" dos aparelhos eletrônicos, também conhecidas como LEDs (sigla em inglês para diodos emissores de luz) estão evoluindo tão rapidamente que ameaçam transformar as lâmpadas incandescentes em peça de museu, ao lado dos gramofones e TVs em branco e preto.
Inventados na década de 60, os LEDs economizam até 90% de energia em relação à lâmpada comum, não emitem calor e podem durar 20 a 30 vezes mais. Já bastante usados em aparelhos eletrônicos, lanternas de automóveis, semáforos e fachadas comerciais, os LEDs ganham espaço na iluminação pública e de interiores.
Esse mercado movimenta US$ 5 bilhões no mundo e a previsão é de que até 2012 atinja US$ 11,4 bilhões.
A "luz digital" permite que a Torre Eiffel, o Big Ben ou a Ópera de Sidney fiquem iluminados a noite inteira sem grandes gastos de energia ou maiores impactos ambientais. Por aqui, os melhores exemplos são a Sala São Paulo e a Ponte Estaiada. Mas a grande amostra das potencialidades da tecnologia, patrocinada pela Philips, foi o Cubo D?Água nas Olimpíadas de Pequim. Com o uso de LEDs, o centro aquático foi transformado em um gigante painel eletrônico, emitindo um espetáculo de cores, luzes e formas.
"Estamos vivendo o momento mais excitante desde a invenção da lâmpada", afirmou ao Estado o presidente mundial da Philips Lighting, Rudy Provoost. Divisão de iluminação do grupo holandês, a Philips Lighting fatura 7 bilhões, ou 25% das receitas do grupo. "O LED é a digitalização da luz. Permite iluminar qualquer superfície e, como um chip, você pode adicionar conteúdo", disse.
Nos últimos dois anos, a Philips investiu US$ 10 bilhões em aquisições, sendo que 40% disso foi para aquisições de oito empresas de ponta na área de LEDs. "Isso dá uma dimensão da importância do negócio para nós", afirmou Provoost. A mais importante das aquisições foi a da Genlyte, nos EUA, por US$ 2,7 bilhões. Com a compra, a divisão de iluminação da Philips ultrapassou a da GE nos EUA.
Apesar de ter inventado a lâmpada elétrica no século 19 e o LED vermelho do sinal de "stand by", nos anos 60, a GE ficou muito tempo sem explorar esse mercado, só retornando em meados da década.
Hoje a GE Lumination fatura cerca de US$ 4 bilhões e, na parte dos LEDs, está focada em três áreas industriais: semáforos, refrigeração (iluminação de gôndolas de refrigeração de supermercado) e comunicação visual (substituindo Neons em fachadas comerciais).
"Nosso foco sempre foi mais na economia e ganhos para o cliente do que no embelezamento", disse o gerente comercial da GE Consumer & Industrial do Brasil, Rodrigo Elias. Hoje 3% do faturamento da GE Brasil vem de iluminação, mas a popularização dos LEDs deverá elevar essa participação para 12% em três anos. "Devemos introduzir produtos para iluminação pública a partir de 2010."
O preço da nova tecnologia ainda é um inibidor, mas fabricantes como Philips e GE se encarregam dos cálculos a respeito do retorno dos investimentos. Estima-se que 20% da energia consumida no mundo seja destinada à iluminação. Com a popularização do LED, esse consumo pode ser reduzido à metade.
A Philips já colocou no mercado um LED em formato de lâmpada convencional, ainda não disponível no Brasil. Entretanto, devido ao custo, a popularização do produto não deve acontecer antes de 2015 ou 2020, segundo a GE.
A partir de luzinhas vermelhas, verdes e azuis, o LED permite colorir ambientes em inúmeras cores. Mas a luz branca ainda não é capaz de reproduzir fielmente o tom da luz incandescente ou de uma lâmpada halógena. "As pequenas potências dos LEDs ainda limitam o seu uso em áreas internas e os LEDs brancos de tonalidade amarelada, similares às lâmpadas incandescentes, ainda são menos eficientes e caros", disse o arquiteto Carlos Fortes, do escritório de iluminação Franco & Fortes Lighting Design.
É apenas uma questão de tempo. Enquanto a lâmpada incandescente praticamente não evoluiu desde sua invenção por Thomas Edson em 1879, o LED tem dobrado sua eficiência e potência a cada 36 meses.
SANTA IFIGÊNIA
Nas lojas da Rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, já é possível encontrar muitos produtos feitos de LED, como os cordões de LED. Entretanto, a falta de normas estabelecendo padrões de eficiência e potência pode confundir o consumidor. "Produtos de qualidade discutível estão invadindo o mercado", afirma o luminotécnico Plínio Godoy, da Luz Urbana Engenharia.
NÚMEROS
90% é o quanto os
LEDs economizam de energia em comparação às lâmpadas comuns
US$ 5 bilhões
é quanto o mercado de LEDs movimenta
US$ 11,4 bilhões
é a estimativa de faturamento até 2012
US$ 4 bilhões
é o faturamento da GE Lumination na parte de LEDs
por Mariana Barbosa
As luzinhas vermelhas de "stand by" dos aparelhos eletrônicos, também conhecidas como LEDs (sigla em inglês para diodos emissores de luz) estão evoluindo tão rapidamente que ameaçam transformar as lâmpadas incandescentes em peça de museu, ao lado dos gramofones e TVs em branco e preto.
Inventados na década de 60, os LEDs economizam até 90% de energia em relação à lâmpada comum, não emitem calor e podem durar 20 a 30 vezes mais. Já bastante usados em aparelhos eletrônicos, lanternas de automóveis, semáforos e fachadas comerciais, os LEDs ganham espaço na iluminação pública e de interiores.
Esse mercado movimenta US$ 5 bilhões no mundo e a previsão é de que até 2012 atinja US$ 11,4 bilhões.
A "luz digital" permite que a Torre Eiffel, o Big Ben ou a Ópera de Sidney fiquem iluminados a noite inteira sem grandes gastos de energia ou maiores impactos ambientais. Por aqui, os melhores exemplos são a Sala São Paulo e a Ponte Estaiada. Mas a grande amostra das potencialidades da tecnologia, patrocinada pela Philips, foi o Cubo D?Água nas Olimpíadas de Pequim. Com o uso de LEDs, o centro aquático foi transformado em um gigante painel eletrônico, emitindo um espetáculo de cores, luzes e formas.
"Estamos vivendo o momento mais excitante desde a invenção da lâmpada", afirmou ao Estado o presidente mundial da Philips Lighting, Rudy Provoost. Divisão de iluminação do grupo holandês, a Philips Lighting fatura 7 bilhões, ou 25% das receitas do grupo. "O LED é a digitalização da luz. Permite iluminar qualquer superfície e, como um chip, você pode adicionar conteúdo", disse.
Nos últimos dois anos, a Philips investiu US$ 10 bilhões em aquisições, sendo que 40% disso foi para aquisições de oito empresas de ponta na área de LEDs. "Isso dá uma dimensão da importância do negócio para nós", afirmou Provoost. A mais importante das aquisições foi a da Genlyte, nos EUA, por US$ 2,7 bilhões. Com a compra, a divisão de iluminação da Philips ultrapassou a da GE nos EUA.
Apesar de ter inventado a lâmpada elétrica no século 19 e o LED vermelho do sinal de "stand by", nos anos 60, a GE ficou muito tempo sem explorar esse mercado, só retornando em meados da década.
Hoje a GE Lumination fatura cerca de US$ 4 bilhões e, na parte dos LEDs, está focada em três áreas industriais: semáforos, refrigeração (iluminação de gôndolas de refrigeração de supermercado) e comunicação visual (substituindo Neons em fachadas comerciais).
"Nosso foco sempre foi mais na economia e ganhos para o cliente do que no embelezamento", disse o gerente comercial da GE Consumer & Industrial do Brasil, Rodrigo Elias. Hoje 3% do faturamento da GE Brasil vem de iluminação, mas a popularização dos LEDs deverá elevar essa participação para 12% em três anos. "Devemos introduzir produtos para iluminação pública a partir de 2010."
O preço da nova tecnologia ainda é um inibidor, mas fabricantes como Philips e GE se encarregam dos cálculos a respeito do retorno dos investimentos. Estima-se que 20% da energia consumida no mundo seja destinada à iluminação. Com a popularização do LED, esse consumo pode ser reduzido à metade.
A Philips já colocou no mercado um LED em formato de lâmpada convencional, ainda não disponível no Brasil. Entretanto, devido ao custo, a popularização do produto não deve acontecer antes de 2015 ou 2020, segundo a GE.
A partir de luzinhas vermelhas, verdes e azuis, o LED permite colorir ambientes em inúmeras cores. Mas a luz branca ainda não é capaz de reproduzir fielmente o tom da luz incandescente ou de uma lâmpada halógena. "As pequenas potências dos LEDs ainda limitam o seu uso em áreas internas e os LEDs brancos de tonalidade amarelada, similares às lâmpadas incandescentes, ainda são menos eficientes e caros", disse o arquiteto Carlos Fortes, do escritório de iluminação Franco & Fortes Lighting Design.
É apenas uma questão de tempo. Enquanto a lâmpada incandescente praticamente não evoluiu desde sua invenção por Thomas Edson em 1879, o LED tem dobrado sua eficiência e potência a cada 36 meses.
SANTA IFIGÊNIA
Nas lojas da Rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, já é possível encontrar muitos produtos feitos de LED, como os cordões de LED. Entretanto, a falta de normas estabelecendo padrões de eficiência e potência pode confundir o consumidor. "Produtos de qualidade discutível estão invadindo o mercado", afirma o luminotécnico Plínio Godoy, da Luz Urbana Engenharia.
NÚMEROS
90% é o quanto os
LEDs economizam de energia em comparação às lâmpadas comuns
US$ 5 bilhões
é quanto o mercado de LEDs movimenta
US$ 11,4 bilhões
é a estimativa de faturamento até 2012
US$ 4 bilhões
é o faturamento da GE Lumination na parte de LEDs
Por qué es tan difícil atrapar una mosca?
El Mundo (Madrid)
MADRID.- Investigadores del Instituto de Tecnología de California en Estados Unidos han utilizado imágenes digitales a alta velocidad y resolución de moscas de la fruta, la conocida 'Drosophila melanogaster', enfrentadas a una posible captura y han descubierto dónde reside la gran habilidad de estos animales para escapar al matamoscas.
El estudio, que explica por qué resulta tan difícil atrapar a estos insectos, se publica en la revista 'Current Biology'.
Los autores señalan que antes de que la mosca salte y escape, su cerebro calcula la localización de la inminente amenaza, un plan de escape y sitúa sus patas en la posición óptima para apartarse en la dirección opuesta. Todo el proceso tiene lugar en alrededor de 100 milisegundos después de que la mosca detecte la amenaza.
Según explica Michael Dickinson, quien dirige un laboratorio dedicado exclusivamente al estudio de estos animales, "esto ilustra lo rápido que puede ser el cerebro de la mosca en procesar la información sensorial en una respuesta motora apropiada".
Los vídeos mostraron que si el matamoscas descendente, un disco negro de 14 centímetros de diámetro que bajaba en un ángulo de 50 grados sobre la mosca posada en el centro de una pequeña plataforma, procedía del área frontal a la mosca, ésta mueve sus patas intermedias hacia delante y se echa hacia atrás, entonces se eleva y extiende sus patas para irse hacia atrás.
Cuando la amenaza viene de la zona de atrás, sin embargo, la mosca, que tiene un campo de visión de casi 360 grados y puede ver detrás de ella, mueve sus patas intermedias un poco hacia atrás. Si la amenaza procede de un lateral, la mosca mantiene las patas intermedias paradas, pero inclina todo su cuerpo en la dirección opuesta antes de saltar.
Movimientos planeados
"Descubrimos que cuando la mosca realiza movimientos planeados antes de emprender el vuelo, tiene en cuenta la posición de su cuerpo en el momento que detecta la amenaza", explica Dickinson.
Según señala el investigador, estos experimentos mostraron que las moscas de alguna forma 'sabe' si necesita realizar cambios posturales grandes o pequeños para corregir su postura anterior al vuelo.
"Esto significa que la mosca debe integrar información visual de sus ojos, que le dice de dónde procede la amenaza, con información mecanosensorial de sus patas, que le dice cómo moverse para alcanzar la postura adecuada antes de emprender el vuelo", añade Dickinson.
Los resultados ofrecen nuevos datos sobre el sistema nervioso de las moscas y sugieren que en su cerebro existe un mapa en el que la posición de la amenaza inminente "se transforma en un patrón apropiado de movimientos en patas y cuerpo antes de echar a volar". Según Dickinson esta es una sofisticada transformación del aparato sensorial al motor y el objetivo será ahora encontrar dónde se produce en el cerebro del insecto.
La investigación también sugiere un método óptimo para conseguir cazar una mosca. "Es mejor no dirigirse al punto en el que se encuentra la mosca sino un poco más hacia donde se cree que va a saltar cuando vea venir el cazamoscas", concluye el investigador.
MADRID.- Investigadores del Instituto de Tecnología de California en Estados Unidos han utilizado imágenes digitales a alta velocidad y resolución de moscas de la fruta, la conocida 'Drosophila melanogaster', enfrentadas a una posible captura y han descubierto dónde reside la gran habilidad de estos animales para escapar al matamoscas.
El estudio, que explica por qué resulta tan difícil atrapar a estos insectos, se publica en la revista 'Current Biology'.
Los autores señalan que antes de que la mosca salte y escape, su cerebro calcula la localización de la inminente amenaza, un plan de escape y sitúa sus patas en la posición óptima para apartarse en la dirección opuesta. Todo el proceso tiene lugar en alrededor de 100 milisegundos después de que la mosca detecte la amenaza.
Según explica Michael Dickinson, quien dirige un laboratorio dedicado exclusivamente al estudio de estos animales, "esto ilustra lo rápido que puede ser el cerebro de la mosca en procesar la información sensorial en una respuesta motora apropiada".
Los vídeos mostraron que si el matamoscas descendente, un disco negro de 14 centímetros de diámetro que bajaba en un ángulo de 50 grados sobre la mosca posada en el centro de una pequeña plataforma, procedía del área frontal a la mosca, ésta mueve sus patas intermedias hacia delante y se echa hacia atrás, entonces se eleva y extiende sus patas para irse hacia atrás.
Cuando la amenaza viene de la zona de atrás, sin embargo, la mosca, que tiene un campo de visión de casi 360 grados y puede ver detrás de ella, mueve sus patas intermedias un poco hacia atrás. Si la amenaza procede de un lateral, la mosca mantiene las patas intermedias paradas, pero inclina todo su cuerpo en la dirección opuesta antes de saltar.
Movimientos planeados
"Descubrimos que cuando la mosca realiza movimientos planeados antes de emprender el vuelo, tiene en cuenta la posición de su cuerpo en el momento que detecta la amenaza", explica Dickinson.
Según señala el investigador, estos experimentos mostraron que las moscas de alguna forma 'sabe' si necesita realizar cambios posturales grandes o pequeños para corregir su postura anterior al vuelo.
"Esto significa que la mosca debe integrar información visual de sus ojos, que le dice de dónde procede la amenaza, con información mecanosensorial de sus patas, que le dice cómo moverse para alcanzar la postura adecuada antes de emprender el vuelo", añade Dickinson.
Los resultados ofrecen nuevos datos sobre el sistema nervioso de las moscas y sugieren que en su cerebro existe un mapa en el que la posición de la amenaza inminente "se transforma en un patrón apropiado de movimientos en patas y cuerpo antes de echar a volar". Según Dickinson esta es una sofisticada transformación del aparato sensorial al motor y el objetivo será ahora encontrar dónde se produce en el cerebro del insecto.
La investigación también sugiere un método óptimo para conseguir cazar una mosca. "Es mejor no dirigirse al punto en el que se encuentra la mosca sino un poco más hacia donde se cree que va a saltar cuando vea venir el cazamoscas", concluye el investigador.
El «Opportunity» regresa de su misión suicida en Marte
ABC (Madrid)
Podía haber sido su última tarea. Pero el veterano explorador «Opportunity», que recorre la superficie del Planeta Rojo desde hace más de cuatro años, ha salido indemne de la misión que le llevó a descender por el fondo de un cráter marciano en busca de respuestas científicas. La NASA informó ayer que el «Opportunity» lo hizo «sin ningún problema».
El infatigable vehículo explorador abandonó el cráter Victoria aprovechando la misma huella que dejó al ingresar en él hace un año para estudiar las rocas de sus laderas. «Opportunity» ya «está en terreno llano», señaló Paolo Bellutta, uno de los científicos de la misión en el Laboratorio de Propulsión a Chorro (JPL) de la agencia espacial estadounidense. Bellutta añadió que el vehículo de seis ruedas independientes utilizó la huella de casi siete metros que dejó hace casi un año cuando abandonó el borde del cráter y descendió sobre una de sus laderas.
Ese fue el capítulo final de una serie de maniobras en las que el vehículo se desplazó alrededor de unos 50 metros y que duraron alrededor de un mes. John Callas, director del proyecto científico de «Opportunity» y de su gemelo «Spirit», anunció su «próxima aventura sobre las llanuras de Meridiani, en las inmediaciones del cráter Victoria. «Entramos sin problemas al cráter, completamos nuestra misión, y salimos sin problemas», agregó complacido por el éxito del vehículo explorador.
Estudio de rocas
Sin embargo, Callas reconoció que existía gran preocupación entre los científicos ante el peligro de que pudiera fallar una de las ruedas y que el vehículo quedara atrapado en el interior del cráter. La semana pasada, la NASA anunció en un comunicado que ahora «Opportunity» iniciará el análisis de las rocas cercanas a Victoria,muchas de las cuales fueron lanzadas a la atmósfera del planeta con el impacto del objeto que creó el cráter.
«Nuestra experiencia nos dice que hay mucha diversidad en esas rocas» y su examen será importante para comprender la geología de la región, dijo Scott McLennan, de la Universidad Estatal de Nueva York, y uno de los miembros del equipo científico.
«Opportunity» entró al cráter el 11 de septiembre de 2007, un año después de analizar los bordes de Victoria, que tiene un diámetro de unos 800 metros. A diferencia de «Spirit» que perdió el uso de una de sus ruedas, las seis de «Opportunity» trabajan perfectamente y han funcionado 10 veces más de lo que se había previsto, señaló el JPL. El rendimiento del pequeño explorador, del tamaño de una lavadora, ha superado con creces las expectativas de la NASA. Aunque lleva cuatro años trabajando en suelo marciano y sus creadores apenas le habían asignado 90 días de trabajo.
Sobrevivir al invierno marciano
Peor parado ha salido su hermano gemelo. Maltrecho, el «Spirit» reanudó sus trabajos de exploración la semana pasada, después de sobrevivir al inclemente invierno marciano, aunque sólo podrá moverse una vez que incremente la recepción de luz solar en los paneles que le proporcionan energía, indicó el JPL. Además de sus ruedas, su brazo robótico también se resiente de la ruptura de una conexión eléctrica causada por la dureza de sus condiciones de trabajo.
El «Opportunity» ha sobrellevado mejor la intemperie, aunque también ha sufrido percances. En 2005 estuvo a punto de quedarse varado en la arena, uno de sus enemigos más temidos porque la arena y el polvo pueden cubrir los paneles fotovoltaicos y privarle de energía.
«Ambos vehículos muestran signos de envejecimiento, pero todavía son capaces de realizar descubrimientos», sostuvo Callas. Los dos exploradores descendieron en la superficie marciana en enero de 2004 y dos meses después, en uno de sus principales descubrimientos, confirmaron que Marte tuvo agua en su pasado remoto.
Podía haber sido su última tarea. Pero el veterano explorador «Opportunity», que recorre la superficie del Planeta Rojo desde hace más de cuatro años, ha salido indemne de la misión que le llevó a descender por el fondo de un cráter marciano en busca de respuestas científicas. La NASA informó ayer que el «Opportunity» lo hizo «sin ningún problema».
El infatigable vehículo explorador abandonó el cráter Victoria aprovechando la misma huella que dejó al ingresar en él hace un año para estudiar las rocas de sus laderas. «Opportunity» ya «está en terreno llano», señaló Paolo Bellutta, uno de los científicos de la misión en el Laboratorio de Propulsión a Chorro (JPL) de la agencia espacial estadounidense. Bellutta añadió que el vehículo de seis ruedas independientes utilizó la huella de casi siete metros que dejó hace casi un año cuando abandonó el borde del cráter y descendió sobre una de sus laderas.
Ese fue el capítulo final de una serie de maniobras en las que el vehículo se desplazó alrededor de unos 50 metros y que duraron alrededor de un mes. John Callas, director del proyecto científico de «Opportunity» y de su gemelo «Spirit», anunció su «próxima aventura sobre las llanuras de Meridiani, en las inmediaciones del cráter Victoria. «Entramos sin problemas al cráter, completamos nuestra misión, y salimos sin problemas», agregó complacido por el éxito del vehículo explorador.
Estudio de rocas
Sin embargo, Callas reconoció que existía gran preocupación entre los científicos ante el peligro de que pudiera fallar una de las ruedas y que el vehículo quedara atrapado en el interior del cráter. La semana pasada, la NASA anunció en un comunicado que ahora «Opportunity» iniciará el análisis de las rocas cercanas a Victoria,muchas de las cuales fueron lanzadas a la atmósfera del planeta con el impacto del objeto que creó el cráter.
«Nuestra experiencia nos dice que hay mucha diversidad en esas rocas» y su examen será importante para comprender la geología de la región, dijo Scott McLennan, de la Universidad Estatal de Nueva York, y uno de los miembros del equipo científico.
«Opportunity» entró al cráter el 11 de septiembre de 2007, un año después de analizar los bordes de Victoria, que tiene un diámetro de unos 800 metros. A diferencia de «Spirit» que perdió el uso de una de sus ruedas, las seis de «Opportunity» trabajan perfectamente y han funcionado 10 veces más de lo que se había previsto, señaló el JPL. El rendimiento del pequeño explorador, del tamaño de una lavadora, ha superado con creces las expectativas de la NASA. Aunque lleva cuatro años trabajando en suelo marciano y sus creadores apenas le habían asignado 90 días de trabajo.
Sobrevivir al invierno marciano
Peor parado ha salido su hermano gemelo. Maltrecho, el «Spirit» reanudó sus trabajos de exploración la semana pasada, después de sobrevivir al inclemente invierno marciano, aunque sólo podrá moverse una vez que incremente la recepción de luz solar en los paneles que le proporcionan energía, indicó el JPL. Además de sus ruedas, su brazo robótico también se resiente de la ruptura de una conexión eléctrica causada por la dureza de sus condiciones de trabajo.
El «Opportunity» ha sobrellevado mejor la intemperie, aunque también ha sufrido percances. En 2005 estuvo a punto de quedarse varado en la arena, uno de sus enemigos más temidos porque la arena y el polvo pueden cubrir los paneles fotovoltaicos y privarle de energía.
«Ambos vehículos muestran signos de envejecimiento, pero todavía son capaces de realizar descubrimientos», sostuvo Callas. Los dos exploradores descendieron en la superficie marciana en enero de 2004 y dos meses después, en uno de sus principales descubrimientos, confirmaron que Marte tuvo agua en su pasado remoto.
sexta-feira, agosto 29, 2008
Las ciudades 'medievales' de la Amazonía
1/2 - El Mundo (Madrid)
por ROSA M. TRISTÁN
MADRID.- Hace 600 años, la selva amazónica escondía un entramado urbano, fruto de una civilización indígena, cuya complejidad no tenía que envidiar a las coetáneas ciudades medievales europeas.
Habitaban en estos asentamientos poblaciones de hasta 5.000 personas, que hacían una autentica gestión sostenible de su entorno en lo que podrían bautizarse como ciudades jardín.
El hallazgo de estos asentamientos humanos, en la cuenca alta del río Xingú, en el estado brasileño de Mato Grosso, es el fruto de 10 años de trabajo de un equipo de arqueólogos norteamericanos y brasileños, dirigidos por Michel Heckenberger (de la Universidad de Florida) y de la colaboración de los indígenas kuikuro, que habitan en la región.
Como publican hoy en la revista científica 'Science', aquellas poblaciones precolombinas, que fueron masacradas por las armas y, sobre todo, por las enfermedades europeas, llegaron a planificar complejas comunidades desde el siglo IX, cuando los kuikuro llegaron al Alto Xingú desde el Caribe y las planicies de Bolivia y Perú.
Durante los siglos XIV, XV y hasta el XVI construyeron grandes aldeas rodeadas de empalizadas y zanjas, a modo de estructura defensiva, según ha declarado a la agencia Tierramérica el etnólogo brasileño Carlos Fausto, que ha participado en las excavaciones arqueológicas.
En total, se han localizado 19 grandes comunidades que están relacionadas con otras más pequeñas de alrededor. La distancia entre todas ellas era de entre tres y cinco kilómetros y se unían por caminos idénticos, de hasta 35 metros de ancho. Estas pistas se orientaban siempre al sudoeste, en armonía con el solsticio de verano de mediados de año, y conectaban con una plaza central.
Sistemas muy complejos
Según los arqueólogos, estas vías de comunicación indican que no se trataba de asentamientos que se poblaban de forma sucesiva, debido a migraciones poblacionales, sino que estaban habitados simultáneamente. "Nos conmovió comprobar la complejidad que habían alcanzado", asegura Heckenberger en 'Science'.
Para localizar los yacimientos, los investigadores utilizaron imágenes por satélite y la tecnología GPS, pero también la experiencia de los indígenas kuikuro, expertos en la identificación de zonas de la Amazonía en las que hubo antiguamente actividad humana. Por ejemplo, zonas de tierra más oscura en las que hubo cultivos antaño o yacimientos de cerámica y paredes hechas de adobe.
Ninguna de las ciudades localizadas era tan grande como las medievales europeas o las antiguas polis griegas, pero llegaron a tener 60 hectáreas y alrededor se ubicaban numerosos asentamientos en forma de racimos, cada uno con su plaza central.
Para Heckenberger "estos hallazgos contradicen el estereotipo sobre las comunidades del Nuevo Mundo y el prejuicio de que lo que se encuentra en Europa son ciudades y lo de fuera debe ser otra cosa". "Su planeamiento y su organización era absolutamente notable, mayor que la de algunos ejemplos clásicos", asegura.
Los investigadores, que han rastreado una zona de más de 1.000 kilómetros cuadrados a la búsqueda de sembrados y aldeas, revelaron que cada uno de estos racimos urbanísticos debía tener entre 2.500 y 5.000 habitantes, que vivían principalmente de la agricultura y la pesca, esta última practicada en estanques y lagunas de factura humana.
En otras regiones amazónicas también se han encontrado evidencias de que estuvieron muy pobladas antes de la colonización, debido a que eran zonas muy fértiles con inundaciones temporales.
2/2 - Folha de S. Paulo (Brasil)
por CLAUDIO ANGELO
Estudo vê "urbanismo" antigo no Xingu
Um grupo de pesquisadores do Brasil e dos EUA acaba de desferir uma bordunada na idéia de que a Amazônia pré-cabralina era habitada pelos proverbiais índios pelados morando no mato. Pelados, talvez. Mas, pelo menos no alto Xingu, afirmam os cientistas, eles moravam era em cidades.
Um artigo publicado hoje no periódico "Science" sustenta que, entre os anos 1200 e 1600, a sociedade xinguana desenvolveu um tipo de urbanismo pré-histórico, comparável a algumas "pôleis" gregas.
"Falar em urbanismo tem um caráter provocador", admite o antropólogo Carlos Fausto, do Museu Nacional. Ele é um dos líderes da pesquisa, ao lado da lingüista Bruna Franchetto, da mesma instituição, e do arqueólogo americano Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. "Não era, claro, como a Mesopotâmia, mas existe uma sistemática, como se houvesse uma planificação", continua. "Não são aldeias perdidas na floresta."
Escavações feitas por Heckenberger com a ajuda dos índios cuicuros revelaram uma densa rede de estradas que cortavam toda a região onde hoje está o Parque Indígena do Xingu. Em pelo menos dois locais, as escavações revelaram vilas muradas de até 50 hectares (hoje, a média das aldeias xinguanas é de 6 hectares) e aldeias menores, de cerca de 10 hectares cada. Todas eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças.
Esses conjuntos habitacionais são descritos como aglomerados urbanos "galácticos", com aldeias que gravitavam em torno de um local que claramente era o centro político e religioso da urbe xinguana.
Desmatadores
A julgar pela quantidade de vestígios, o Xingu pré-conquista deveria ser densamente povoado. Heckenberger estima em até 100 mil o número de pessoas habitando a região. Cada vila poderia comportar até 2.500 pessoas -uma aldeia cuicuro atual tem menos de 300.
Essa população pré-histórica transformou a paisagem. O que hoje parece uma imensa floresta virgem, afirmam os pesquisadores, abrigou no passado extensas roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Ou seja, as florestas são "antropogênicas" --matas secundárias que cresceram depois que epidemias dizimaram a maior parte dos índios.
"Não é como [a agricultura feita por] Blairo Maggi, mas havia um uso ativo da terra", brinca Heckenberger, em alusão ao governador de Mato Grosso, grande plantador de soja.
Segundo o arqueólogo, o planejamento urbano amazônico pré-histórico era mais complicado do que o da Europa medieval. "Lá você tinha a "town" [vila] e a "hinterland" [zona rural] sem integração. Aqui estava tudo junto", diz.
A organização espacial xinguana também denota uma hierarquia política entre vilas que remete às cidades-estado gregas. Cada "aglomerado galáctico" era um centro independente de poder, que provavelmente mantinha relações com outros aglomerados.
"Você não encontra uma capital da região", diz Carlos Fausto. "O maior nível de organização é a vila cerimonial."
Gaveta
Para o arqueólogo Eduardo Neves, da USP, que não participou do estudo, o maior mérito do trabalho é definir melhor o que se entende por "sociedade complexa" na Amazônia. Afinal, o modo de vida atual dos índios espelha o padrão pré-colonial ou o genocídio da conquista riscou do mapa organizações políticas e sociais muito mais complexas que as de hoje?
"A gente fala em complexidade na Amazônia Central, em Santarém e na ilha de Marajó, mas ninguém qualificou isso direito ainda", diz Neves.
A antropologia tradicional divide os índios em "Estados" (como o inca) e "populações de terras baixas" (os "bárbaros"). "Há uma gaveta nos modelos para encaixar a Amazônia, mas algumas sociedades demandam uma entrada oblíqua", afirma Heckenberger.
O trabalho do americano e de seus colegas tem revelado que, no caso do Xingu, um bom grau de complexidade social ainda existe: a organização das aldeias hoje é uma espécie de versão em miniatura do passado. Até a orientação das casas dos chefes dentro de uma aldeia circular cuicuro, a norte-noroeste e a sul-sudeste da praça central, espelha a posição das cidades antigas em relação aos grandes centros cerimoniais.
Outra evidência de continuidade é o fato de os próprios cuicuros saberem onde ficam os assentamentos antigos e terem-nos revelado aos pesquisadores. Por conta disso, o chefe Afukaká Kuikuro é um dos autores do artigo na "Science".
"O pai do nosso vovô já contava que antigamente tinha muita gente aqui", contou Afukaká, por telefone. "Aí o Mike veio com o computador e mostrou que era isso mesmo."
por ROSA M. TRISTÁN
MADRID.- Hace 600 años, la selva amazónica escondía un entramado urbano, fruto de una civilización indígena, cuya complejidad no tenía que envidiar a las coetáneas ciudades medievales europeas.
Habitaban en estos asentamientos poblaciones de hasta 5.000 personas, que hacían una autentica gestión sostenible de su entorno en lo que podrían bautizarse como ciudades jardín.
El hallazgo de estos asentamientos humanos, en la cuenca alta del río Xingú, en el estado brasileño de Mato Grosso, es el fruto de 10 años de trabajo de un equipo de arqueólogos norteamericanos y brasileños, dirigidos por Michel Heckenberger (de la Universidad de Florida) y de la colaboración de los indígenas kuikuro, que habitan en la región.
Como publican hoy en la revista científica 'Science', aquellas poblaciones precolombinas, que fueron masacradas por las armas y, sobre todo, por las enfermedades europeas, llegaron a planificar complejas comunidades desde el siglo IX, cuando los kuikuro llegaron al Alto Xingú desde el Caribe y las planicies de Bolivia y Perú.
Durante los siglos XIV, XV y hasta el XVI construyeron grandes aldeas rodeadas de empalizadas y zanjas, a modo de estructura defensiva, según ha declarado a la agencia Tierramérica el etnólogo brasileño Carlos Fausto, que ha participado en las excavaciones arqueológicas.
En total, se han localizado 19 grandes comunidades que están relacionadas con otras más pequeñas de alrededor. La distancia entre todas ellas era de entre tres y cinco kilómetros y se unían por caminos idénticos, de hasta 35 metros de ancho. Estas pistas se orientaban siempre al sudoeste, en armonía con el solsticio de verano de mediados de año, y conectaban con una plaza central.
Sistemas muy complejos
Según los arqueólogos, estas vías de comunicación indican que no se trataba de asentamientos que se poblaban de forma sucesiva, debido a migraciones poblacionales, sino que estaban habitados simultáneamente. "Nos conmovió comprobar la complejidad que habían alcanzado", asegura Heckenberger en 'Science'.
Para localizar los yacimientos, los investigadores utilizaron imágenes por satélite y la tecnología GPS, pero también la experiencia de los indígenas kuikuro, expertos en la identificación de zonas de la Amazonía en las que hubo antiguamente actividad humana. Por ejemplo, zonas de tierra más oscura en las que hubo cultivos antaño o yacimientos de cerámica y paredes hechas de adobe.
Ninguna de las ciudades localizadas era tan grande como las medievales europeas o las antiguas polis griegas, pero llegaron a tener 60 hectáreas y alrededor se ubicaban numerosos asentamientos en forma de racimos, cada uno con su plaza central.
Para Heckenberger "estos hallazgos contradicen el estereotipo sobre las comunidades del Nuevo Mundo y el prejuicio de que lo que se encuentra en Europa son ciudades y lo de fuera debe ser otra cosa". "Su planeamiento y su organización era absolutamente notable, mayor que la de algunos ejemplos clásicos", asegura.
Los investigadores, que han rastreado una zona de más de 1.000 kilómetros cuadrados a la búsqueda de sembrados y aldeas, revelaron que cada uno de estos racimos urbanísticos debía tener entre 2.500 y 5.000 habitantes, que vivían principalmente de la agricultura y la pesca, esta última practicada en estanques y lagunas de factura humana.
En otras regiones amazónicas también se han encontrado evidencias de que estuvieron muy pobladas antes de la colonización, debido a que eran zonas muy fértiles con inundaciones temporales.
2/2 - Folha de S. Paulo (Brasil)
por CLAUDIO ANGELO
Estudo vê "urbanismo" antigo no Xingu
Um grupo de pesquisadores do Brasil e dos EUA acaba de desferir uma bordunada na idéia de que a Amazônia pré-cabralina era habitada pelos proverbiais índios pelados morando no mato. Pelados, talvez. Mas, pelo menos no alto Xingu, afirmam os cientistas, eles moravam era em cidades.
Um artigo publicado hoje no periódico "Science" sustenta que, entre os anos 1200 e 1600, a sociedade xinguana desenvolveu um tipo de urbanismo pré-histórico, comparável a algumas "pôleis" gregas.
"Falar em urbanismo tem um caráter provocador", admite o antropólogo Carlos Fausto, do Museu Nacional. Ele é um dos líderes da pesquisa, ao lado da lingüista Bruna Franchetto, da mesma instituição, e do arqueólogo americano Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. "Não era, claro, como a Mesopotâmia, mas existe uma sistemática, como se houvesse uma planificação", continua. "Não são aldeias perdidas na floresta."
Escavações feitas por Heckenberger com a ajuda dos índios cuicuros revelaram uma densa rede de estradas que cortavam toda a região onde hoje está o Parque Indígena do Xingu. Em pelo menos dois locais, as escavações revelaram vilas muradas de até 50 hectares (hoje, a média das aldeias xinguanas é de 6 hectares) e aldeias menores, de cerca de 10 hectares cada. Todas eram ligadas por estradas a centros cerimoniais com grandes praças.
Esses conjuntos habitacionais são descritos como aglomerados urbanos "galácticos", com aldeias que gravitavam em torno de um local que claramente era o centro político e religioso da urbe xinguana.
Desmatadores
A julgar pela quantidade de vestígios, o Xingu pré-conquista deveria ser densamente povoado. Heckenberger estima em até 100 mil o número de pessoas habitando a região. Cada vila poderia comportar até 2.500 pessoas -uma aldeia cuicuro atual tem menos de 300.
Essa população pré-histórica transformou a paisagem. O que hoje parece uma imensa floresta virgem, afirmam os pesquisadores, abrigou no passado extensas roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. Ou seja, as florestas são "antropogênicas" --matas secundárias que cresceram depois que epidemias dizimaram a maior parte dos índios.
"Não é como [a agricultura feita por] Blairo Maggi, mas havia um uso ativo da terra", brinca Heckenberger, em alusão ao governador de Mato Grosso, grande plantador de soja.
Segundo o arqueólogo, o planejamento urbano amazônico pré-histórico era mais complicado do que o da Europa medieval. "Lá você tinha a "town" [vila] e a "hinterland" [zona rural] sem integração. Aqui estava tudo junto", diz.
A organização espacial xinguana também denota uma hierarquia política entre vilas que remete às cidades-estado gregas. Cada "aglomerado galáctico" era um centro independente de poder, que provavelmente mantinha relações com outros aglomerados.
"Você não encontra uma capital da região", diz Carlos Fausto. "O maior nível de organização é a vila cerimonial."
Gaveta
Para o arqueólogo Eduardo Neves, da USP, que não participou do estudo, o maior mérito do trabalho é definir melhor o que se entende por "sociedade complexa" na Amazônia. Afinal, o modo de vida atual dos índios espelha o padrão pré-colonial ou o genocídio da conquista riscou do mapa organizações políticas e sociais muito mais complexas que as de hoje?
"A gente fala em complexidade na Amazônia Central, em Santarém e na ilha de Marajó, mas ninguém qualificou isso direito ainda", diz Neves.
A antropologia tradicional divide os índios em "Estados" (como o inca) e "populações de terras baixas" (os "bárbaros"). "Há uma gaveta nos modelos para encaixar a Amazônia, mas algumas sociedades demandam uma entrada oblíqua", afirma Heckenberger.
O trabalho do americano e de seus colegas tem revelado que, no caso do Xingu, um bom grau de complexidade social ainda existe: a organização das aldeias hoje é uma espécie de versão em miniatura do passado. Até a orientação das casas dos chefes dentro de uma aldeia circular cuicuro, a norte-noroeste e a sul-sudeste da praça central, espelha a posição das cidades antigas em relação aos grandes centros cerimoniais.
Outra evidência de continuidade é o fato de os próprios cuicuros saberem onde ficam os assentamentos antigos e terem-nos revelado aos pesquisadores. Por conta disso, o chefe Afukaká Kuikuro é um dos autores do artigo na "Science".
"O pai do nosso vovô já contava que antigamente tinha muita gente aqui", contou Afukaká, por telefone. "Aí o Mike veio com o computador e mostrou que era isso mesmo."
sábado, agosto 23, 2008
Ave também consegue se reconhecer no espelho, mostra pesquisa alemã
Ambiente Brasil
Um clube seleto, cujos associados se resumiam a poucos mamíferos altamente sociáveis e de cérebro avantajado, acaba de ser invadido por uma ave. Um trio de pesquisadores da Alemanha demonstrou que a pega-européia (Pica pica), prima das gralhas e dos corvos, também consegue se reconhecer no espelho. A capacidade, considerada um dos embriões da autoconsciência tão prezadas pelos seres humanos, comprova de vez a elevada inteligência dos corvídeos, como são conhecidos esses pássaros.
A pesquisa, publicada na revista científica de acesso livre "PLoS Biology", foi conduzida por Helmut Prior, da Universidade Goethe, e Ariane Schwarz e Onur Güntürkün, da Universidade do Ruhr em Bochum. Os três observaram o comportamento de cinco pegas criadas em laboratório, conhecidas como Gerti, Goldie, Schatzi, Lilly e Harvey.
Até hoje, a capacidade de se reconhecer no espelho havia sido demonstrada apenas entre grandes macacos (chimpanzés, bonobos e orangotangos), golfinhos e elefantes. O consenso entre os especialistas em comportamento animal - ou etólogos, como são chamados - é que, para ser capaz desse feito, a espécie em questão deve possuir um bom grau de empatia e de consciência social. Isso porque, ao entender com clareza a diferença entre si mesmo e o outro, um indivíduo automaticamente conseguiria criar uma autoimagem a ser reconhecida no espelho.
Marquinha - Testar esse tipo de capacidade não poderia ser mais simples. O primeiro passo, lógico, é colocar os bichos frente a frente com seu reflexo. Mas o teste definitivo envolve a colocação de uma marquinha artificial, preferencialmente de cor forte, no corpo do animal, num local que só pode ser visto com a ajuda do espelho. Se ele tentar tocar a "pinta" ou procurar retirá-la, é sinal de que conseguiu relacionar a presença da marca colorida com o seu próprio corpo. Em chimpanzés, o mais usual é pintar o bicho com batom.
No caso das pegas, os pesquisadores alemães usaram "pintas falsas" de cor amarela, não sem antes ver como os bichos reagiam ao espelho. Três deles mostraram estar começando a se reconhecer, indo para a frente e para a trás, agindo com curiosidade, diante da imagem, enquanto outros dois tentaram atacar ou até cortejar o "outro pássaro". Entre chimpanzés, também não são todos os indivíduos que entendem a brincadeira. E, finalmente, duas pegas também usaram o bico e as patinhas para tentar arrancar a falsa pinta.
Os pesquisadores sugerem que essa capacidade rara surgiu entre os corvídeos graças, acredite ou não, à necessidade de ficar um passo à frente dos ladrões. É que as pegas costumam guardar comida em lugares específicos para consumo posterior, ficando sempre de olho nos companheiros de espécies que viram a "estocagem" e poderiam roubá-las. Isso teria turbinado sua capacidade de assumir perspectivas e ter empatia - justamente o necessário para se reconhecer no espelho. (Fonte: Reinaldo José Lopes/ G1)
Um clube seleto, cujos associados se resumiam a poucos mamíferos altamente sociáveis e de cérebro avantajado, acaba de ser invadido por uma ave. Um trio de pesquisadores da Alemanha demonstrou que a pega-européia (Pica pica), prima das gralhas e dos corvos, também consegue se reconhecer no espelho. A capacidade, considerada um dos embriões da autoconsciência tão prezadas pelos seres humanos, comprova de vez a elevada inteligência dos corvídeos, como são conhecidos esses pássaros.
A pesquisa, publicada na revista científica de acesso livre "PLoS Biology", foi conduzida por Helmut Prior, da Universidade Goethe, e Ariane Schwarz e Onur Güntürkün, da Universidade do Ruhr em Bochum. Os três observaram o comportamento de cinco pegas criadas em laboratório, conhecidas como Gerti, Goldie, Schatzi, Lilly e Harvey.
Até hoje, a capacidade de se reconhecer no espelho havia sido demonstrada apenas entre grandes macacos (chimpanzés, bonobos e orangotangos), golfinhos e elefantes. O consenso entre os especialistas em comportamento animal - ou etólogos, como são chamados - é que, para ser capaz desse feito, a espécie em questão deve possuir um bom grau de empatia e de consciência social. Isso porque, ao entender com clareza a diferença entre si mesmo e o outro, um indivíduo automaticamente conseguiria criar uma autoimagem a ser reconhecida no espelho.
Marquinha - Testar esse tipo de capacidade não poderia ser mais simples. O primeiro passo, lógico, é colocar os bichos frente a frente com seu reflexo. Mas o teste definitivo envolve a colocação de uma marquinha artificial, preferencialmente de cor forte, no corpo do animal, num local que só pode ser visto com a ajuda do espelho. Se ele tentar tocar a "pinta" ou procurar retirá-la, é sinal de que conseguiu relacionar a presença da marca colorida com o seu próprio corpo. Em chimpanzés, o mais usual é pintar o bicho com batom.
No caso das pegas, os pesquisadores alemães usaram "pintas falsas" de cor amarela, não sem antes ver como os bichos reagiam ao espelho. Três deles mostraram estar começando a se reconhecer, indo para a frente e para a trás, agindo com curiosidade, diante da imagem, enquanto outros dois tentaram atacar ou até cortejar o "outro pássaro". Entre chimpanzés, também não são todos os indivíduos que entendem a brincadeira. E, finalmente, duas pegas também usaram o bico e as patinhas para tentar arrancar a falsa pinta.
Os pesquisadores sugerem que essa capacidade rara surgiu entre os corvídeos graças, acredite ou não, à necessidade de ficar um passo à frente dos ladrões. É que as pegas costumam guardar comida em lugares específicos para consumo posterior, ficando sempre de olho nos companheiros de espécies que viram a "estocagem" e poderiam roubá-las. Isso teria turbinado sua capacidade de assumir perspectivas e ter empatia - justamente o necessário para se reconhecer no espelho. (Fonte: Reinaldo José Lopes/ G1)
sábado, agosto 16, 2008
La sonda Cassini localiza un conjunto de géiseres de hielo en una luna de Saturno
El Mundo (Madrid)
Scientists are using these new images to study geologic activity associated with the sulci, and effects on the surrounding terrain. This information, coupled with observations by Cassini's other instruments, may answer the question of whether reservoirs of liquid water exist beneath the surface. (NASA)
WASHINGTON.- La sonda Cassini, un proyecto conjunto de la NASA y de la Agencia Espacial Europea (ESA), ha ubicado los puntos de los cuales surgen torrentes de hielo en la superficie de la luna Enceladus, del planeta Saturno.
Ha sido "una hazaña de precisión interplanetaria", informó el Laboratorio de Propulsión a Chorro (JPL) al referirse a las fotografías enviadas por la sonda durante su maniobra de aproximación al planeta el lunes pasado. Las imágenes revelan con detalles las fracturas de Enceladus desde las cuales emanan esos géiseres, dijo el organismo científico de la Agencia Espacial Estadounidense (NASA).
Las grietas tienen una profundidad de unos 300 metros y en sus laderas hay grandes depósitos de un material fino y bloques de hielo que pueden ser de varios metros hasta del tamaño de una casa, dijo JPL.
Según Carolyn Porco, líder del grupo científico de Cassini en el Instituto de Ciencias Espaciales de Boulder (Colorado, EEUU), esas fracturas podrían revelar "el ambiente, habitable o no, que existe en esta tortuosa pequeña luna".
Paul Helfenstein, científico de Cassini en la Universidad Cornell, en Nueva York (EEUU), manifestó que los géiseres parecerían ser una precipitación de partículas de hielo.
JPL señaló que en estos momentos los científicos están estudiando la naturaleza y la intensidad de los géiseres de Enceladus, así como el terreno que les rodea: "Esta información, junto con las observaciones de los otros instrumentos de Cassini, puede dilucidar el problema de si existen depósitos de agua bajo la superficie", dijo el comunicado de JPL.
La sonda fue lanzada el 15 de octubre de octubre de 1997 en un viaje de siete años a Saturno, planeta al cual llegó en julio de 2004. La nave llevaba como carga la sonda Huygens que descendió sobre la luna Titán en noviembre de 2004.
Los científicos de la misión tienen previstas dos aproximaciones de Cassini a Enceladus en octubre próximo. La primera de ellas llevará a la nave a sólo 25 kilómetros de la luna, que tiene un diámetro de 500 kilómetros.
Scientists are using these new images to study geologic activity associated with the sulci, and effects on the surrounding terrain. This information, coupled with observations by Cassini's other instruments, may answer the question of whether reservoirs of liquid water exist beneath the surface. (NASA)
WASHINGTON.- La sonda Cassini, un proyecto conjunto de la NASA y de la Agencia Espacial Europea (ESA), ha ubicado los puntos de los cuales surgen torrentes de hielo en la superficie de la luna Enceladus, del planeta Saturno.
Ha sido "una hazaña de precisión interplanetaria", informó el Laboratorio de Propulsión a Chorro (JPL) al referirse a las fotografías enviadas por la sonda durante su maniobra de aproximación al planeta el lunes pasado. Las imágenes revelan con detalles las fracturas de Enceladus desde las cuales emanan esos géiseres, dijo el organismo científico de la Agencia Espacial Estadounidense (NASA).
Las grietas tienen una profundidad de unos 300 metros y en sus laderas hay grandes depósitos de un material fino y bloques de hielo que pueden ser de varios metros hasta del tamaño de una casa, dijo JPL.
Según Carolyn Porco, líder del grupo científico de Cassini en el Instituto de Ciencias Espaciales de Boulder (Colorado, EEUU), esas fracturas podrían revelar "el ambiente, habitable o no, que existe en esta tortuosa pequeña luna".
Paul Helfenstein, científico de Cassini en la Universidad Cornell, en Nueva York (EEUU), manifestó que los géiseres parecerían ser una precipitación de partículas de hielo.
JPL señaló que en estos momentos los científicos están estudiando la naturaleza y la intensidad de los géiseres de Enceladus, así como el terreno que les rodea: "Esta información, junto con las observaciones de los otros instrumentos de Cassini, puede dilucidar el problema de si existen depósitos de agua bajo la superficie", dijo el comunicado de JPL.
La sonda fue lanzada el 15 de octubre de octubre de 1997 en un viaje de siete años a Saturno, planeta al cual llegó en julio de 2004. La nave llevaba como carga la sonda Huygens que descendió sobre la luna Titán en noviembre de 2004.
Los científicos de la misión tienen previstas dos aproximaciones de Cassini a Enceladus en octubre próximo. La primera de ellas llevará a la nave a sólo 25 kilómetros de la luna, que tiene un diámetro de 500 kilómetros.
sexta-feira, agosto 15, 2008
Un cementerio de la Edad de Piedra confirma que el Sáhara fue verde
El Mundo (Madrid)
El bioarqueólogo Chris Stojanowski revisa el esqueleto de una mujer encontrado en la zona. (Foto: REUTERS)
WASHINGTON.- Un cementerio de la Edad de Piedra ubicado en las orillas de un antiguo lago seco en el Sáhara rebosa con esqueletos de personas, pescados y cocodrilos que prosperaron en la zona cuando, por un breve periodo, el desierto africano 'fue verde', según afirma un grupo de investigadores.
El sitio, de 10.000 años de antigüedad, fue descubierto en el 2000 en Níger y fue llamado 'Gobero' debido al nombre tuareg de la zona.
Ahora, un grupo de la Universidad de Chicago, dirigido por el paleontólogo Paul Sereno, ha logrado reunir suficiente información para realizar un análisis completo del lugar. El equipo se topó con el depósito de artefactos y huesos humanos y animales mientras buscaba fósiles de dinosaurios. "Me di cuenta de que estábamos en lo que alguna vez fue el Sáhara verde", dijo Sereno, quien descubrió el sitio mientras trabajaba para National Geographic.
El lugar contiene al menos 200 tumbas que parecen haber sido dejadas por dos asentamientos separados por unos 1.000 años de diferencia. Quizás, la más impresionante es la de una mujer y dos niños, con sus brazos entrelazados, que fueron depositados en una cama de flores hace unos 5.000 años.
El grupo más antiguo era de cazadores-recolectores altos y robustos conocidos como 'Kiffian', quienes aparentemente abandonaron la zona durante una prolongada sequía que vació el lago hace unos 8.000 años, sostiene el equipo de Sereno en un artículo publicado en la revista 'PLoS ONE'.
Un segundo grupo se asentó en el área hace unos 7.000 y 4.500. Los 'Tenerian'. como se les conoce, eran personas de menor estatura que cazaban, pastoreaban y pescaban.
Ambos asentamientos dejaron muchos artefactos, entre ellos herramientas, anzuelos, cerámicas y joyas, explican los investigadores. "A primera vista, es difícil imaginar dos grupos de personas con diferencias biológicas sepultando a sus muertos en el mismo lugar", dijo Chris Stojanowski, un bioarqueólogo de la Universidad estatal de Arizona que ha estado trabajando en el lugar.
El Sáhara es el desierto más grande del mundo y lo ha sido por decenas de miles de años, pero los cambios en la órbita de la Tierra hace 12.000 años trasladaron a los monzones hacia al norte durante un tiempo.
El equipo tomó muestras de esmalte dental de los esqueletos, polen y huesos y examinaron el suelo y las herramientas para fechar la antigüedad del sitio, los artefactos y los restos.
"Los datos de 'Gobero', al ser combinados con sitios existentes en el norte de África, indican que apenas estamos comenzando a entender la compleja historia de la evolución biológica de esta zona en relación con sus severos cambios climáticos", explican los investigadores en su informe.
El bioarqueólogo Chris Stojanowski revisa el esqueleto de una mujer encontrado en la zona. (Foto: REUTERS)
WASHINGTON.- Un cementerio de la Edad de Piedra ubicado en las orillas de un antiguo lago seco en el Sáhara rebosa con esqueletos de personas, pescados y cocodrilos que prosperaron en la zona cuando, por un breve periodo, el desierto africano 'fue verde', según afirma un grupo de investigadores.
El sitio, de 10.000 años de antigüedad, fue descubierto en el 2000 en Níger y fue llamado 'Gobero' debido al nombre tuareg de la zona.
Ahora, un grupo de la Universidad de Chicago, dirigido por el paleontólogo Paul Sereno, ha logrado reunir suficiente información para realizar un análisis completo del lugar. El equipo se topó con el depósito de artefactos y huesos humanos y animales mientras buscaba fósiles de dinosaurios. "Me di cuenta de que estábamos en lo que alguna vez fue el Sáhara verde", dijo Sereno, quien descubrió el sitio mientras trabajaba para National Geographic.
El lugar contiene al menos 200 tumbas que parecen haber sido dejadas por dos asentamientos separados por unos 1.000 años de diferencia. Quizás, la más impresionante es la de una mujer y dos niños, con sus brazos entrelazados, que fueron depositados en una cama de flores hace unos 5.000 años.
El grupo más antiguo era de cazadores-recolectores altos y robustos conocidos como 'Kiffian', quienes aparentemente abandonaron la zona durante una prolongada sequía que vació el lago hace unos 8.000 años, sostiene el equipo de Sereno en un artículo publicado en la revista 'PLoS ONE'.
Un segundo grupo se asentó en el área hace unos 7.000 y 4.500. Los 'Tenerian'. como se les conoce, eran personas de menor estatura que cazaban, pastoreaban y pescaban.
Ambos asentamientos dejaron muchos artefactos, entre ellos herramientas, anzuelos, cerámicas y joyas, explican los investigadores. "A primera vista, es difícil imaginar dos grupos de personas con diferencias biológicas sepultando a sus muertos en el mismo lugar", dijo Chris Stojanowski, un bioarqueólogo de la Universidad estatal de Arizona que ha estado trabajando en el lugar.
El Sáhara es el desierto más grande del mundo y lo ha sido por decenas de miles de años, pero los cambios en la órbita de la Tierra hace 12.000 años trasladaron a los monzones hacia al norte durante un tiempo.
El equipo tomó muestras de esmalte dental de los esqueletos, polen y huesos y examinaron el suelo y las herramientas para fechar la antigüedad del sitio, los artefactos y los restos.
"Los datos de 'Gobero', al ser combinados con sitios existentes en el norte de África, indican que apenas estamos comenzando a entender la compleja historia de la evolución biológica de esta zona en relación con sus severos cambios climáticos", explican los investigadores en su informe.
terça-feira, agosto 12, 2008
Índice de hoje
- Nasa divulga imagens de região a 170 mil anos luz da Terra (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Sonda faz vôo "raspando" em lua de Saturno para estudar água (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Científicos consiguen metamateriales que permiten la invisibilidad de los objetos (El Mundo, Madrid)
- Sonda faz vôo "raspando" em lua de Saturno para estudar água (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Científicos consiguen metamateriales que permiten la invisibilidad de los objetos (El Mundo, Madrid)
Nasa divulga imagens de região a 170 mil anos luz da Terra
Folha de S. Paulo (Brasil)
Foto divulgada pela Nasa mostra nebulosa de Tarântula, situada perto do conjunto de estrelas identificado como NGC 2074
A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou espetaculares imagens de uma região a 170 mil anos luz da Terra, para celebrar as 100 mil órbitas terrestres do observatório espacial Hubble, lançado há 18 anos.
Segundo informou o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), trata-se da nebulosa de Tarântula, situada perto do conjunto de estrelas identificado como NGC 2074. "A região é uma tempestade da pura criação de estrelas, talvez impulsionadas pela explosão de uma supernova nas cercanias", disse o órgão da Nasa, em comunicado.
Essa região se encontra na Grande Nuvem de Magalhães, que o JPL qualifica como "um satélite da Via Láctea" e "um fascinante laboratório para a observação de regiões de formação de estrelas e sua evolução".
Uma das imagens mostra "depressões e vales" de pó cósmico, assim como filamentos que reluzem sob uma tempestade de radiação ultravioleta. Segundo o comunicado, a região se encontra nos extremos de uma escura nuvem molecular que é uma incubadora para o nascimento de novas estrelas.
"Esta manhã, o maior instrumento científico desde o telescópio de Galileu chegou a outro marco histórico: sua 100.000ª órbita em torno da Terra", anunciou a senadora Barbara Mikulski, presidente da Subcomissão de Apropriações de Comércio, Justiça e Ciência, que concede os fundos de operações da Nasa.
O Hubble, que foi colocado em órbita no dia 25 de abril de 1990, realizou sua órbita número 100 mil quando foram intensificados os preparativos para uma missão que fará consertos e melhorará sua capacidade em outubro.
O telescópio espacial deve seu nome ao astrônomo americano Edwin P. Hubble, autor da teoria da expansão do universo, que morreu em 1953.
Foto divulgada pela Nasa mostra nebulosa de Tarântula, situada perto do conjunto de estrelas identificado como NGC 2074
A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou espetaculares imagens de uma região a 170 mil anos luz da Terra, para celebrar as 100 mil órbitas terrestres do observatório espacial Hubble, lançado há 18 anos.
Segundo informou o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), trata-se da nebulosa de Tarântula, situada perto do conjunto de estrelas identificado como NGC 2074. "A região é uma tempestade da pura criação de estrelas, talvez impulsionadas pela explosão de uma supernova nas cercanias", disse o órgão da Nasa, em comunicado.
Essa região se encontra na Grande Nuvem de Magalhães, que o JPL qualifica como "um satélite da Via Láctea" e "um fascinante laboratório para a observação de regiões de formação de estrelas e sua evolução".
Uma das imagens mostra "depressões e vales" de pó cósmico, assim como filamentos que reluzem sob uma tempestade de radiação ultravioleta. Segundo o comunicado, a região se encontra nos extremos de uma escura nuvem molecular que é uma incubadora para o nascimento de novas estrelas.
"Esta manhã, o maior instrumento científico desde o telescópio de Galileu chegou a outro marco histórico: sua 100.000ª órbita em torno da Terra", anunciou a senadora Barbara Mikulski, presidente da Subcomissão de Apropriações de Comércio, Justiça e Ciência, que concede os fundos de operações da Nasa.
O Hubble, que foi colocado em órbita no dia 25 de abril de 1990, realizou sua órbita número 100 mil quando foram intensificados os preparativos para uma missão que fará consertos e melhorará sua capacidade em outubro.
O telescópio espacial deve seu nome ao astrônomo americano Edwin P. Hubble, autor da teoria da expansão do universo, que morreu em 1953.
Sonda faz vôo "raspando" em lua de Saturno para estudar água
Folha de S. Paulo (Brasil)
A sonda Cassini faz nesta segunda-feira (11) um vôo muito próximo da superfície de Encelado, uma das luas de Saturno. O sobrevôo, a apenas 50 km da superfície do satélite, tem o objetivo de obter imagens de alta resolução do local, especialmente de fissuras no solo do pólo Sul, de onde emanam jatos de vapor de água.
Com melhores fotos dessas fissuras e sua composição química, os cientistas querem saber se existe água, em forma de vapor ou líquida, na superfície do satélite e refinar as teorias sobre as origens desses jatos.
Nasa
Concepção artística mostra vôo da sonda Cassini na lua Encelado, marcado para esta segunda-feira
Concepção artística mostra vôo da sonda Cassini na lua Encelado, marcado para esta segunda; sonda vai analisar fissuras no satélite
"Nosso principal objetivo é obter as imagens mais detalhadas e dados sensíveis sobre as características geológicas ativas de Encelado", afirma Paul Helfenstein, pesquisador do time da Cassini, em nota. A idéia é descobrir como erupções e as atividades tectônicas alteram a superfície da lua.
Além disso, com o uso de infravermelho e ultravioleta, a sonda vai ajudar a determinar a existência de outros elementos misturados ao gelo, como oxigênio, hidrogênio e compostos orgânicos.
Em 2005, a sonda Cassini detectou que Encelado está geologicamente "viva". Um sobrevôo da sonda revelou jatos de partículas finíssimas de gelo e vapor brotando do pólo Sul do satélite, provavelmente oriundos de regiões quentes que se comportam como fissuras geológicas. Cientistas suspeitam que o local possa abrigar água em estado líquido.
Esse é o segundo vôo da Cassini por Encelado neste ano --outros dois estão previstos para outubro. A sonda iniciou sua viagem rumo a Saturno no dia 15 de outubro de 1997.
Originalmente planejada para terminar em junho deste ano, a missão da sonda Cassini foi prorrogada por mais dois anos. "Esta ampliação não é só uma motivação para a comunidade científica, mas para que todo o mundo continue decifrando os segredos de Saturno", disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciências Planetárias da Nasa.
A sonda Cassini faz nesta segunda-feira (11) um vôo muito próximo da superfície de Encelado, uma das luas de Saturno. O sobrevôo, a apenas 50 km da superfície do satélite, tem o objetivo de obter imagens de alta resolução do local, especialmente de fissuras no solo do pólo Sul, de onde emanam jatos de vapor de água.
Com melhores fotos dessas fissuras e sua composição química, os cientistas querem saber se existe água, em forma de vapor ou líquida, na superfície do satélite e refinar as teorias sobre as origens desses jatos.
Nasa
Concepção artística mostra vôo da sonda Cassini na lua Encelado, marcado para esta segunda-feira
Concepção artística mostra vôo da sonda Cassini na lua Encelado, marcado para esta segunda; sonda vai analisar fissuras no satélite
"Nosso principal objetivo é obter as imagens mais detalhadas e dados sensíveis sobre as características geológicas ativas de Encelado", afirma Paul Helfenstein, pesquisador do time da Cassini, em nota. A idéia é descobrir como erupções e as atividades tectônicas alteram a superfície da lua.
Além disso, com o uso de infravermelho e ultravioleta, a sonda vai ajudar a determinar a existência de outros elementos misturados ao gelo, como oxigênio, hidrogênio e compostos orgânicos.
Em 2005, a sonda Cassini detectou que Encelado está geologicamente "viva". Um sobrevôo da sonda revelou jatos de partículas finíssimas de gelo e vapor brotando do pólo Sul do satélite, provavelmente oriundos de regiões quentes que se comportam como fissuras geológicas. Cientistas suspeitam que o local possa abrigar água em estado líquido.
Esse é o segundo vôo da Cassini por Encelado neste ano --outros dois estão previstos para outubro. A sonda iniciou sua viagem rumo a Saturno no dia 15 de outubro de 1997.
Originalmente planejada para terminar em junho deste ano, a missão da sonda Cassini foi prorrogada por mais dois anos. "Esta ampliação não é só uma motivação para a comunidade científica, mas para que todo o mundo continue decifrando os segredos de Saturno", disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciências Planetárias da Nasa.
Científicos consiguen metamateriales que permiten la invisibilidad de los objetos
El Mundo (Madrid)
MADRID.- Científicos estadounidenses que trabajan con financiación del Pentágono han conseguido dos tipos de materiales que hacen que la luz esquive objetos tridimensionales haciéndolos de hecho invisibles, según informan las revistas 'Nature' y 'Science'.
Los materiales, desarrollados por científicos de la Universidad de Berkeley y del Lawrence Berkeley Laboratory en California, no se obtienen de forma natural sino que se ha creado gracias a la nanoingeniería, que trabaja a una escala medida en milmillonésimas de metro.
Una de las estrategias utiliza un tipo de red de capas de metal que invierte la dirección de la luz, mientras que otra emplea diminutos cables de plata, ambas a escala de nanotecnología.
Los metamateriales son estructuras desarrolladas artificialmente y que tienen propiedades como un índice de refracción de la luz negativa de las que carecen los materiales naturales.
Jason Valentine, Xian Zahan y otros colegas de Berkeley han creado una estructura de múltiples capas en forma de red que tiene claramente esa propiedad.
Por su extraordinaria capacidad para evitar las ondas electromagnéticas, estos materiales alteran el comportamiento natural de la luz. Para conseguir la invisibilidad, el material hace que la luz rodee el objeto como un río sobre una roca. En definitiva, como el objeto no absorbe ni refleja la luz, se vuelve invisible.
El índice de refracción de la luz negativa que poseen las sustancias, mejorará el rendimiento de las antenas reduciendo interferencias y permite invertir el efecto Doppler (fenómeno utilizado en los radares policiales para determinar la velocidad de los vehículos), haciendo que la frecuencia de ondas decrezca en lugar de crecer a medida que se acerca el objeto.
La investigación ha sido financiada por la Secretaría de Defensa de EEUU, que podría hacer un uso militar de ese material. Con él podrían llegar a camuflarse perfectamente un día los aviones o carros de combate.
Pese a que supone un primer paso en la ansiada búsqueda de la invisibilidad, los investigadores se muestran cautos, ya que los mantos que permitan 'desaparecer' al ojo humano "todavía están lejos".
"Por el momento, y a pesar de la famosa capa de las novelas de Harry Potter, los metamateriales están hechos de metal y son frágiles. Manufacturar estos materiales a grande escala será también un desafío", aseguraron.
John Pendry, profesor de física teórica del Imperial College de Londres, habló ya hace algún tiempo de la posibilidad de desarrollar metamateriales capaces de desviar y controlar la luz para ocultar a la vista un objeto.
MADRID.- Científicos estadounidenses que trabajan con financiación del Pentágono han conseguido dos tipos de materiales que hacen que la luz esquive objetos tridimensionales haciéndolos de hecho invisibles, según informan las revistas 'Nature' y 'Science'.
Los materiales, desarrollados por científicos de la Universidad de Berkeley y del Lawrence Berkeley Laboratory en California, no se obtienen de forma natural sino que se ha creado gracias a la nanoingeniería, que trabaja a una escala medida en milmillonésimas de metro.
Una de las estrategias utiliza un tipo de red de capas de metal que invierte la dirección de la luz, mientras que otra emplea diminutos cables de plata, ambas a escala de nanotecnología.
Los metamateriales son estructuras desarrolladas artificialmente y que tienen propiedades como un índice de refracción de la luz negativa de las que carecen los materiales naturales.
Jason Valentine, Xian Zahan y otros colegas de Berkeley han creado una estructura de múltiples capas en forma de red que tiene claramente esa propiedad.
Por su extraordinaria capacidad para evitar las ondas electromagnéticas, estos materiales alteran el comportamiento natural de la luz. Para conseguir la invisibilidad, el material hace que la luz rodee el objeto como un río sobre una roca. En definitiva, como el objeto no absorbe ni refleja la luz, se vuelve invisible.
El índice de refracción de la luz negativa que poseen las sustancias, mejorará el rendimiento de las antenas reduciendo interferencias y permite invertir el efecto Doppler (fenómeno utilizado en los radares policiales para determinar la velocidad de los vehículos), haciendo que la frecuencia de ondas decrezca en lugar de crecer a medida que se acerca el objeto.
La investigación ha sido financiada por la Secretaría de Defensa de EEUU, que podría hacer un uso militar de ese material. Con él podrían llegar a camuflarse perfectamente un día los aviones o carros de combate.
Pese a que supone un primer paso en la ansiada búsqueda de la invisibilidad, los investigadores se muestran cautos, ya que los mantos que permitan 'desaparecer' al ojo humano "todavía están lejos".
"Por el momento, y a pesar de la famosa capa de las novelas de Harry Potter, los metamateriales están hechos de metal y son frágiles. Manufacturar estos materiales a grande escala será también un desafío", aseguraron.
John Pendry, profesor de física teórica del Imperial College de Londres, habló ya hace algún tiempo de la posibilidad de desarrollar metamateriales capaces de desviar y controlar la luz para ocultar a la vista un objeto.
segunda-feira, agosto 11, 2008
Os gregos antigos previam os eclipses com grande exatidão
BBC Brasil
Os astrônomos da Grécia do século II antes de Cristo previam os eclipses com grande exatidão graças a seus conhecimentos do mecanismo de cálculo astronômico de Anticythere, segundo um estudo publicado pela revista Nature.
Os eclipses - que se repetem segundo o chamado ciclo de Saros, que dura cerca de 19 anos - eram anotados em uma grande roda dentilhada que indicava a seu usuário se eram solares ou lunares e a que hora iam acontecer, segundo os cientistas do projeto de pesquisa sobre o chamado mecanismo de Anticythere.
Eles descobriram como, segundo esses cálculos, os eclipses se atrasam cerca de oito horas, ou seja, 120 graus de longitude, em cada ciclo.
"O mecanismo compreendia também uma pequena roda dentilhda que indicava ao usuário como realizar esse ajuste temporal", explicou John Steele, um dos autores do estudo.
"Sabemos que esse antigo mecanismo grego, que data de 2.100 anos de idade, calculava ciclos complexos de astronomia matemática. Nós nos surpreendemos ao constatar que também podia colocar em evidência um ciclo quatrienal dos antigos Jogos Olímpicos", acrescentou Tony Freeth, outro autor do estudo.
Usando imagens obtidas graças a raios-X em três dimensões, os cientistas conseguiram decifrar o nome dos meses associados ao mecanismo, muito complexo e composto por pelo menos 30 engrenagens de precisão.
O mau estado em que pescadores de esponjas encontrara, no início do século XX, o mecanismo de Anticythere dificultou durante muito tempo o estudo e a compreensão de suas funções.
"Essa tecnologia é extraordinária. Cada vez que a exploramos um pouco mais, encontramos algo mais sofisticado", concluiu Freeth.
(Fonte: Yahoo!)
Os astrônomos da Grécia do século II antes de Cristo previam os eclipses com grande exatidão graças a seus conhecimentos do mecanismo de cálculo astronômico de Anticythere, segundo um estudo publicado pela revista Nature.
Os eclipses - que se repetem segundo o chamado ciclo de Saros, que dura cerca de 19 anos - eram anotados em uma grande roda dentilhada que indicava a seu usuário se eram solares ou lunares e a que hora iam acontecer, segundo os cientistas do projeto de pesquisa sobre o chamado mecanismo de Anticythere.
Eles descobriram como, segundo esses cálculos, os eclipses se atrasam cerca de oito horas, ou seja, 120 graus de longitude, em cada ciclo.
"O mecanismo compreendia também uma pequena roda dentilhda que indicava ao usuário como realizar esse ajuste temporal", explicou John Steele, um dos autores do estudo.
"Sabemos que esse antigo mecanismo grego, que data de 2.100 anos de idade, calculava ciclos complexos de astronomia matemática. Nós nos surpreendemos ao constatar que também podia colocar em evidência um ciclo quatrienal dos antigos Jogos Olímpicos", acrescentou Tony Freeth, outro autor do estudo.
Usando imagens obtidas graças a raios-X em três dimensões, os cientistas conseguiram decifrar o nome dos meses associados ao mecanismo, muito complexo e composto por pelo menos 30 engrenagens de precisão.
O mau estado em que pescadores de esponjas encontrara, no início do século XX, o mecanismo de Anticythere dificultou durante muito tempo o estudo e a compreensão de suas funções.
"Essa tecnologia é extraordinária. Cada vez que a exploramos um pouco mais, encontramos algo mais sofisticado", concluiu Freeth.
(Fonte: Yahoo!)
sábado, agosto 09, 2008
Holanda testa novo pavimento que purifica o ar
Ambiente Brasil
A cidade de Hengelo, no leste da Holanda, testará em uma de suas ruas um novo tipo de pavimentação desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Twente, que permite purificar parte da poluição do ar.
A instituição afirma, em comunicado, que os testes em laboratório demonstraram que os paralelepípedos fabricados com um inovador tipo de concreto transformam as partículas de óxido de nitrogênio (NOx), emitidas pelos automóveis, em nitratos inofensivos graças à ação da luz solar.
Estes seriam limpos depois simplesmente com a água da chuva, explicam os pesquisadores, que desenvolveram a pavimentação a partir de uma invenção japonesa.
Os NOx são um dos principais poluentes emitidos pelos motores e são responsáveis, juntamente com os óxidos de enxofre, pela chuva ácida e pela nuvem de poluição percebida nas regiões com grande concentração de trânsito.
A novidade seria o uso no concreto de um aditivo de dióxido de titânio, que além de purificar o ar faz com que os paralelepípedos repilam a sujeira e se mantenham mais limpos.
A Prefeitura de Hengelo pavimentará metade de uma via que está sendo reconstruída, enquanto na outra metade serão usados materiais convencionais. "Mensurando a qualidade do ar nas duas partes poderemos mostrar a eficácia dos paralelepípedos", destaca a Universidade de Twente, em seu comunicado.
Está previsto que as obras na estrada terminem no final do ano e que os primeiros testes sejam realizados no início de 2009.
A universidade espera divulgar os primeiros resultados das medições, que poderiam representar um enorme avanço na luta contra a poluição, no segundo semestre de 2009. (Fonte: Folha Online)
A cidade de Hengelo, no leste da Holanda, testará em uma de suas ruas um novo tipo de pavimentação desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Twente, que permite purificar parte da poluição do ar.
A instituição afirma, em comunicado, que os testes em laboratório demonstraram que os paralelepípedos fabricados com um inovador tipo de concreto transformam as partículas de óxido de nitrogênio (NOx), emitidas pelos automóveis, em nitratos inofensivos graças à ação da luz solar.
Estes seriam limpos depois simplesmente com a água da chuva, explicam os pesquisadores, que desenvolveram a pavimentação a partir de uma invenção japonesa.
Os NOx são um dos principais poluentes emitidos pelos motores e são responsáveis, juntamente com os óxidos de enxofre, pela chuva ácida e pela nuvem de poluição percebida nas regiões com grande concentração de trânsito.
A novidade seria o uso no concreto de um aditivo de dióxido de titânio, que além de purificar o ar faz com que os paralelepípedos repilam a sujeira e se mantenham mais limpos.
A Prefeitura de Hengelo pavimentará metade de uma via que está sendo reconstruída, enquanto na outra metade serão usados materiais convencionais. "Mensurando a qualidade do ar nas duas partes poderemos mostrar a eficácia dos paralelepípedos", destaca a Universidade de Twente, em seu comunicado.
Está previsto que as obras na estrada terminem no final do ano e que os primeiros testes sejam realizados no início de 2009.
A universidade espera divulgar os primeiros resultados das medições, que poderiam representar um enorme avanço na luta contra a poluição, no segundo semestre de 2009. (Fonte: Folha Online)
sexta-feira, agosto 08, 2008
Governo quer cortar imposto em combustíveis, cerveja e vinho
Jornal Tribuna de Macau (China)
A Assembleia Legislativa vai votar na terça-feira a fixação em zero do imposto sobre os combustíveis, cerveja e vinho. Segundo o Conselho Executivo, a medida vai reforçar a competitividade do turismo e restauração de Macau e a luta contra a inflação
por VÍTOR QUINTÃ
Os combustíveis e lubrificantes e os vinhos e cervejas vão deixar de pagar imposto de consumo. Pelo menos é esta a intenção da proposta de lei enviada ontem pelo Conselho Executivo para a Assembleia Legislativa (AL). O diploma deve ser votado na generalidade já na terça-feira (ver caixa).
A medida vai resultar numa diminuição de 0,3 por cento na inflação, estimou Tong Chi Kin. Segundo o porta-voz do Conselho Consultivo, os consumidores vão sentir uma redução nos preços ainda este mês.
Por outro lado, a fixação em zero destas taxas vai significar uma perda de receitas fiscais para a RAEM, reconheceu Tong Chi Kin. De acordo com dados citados pelo dirigente, no ano passado a Administração arrecadou cerca de 153 milhões de patacas com o imposto de consumo sobre este dois grupos.
Actualmente, a taxa sobre os combustíveis varia entre 1,5 patacas por litro, na gasolina com chumbo, e 0,085 patacas por litro, no gasóleo e fuelóleo. No caso da gasolina sem chumbo, o imposto é de uma pataca por litro, enquanto para os lubrificantes é de apenas 40 avos.
Por um lado, a subida do preço do petróleo aumentou os custos de funcionamento dos sectores industrial, comercial, das pescas - cujas embarcações estão, contudo, já isentas de pagar imposto - e dos transportes, afirmou Tong Chi Kin. Neste último caso, a medida pode ajudar a diminuir a inflação, acrescentou.
Contudo, o diploma não vai afectar nem as companhias aéreas que operam no aeroporto de Macau nem as operadoras de “jet-foil”. Isto porque ambos os grupos são já isentos desta taxa sobre os combustíveis. A mesma situação acontece com a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), que utiliza petróleo para garantir 60 por cento da produção de energia no território.
Quanto às bebidas alcoólicas, segundo o regime actual, as cervejas pagam uma taxa de uma pataca por litro, enquanto o vinho está sujeito à cobrança de 15 por cento do valor de importação. Por outro lado, o imposto sobre vermutes e outras bebidas fermentadas é de 10 patacas por litro e 10 por cento do custo, sendo também 10 pontos percentuais o valor imposto ao vinho de arroz. As bebidas destiladas, como o “whisky” e a “vodka”, continuam a pagar a taxa.
A medida pretende, explicou Tong Chi Kin, “acompanhar a tendência de evolução do mercado regional”, uma vez que Hong Kong também fixou em zero o imposto sobre o vinho, e reforçar a competitividade nos sectores de turismo, restauração e exposições e convenções. O porta-voz do Conselho Consultivo garantiu ainda que os cortes nos dois grupos de produtos “não deverão ser temporários”.
Proposta votada no hemiciclo na terça-feira
São quatro as propostas que vão terça-feira, pelas 15 horas, a votação na Assembleia Legislativa. Além do imposto de consumo (a votar na generalidade), os deputados vão discutir também a Lei do Recenseamento Eleitoral (especialidade). Ainda na agenda está o regime de contratação de trabalhadores não residentes, cuja aprovação na generalidade ficou suspensa desde 9 de Abril, à espera da Lei Laboral, que foi aprovada na especialidade na terça-feira. O último ponto do dia é a antecipação em um mês, para 15 de Setembro, do regresso ao trabalho do hemiciclo após as férias de Verão, proposta apresentada pelos deputados Philip Xavier e Chui Sai Cheong, também a votar na generalidade.
A Assembleia Legislativa vai votar na terça-feira a fixação em zero do imposto sobre os combustíveis, cerveja e vinho. Segundo o Conselho Executivo, a medida vai reforçar a competitividade do turismo e restauração de Macau e a luta contra a inflação
por VÍTOR QUINTÃ
Os combustíveis e lubrificantes e os vinhos e cervejas vão deixar de pagar imposto de consumo. Pelo menos é esta a intenção da proposta de lei enviada ontem pelo Conselho Executivo para a Assembleia Legislativa (AL). O diploma deve ser votado na generalidade já na terça-feira (ver caixa).
A medida vai resultar numa diminuição de 0,3 por cento na inflação, estimou Tong Chi Kin. Segundo o porta-voz do Conselho Consultivo, os consumidores vão sentir uma redução nos preços ainda este mês.
Por outro lado, a fixação em zero destas taxas vai significar uma perda de receitas fiscais para a RAEM, reconheceu Tong Chi Kin. De acordo com dados citados pelo dirigente, no ano passado a Administração arrecadou cerca de 153 milhões de patacas com o imposto de consumo sobre este dois grupos.
Actualmente, a taxa sobre os combustíveis varia entre 1,5 patacas por litro, na gasolina com chumbo, e 0,085 patacas por litro, no gasóleo e fuelóleo. No caso da gasolina sem chumbo, o imposto é de uma pataca por litro, enquanto para os lubrificantes é de apenas 40 avos.
Por um lado, a subida do preço do petróleo aumentou os custos de funcionamento dos sectores industrial, comercial, das pescas - cujas embarcações estão, contudo, já isentas de pagar imposto - e dos transportes, afirmou Tong Chi Kin. Neste último caso, a medida pode ajudar a diminuir a inflação, acrescentou.
Contudo, o diploma não vai afectar nem as companhias aéreas que operam no aeroporto de Macau nem as operadoras de “jet-foil”. Isto porque ambos os grupos são já isentos desta taxa sobre os combustíveis. A mesma situação acontece com a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), que utiliza petróleo para garantir 60 por cento da produção de energia no território.
Quanto às bebidas alcoólicas, segundo o regime actual, as cervejas pagam uma taxa de uma pataca por litro, enquanto o vinho está sujeito à cobrança de 15 por cento do valor de importação. Por outro lado, o imposto sobre vermutes e outras bebidas fermentadas é de 10 patacas por litro e 10 por cento do custo, sendo também 10 pontos percentuais o valor imposto ao vinho de arroz. As bebidas destiladas, como o “whisky” e a “vodka”, continuam a pagar a taxa.
A medida pretende, explicou Tong Chi Kin, “acompanhar a tendência de evolução do mercado regional”, uma vez que Hong Kong também fixou em zero o imposto sobre o vinho, e reforçar a competitividade nos sectores de turismo, restauração e exposições e convenções. O porta-voz do Conselho Consultivo garantiu ainda que os cortes nos dois grupos de produtos “não deverão ser temporários”.
Proposta votada no hemiciclo na terça-feira
São quatro as propostas que vão terça-feira, pelas 15 horas, a votação na Assembleia Legislativa. Além do imposto de consumo (a votar na generalidade), os deputados vão discutir também a Lei do Recenseamento Eleitoral (especialidade). Ainda na agenda está o regime de contratação de trabalhadores não residentes, cuja aprovação na generalidade ficou suspensa desde 9 de Abril, à espera da Lei Laboral, que foi aprovada na especialidade na terça-feira. O último ponto do dia é a antecipação em um mês, para 15 de Setembro, do regresso ao trabalho do hemiciclo após as férias de Verão, proposta apresentada pelos deputados Philip Xavier e Chui Sai Cheong, também a votar na generalidade.
domingo, agosto 03, 2008
La búsqueda de agua eslabón clave para la colonización de Marte
Novosti (Moscovo)
Yuri Záitsev, RIA Novosti. El descubrimiento de hielo bajo la superficie de Marte ha aumentado las posibilidades de encontrar vida en el Planeta Rojo, y la probable cantidad de agua que yace en sus entrañas, supone un factor clave al momento de analizar las condiciones que puede ofrecer ese planeta para el asentamiento de colonias de cosmonautas.
Las primeras fotografías obtenidas desde la órbita de Marte revelaron la existencia de depresiones y cañones que se formaron muy probablemente por el desplazamiento de enormes masas de agua hace millones de años.
Los científicos suponen que en el interior del planeta pueden haber enormes reservas de hielo e incluso mares y en consecuencia, la búsqueda de agua es uno de los objetivos principales de las investigaciones científicas propuestas para desentrañar los secretos de nuestro vecino en el sistema solar.
Actualmente, el método más óptimo para buscar agua en Marte es la espectroscopia en base a rayos gamma y neutrones. La atmósfera tenue y el bajo campo magnético de Marte, facilita a la radiación cósmica llegar hasta la superficie marciana.
Al interactuar con los elementos químicos del subsuelo marciano, a profundidades de entre 1 y 3 metros, esa radiación cósmica genera los llamados neutrones rápidos y rayos gamma que proporcionan información sobre los elementos químicos presentes en el suelo. En este caso la información valiosa es la existencia de hidrógeno, indicio inequívoco de la presencia de agua.
Para detectar hidrogeno en Marte los científicos utilizan Espectrómetros de Rayos Gamma (Gamma Ray Spectometer GRS) y Detectores de Neutrones de Alta Energía (High Energy Neutron Detector HEND), este último, diseñado por científicos del Instituto de Investigaciones Espaciales de la Academia de Ciencias de Rusia.
Desde hace más de siete años, instrumentos GRS y HEND operan exitosamente a bordo de la sonda estadounidense Odisea Marciana 2001 (Mars Odissey 2001), uno de los proyectos científicos más importantes dedicados al estudio del Planeta Rojo.
En torno a la órbita marciana, la sonda estadounidense descubrió grandes reservas de hielo bajo la superficie del planeta y midió la concentración de gas carbónico en su superficie.
A finales del pasado mes de mayo, en la superficie de Marte comenzó la misión de la sonda estadounidense Phoenix y sus primeras observaciones confirmaron la información recopilada por el HEND desde la órbita.
Con ayuda de un brazo mecánico, el Phoenix cavó en el suelo una hendidura poco profunda donde se encontró agua congelada, que varios días más tarde, al entrar en contacto con la atmósfera, probablemente se evaporó sin pasar al estado líquido.
En 2009 la NASA planea enviar a Marte un vehículo autónomo y entre sus equipos de investigación llevará el detector ruso Albedo Dinámico de Neutrones (Dynamic Albedo of Neutrons, DAN) para investigaciones más detalladas de la composición del subsuelo.
Básicamente, el DAN es un emisor activo de neutrones que penetran en el subsuelo marciano a profundidades de 1,5 y 2 metros para establecer la existencia de hidrógeno.
El DAN supone el 10 % de la masa total (50 kilogramos) de instrumentos que portará el vehículo estadounidense y la información que recopile será analizada tanto por científicos rusos y norteamericanos con metodologías diferentes
La comparación de los análisis obtenidos por los científicos de ambos países deberá corroborar y rectificar la exactitud de las mediciones hechas por el DAN en la superficie del Planeta Rojo.
Yuri Záitsev, RIA Novosti. El descubrimiento de hielo bajo la superficie de Marte ha aumentado las posibilidades de encontrar vida en el Planeta Rojo, y la probable cantidad de agua que yace en sus entrañas, supone un factor clave al momento de analizar las condiciones que puede ofrecer ese planeta para el asentamiento de colonias de cosmonautas.
Las primeras fotografías obtenidas desde la órbita de Marte revelaron la existencia de depresiones y cañones que se formaron muy probablemente por el desplazamiento de enormes masas de agua hace millones de años.
Los científicos suponen que en el interior del planeta pueden haber enormes reservas de hielo e incluso mares y en consecuencia, la búsqueda de agua es uno de los objetivos principales de las investigaciones científicas propuestas para desentrañar los secretos de nuestro vecino en el sistema solar.
Actualmente, el método más óptimo para buscar agua en Marte es la espectroscopia en base a rayos gamma y neutrones. La atmósfera tenue y el bajo campo magnético de Marte, facilita a la radiación cósmica llegar hasta la superficie marciana.
Al interactuar con los elementos químicos del subsuelo marciano, a profundidades de entre 1 y 3 metros, esa radiación cósmica genera los llamados neutrones rápidos y rayos gamma que proporcionan información sobre los elementos químicos presentes en el suelo. En este caso la información valiosa es la existencia de hidrógeno, indicio inequívoco de la presencia de agua.
Para detectar hidrogeno en Marte los científicos utilizan Espectrómetros de Rayos Gamma (Gamma Ray Spectometer GRS) y Detectores de Neutrones de Alta Energía (High Energy Neutron Detector HEND), este último, diseñado por científicos del Instituto de Investigaciones Espaciales de la Academia de Ciencias de Rusia.
Desde hace más de siete años, instrumentos GRS y HEND operan exitosamente a bordo de la sonda estadounidense Odisea Marciana 2001 (Mars Odissey 2001), uno de los proyectos científicos más importantes dedicados al estudio del Planeta Rojo.
En torno a la órbita marciana, la sonda estadounidense descubrió grandes reservas de hielo bajo la superficie del planeta y midió la concentración de gas carbónico en su superficie.
A finales del pasado mes de mayo, en la superficie de Marte comenzó la misión de la sonda estadounidense Phoenix y sus primeras observaciones confirmaron la información recopilada por el HEND desde la órbita.
Con ayuda de un brazo mecánico, el Phoenix cavó en el suelo una hendidura poco profunda donde se encontró agua congelada, que varios días más tarde, al entrar en contacto con la atmósfera, probablemente se evaporó sin pasar al estado líquido.
En 2009 la NASA planea enviar a Marte un vehículo autónomo y entre sus equipos de investigación llevará el detector ruso Albedo Dinámico de Neutrones (Dynamic Albedo of Neutrons, DAN) para investigaciones más detalladas de la composición del subsuelo.
Básicamente, el DAN es un emisor activo de neutrones que penetran en el subsuelo marciano a profundidades de 1,5 y 2 metros para establecer la existencia de hidrógeno.
El DAN supone el 10 % de la masa total (50 kilogramos) de instrumentos que portará el vehículo estadounidense y la información que recopile será analizada tanto por científicos rusos y norteamericanos con metodologías diferentes
La comparación de los análisis obtenidos por los científicos de ambos países deberá corroborar y rectificar la exactitud de las mediciones hechas por el DAN en la superficie del Planeta Rojo.
sexta-feira, agosto 01, 2008
Indice de hoje
- "Hay agua en Marte" (vários)
- Desarrollan un método para universalizar el uso del hidrógeno como energía alternativa (El Mundo, Madrid)
- Desarrollan un método para universalizar el uso del hidrógeno como energía alternativa (El Mundo, Madrid)
Desarrollan un método para universalizar el uso del hidrógeno como energía alternativa
El Mundo (Madrid)
MADRID.- Un equipo de investigadores de la Universidad Complutense ha desarrollado un método que permitiría universalizar el uso del hidrógeno como energía alternativa.
Los españoles han realizado un nuevo tipo de material con medidas nanométricas que podría ser utilizado en pilas de combustible para generar energía eléctrica a partir de la combustión de hidrógeno a temperatura ambiente. Su trabajo se publica esta semana en la revista 'Science'.
La generación de electricidad mediante las pilas de combustible actuales requiere temperaturas que alcanzan los 800 grados centígrados, lo que supone un obstáculo para la universalización de esta tecnología verde.
Las pilas de combustible funcionan de forma similar a las baterías pero éstas sólo almacenan energía y las pilas la generan a través de la combustión de hidrógeno de forma limpia, eficiente y sostenible. Esto convierte al hidrógeno en una fuente de energía "verde" ya que se obtiene a partir del agua que, a su vez, es el único residuo de su combustión.
El problema es que las pilas de combustible de óxido sólido necesitan de un material que permita el transporte de iones entre dos electrodos y son necesarias temperaturas de hasta 800 grados centígrados para conseguir una conductividad iónica suficientemente elevada.
Los españoles han trabajado sobre unos materiales conocidos como óxidos complejos para diseñar materiales artificiales que aceleren estos procesos y para ello han utilizado las últimas técnicas de crecimiento de películas delgadas. Así han podido producir lo que denominan 'heteroestructuras', que alternan capas de distintos materiales con espesores de sólo unas pocas distancias atómicas.
Estas 'heteroestructuras' alternan capas de zircona estabilizada con itria, un material conductor iónico utilizado en las pilas de combustible, con capas de titanato de estroncio, un material aislante. El resultado es una conductividad iónica de proporciones colosales que trasladada a las pilas de combustible permitiría la generación de energía a temperatura ambiente.
Los resultados del trabajo de los españoles podrían permitir universalizar como fuente de energía verde las pilas de combustible, algo que se había convertido en un reto para los expertos en la Ciencia de Materiales.
MADRID.- Un equipo de investigadores de la Universidad Complutense ha desarrollado un método que permitiría universalizar el uso del hidrógeno como energía alternativa.
Los españoles han realizado un nuevo tipo de material con medidas nanométricas que podría ser utilizado en pilas de combustible para generar energía eléctrica a partir de la combustión de hidrógeno a temperatura ambiente. Su trabajo se publica esta semana en la revista 'Science'.
La generación de electricidad mediante las pilas de combustible actuales requiere temperaturas que alcanzan los 800 grados centígrados, lo que supone un obstáculo para la universalización de esta tecnología verde.
Las pilas de combustible funcionan de forma similar a las baterías pero éstas sólo almacenan energía y las pilas la generan a través de la combustión de hidrógeno de forma limpia, eficiente y sostenible. Esto convierte al hidrógeno en una fuente de energía "verde" ya que se obtiene a partir del agua que, a su vez, es el único residuo de su combustión.
El problema es que las pilas de combustible de óxido sólido necesitan de un material que permita el transporte de iones entre dos electrodos y son necesarias temperaturas de hasta 800 grados centígrados para conseguir una conductividad iónica suficientemente elevada.
Los españoles han trabajado sobre unos materiales conocidos como óxidos complejos para diseñar materiales artificiales que aceleren estos procesos y para ello han utilizado las últimas técnicas de crecimiento de películas delgadas. Así han podido producir lo que denominan 'heteroestructuras', que alternan capas de distintos materiales con espesores de sólo unas pocas distancias atómicas.
Estas 'heteroestructuras' alternan capas de zircona estabilizada con itria, un material conductor iónico utilizado en las pilas de combustible, con capas de titanato de estroncio, un material aislante. El resultado es una conductividad iónica de proporciones colosales que trasladada a las pilas de combustible permitiría la generación de energía a temperatura ambiente.
Los resultados del trabajo de los españoles podrían permitir universalizar como fuente de energía verde las pilas de combustible, algo que se había convertido en un reto para los expertos en la Ciencia de Materiales.
'Hay agua en Marte'
Ilustración Phoenix- NASA
El Mundo (Madrid)
La NASA: 'Hay agua en Marte'
WASHINGTON.- Las pruebas de laboratorio realizadas en el vehículo explorador 'Phoenix' han confirmado la existencia de agua en el planeta Marte, informó la NASA. Un comunicado de la agencia espacial estadounidense indicó que el miércoles el brazo robótico de 'Phoenix' depositó una muestra en un instrumento que identificó vapores de agua.
"Hay agua" en Marte, señaló William Boynton, científico del analizador termal de Phoenix en la Universidad de Arizona. Según Boynton, ésta es la primera vez concreta y segura de la presencia del líquido en el planeta.
Añadió que se habían detectado indicios de agua congelada en observaciones hechas por la nave 'Mars Odyssey' y en otros que se diluyeron al ser observadas por 'Phoenix' el mes pasado. "Pero esta es la primera vez que el agua marciana es tocada y probada", añadió.
La muestra donde se confirmó la presencia de agua fue extraída de una perforación de alrededor de cinco centímetros en el suelo marciano y donde el brazo robótico tropezó con una dura capa de material congelado.
El miércoles la muestra había estado dos días expuesta al ambiente marciano y el agua que contenía comenzó a evaporarse lo que facilitó su observación, dijo el comunicado.
"Marte nos está dando algunas sorpresas", señaló Peter Smith, investigador principal de la misión, al referirse al comportamiento diferente del material marciano.
La misión exploratoria de 'Phoenix' que descendió el 25 de mayo en un sector del polo norte marciano debía durar tres meses y terminaba en agosto. Sin embargo, en vista de los éxitos conseguidos ha sido extendida hasta el 30 de septiembre, indicó el comunicado de la NASA.
"'Phoenix' disfruta de buena salud y las proyecciones en lo que se refiere a su energía solar son buenas y queremos aprovechar este recurso en uno de los puntos más interesantes del planeta", dijo Michael Meyer, científico del Programa de Exploración de Marte.
El Pais (Madrid)
La NASA halla pruebas concluyentes de la presencia de agua en Marte
La sonda espacial Phoenix ha encontrado pruebas concluyentes de la presencia de agua congelada a poco menos de seis centímetros de profundidad bajo la superficie de Marte, según anunció ayer la NASA.
"Nuestro equipo científico está totalmente convencido de que se trata de agua", aseguró Peter Smith, el principal investigador de la misión, dirigida por la Universidad de Arizona. La nave Phoenix se topó el pasado mes de mayo con una capa de hielo y, escarbando en ésta, el brazo robótico del aparato tomó unas muestras que, según pudieron comprobar los científicos de la NASA mediante las fotografías enviadas por la sonda Phoenix en junio, se derritieron.
William Boynton, científico del analizador termal de Phoenix, dijo que el agua fue identificada después de que el miércoles el brazo robótico de la sonda pasara una muestra a un instrumento que identifica los vapores producidos emitiendo calor. La muestra que permitió confirmar la presencia de agua fue extraída de una perforación en el suelo marciano en la que el brazo robótico tropezó con una dura capa de material congelado. El miércoles la muestra había estado dos días expuesta al ambiente marciano y el agua que contenía comenzó a evaporar, lo que facilitó su observación, aclaró un comunicado difundido por la NASA.
"Tenemos agua", afirmó Boynton en el comunicado. "Ya hemos visto evidencias de este agua congelada antes, en observaciones de la sonda espacial Mars Odyssey y en trozos desvanecidos observados por el Phoenix el mes pasado, pero ésta es la primera vez que se toca y se prueba [la existencia de] agua en Marte", agregó.
La NASA anunció que la misión de la sonda Phoenix se ampliará de 90 a 124 días solares marcianos, es decir, que durará cinco semanas más, hasta el próximo 30 de septiembre. Además, el jefe científico del Programa de Exploración de Marte de la agencia espacial estadounidense, Michael Meyer, señaló que la misión, financiada con 420 millones de dólares (269 millones de euros), contará con otros dos millones de dólares (1,28 millones de euros) para financiar la extensión de la misión. "Phoenix disfruta de buena salud, las proyecciones en lo que se refiere a su energía solar son buenas y queremos aprovechar este recurso en uno de los puntos más interesantes del planeta", explicó Meyer
ABC (Madrid)
Hay agua en Marte
Todos lo esperaban, todos lo sabían desde hace años, pero hasta ahora no había una confirmación oficial. En Marte hay agua. Más allá de las imágenes de satélite, de las sospechas a partir de datos dispersos, de las imágenes confusas, la sonda Phoenix ha comprobado en sus análisis la existencia del líquido elemento en el planeta rojo. En un comunicado de la agencia espacial estadounidense, la NASA indicó que el pasado miércoles el brazo robótico de la nave estadounidense depositó una muestra en un instrumento que identificó vapores de agua.
«Tenemos agua» en Marte, señaló William Boynton, encargado del analizador térmico de Phoenix en la Universidad de Arizona. Según el científico, ésta es la primera vez que se concreta, sin el menor resquicio de duda, la presencia de agua en el planeta.
Boynton añadió que ya se habían detectado indicios de agua congelada en observaciones anteriores hechas por la nave Mars Odyssey, así como por la propia Phoenix, que hace cerca de un mes fotografió unas misteriosas formas blancas que poco después habían desaparecido. Los científicos aventuraron entonces que se trataba de hielo que se evaporaba, pero no podían estar completamente seguros.
La primera vez
«Esta es la primera vez que el agua marciana es, se toca y se prueba», añadió el investigador. La muestra en la que se confirmó la presencia de agua fue extraída de una perforación de alrededor de cinco centímetros en el suelo marciano, bajo la que el brazo robótico de dos metros de longitud tropezó con una dura capa de material congelado.
El miércoles, la muestra había estado dos días expuesta al ambiente marciano y el agua que contenía comenzó a evaporarse, hecho que facilitó su observación, afirma el comunicado. «"Marte nos está dando algunas sorpresas», señaló por su parte Peter Smith, investigador principal de la misión, al referirse al comportamiento «diferente» del material marciano analizado.
La misión exploratoria de Phoenix, que descendió el pasado 25 de mayo en la zona ártica marciana debía durar tres meses y terminaba en agosto. Sin embargo, en vista de los éxitos conseguidos, la agencia estadounidense ha decidido prolongarla hasta el 30 de septiembre. «Phoenix goza de buena salud y las proyecciones en lo que se refiere a su energía solar son buenas y queremos aprovechar este recurso en uno de los puntos más interesantes del planeta», dijo Michael Meyer, científico del Programa de Exploración de Marte.
Le Figaro (Paris)
Il y a bien de l'eau sur Mars
Déjà observée à distance, de l'eau martienne a été touchée et analysée sur place par la sonde Phoenix, dont la mission vient d'être prolongée.
H²O. La présence de cette molécule, si commune sur Terre, a été une fois pour toute confirmée à la surface de Mars par les analyses réalisées sur place par l'atterrisseur Phoenix, a annoncé la Nasa.
«Nous avons (trouvé) de l'eau», a déclaré William Boynton, responsable des opérations d'un des détecteurs qui bardent la sonde envoyée sur le sol martien par la Nasa. «Nous avions déjà vu des preuves de cette eau gelée grâce aux observations de l'orbiteur Mars Odyssey et à la disparition des morceaux de glace observée le mois dernier (voir ce phénomène en image). Mais c'est la première fois que de l'eau martienne a été touchée et analysée» directement.
Les scientifiques cherchent désormais à « comprendre l'histoire de la glace (martienne), en essayant de savoir si elle a déjà fondu, et en fondant a créé un environnement liquide qui modifie le sol, en change la chimie », a souligné Peter Smith, chef des chercheurs scientifiques de la mission. Selon lui, deux précédentes analyses ont montré la présence dans le sol martien de nutriments comme «du sodium, du potassium, du magnésium, des chlorures, toutes ces choses que nous trouvons dans notre propres corps et qui sont importantes pour (que se développe) la vie».
«Toutefois, nous n'avons pas encore mis en évidence de matières organiques», qui établiraient formellement la présence de vie sur Mars, a-t-il souligné. «A travers cela, nous espérons aussi apporter des réponses à la question de savoir s'il y a une zone habitable sur mars, où il y aurait de l'eau (sous forme liquide) de temps en temps et des matières qui sont les ingrédients de base de formes de vie», a-t-il ajouté.
«La mission a déjà atteint ses objectifs minimaux, et nous sommes tout près d'atteindre tous les objectifs», selon la Nasa. Phoenix est jugée « très fructueuse » par l'agence spatiale américaine. La sonde fonctionne « parfaitement » et dispose de suffisamment d'énergie pour s'offrir un supplément de séjour sur la planète rouge. En conséquence, sa mission vient d'être prolongée jusqu'au 30 septembre, soit une rallonge de cinq semaines.
Le Monde (Paris)
L'eau martienne analysée pour la première fois
Les scientifiques de la NASA ont obtenu la preuve définitive de la présence d'eau sur Mars, grâce à l'analyse d'échantillons par la sonde américaine Phoenix Mars Lander, qui s'est posée le 25 mai dans une région inexplorée de la Planète rouge. Après plusieurs observations, "c'est la première fois que de l'eau en provenance de Mars est touchée et analysée" par des instruments scientifiques, a expliqué, jeudi 31 juillet, le chercheur William Boynton, de l'Université de l'Arizona.
L'agence spatiale américaine a également annoncé qu'elle prolongeait de cinq semaines la mission "très fructueuse" de Phoenix, expliquant qu'au-delà de la recherche d'eau, elle explorerait la possibilité de la Planète rouge d'accueillir la vie. Devant initialement durer trois mois, la mission s'achèvera ainsi le 30 septembre. Cette prolongation coûtera à l'agence spatiale 2 millions de dollars, s'ajoutant aux 420 millions du budget. "La mission a déjà atteint ses objectifs minimaux, et nous sommes tout près d'atteindre tous les objectifs", a estimé le responsable scientifique du programme d'exploration de Mars à la NASA, Michael Meyer.
"Nous espérons pouvoir répondre à la question de savoir s'il existe une zone habitable sur Mars, où il y aurait de l'eau [sous forme liquide] de temps en temps et des matières qui sont les ingrédients de base de formes de vie", a précisé Peter Smith, à la tête des chercheurs sur le projet. Les scientifiques "cherchent à comprendre l'histoire de la glace [martienne], en essayant de savoir si cette glace a déjà fondu, et en fondant créé un environnement liquide qui modifie le sol et en change la chimie". Deux précédentes analyses ont montré la présence dans le sol martien de nutriments comme "du sodium, du potassium, du magnésium, des chlorures, toutes ces choses que nous trouvons dans notre propre corps et qui sont importantes pour [que se développe] la vie". Mais "nous n'avons pas encore mis en évidence de matières organiques", qui établiraient formellement la présence de la vie sur Mars, a-t-il souligné.
Público (Lisboa)
A sonda Phoenix da NASA encontrou finalmente água em Marte
“Temos água”, declarou, simplesmente, William Boynton, responsável pelo TEGA (Thermal and Evolved-Gas Analyzer), um dos instrumentos da sonda Phoenix da NASA, actualmente em missão no pólo norte de Marte. E acrescentou: “já tínhamos provas de que existe água gelada através das observações da sonda orbital Mars Odyssey e a sonda Phoenix tinha visto, no mês passado, pedrinhas de gelo a desaparecer. Mas esta é a primeira vez que tocamos e provamos água marciana.”
Foi no TEGA que uma amostra de solo marciano foi depositada hoje pelo braço da Phoenix e a seguir analisada. O TEGA é um minúsculo forno que permite aquecer as amostras para identificar os vapores produzidos. A amostra em questão, explica um comunicado da NASA, provinha de uma minúscula vala com cerca de cinco centímetros de profundidade. Mas, nos últimos dias, o braço tinha tido dificuldades para fazer a recolha de amostras de solo gelado e duas tentativas anteriores tinham falhado: as amostras ficavam coladas à espátula – algo que os responsáveis da missão não tinham previsto. Entretanto, como o solo permaneceu exposto dois dias à atmosfera, tornou-se mais fácil de manipular.
“Marte está a oferecer-nos algumas surpresas”, declarou Peter Smith, investigador principal da missão, da Universidade do Arizona, citado pelo comunicado. “É excitante porque quando surgem surpresas, as descobertas acontecem. Uma das surpresas é a maneira como o solo reage. As camadas ricas em gelo colam-se à espátula quando ficam ao sol, o que não corresponde àquilo que esperávamos com base nas nossas simulações. Foi um desafio introduzir as amostras [no TEGA], mas estamos a descobrir maneiras de o fazer e a recolher imensa informação que nos vai permitir perceber o solo de Marte.”
Face aos resultados, a NASA anunciou que a missão da Phoenix, que deveria terminar em finais de Agosto, vai ser prolongada até 30 de Setembro – mais cinco semanas do que o inicialmente previsto (90 dias). “A Phoenix está de boa saúde e as previsões em termos de energia solar parecem boas, portanto vamos aproveitar ao máximo as suas capacidades”, disse Michael Meyer, responsável pelo programa de exploração do planeta.
A Phoenix, que poisou em Marte a 25 de Março, é um autêntico geólogo robotizado e a sua missão é determinar se terá havido naquele planeta, nos últimos dez milhões de anos, condições para a existência de alguma forma de vida.
Com o seu braço robotizado de 2,35 metros de comprimento, consegue escavar o solo até meio metro de profundidade. As amostras colhidas pelo braço passam depois para outros instrumentos: para além do TEGA, um outro, o MECA (Microscopy, Electrochemistry and Conductivity Analyzer) analisa as suas propriedades físico-químicas e examina ao microscópio os seus minerais. A panóplia de instrumentos científicos da sonda inclui ainda uma estação meteorológica, que permite medir a água, as poeiras e a temperatura presentes na atmosfera. Uma câmara colocada no braço robotizado recolhe imagens do solo escavado, enquanto uma outra, num mastro, fotografa a paisagem.
El Mundo (Madrid)
La NASA: 'Hay agua en Marte'
WASHINGTON.- Las pruebas de laboratorio realizadas en el vehículo explorador 'Phoenix' han confirmado la existencia de agua en el planeta Marte, informó la NASA. Un comunicado de la agencia espacial estadounidense indicó que el miércoles el brazo robótico de 'Phoenix' depositó una muestra en un instrumento que identificó vapores de agua.
"Hay agua" en Marte, señaló William Boynton, científico del analizador termal de Phoenix en la Universidad de Arizona. Según Boynton, ésta es la primera vez concreta y segura de la presencia del líquido en el planeta.
Añadió que se habían detectado indicios de agua congelada en observaciones hechas por la nave 'Mars Odyssey' y en otros que se diluyeron al ser observadas por 'Phoenix' el mes pasado. "Pero esta es la primera vez que el agua marciana es tocada y probada", añadió.
La muestra donde se confirmó la presencia de agua fue extraída de una perforación de alrededor de cinco centímetros en el suelo marciano y donde el brazo robótico tropezó con una dura capa de material congelado.
El miércoles la muestra había estado dos días expuesta al ambiente marciano y el agua que contenía comenzó a evaporarse lo que facilitó su observación, dijo el comunicado.
"Marte nos está dando algunas sorpresas", señaló Peter Smith, investigador principal de la misión, al referirse al comportamiento diferente del material marciano.
La misión exploratoria de 'Phoenix' que descendió el 25 de mayo en un sector del polo norte marciano debía durar tres meses y terminaba en agosto. Sin embargo, en vista de los éxitos conseguidos ha sido extendida hasta el 30 de septiembre, indicó el comunicado de la NASA.
"'Phoenix' disfruta de buena salud y las proyecciones en lo que se refiere a su energía solar son buenas y queremos aprovechar este recurso en uno de los puntos más interesantes del planeta", dijo Michael Meyer, científico del Programa de Exploración de Marte.
El Pais (Madrid)
La NASA halla pruebas concluyentes de la presencia de agua en Marte
La sonda espacial Phoenix ha encontrado pruebas concluyentes de la presencia de agua congelada a poco menos de seis centímetros de profundidad bajo la superficie de Marte, según anunció ayer la NASA.
"Nuestro equipo científico está totalmente convencido de que se trata de agua", aseguró Peter Smith, el principal investigador de la misión, dirigida por la Universidad de Arizona. La nave Phoenix se topó el pasado mes de mayo con una capa de hielo y, escarbando en ésta, el brazo robótico del aparato tomó unas muestras que, según pudieron comprobar los científicos de la NASA mediante las fotografías enviadas por la sonda Phoenix en junio, se derritieron.
William Boynton, científico del analizador termal de Phoenix, dijo que el agua fue identificada después de que el miércoles el brazo robótico de la sonda pasara una muestra a un instrumento que identifica los vapores producidos emitiendo calor. La muestra que permitió confirmar la presencia de agua fue extraída de una perforación en el suelo marciano en la que el brazo robótico tropezó con una dura capa de material congelado. El miércoles la muestra había estado dos días expuesta al ambiente marciano y el agua que contenía comenzó a evaporar, lo que facilitó su observación, aclaró un comunicado difundido por la NASA.
"Tenemos agua", afirmó Boynton en el comunicado. "Ya hemos visto evidencias de este agua congelada antes, en observaciones de la sonda espacial Mars Odyssey y en trozos desvanecidos observados por el Phoenix el mes pasado, pero ésta es la primera vez que se toca y se prueba [la existencia de] agua en Marte", agregó.
La NASA anunció que la misión de la sonda Phoenix se ampliará de 90 a 124 días solares marcianos, es decir, que durará cinco semanas más, hasta el próximo 30 de septiembre. Además, el jefe científico del Programa de Exploración de Marte de la agencia espacial estadounidense, Michael Meyer, señaló que la misión, financiada con 420 millones de dólares (269 millones de euros), contará con otros dos millones de dólares (1,28 millones de euros) para financiar la extensión de la misión. "Phoenix disfruta de buena salud, las proyecciones en lo que se refiere a su energía solar son buenas y queremos aprovechar este recurso en uno de los puntos más interesantes del planeta", explicó Meyer
ABC (Madrid)
Hay agua en Marte
Todos lo esperaban, todos lo sabían desde hace años, pero hasta ahora no había una confirmación oficial. En Marte hay agua. Más allá de las imágenes de satélite, de las sospechas a partir de datos dispersos, de las imágenes confusas, la sonda Phoenix ha comprobado en sus análisis la existencia del líquido elemento en el planeta rojo. En un comunicado de la agencia espacial estadounidense, la NASA indicó que el pasado miércoles el brazo robótico de la nave estadounidense depositó una muestra en un instrumento que identificó vapores de agua.
«Tenemos agua» en Marte, señaló William Boynton, encargado del analizador térmico de Phoenix en la Universidad de Arizona. Según el científico, ésta es la primera vez que se concreta, sin el menor resquicio de duda, la presencia de agua en el planeta.
Boynton añadió que ya se habían detectado indicios de agua congelada en observaciones anteriores hechas por la nave Mars Odyssey, así como por la propia Phoenix, que hace cerca de un mes fotografió unas misteriosas formas blancas que poco después habían desaparecido. Los científicos aventuraron entonces que se trataba de hielo que se evaporaba, pero no podían estar completamente seguros.
La primera vez
«Esta es la primera vez que el agua marciana es, se toca y se prueba», añadió el investigador. La muestra en la que se confirmó la presencia de agua fue extraída de una perforación de alrededor de cinco centímetros en el suelo marciano, bajo la que el brazo robótico de dos metros de longitud tropezó con una dura capa de material congelado.
El miércoles, la muestra había estado dos días expuesta al ambiente marciano y el agua que contenía comenzó a evaporarse, hecho que facilitó su observación, afirma el comunicado. «"Marte nos está dando algunas sorpresas», señaló por su parte Peter Smith, investigador principal de la misión, al referirse al comportamiento «diferente» del material marciano analizado.
La misión exploratoria de Phoenix, que descendió el pasado 25 de mayo en la zona ártica marciana debía durar tres meses y terminaba en agosto. Sin embargo, en vista de los éxitos conseguidos, la agencia estadounidense ha decidido prolongarla hasta el 30 de septiembre. «Phoenix goza de buena salud y las proyecciones en lo que se refiere a su energía solar son buenas y queremos aprovechar este recurso en uno de los puntos más interesantes del planeta», dijo Michael Meyer, científico del Programa de Exploración de Marte.
Le Figaro (Paris)
Il y a bien de l'eau sur Mars
Déjà observée à distance, de l'eau martienne a été touchée et analysée sur place par la sonde Phoenix, dont la mission vient d'être prolongée.
H²O. La présence de cette molécule, si commune sur Terre, a été une fois pour toute confirmée à la surface de Mars par les analyses réalisées sur place par l'atterrisseur Phoenix, a annoncé la Nasa.
«Nous avons (trouvé) de l'eau», a déclaré William Boynton, responsable des opérations d'un des détecteurs qui bardent la sonde envoyée sur le sol martien par la Nasa. «Nous avions déjà vu des preuves de cette eau gelée grâce aux observations de l'orbiteur Mars Odyssey et à la disparition des morceaux de glace observée le mois dernier (voir ce phénomène en image). Mais c'est la première fois que de l'eau martienne a été touchée et analysée» directement.
Les scientifiques cherchent désormais à « comprendre l'histoire de la glace (martienne), en essayant de savoir si elle a déjà fondu, et en fondant a créé un environnement liquide qui modifie le sol, en change la chimie », a souligné Peter Smith, chef des chercheurs scientifiques de la mission. Selon lui, deux précédentes analyses ont montré la présence dans le sol martien de nutriments comme «du sodium, du potassium, du magnésium, des chlorures, toutes ces choses que nous trouvons dans notre propres corps et qui sont importantes pour (que se développe) la vie».
«Toutefois, nous n'avons pas encore mis en évidence de matières organiques», qui établiraient formellement la présence de vie sur Mars, a-t-il souligné. «A travers cela, nous espérons aussi apporter des réponses à la question de savoir s'il y a une zone habitable sur mars, où il y aurait de l'eau (sous forme liquide) de temps en temps et des matières qui sont les ingrédients de base de formes de vie», a-t-il ajouté.
«La mission a déjà atteint ses objectifs minimaux, et nous sommes tout près d'atteindre tous les objectifs», selon la Nasa. Phoenix est jugée « très fructueuse » par l'agence spatiale américaine. La sonde fonctionne « parfaitement » et dispose de suffisamment d'énergie pour s'offrir un supplément de séjour sur la planète rouge. En conséquence, sa mission vient d'être prolongée jusqu'au 30 septembre, soit une rallonge de cinq semaines.
Le Monde (Paris)
L'eau martienne analysée pour la première fois
Les scientifiques de la NASA ont obtenu la preuve définitive de la présence d'eau sur Mars, grâce à l'analyse d'échantillons par la sonde américaine Phoenix Mars Lander, qui s'est posée le 25 mai dans une région inexplorée de la Planète rouge. Après plusieurs observations, "c'est la première fois que de l'eau en provenance de Mars est touchée et analysée" par des instruments scientifiques, a expliqué, jeudi 31 juillet, le chercheur William Boynton, de l'Université de l'Arizona.
L'agence spatiale américaine a également annoncé qu'elle prolongeait de cinq semaines la mission "très fructueuse" de Phoenix, expliquant qu'au-delà de la recherche d'eau, elle explorerait la possibilité de la Planète rouge d'accueillir la vie. Devant initialement durer trois mois, la mission s'achèvera ainsi le 30 septembre. Cette prolongation coûtera à l'agence spatiale 2 millions de dollars, s'ajoutant aux 420 millions du budget. "La mission a déjà atteint ses objectifs minimaux, et nous sommes tout près d'atteindre tous les objectifs", a estimé le responsable scientifique du programme d'exploration de Mars à la NASA, Michael Meyer.
"Nous espérons pouvoir répondre à la question de savoir s'il existe une zone habitable sur Mars, où il y aurait de l'eau [sous forme liquide] de temps en temps et des matières qui sont les ingrédients de base de formes de vie", a précisé Peter Smith, à la tête des chercheurs sur le projet. Les scientifiques "cherchent à comprendre l'histoire de la glace [martienne], en essayant de savoir si cette glace a déjà fondu, et en fondant créé un environnement liquide qui modifie le sol et en change la chimie". Deux précédentes analyses ont montré la présence dans le sol martien de nutriments comme "du sodium, du potassium, du magnésium, des chlorures, toutes ces choses que nous trouvons dans notre propre corps et qui sont importantes pour [que se développe] la vie". Mais "nous n'avons pas encore mis en évidence de matières organiques", qui établiraient formellement la présence de la vie sur Mars, a-t-il souligné.
Público (Lisboa)
A sonda Phoenix da NASA encontrou finalmente água em Marte
“Temos água”, declarou, simplesmente, William Boynton, responsável pelo TEGA (Thermal and Evolved-Gas Analyzer), um dos instrumentos da sonda Phoenix da NASA, actualmente em missão no pólo norte de Marte. E acrescentou: “já tínhamos provas de que existe água gelada através das observações da sonda orbital Mars Odyssey e a sonda Phoenix tinha visto, no mês passado, pedrinhas de gelo a desaparecer. Mas esta é a primeira vez que tocamos e provamos água marciana.”
Foi no TEGA que uma amostra de solo marciano foi depositada hoje pelo braço da Phoenix e a seguir analisada. O TEGA é um minúsculo forno que permite aquecer as amostras para identificar os vapores produzidos. A amostra em questão, explica um comunicado da NASA, provinha de uma minúscula vala com cerca de cinco centímetros de profundidade. Mas, nos últimos dias, o braço tinha tido dificuldades para fazer a recolha de amostras de solo gelado e duas tentativas anteriores tinham falhado: as amostras ficavam coladas à espátula – algo que os responsáveis da missão não tinham previsto. Entretanto, como o solo permaneceu exposto dois dias à atmosfera, tornou-se mais fácil de manipular.
“Marte está a oferecer-nos algumas surpresas”, declarou Peter Smith, investigador principal da missão, da Universidade do Arizona, citado pelo comunicado. “É excitante porque quando surgem surpresas, as descobertas acontecem. Uma das surpresas é a maneira como o solo reage. As camadas ricas em gelo colam-se à espátula quando ficam ao sol, o que não corresponde àquilo que esperávamos com base nas nossas simulações. Foi um desafio introduzir as amostras [no TEGA], mas estamos a descobrir maneiras de o fazer e a recolher imensa informação que nos vai permitir perceber o solo de Marte.”
Face aos resultados, a NASA anunciou que a missão da Phoenix, que deveria terminar em finais de Agosto, vai ser prolongada até 30 de Setembro – mais cinco semanas do que o inicialmente previsto (90 dias). “A Phoenix está de boa saúde e as previsões em termos de energia solar parecem boas, portanto vamos aproveitar ao máximo as suas capacidades”, disse Michael Meyer, responsável pelo programa de exploração do planeta.
A Phoenix, que poisou em Marte a 25 de Março, é um autêntico geólogo robotizado e a sua missão é determinar se terá havido naquele planeta, nos últimos dez milhões de anos, condições para a existência de alguma forma de vida.
Com o seu braço robotizado de 2,35 metros de comprimento, consegue escavar o solo até meio metro de profundidade. As amostras colhidas pelo braço passam depois para outros instrumentos: para além do TEGA, um outro, o MECA (Microscopy, Electrochemistry and Conductivity Analyzer) analisa as suas propriedades físico-químicas e examina ao microscópio os seus minerais. A panóplia de instrumentos científicos da sonda inclui ainda uma estação meteorológica, que permite medir a água, as poeiras e a temperatura presentes na atmosfera. Uma câmara colocada no braço robotizado recolhe imagens do solo escavado, enquanto uma outra, num mastro, fotografa a paisagem.