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quarta-feira, outubro 31, 2007

Índice de hoje 

- Putin honra por primera vez a las víctimas de Stalin (ABC, Madrid)
- Astrônomos descobrem três novos planetas extra-solares (Folha de S. Paulo, Brasil)

Putin honra por primera vez a las víctimas de Stalin 

ABC (Madrid)
por RAFAEL M. MAÑUECO


MOSCÚ. Por primera vez en sus casi ocho años al frente del Kremlin, el presidente Vladímir Putin participó ayer en los actos en memoria de los cerca de 30 millones de víctimas de la represión política durante la época soviética. El gesto es bastante chocante si se tiene en cuenta que Putin, ex agente del KGB, ha defendido siempre al antiguo régimen y considera que la figura de Stalin no es tan negativa, ya que bajo su dirección «se industrializó el país, se ganó la guerra al nazismo y la URSS se convirtió en una de las grandes superpotencias».

Los manuales de historia para escolares editados en Rusia en los últimos años recogen precisamente esas ideas, subrayando que, pese a la existencia de aspectos oscuros, el sanguinario dictador soviético hizo que su país fuera respetado y temido en el mundo. El precio que se pagó en vidas humanas no cuenta.

Pero algo debe temer Putin cuando, por primera vez en toda su vida, admite que «fueron exterminadas decenas de miles, millones de personas, sobre todo, gente con ideas propias». «Se eliminó a los más preparados, a la flor y nata de la nación», recalcó. El primer mandatario ruso pronunció tales palabras en el campo de Bútovo, en la periferia moscovita, en donde hace justo 70 años fueron fusiladas más de 20.000 personas por orden de Stalin.

Acompañado del Patriarca de la Iglesia Ortodoxa rusa, Alexis II, y del Defensor del Pueblo, Vladímir Lukín, Putin asistió a un oficio religioso e hizo una ofrenda floral. «Debemos hacer todo lo posible para no olvidar nunca esta tragedia», manifestó el máximo dirigente ruso, quien deberá abandonar la presidencia en marzo. Algunos analistas creen que dentro del Kremlin hay división entre quienes piensan que la política del futuro sucesor de Putin ha de mantenerse invariable y quienes opinan que debe endurecerse.

No liberan a Jodorkovski

Pero muchas de las personas que también rindieron ayer homenaje a las víctimas del terror rojo en la plaza de la Lubianka, en donde se halla la sede del FSB -el antiguo KGB-, creen que en Rusia continúa la represión y los presos políticos. Según ellos, uno es el antiguo presidente de la desmantelada petrolera Yukos, Mijaíl Jodorkovski. De acuerdo con la ley, Jodorkovski, que cumple desde 2003 una pena de 8 años de reclusión en Siberia, debería haberse beneficiado ya del régimen abierto, pero, según denuncian, se ha demorado por una supuesta infracción contra el régimen disciplinaria de la prisión.

Astrônomos descobrem três novos planetas extra-solares 

Folha de S. Paulo (Brasil)


Astrônomos de um grupo internacional anunciaram nesta quarta-feira (31) a descoberta de três novos planetas "extra-solares", que têm tamanhos similares aos de Júpiter.

A descoberta foi feita por membros do instituto Wide Angle Search for Planets (Wasp), por meio de "super câmeras" instaladas na África do Sul e nas Ilhas Canárias, que monitoram estrelas em todo o céu.

Os planetas receberam os nomes de Wasp-3, Wasp-4 e Wasp-5 e dão seqüência à série de descobertas feitas pelo grupo. No ano passado, foram localizados os planetas Wasp-1 e Wasp-2.

Esses planetas são chamados "extra-solares", pois não orbitam em torno do sol. Sua trajetória está associada a estrelas. De acordo com o instituto, mais de 200 planetas como esses são conhecidos pelos astrônomos.

Vida improvável

Conforme o professor Andrew Collier Cameron, da University of St. Andrews, na Escócia, é muito pouco provável que haja vida nesses três novos planetas. Isso porque, na avaliação dele, a temperatura nesses locais pode chegar a 2.000ºC.

"Todos os três planetas são similares a Júpter, mas eles estão tão próximos de suas estrelas que o 'ano' ali dura menos de dois dias. Eles têm um dos menores períodos orbitais já descobertos", afirma o cientista, em comunicado.

"Estar tão perto de suas estrelas faz com que a temperatura de superfície dos planetas chegue a mais de 2.000ºC, então é improvável que haja vida lá", complementa.

Eclipse

Os três planetas foram descobertos quando as câmeras do Wasp detectaram pequenas interrupções no brilho das estrelas desses planetas. Isso ocorria quando eles passavam em frente delas.

É um fenômeno semelhante ao que ocorre quando a lua passa entre o sol e a Terra durante um eclipse solar.

Segundo os astrônomos, estudar esse tipo de planeta permite que os cientistas descubram mais sobre como os sistemas solares se formam.

"Quando nós vemos esse trânsito, nós podemos deduzir o tamanho e a massa do planeta e também saber do que ele é feito. A partir disso, é possível usar esses planetas para estudar a origem dos sistemas solares", afirma Coel Hellier, da Keele University, no Reino Unido, que também integra o WASP.

Os planetas Wasp-4 e Wasp-5 foram descobertos por meio de câmeras instaladas na África do Sul e podem ser vistos do emisfério Sul. Já os outros três planetas encontrados pelo grupo são vistos do hemisfério Norte.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Índice de hoje 

- Universo veio com defeito de fabricação, diz estudo (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Nicolas Sarkozy s’explique avec les cheminots (Le Figaro, Paris)

Universo veio com defeito de fabricação, diz estudo 

Folha de S. Paulo (Brasil)
por RAFAEL GARCIA


Uma das questões que atormentam a cosmologia atual pode ganhar uma resposta em breve, promete um estudo publicado hoje. O trabalho, liderado pelo cosmólogo espanhol Marcos Cruz, do Instituto de Física de Cantábria, oferece explicação para a chamada "mancha fria", uma região do espaço onde parece não existir nada.

Segundo o cientista, o que acontece nessa grande área --um buraco no céu com um bilhão de anos-luz de largura-- não é a inexistência de matéria e energia, mas a distorção daquilo que vemos causada por um defeito no espaço.

A mancha fria foi detectada pelo satélite WMAP, lançado em 2001, que mapeou com grande precisão as microondas que permeiam o espaço. Essa energia, conhecida como radiação cósmica de fundo, é uma espécie de eco do Big Bang, a explosão que gerou o Universo, pois se formou naquela época.

O problema de atribuir a essa região a um vazio é que os cosmólogos acreditam que a matéria e a energia espalhadas pelo Big Bang deveriam se distribuir de maneira minimamente uniforme. Um vazio daquele tamanho não faz sentido.

Segundo Cruz e colaboradores do Laboratório Cavendish, de Cambridge (Reino Unido), o que aconteceu é que a radiação que deveria ser detectada naquela área foi desviada em seu trajeto por causa de "defeitos" na constituição do espaço.

Segundo Cruz, o que causou esses defeitos --estruturas semelhantes a bolhas de espaço retorcido batizadas "texturas"- foi o resfriamento do Universo com a passagem do tempo após o Big Bang. A distribuição de matéria, que deveria ser mais ou menos simétrica, teria ficado comprometida, e surgiram manchas.

É um fenômeno semelhante às regiões opacas que aparecem num cubo de gelo quando a água se solidifica. Algumas teorias da física que tentam unificar todas as forças da natureza em uma só prevêem a mesma coisa, com a diferença que os estados da matéria num ambiente como o Universo primordial tinham uma quantidade violenta de energia.

"Assim como o desalinhamento na estrutura cristalina do gelo leva a defeitos, o desalinhamento na quebra de simetria das teorias unificadas leva à formação de defeitos cósmicos", escrevem Cruz e colegas.

Passível de teste

Os autores do artigo, porém, reconhecem que o trabalho na "Science" --baseado em simulações de computador e imagens de telescópios-- não é uma prova definitiva da hipótese da "textura". Contudo, eles oferecem previsões que podem ser testadas por satélites no futuro.

"Se essa mancha for uma textura, ela vai permitir discriminar entre diferentes teorias que foram propostas sobre como o universo evoluiu", diz Cruz em comunicado à imprensa.

Apesar de não ter certeza de que a mancha fria é uma textura, já está praticamente descartada a hipótese de ela ter surgido por acaso. "A probabilidade de isso ser apenas uma flutuação aleatória é de cerca de 1%", diz Neil Turok, de Cambridge, que participou do estudo.

O grupo de Cruz, porém, terá um bom trabalho para convencer toda a comunidade de físicos de sua interpretação sobre a mancha fria está correta.

"Sou um pouco cético em relação a essa explicação, pois os modelos cosmológicos baseados neste tipo de defeitos levam a outros tipos de dificuldades que não são observadas", disse à Folha Laerte Sodré, astrofísico da USP. "[Essa hipóteses leva] a um excesso de estruturas enormes de grande densidade ou baixa densidade."

O estudo de Cruz bate de frente com resultados obtidos por outro cosmólogo atuante, Lawrence Rudnick. Em agosto, ele apresentou evidências de que a mancha fria seria mesmo um grande vazio. Para Sodré, porém, inconsistências atuais não decretam a morte da teoria das texturas. "É possível que mudanças na teoria superem esses problemas, de modo que precisamos manter o espírito aberto."

Nicolas Sarkozy s’explique avec les cheminots 

Le Figaro (Paris)


Le chef de l’Etat s’est rendu vendredi matin dans un centre d'entretien de la SNCF à Saint-Denis pour rencontrer des salariés de l’entreprise. Un face-à-face tendu.

«Avec vous, c'est ‘travaillez plus pour gagner moins’ !» Dès son arrivée au centre SNCF de Saint-Denis pour une visite-surprise sous l’œil des caméras vendredi, Nicolas Sarkozy a été cueilli à froid par des cheminots mécontents. «Pas un cheminot ne gagnera moins», a répliqué le chef de l’Etat. «Instrumentalisation ! Avec votre réforme on est en train de s’appauvrir», lui a rétorqué un autre employé de la SNCF, avant d’évoquer la pénibilité de l’emploi, les trois-huit, les fins de semaines travaillées, les bas salaires…

Mais Nicolas Sarkozy était venu délivrer un message : celui de la nécessité de financer les retraites. «Je ne peux pas croire que vous êtes à ce point inconscients de la réalité. Il faut qu'on cotise plus longtemps» même «si c'est pas marrant à entendre», a-t-il martelé. Avant d’ajouter : «On peut tout dire de moi, sauf que je suis un lâche et un hypocrite. Je ne vous prends pas en traître. La réforme des régimes spéciaux, j'avais dit que je la ferai».

«Je ne céderai pas»

«Je ne céderai pas» sur les régimes spéciaux, a répondu Nicolas Sarkozy. «En revanche, je m'engage à ce que personne ne perde de sa retraite en cotisant plus. Votre statut de cheminot, vous le garderez. On peut discuter de tout: la politique de l'emploi et des salaires, la pénibilité, la décote, la date d'application».

Peine perdue. Pour un syndicaliste de Sud-Rail, «c'est la rue qui va parler. On n'arrivera pas à se mettre d'accord aujourd'hui». Et Sarkozy de répliquer : «Le choix de la rue dans une démocratie, ce n'est pas un bon choix. Ca montera une partie des Français contre les cheminots».

«Stratégie de confrontation»

Les sifflets des syndicalistes ont marqué la fin de la visite présidentielle. Pas de quoi troubler Nicolas Sarkozy. «Quand quelqu'un vient vous parler, quel qu'il soit, on ne le siffle pas», a-t-il répliqué. «Les Français vous regardent. Si vous voulez que les cheminots soient respectés, ne donnez pas une image qui n'est pas la vôtre».

Mais que donc allait faire le chef de l’Etat dans cette galère ? Pour Benoît Hamon, qui s’exprimait au nom du PS, ce n’était rien d’autre qu’une «stratégie délibérée de confrontation avec le mouvement social». «C'est une curieuse conception du dialogue social que de dire aux salariés de la SNCF que l'on mène une négociation mais que rien ne changera dans le projet du gouvernement», a ironisé le porte-parole socialiste.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Por qué Bush habla enfáticamente de la “Tercera Guerra Mundial”? 

Diário do Povo (Pequim)


En el mundo de hoy, ya muy poca gente menciona la “Tercera Guerra Mundial”, que fue un término de moda durante el período de la “Guerra Fría”. El 17 de octubre, el presidente norteamericano Bush advirtió inesperadamente en una conferencia de prensa en la Casa Blanca que si se quiere evitar una “Tercera Guerra Mundial”, hay que buscar medios para impedir que Irán obtenga los conocimientos necesarios sobre armas nucleares. ¿Por qué Bush habló enfáticamente de una “guerra mundial”? Esto dio origen a suposiciones y dudas de la comunidad internacional.

No “por un impulso” de Bush

Desde luego, Bush dijo esto no “por un impulso”. El envío de tropas de Estados Unidos a Irak en 2003 cambió la correlación de fuerzas en la región del Medio Oriente y condujo a Irak, que había sido siempre gobernado por los sunníes que representan una minoría en la población iraquí, a tener un gobierno dirigido por los chiítas. Esto es agradable para Irán, donde también gobiernan los chiítas. Frente a Irán que ha obtenido fácilmente el botín de una contienda librada por otros, la Administración Bush se ha visto obligado a “escoger el menor de dos males” y anunciar su plan de retiro de tropas. Algunas personalidades gubernamentales estadounidenses han extendido la rama de olivo a los sunníes iraquíes pronunciándose claramente por definir una región predominada por los sunníes dentro del Irak unificado.

Al hablar sobre la influencia de la nueva línea norteamericana para con Irak, el ex diplomático estadounidense Martin Indyk dijo que después de allanar el camino para el gobierno de los chiítas iraquíes, “nos hemos dado cuenta de que la situación actual es favorable para los iraníes”. El resultado de este conocimiento tardío es: “Nosotros estamos reajustándonos y uniéndonos con los sunníes en esta enorme discrepancia entre sectas religiosas para enfrentar juntos a los chiítas.”

De allí se ve que contener a Irán ya es un punto clave del política norteamericana para con el Medio Oriente y que un ataque militar para frustrar el plan nuclear iranio sigue siendo una alternativa de Estados Unidos. No obstante, partiendo de diversas consideraciones, unirse con las fuerzas de la comunidad internacional para contener a Irán y obligarle a renunciar a su plan nuclear sigue siendo la primera alternativa de Estados Unidos.

Sin embargo, el presidente ruso Vladimir Putin, pese a la oposición norteamericana, insistió en visitar a Irán, firmó con Ahmadinejad un acuerdo sobre la venta de más de 50 motores de avión RD-33 a Irán y declaró que Irán no se propone producir armas nucleares. Y luego, en la Declaración Conjunta, reiteró que “no se puede confundir el terrorismo con cierta nacionalidad, cultura o religión”. Frente a esto, Bush tuvo acabada su paciencia y, por fin, un día después de la visita de Putin a Irán, Bush dijo esas palabras intrépidas de la “Tercera Guerra Mundial”.

Los halcones acuden en ayuda de Bush

Tras la expresión de Bush sobre la “Tercera Guerra Mundial”, al ser consultado sobre si estas palabras son “exageraciones”, la portavoz de la Casa Blanca Dana Perino defendió a Bush diciendo que Irán es un país que apoya el terrorismo y que ahora no sólo Estados Unidos no quiere que Irán posea armas nucleares, sino que la comunidad internacional no permite que lo haga Irán. Estas palabras de Bush, dijo, no significan que Estados Unidos desencadene la Tercera Guerra Mundial, sino que constituyen sólo una “advertencia a la gente”.

El 18 de octubre, el secretario de Defensa de EEUU Robert Gates, el ex embajador de EEUU en las Naciones Unidas Bolton y el portavoz adjunto del Departamento de Estado de EEUU Tom Casey acudieron uno tras otro en ayuda a Bush. Gates dijo en una rueda de prensa en el Pentágono que está muy de acuerdo con el punto de vista de Bush y que si Irán domina armas nucleares, es muy probable que los países periféricos también procuren armas nucleares, aumentando así grandemente el peligro de una guerra regional en gran escala.

Bolton, siendo uno de los halcones, expresó sin rodeos que el pronóstico de Bush sobre la crisis nuclear irania “no es nada excesivo” e incluso sugirió al gobierno norteamericano recurrir cuanto antes a medios duros contra Irán para no perder la oportunidad propicia. (Pueblo en Línea)

domingo, outubro 21, 2007

Índice de hoje 

- Na despensa da humanidade (O Estado de S. Paulo, Brasil)
- Jabugo con GPS (El Pais, Madrid)

Na despensa da humanidade 

O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Laura Greenhalgh

ENTREVISTA
BRUNO PARMENTIER
Economista, engenheiro e diretor da École Supérieure d’Agriculture d’Angers (ESA), na França
Há anos ele pesquisa o futuro da alimentação. Na era do biocombustível, o estudo vira livro e trata de um futuro magro, passível até de penúrias


Como que rivalizando com a boataria em torno do divórcio do presidente Nicolas Sarkozy e sua mulher, Cecilia, o economista Bruno Parmentier também vem dando o que falar na França. Ele está na mira da imprensa. O jornal Le Monde, que dias atrás publicara uma de suas polêmicas entrevistas, “estampou-o” em seu site, na semana passada, com a seguinte chamada: “A humanidade caminha para a era da penúria”. A afirmação do entrevistado, diretor da École Supérieure d’Agriculture d’Angers (ESA), a mais importante do setor na França, soou apocalíptica na terra dos bons queijos, bons vinhos, bons patês, mas não tão boas recordações de guerras e épocas de vacas magras.

Pois Parmentier tem tirado o apetite dos estrategistas europeus desde que lançou o livro Nourrir l’Humanité (Nutrir a Humanidade, ed. La Découverte), meses atrás. Ele mesmo admite que desde então não parou de dar entrevistas e desfiar seu rosário de estatísticas. No livro, o economista vislumbra o futuro da alimentação a partir de um mundo com energia rara e cara. Lembra que em apenas um século a população global saltou de 1,6 bilhão para 6 bilhões. E para satisfazer todas essas bocas (deixando famintas pelo menos 800 milhões delas), apostou-se em fatores de produção alimentar que a cada década devoram mais terras, mais energia, mais água, mais química, mais mecanização. “O tempo do ‘mais, mais’ acabou. Seremos forçados a apostar na agricultura que produzirá mais com menos, num meio ambiente muito degradado.”

Nessa entrevista ao Aliás, Bruno Parmentier fala da chegada de novos contingentes populacionais, especialmente na Ásia e na África, do envelhecimento da população, que prolonga a vida alimentar, e da voracidade mundial por combustíveis, “o que fatalmente vai contrapor o tanque de gasolina do rico à mesa do pobre”. Acha que transformar cereal em biocombustível é loucura. Absolve a opção brasileira pelo etanol da cana. Mas advoga uma nova ética: “País nenhum deve resolver seu problema de energia às custas da fome de outros”. Quem apostou que o recado vai para o presidente George W. Bush, acertou.

O senhor diz que não entendia de agricultura até chegar à direção da ESA, em 2002. Em que a escola mudou sua maneira de ver as coisas?

Não venho do setor agrícola. Sou engenheiro de minas e economista. Depois de trabalhar com desenvolvimento agrário por quatro anos no México, na década de 70, experimentei editar livros, viver como jornalista, e só mais tarde é que aceitei a direção da maior escola agrícola da França. Aceitei o cargo convencido de que a era do petróleo está no fim e a biologia, tomara!, há de nos levar por caminhos melhores. O balanço dessas descobertas está no meu livro, Nourrir l’Humanité, que tem causado grande repercussão desde o lançamento. Não paro de dar entrevistas aqui na Europa.

Por que tanto interesse?

Porque nenhuma perspectiva histórica nos dá a certeza de que todos teremos o que comer no futuro. E, se tomo a perspectiva geográfica, a constatação é amarga: a fome atinge 800 milhões de pessoas e há quase 1 bilhão comendo muito mal.

O que prevalece na sua análise sobre o futuro da alimentação: ameaças ambientais, transições demográficas, modelos econômicos?

Há uma conjunção de fatores, mas, falemos em demografia. Garantir a nutrição de uma população fortemente expandida é uma novidade radical para a humanidade. Até o século 16, a população mundial pouco evoluíra. Houve um crescimento suave nos séculos 17 e 18, seguido de outro mais acentuado no 19, tocando mais a Europa e a Ásia, depois se espalhando para outras partes. Em 1900 havia no planeta 1,8 bilhão de habitantes, 50% dos quais comiam satisfatoriamente. Mas contavam-se 800 milhões de malnutridos. Cinqüenta anos mais tarde, portanto em 1950, éramos 2,8 bilhões e havia algo em torno de 800 milhões de pessoas com fome. Hoje somos 6,3 bilhões e continuamos encontrando algo como 800 milhões de famintos. Ora, podemos fazer uma leitura otimista desses números: em um século, a humanidade conseguiu dar o que comer a mais 4,5 bilhões de pessoas. Bela performance. Mas podemos observar com certo pessimismo essa estranha “lei” : qualquer que seja a população do planeta há sempre algo como 800 milhões passando fome. É um número persistente.

E o que deve se passar nos próximos 50 anos?

A população deverá se estabilizar entre 9 e 10 bilhões de pessoas. Significa que acolheremos no planeta um bilhão de novos asiáticos, cerca de 800 milhões de novos africanos, 400 milhões de novos latino-americanos. Então temos de nos colocar a questão: haverá alimento para todos? Se admitirmos que todos almejamos comer segundo padrões ocidentais, com dietas fortemente baseadas em produtos de origem animal, teremos então de dobrar a produção agrícola do mundo, já que os animais comem como nós, humanos - consomem cereais e vegetais. E dobrar levando em conta as disparidades existentes. Será preciso multiplicar por 5 a produção agrícola africana e por 1,9 a produção agrícola latino-americana, ao passo que será inútil aumentar a produção européia, já que estamos comendo bem há um bom tempo e não fazemos mais tantos filhos. Por isso nossa população é declinante.

Em termos globais, há disposição para pensar disparidades?

Não há outro jeito! As soluções aplicadas para aumentar a produção de alimentos no século 20 certamente não funcionarão no século 21. É imperativo encontrar alternativas. Em escala global, nossas reservas de terras disponíveis para agricultura são cada vez menores, em parte por conta da urbanização. Continuamos a destruir as florestas a uma velocidade inaceitável para o equilíbrio ecológico, ou seja, à razão de 140 mil km² por ano. A equação que resulta disso é simples: em 1960, havia algo como um hectare para nutrir dois seres humanos. Hoje, tem-se em média um hectare para quatro, em 2050, um hectare para seis, e assim vai. A China hoje já lida com a razão de um hectare para oito indivíduos.

Qual o pior impacto da escassez de água para a agricultura?

A irrigação foi um meio de expansão agrícola largamente utilizado no século 20, permitindo-nos levar água para mais de 200 milhões de hectares. Não podemos depender da mesma estratégia. Olhe só o que vai acontecer: nos próximos tempos assistiremos a uma onda de reparação de barragens construídas décadas atrás, cujas instalações têm duração limitada. E vamos ter de repará-las, sim, porque construir as novas custa caro e restam lugares bem mais complicados para erguê-las. Além disso, não teremos como alimentar outras tantas barragens com essa rarefação de água doce no planeta. A própria FAO estima que o patamar máximo de áreas irrigáveis não passará de 240 milhões de hectares nos próximos anos. É muito pouco.

O petróleo está mesmo no fim?

É o que dizem os especialistas e isso tem a ver com a nossa mesa. Tecnologias agrícolas inventadas no século passado são muito gulosas de energia porque foram desenvolvidas numa época de petróleo barato. A mecanização da agricultura, a fabricação de fertilizantes e outros modos de produção dependem basicamente de energia. Hoje o preço mundial do petróleo atinge US$ 90 por barril. A tendência de alta deve continuar e o impacto psicológico da cotação rompendo o patamar dos US$ 100, já iminente, será bastante sensível. Gente mais jovem que eu verá o petróleo a US$ 150 o barril. Isso tudo complica a vida dos 28 milhões de agricultores do mundo que dependem da mecanização do setor. Em contrapartida, cerca de 250 milhões de produtores rurais trabalham com energia animal e 1 bilhão não têm nem animais nem tratores. Um bilhão de produtores estão completamente à margem! Diante desse cenário, devemos nos perguntar: a agricultura, daqui para frente, deve servir à produção de alimentos ou de energia? Veja que coincidência: 800 milhões de pessoas sentem fome no planeta. E temos uma frota global de 600 milhões de automóveis e 200 milhões de caminhões. O número é o mesmo: 800 milhões querem comida, 800 milhões querem combustível. E agora?

Que aposta o senhor faz nos biocombustíveis?

Não somos nada neste setor porque mal tomamos consciência do problema. O balanço energético revela fragilidades, a começar do fato de que ainda precisamos de um litro de petróleo para produzir três litros de biocombustível. O balanço territorial, esse então é uma aberração completa: em média, devemos reservar um hectare de terra para garantir o abastecimento de quatro ou cinco carros. Tentamos resolver o problema dos tanques de gasolina oferecendo-lhes algo precioso para a dieta alimentar da humanidade, que é o cereal. Isso é uma loucura. A meu ver, o caminho mais aceitável é o do etanol brasileiro, feito da cana-de-açúcar. Mas, não posso deixar de me espantar: como é que um país como o Brasil, potência agrícola, ainda não consegue nutrir sua população?

Por que aprova a opção brasileira pelo etanol?

Parece ser a mais sensata. Quero deixar claro: sou absolutamente a favor dos biocombustíveis. Mas absolutamente contrário à utilização dos cereais para produção de etanol. Cereal é alimento de base. Nós, aqui na Europa, estamos investindo alto na produção de biodiesel, como aquele que é feito a partir da colza (canola). Tais iniciativas não me parecem satisfatórias porque demandam grandes áreas para o cultivo, muita água para irrigação e mantém-se essa relação maluca, que é gastar um litro de petróleo para produzir três litros de biocombustível. Já a cana oferece uma relação melhor, e não me parece que vá faltar açúcar para alimentação. Como também acho que não vão acabar com as florestas brasileiras.

Mas isso se debate no Brasil hoje. A plantação em larga escala de cana poderia deslocar o gado para a Amazônia, o que não seria bom. Ouve-se muito esse tipo de crítica.

Não creio nisso. É inegável que o etanol brasileiro tem vantagens: vem de uma planta que cresce rapidamente, não exige preparação da terra, o que em si significa economia de combustível, e é aproveitada literalmente até o bagaço. Além de ter muita terra cultivável, o Brasil é um país que possui superfície de reserva para agricultura. O grande problema da cana-de-açúcar brasileira é social. Como erguer um programa ambicioso de etanol com os trabalhadores no campo ganhando mal, sem preparo, sem recursos, sem direitos?

Por que o senhor joga duro com a utilização dos cereais para a produção de biocombustível?

Veja a política agrícola do governo Bush. Os EUA têm estoque excedente de milho e até por isso querem convertê-lo em etanol. Só que, para atender à própria demanda de energia, vão consumir o milho que hoje é base da alimentação do México. E os mexicanos vão pagar mais caro pelo que comem! Parece óbvio que um país não pode resolver sua demanda energética provocando a fome em outro. Nesse sentido é que traço um cenário sombrio, no qual o carro do rico vai disputar “alimento” com a mesa do pobre.

Então ponha na balança: de um lado, comida, de outro, combustível. O que vai pesar mais na busca por sustentabilidade?

É possível prever que, em 50 anos, a Europa possa ter reduzido em 10% sua produção agrícola. Seremos menos numerosos e é certo que podemos cortar um pouco da nossa dieta. Por outro lado, estaremos mal em termos de energia fóssil, portanto os biocombustíveis serão estratégicos. Imagino que nossos campos terão de ser reservados para a produção de cereais e que tenhamos de sair atrás dos biocombustíveis dos países temperados, chamados de “segunda geração”, que não demandam tanta água nem tanta energia. Já a Ásia, apesar dos progressos feitos, em especial na China e no Vietnã, terá de enfrentar um crescimento populacional que vai complicar as coisas. Mas o grande problema da humanidade é a África. A população africana atual, de 800 milhões, deverá dobrar em pouco tempo, apesar das guerras, da penúria e da aids. Hoje, na África negra, 40% da população sofre de uma fome que é crônica. O que acaba servindo de caldo de cultura para ideologias extremistas.

E a América Latina?

Vai se sair melhor porque não deve ganhar mais do que 400 milhões de pessoas no próximo meio século, tem reserva de superfície e de água, sobretudo o Brasil. Porém, será que o clima democrático que se vê hoje no continente será um fator de coesão social e eficácia produtiva no futuro? A reposta está nas mãos de vocês.

A discussão combustível versus comida pende para o ideológico?

O importante é nos apercebermos dos grandes jogos. Como vamos tirar da terra comida e energia em abundância? Será preciso pragmatismo e alguma modéstia para encarar esse desafio.

Em seu livro, em vários momentos o senhor trata do “medo de não ter nada para comer”. Isso é típico dos franceses e seus vizinhos europeus?

Quando falta comida, nenhum problema é maior do que “ter o que comer”. Mas, quando há comida, então aparecem 50 novos problemas na vida da gente: o medo de engordar, de se envenenar, de envelhecer, a culpa de comer muito quando tantos têm fome... Na Europa Ocidental, a última vez que se viu a cara da fome foi na 2ª Guerra e hoje a maioria da população não lida com tais lembranças. Mas lida com esses 50 novos problemas. Certamente o declínio da religião, numa Europa secularizada, deu lugar a outros tipos de injunções coletivas. Por exemplo: assim como há o “ecologicamente correto”, há também o “corporalmente correto”. Temos de emagrecer, malhar, exibir boa forma física se quisermos merecer o respeito dos outros.

Apesar das penúrias do passado, a França é vista como terra da abundância, onde se come bem e onde o setor agroalimentar ainda atrai o maior volume de divisas para o país.

De fato, parece que o mundo vem para cá para aprender esse bien manger. A verdade é que os franceses são muito exigentes nessa matéria e suas agroindústrias souberam tirar partido da uma cultura local, transformando-a em business. Claro que se persistir a idéia de usar trigo, milho ou arroz para fazer biocombustíveis, velhos medos podem reaparecer.

Em termos históricos, somos mais informados sobre penúrias do que sobre abundâncias.

Há um ditado que diz: o peixe não sabe que está na água até ser pescado. Quando uma geração vive na abundância, ela não a enxerga o contrário. E passa o tempo todo reclamando ou se entretendo com a infelicidade dos outros. É desconcertante constatar que as pessoas não são mais felizes na abundância do que na luta pela sobrevivência.

Pelos critérios ocidentais, seria desejável que todo indivíduo possa comer pelo menos três vezes por dia. Teremos de repensar esse critério no futuro?

De fato, o desejável seria oferecer a todos os habitantes do planeta a possibilidade de comer três vezes ao dia. Mas, comer o quê e em que quantidade? Guardamos no nosso corpo a memória de penúrias do passado, por isso tendemos a comer mais do que o necessário: mais açúcar, mais gordura, quando a nossa vida ficou mais sedentária. Daí a obesidade cresce de forma alarmante, especialmente nas classes médias. Em quase todos os países do globo, vê-se um aumento estrondoso dos gordos. É um problema em escala mundial, de certa forma tão sério quanto a fome.

Por quê?

A demanda crescente por produtos de origem animal é muito alta - isso, no conjunto da humanidade. Consumindo tais produtos, sobrecarregamos a agricultura porque, como já disse, animais comem como nós. Só que a taxa de transformação na indústria ainda deixa muito a desejar: a grosso modo, precisamos de 4 quilos de cereais para ter 1 quilo de frango. Ou 12 quilos de cereais para ter 1 quilo de carne bovina. A necessidade de fomentar culturas vegetais tornou-se prioridade. Enfim, devemos desenvolver agriculturas pelo mundo todo, e não apostar apenas nas mais produtivas, como a do Brasil ou da Austrália.

A população planetária aumenta não só pelas taxas de natalidade, altas em várias partes, mas também pelo aumento da expectativa de vida. Quanto mais se vive, mais se come. Isso entra nos seus cálculos?

Sem dúvida. Na Europa, ao longo de meio século ganhamos três meses de esperança de vida por ano. 50% das crianças que nascem hoje na França serão centenárias. Então, vejamos: um europeu nos anos 50 iria consumir cerca de 50 mil refeições no decorrer da vida. O europeu nascido agora consumirá 100 mil. Isso traz desafios imensos para a quantidade de alimentos a produzir. E também para a qualidade do que se come, afinal, nossos corpos estarão expostos por mais tempo a processos de acumulação de toxinas. Muitas doenças aparecem quando o sujeito já fez umas 80 mil refeições. Antes não deveríamos nos preocupar com isso, agora temos. Não bastassem todos os desafios pela frente, a preocupação com a segurança e a pureza dos alimentos ainda vai nos atormentar muito.

Jabugo con GPS 

El Pais (Madrid)
por ANA GARRALDA


Son cerdos ibéricos, las estrellas de la ganadería extremeña, y sus propietarios quieren saber en tiempo real dónde están, por dónde se mueven y hasta qué comen. Por eso, la Facultad de Veterinaria de la Universidad de Extremadura trabaja en un proyecto para colocarles un GPS de última generación.

Si la Facultad conoce perfectamente al cerdo ibérico, Orange, la empresa de telefonía móvil, se ha unido a ellos para poner a su disposición lo más actual de esta tecnología de seguimiento y control. El proyecto intenta paliar dos problemas: la carencia de mano de obra especializada, tanto en el sector del cerdo ibérico como en el resto de la ganadería extensiva, y la escasez de recursos naturales que, en el caso de la dehesa y el cerdo ibérico, cobra una dimensión especial, "ya que para la cría de esta especie es imprescindible la disponibilidad de bellota y pasto", señala Miguel Aparicio, profesor de la Facultad de Veterinaria de la Universidad de Extremadura y responsable de la investigación.

El proyecto, en fase de prueba no sólo en Extremadura, sino también en otras zonas como el País Vasco, Salamanca o Pirineo, se comercializará una vez sea factible la fabricación en serie de estas unidades GPS. La aplicación de esta tecnología puede llegar a cualquier animal de ganadería extensiva. Sólo hace falta saber cuáles son las prioridades del ganadero, dependiendo de si su cabaña es de porcino, ovino, bovino o toro bravo. "Por ejemplo, a un ganadero del norte, más que saber qué come su ganado, lo que le interesará conocer es dónde están sus vacas en la montaña y evitar desplazamientos que, a veces, pueden durar días", comenta Pablo Gómez de Olea, responsable de Innovación de Orange.

Una idea, una realidad

Miguel Aparicio comenzó en 2002 a investigar sobre el sistema de monitorización del ganado en régimen extensivo. Al principio, Aparicio y su equipo utilizaban dispositivos autónomos, que colocaban a los animales y que recuperaban después, para descargar la información y estudiar a posteriori los movimientos del animal. Las limitaciones de esos aparatos y la necesidad de no interferir en el comportamiento de los ejemplares fueron determinantes para que los investigadores se propusieran superar la barrera tecnológica. "Necesitábamos equipos con mayor capacidad operativa y planteamos la idea, loca en aquel momento, de ver al animal en tiempo real", comenta el investigador. Poco tiempo después, los científicos contactaban con Orange.

Con los nuevos dispositivos de la empresa de telefonía, los ganaderos podrán saber casi en tiempo real y desde una consola o un ordenador colocado en casa dónde está el ganado, por qué zonas se ha desplazado, cuál es su temperatura y hasta su ritmo cardiaco y respiratorio. "Con esos datos podemos extraer conclusiones que ayuden a la mejora de la explotación, las condiciones de trabajo de los ganaderos o el aprovechamiento sostenible de los recursos en ecosistemas únicos, como la dehesa extremeña", comenta Aparicio. Las nuevas tecnologías prometen revolucionar nuestros campos. El resultado está por ver.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Indice de hoje 

- Temperatura amena reduz buraco da camada de ozônio (Folha de S. Paulo, Brasil)
- El principio del fin de la malaria (El Pais, Madrid)

Temperatura amena reduz buraco da camada de ozônio 

Folha de S. Paulo (Brasil)


As temperaturas moderadas de 2007 reduziram o buraco da camada de ozônio na Antártida a um dos menores níveis da última década, mas isso não significa que esteja se recuperando, informou na terça-feira (16) a OMM (Organização Meteorológica Mundial).

Segundo o especialista Geir Braathen, o atual buraco no pólo Sul é "relativamente pequeno", tanto em superfície como em quantidade de ozônio destruído.

Desta forma, desde 1998, apenas os anos de 2004 e 2002 registraram buracos menores que o atual.

Braathen assinalou, no entanto, que isto não é um sinal de recuperação da camada de ozônio, mas responde a circunstâncias pontuais, como as temperaturas amenas do inverno de 2007.

Sempre há uma variação anualizada das condições meteorológicas, e por isso, segundo Baarthen, "alguns momentos podem registrar buracos menores", como vem acontecendo neste ano.

A quantidade de gases nocivos à camada de ozônio atingiu seu auge em 2000, mas vem se reduzindo lentamente desde o mesmo ano, a uma média de 1% ao ano.

"Mas a estratosfera ainda contém agentes nocivos suficientes para causar grandes buracos nas duas próximas décadas", alertou Braathen.

El principio del fin de la malaria 

El Pais (Madrid)
por EMILIO DE BENITO (ENVIADO ESPECIAL) - Seattle


El prototipo de vacuna contra la malaria RTS,S, cuyos ensayos clínicos dirige en Mozambique el español Pedro Alonso, funciona también en niños de menos de un año. Los resultados, que publica la revista The Lancet en su edición digital confirman las expectativas creadas por la vacuna, desarrollada por Glaxo Smith Kline (GSK) y cuyas pruebas, dirigidas por Alonso y financiadas por la Agencia Española de Cooperación Internacional (AECI), el Gobierno de Mozambique y varias ONG, se han desarrollado en Manhiça.

"Es la primera vez que se prueba esta vacuna en recién nacidos", dijo Alonso a este periódico durante el Foro contra la Malaria que se celebra en la ciudad estadounidense de Seattle con el patrocinio de la Fundación Bill & Melinda Gates. Hasta ahora se habían logrado resultados positivos en niños de uno a cuatro años, pero el resultado, aún siendo bueno, tenía un problema. "La única posibilidad de que la vacuna llegue a todos los niños es que se de con las otras del calendario vacunacional, y eso se hace antes de esa edad", explico Alonso.

El médico, que es director del Centro Internacional para la Investigación en Salud del Hospital Clinic de Barcelona, relató que la vacuna se ha dado a 220 niños a los dos, tres y cuatro meses, y se ha conseguido, tras un seguimiento de tres meses, una protección del 65% (una tasa similar a la lograda entre los más mayores). El resultado es importante porque permite adelantar la inmunización (los recién nacidos son más vulnerables a esta enfermedad, que cada año mata a un millón de personas en países tropicales, la mayoría menores de cinco años). Y porque había dudas sobre su eficacia.

"La inmunización de recién nacidos es complicada por dos causas", dijo Alonso. La primera, que su sistema inmunológico todavía se está formando; la segunda, que existe "una competencia con los anticuerpos maternos" (los niños tienen durante sus primeros meses de vida un sistema inmunitario heredado de su madre, que los protege al principio pero que luego se pierde).

Además, Alonso explicó que los resultados en los niños mayores con los que había ensayado la molécula primero, los de uno a cuatro años, se mantenían, lo que indica que la vacuna es eficaz y duradera.

El compuesto probado por Alonso actúa antes de que el esporozoito -una de las fases del desarrollo del Plasmodium falciparum, principal causante de la enfermedad- entre en los glóbulos rojos. Con ello se reduce el riesgo de infección aunque la persona sea picada por un mosquito (hasta ahora, la mejor medida contra la malaria es evitar los picotazos con el uso de repelentes y mosquiteras para dormir). Además, disminuyen los episodios graves en los niños que, pese a todo, contraen la enfermedad, añadió Alonso.

Curiosamente, el antígeno utilizado (la molécula que se inyecta para que el cuerpo humano fabrique las defensas correspondientes y esté preparado para cuando llegue la infección) "es muy antiguo, se conocía desde el año 1986", explicó Alonso. El problema es que era "muy pequeño". Han hecho falta otras moléculas, llamadas coadyuvantes, para hacerlo más grande y que el organismo reaccionara. "Ésa ha sido la principal contribución de GSK", dijo el investigador español. La vacuna se da a la vez que la de la hepatitis B, lo que aumenta sus propiedades (el sistema inmunitario se activa mejor).

De momento el ensayo está en la llamada fase II: se ha probado su seguridad y eficacia en un grupo reducido de niños, por lo que Alonso quiere evitar que se especule con "los millones de vidas que se van a salvar", aunque admite que espera que sean muchos. Lo que se ha probado es que su "seguridad es muy buena" aún en niños tan pequeños, que no hay "señales de alerta" ni siquiera en las zonas del pinchazo, y que las pruebas hematológicas y bioquímicas de los vacunados dan resultados normales, insiste el médico. La fase III propiamente dicha (ensayo con muchos niños) comenzará en la segunda mitad de 2008.

Pero en línea con el objetivo de la conferencia que mañana acaba en Seattle, Alonso apuntó a otro aspecto. La vacuna es el resultado de la colaboración entre numerosos socios, públicos y privados, empresas y otras sin ánimo de lucro. "Es un cambio sobre como se estaba trabajando hasta ahora", sobre todo en estas enfermedades que no son frecuentes en los países ricos.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Índice de hoje 

- Fazenda britânica cria miniporcos de estimação (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Encuentran en Patagonia los restos de un dinosaurio de 32 metros de largo (ABC, Madrid)
- El genetista James Watson afirma que los blancos son más inteligentes que los negros (El Pais, Madrid)

Fazenda britânica cria miniporcos de estimação 

Folha de S. Paulo (Brasil)


Uma fazenda no Condado de Devon, no Reino Unido, conseguiu, depois de nove anos de cruzamentos entre raças, uma criação de porcos miniatura, ou miniporcos.

Os porcos, que têm cerca de um quinto do tamanho de um porco normal, têm feito grande sucesso entre os visitantes da fazenda de Pennywell.

Os animais são uma variante da raça kune kune --uma raça rara da Nova Zelândia-- e são vendidos por cerca de 150 libras cada um (cerca de R$ 550).
BBC/Divulgação
Animais têm cerca de um quinto do tamanho de um porco normal e custam cerca de 150 libras
Animais têm cerca de um quinto do tamanho de um porco normal e custam cerca de 150 libras

Um dos proprietários da fazenda, Chris Murray, afirma que conseguiu a espécie perfeita de porco de estimação.

Bonitinhos

"Porcos são muito bonitinhos quando filhotes, mas então eles crescem muito para ficarem em uma casa e podem ser agressivos quando ficam mais velhos", disse Murray.

"Estes porcos ficam bem em casa ou fora dela", afirmou Murray.

Porcos de estimação não são uma novidade. O porco vietnamita do tipo potbelly, por exemplo, chegou a estar na moda por causa de aparência peculiar, mas perdeu em popularidade depois que seus donos se deram conta do trabalho que os animais davam quando chegavam à idade adulta.

O miniporco desenvolvido na fazenda em Devon não oferece grandes surpresas para seus compradores, pois não passam dos 70 kg. Em média, um porco adulto normal pesa 500 kg.

"É fácil treinar estes animais e eles têm um bom temperamento", afirma Murray.

O fazendeiro afirma que seus minisuínos não são ideais para o consumo de sua carne.

"Eles são muito pequenos, não haveria vantagem econômica ao usá-los para consumo, já que existe uma enorme variedade de carnes de porco disponíveis", disse.

Acredita-se que o menor porco do mundo ainda seja uma espécie que vive em Assam, na Índia, o porco selvagem pigmeu, ameaçado de extinção, que tem pouco mais de 70 centímetros de comprimento.

Encuentran en Patagonia los restos de un dinosaurio de 32 metros de largo 

ABC (Madrid)


Un nuevo gigante de la prehistoria ha llegado hasta nosotros. Se trata de un enorme dinosaurio herbívoro de 32 metros de longitud, de los mayores jamás encontrados en el mundo. Sus descubridores, paleontólogos de Argentina y Brasil, han desenterrado sus enormes huesos en Patagonia y sostienen, además, que se trata de una nueva especie de Titanosaurio desconocida hasta el momento. Los investigadores han llamado al coloso «Futalognkosaurus dukei», un nombre difícil de pronunciar y que en la lengua de los indios mapuche que habitan la región significa «gigante» y «jefe».

«Se trata de uno de los ejemplares de dinosaurio gigante más completos de los hallados hasta el momento», afirma Jorge Calvo, director del centro paleontológico argentino Comahue, que ha liderado el estudio. El trabajo ha sido publicado esta semana en Anales de la Academia Brasileña de Ciencias. Según Calvo, el enorme herbívoro vivió hace 88 millones de años, al final del periodo Cretácico, y sus restos muestran signos inequívocos de haber sido devorado por depredadores.

Una vez muerto, afirman los científicos, el cuerpo cayó a un río, y su gran tamaño lo convirtió en una especie de barrera natural que tuvo el efecto de «recoger» los cuerpos de otros animales, cuyos restos también han sido encontrados en el lugar de la excavación.

Un cuello de 17 metros

Los primeros restos de este gigante del pasado fueron hallados en el año 2000, a orillas del lago Barreales, en la provincia argentina de Neuquen. Hasta ahora, los paleontólogos han conseguido extraer el larguísimo cuello del dinosaurio (de diecisiete metros de longitud), su parte posterior, las dos caderas y la primera vértebra caudal. Las dimensiones de los restos indican que el animal debió superar los trece metros de altura. Solo su espina dorsal pesa nueve toleladas y cada una de las vértebras del cuello mide más de un metro de altura.

Jeff Wilson, profesor de paleontología de la Universidad de Michigan, que ha estudiado los restos, asegura estar muy impresionado con el hallazgo: «quiero subrayar lo increíble que resulta disponer de un esqueleto de este tamaño», aseguró en declaraciones telefónicas a la agencia Ap. «Resulta imposible estudiar esta clase de huesos sin moverse alrededor de la mesa en la que están colocados». En Patagonia ya habían aparecido los restos de otros dos dinosaurios de 35 metros de largo, Argentinosaurus y Puertasaurus.

El genetista James Watson afirma que los blancos son más inteligentes que los negros 

El Pais (Madrid)


Uno de los padres de la genética moderna, premio Nobel y codescubridor de la doble hélice de ADN, el estadounidense James D. Watson, de 79 años, ha vuelto a desencadenar una controversia planetaria por unas declaraciones en el diario The Sunday Times. Watson afirma que los negros son menos inteligentes que los blancos. "Todas nuestras políticas sociales están basadas en el hecho de que su inteligencia es la misma que la nuestra, mientras todas las pruebas muestran que no es realmente así", afirma el científico.

No es la primera vez que Watson desata las iras de la comunidad científica y de grupos de derechos civiles. En su día llegó a decir que una mujer debería tener derecho a abortar si los análisis preparto mostraban que su hijo iba a ser homosexual, informa The Independent.

Esta vez, Watson ha dicho, además, que las políticas occidentales hacia los países africanos están basadas en la asunción errónea -a su juicio- de que las personas negras son tan listas como las blancas, a pesar de que las "pruebas" sugieren lo contrario. Watson asegura que los genes responsables de las diferencias de inteligencia entre los humanos podrán ser encontrados en el plazo de una década.

En 1978, la Conferencia General de la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, La Ciencia y la Cultura (UNESCO), aprobó la Declaración sobre la raza y los prejuicios raciales en cuyo artículo 2, punto 1, es dice: "Toda teoría que invoque una superioridad o inferioridad intrínseca de grupos raciales o étnicos que dé a unos el derecho de dominar o eliminar a los demás, presuntos inferiores, o que haga juicios de valor basados en una diferencia racial, carece de fundamento científico y es contraria a los principios morales y éticos de la humanidad".

Sin embargo, Watson responde a este planteamiento en su nuevo libro (Evita aburrir a la gente: lecciones para un vida en la ciencia), que se dispone a publicitar en Reino Unido: "No existe razón firme para avanzar que hayan evolucionado de manera idéntica las capacidades intelectuales de personas separadas geográficamente en su evolución. Para ello no bastará nuestro deseo de atribuir capacidades de raciocinio iguales, como si fueran una herencia universal de la humanidad".

Las primeras reacciones contra las palabras de Watson han provenido de otros científicos. The Independent cita a Steven Rose, profesor de Biología en la Open University y miembro de Sociedad para la responsabilidad en la Ciencia: "Al margen de lo político y lo social, si [Watson] conociera todos los escritos al respecto se habría dado cuenta de que no ha entendido nada".

terça-feira, outubro 16, 2007

Índice de hoje 

- Cómo se frustró el atentado contra Stalin, Roosevelt y Churchill en Teherán (Novosti, Moscovo)
- Les nouvelles générations de biocarburants (Le Temps, Genève)

Cómo se frustró el atentado contra Stalin, Roosevelt y Churchill en Teherán 

Novosti (Moscovo)
Guevork Vartanián, veterano del servicio de inteligencia ruso, para RIA Novosti.


Sería muy difícil sobrestimar la importancia histórica del encuentro del "Gran Trío" porque decidía los destinos de millones de seres humanos y el futuro del mundo. El tema principal a tratar en la conferencia era el concerniente a la apertura del Segundo Frente en Europa.

Lo comprendían también los cabecillas de Alemania nazi que encomendó a la Abwehr organizar en Teherán un atentado contra los líderes de la URSS, EE.UU. y Gran Bretaña. Una a operación secreta bajo el nombre en código de "Salto Largo" la ideó y desarrolló el comando nazi número 1, Otto Skorzeny.

La protección de los asistentes a la Conferencia de Teherán corrió a cargo mayormente de los órganos de seguridad soviéticos. Tropas soviéticas habían entrado en las zonas Norte de Irán ya en agosto de 1941 a fin de poner coto a la labor subversiva de los agentes alemanes, de acuerdo con el Tratado de 1921. La parte Sur del país estaba ocupada por las tropas británicas para garantizar los suministros anglo-americanos procedentes del Golfo Pérsico de conformidad con la Ley de los Préstamos y Arriendos.

La conferencia se celebró en la sede de la Embajada de la URSS. Para las negociaciones secretas de los tres líderes era difícil escoger un lugar más seguro: una gran finca con extensa parcela estaba rodada de una tapia de piedra, y entre el verdor del parque estaban diseminados edificio de ladrillo blanco. Una de estas mansiones estaba destinada a la residencia del presidente de EE.UU.

Roosevelt aceptó la invitación de Stalin por razones de seguridad. La misión diplomática de EE.UU. en Teherán se encontraba en un suburbio cerca de un estadio, mientras que las Embajadas soviética y británica hasta ahora están cerca la una de la otra a ambos lados de una calle. Después de abrir brechas en las tapias, mediante tableros de seis metros se bloqueaba la calle para crear un paso provisional entre las embajadas. Allí al lado estaban emplazadas piezas de artillería antiaérea y ametralladoras. Las Embajadas estaban rodeadas de un dispositivo de seguridad de cuatro filas de modo nadie podía penetrar dentro. Si Roosevelt hubiera parado en la misión diplomática de EE.UU., él o Stalin con Churchill habrían tenido que ir a las negociaciones viajando por las angostas calles de Teherán donde podían encontrarse dentro de la muchedumbre agente del Tercer Reich. Ya de vuelta a Washington, Roosevelt hizo la declaración acerca de que en Teherán se había alojado en la Embajada soviética, porque el "el Mariscal Stalin le advirtió sobre un complot alemán".

Después de haber descifrado el código naval norteamericano, la inteligencia nazi se enteró de cuándo y dónde se celebraría la conferencia ya a mediados de septiembre de 1943. En 1966, Otto Skorzeny confirmó que tenía la misión de asesinar a Stalin, Churchill y Roosevelt o hasta secuestrarlos en Teherán.

Moscú recibió la advertencia sobre el futuro atentado contra los líderes de las potencias aliadas desde los bosques de Rovno (Ucrania, Nota de la Redacción) donde actuaba el destacamento guerrillero al mando de Dmitri Medvédev y del que formaba parte el legendario agente de inteligencia soviético Nikolai Kuznetsov. Haciéndose pasar por el primer teniente alemán Paul Siebert, Kuznetsov logró caer en gracia al Sturmbahnfuhrer de las SS, Ulrich von Ortel quien hasta le prometió a Kuznetsov presentarlo a Otto Skorzeny. Cuando estaba bebido, a Ortel se le escapó: "Viajaré junto con Skorzeny a Irán donde va a reunirse el "Gran Trío". Repetiremos el salto a Abruzzo (un lugar en Italia donde Skorzeny rescató a Mussolini - Nota de la Redacción). ¡Pero este será un ‘Salto Largo'! ¡Eliminaremos a Stalin y Churchill e invertiremos el curso de la guerra! Secuestraremos a Roosevelt para que nuestro Fuhrer se ponga de acuerdo con América. Partiremos formando varios grupos. Ahora ya se entrenan agentes en una escuela especial de Copenhague".

Después de recibir el informe de Nikolai Kuznetsov, el Centro nos dio la orden de prepararnos para garantizar la seguridad de esta conferencia.

En aquella época Teherán estaba llenó de refugiados venidos de la asolada Europa. Eran en su mayoría personas acomodadas que quería ponerse a salvo de los peligros de la guerra. En aquel entonces en Irán residían unos 20 mil alemanes. Entre los refugiados se ocultaban también espías nazis que tenían muchas oportunidades gracias al amparo que en los años de preguerra les ofrecía el Sha Reza Pahlavi que simpatizaba expresamente con Hitler. La estación de inteligencia alemana en Irán era muy fuerte y estaba encabezada por Franz Maier.

Mucho antes de que se celebrara la conferencia - desde febrero hasta agosto de 1941- nuestro grupo de siete hombre había logrado identificar a más de 400 agentes de Alemania nazi. Cuando nuestras tropas entraron en Irán detuvimos a todos estos agentes. Pero Franz Maier pasó a la profunda clandestinidad. Lo buscamos mucho tiempo y por fin encontramos: se había dejado y teñido la barba. Trabajaba de sepulturero en el cementerio armenio.

Nuestro grupo fue el primero en detectar un grupo de agentes alemanes que se desembarcaron cerca de la ciudad de Kum, a 60 kilómetros de Teherán. Se componía de seis paracaidistas radiotelegrafistas. Acompañamos este grupo hasta Teherán donde la estación de inteligencia nazi le había preparado una finca como residencia. Tenían muchas armas, y todos los bultos los cargaron sobre camellos. Todo el grupo se mantenía bajo nuestra vigilancia. Supimos que habían establecido comunicación con Berlín e interceptamos todos sus mensajes. Logramos descifrarlos, y supimos que los alemanes se proponen enviar otro grupo de comandos encargados de eliminar o secuestrar el "Trío". Este grupo debía estar al mando del propio Otto Skorzeny que ya había estado en Teherán y analizaba la situación sobre el terreno. Ya entonces vigilábamos todos sus desplazamientos en la capital iraní.

Detuvimos a todos los agentes del primer grupo y los obligamos a trabajar bajo nuestro control, enviando mensajes falsos al servicio de inteligencia alemán. Teníamos la gran tentación de atrapar al propio Skorzeny pero el "Gran Trío" ya se encontraba en Teherán y, por lo tanto, no podíamos permitirnos correr mucho riesgo. Dimos deliberadamente al radiotelegrafista la posibilidad de enviar un mensaje sobre el fracaso de la operación. Ello surtió efecto, y los alemanes renunciaron a enviar a Teherán el grupo principal con Skorzeny al mando. De modo que el éxito de nuestro colectivo en detectar el primer grupo de sabotaje, acompañar y detenerlos e intercambiar mensajes falsos con la Abwehr previno el atentado contra el "Gran Trío".

Finalizada la conferencia de Teherán, acompañado de Voroshílov y Mólotov, Stalin viajó al Palacio del Sha para expresarle al Sha Mohammad Reza Pahlavi su agradecimiento por la hospitalidad. Fue un acto inteligente a importante que tuvo una gran repercusión en la sociedad iraní. A Roosevelt y a Churchill les faltó la perspicacia de hacerlo. Cuando Stalin entró en el salón del trono, el Sha se levantó, se acercó corriendo y se puso de rodillas para intentar besar la mano de Stalin. Pero éste no se lo dejó hacer. Se agachó y levantó al Sha.

En aquellos tiempos el prestigio y la autoridad de Stalin eran absolutos. Todos se daban cuenta de que el destino de la guerra se decidía justamente en el frente soviético-alemán, hecho que reconocían tanto Roosevelt como Churchill. En sus memorias Churchill dice que cuando Stalin entraba en el salón de sesiones todo el mundo se ponía de pie. Churchill se prometió no hacerlo otra vez, pero cuando Stalin volvió a entrar, una fuerza desconocida lo levantó de su sillón.

Guevork Vartanián tenía 16 años incumplidos cuando unió su destino con el servicio de inteligencia. En 1930, su padre por orden del servicio de inteligencia soviético vino a Irán donde trabajó 23 años.

Se dejó de mantenerlo en secreto sólo el 20 de diciembre de 2000. El y su esposa Goar, quien también formaba parte de este grupo, se hicieron acreedores a cinco condecoraciones: la orden de la Guerra Patria, la de la Bandera Roja por el valor en combates, la de la Estrella Roja. La medalla Estrella de Oro de Héroe de la Unión Soviética le fue entregada a Guevork Vartanián en 1984 en reconocimiento a sus méritos tanto durante al Guerra Patria (1941-1945) como en los años de la Guerra Fría. Para conmemorar su 80º aniversario se le entregó la orden Por los Méritos ante la Patria.

Guevork Vartanián considera como mayor logro de su vida el haber trabajado junto con Goar como agente durante 45 años sin fracaso y volver a la Patria. "El destino nos ha sido benévolo -dice-, y no nos ha tocado encontrar ningún traidor, porque la traición es lo más terrible para los agentes secretos. Si el agente observa todos los métodos y normas, se comporta correctamente en al sociedad, ningún servicio de contraespionaje lo podrá descubrir. Un agente secreto es como zapador: un solo error lleva a la muerte".

Entrevistó: Yuri Plutenko

Les nouvelles générations de biocarburants 

Le Temps (Genève)
por Pierre Veya


Les biocarburants sont très anciens. La première voiture d'Henry Ford roulait à l'éthanol et le premier moteur diesel pétaradait à l'huile de colza. Le blé, la canne à sucre, le maïs ou l'huile de colza sont des biocarburants dits de première génération. Leur production en masse ne devrait être que transitoire. Les ingénieurs agronomes et biologistes travaillent sur une seconde génération d'agrocarburants, tirés de plantes comme les miscanthus (roseau de Chine), le panic raide (switchgrass) ou encore le jatropha. Ces plantes ont le grand avantage de pousser sur des terrains pauvres et ne demandent pas d'engrais.

• A chaque continent, sa plante

L'idée des agronomes est de sélectionner les meilleures plantes en fonction du climat et des conditions locales. Ainsi le miscanthus giganteus, un roseau qui atteint 3 à 4 mètres de hauteur, est particulièrement adapté au continent européen. Le rendement énergétique est remarquable et nettement supérieur au maïs.

Les Etats-Unis misent plutôt sur le panic raide ou switchgrass, une herbe qui atteint naturellement plus de deux mètres dans les plaines américaines.

Le jatropha a les faveurs de l'Inde. Cet arbuste pousse également sur des sols pauvres et quatre kilos de ses fruits permettent de produire un bon litre de biodiesel.

• Les déchets et les algues

La troisième génération des biocarburants est déjà en cours. Elle permet de valoriser les déchets de bois, de transformer la paille en sucre ou d'utiliser des algues «gavées» de CO2 pour produire du diesel.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Índice de hoje 

- Hu Jintao destaca socialismo con características chinas en Congreso del PCCh (Diário do Povo, Pequim)
- Israël a bien bombardé un réacteur nucléaire (Le Temps, Genève)

Hu Jintao destaca socialismo con características chinas en Congreso del PCCh 

Diário do Povo (Pequim)


Hu Jintao pidió hoy a los 73 millones de militantes del Partido Comunista de China (PCCh) y al pueblo chino que mantenga en alto la "gran bandera del socialismo con características chinas" y trabajen por construir "una sociedad moderadamente próspera en todos los aspectos".

Hu realizó este llamamiento, en nombre del XVI Comité Central del PCCh, en el discurso pronunciado en el XVII Congreso Nacional del PCCh, inaugurado esta mañana en Beijing.

Según Hu, el tema del congreso es mantener en alto la gran bandera del socialismo con característas chinas y seguir las directrices de la Teoría de Deng Xiaoping y el importante pensamiento de la Triple Representatividad.

Hu también instó a aplicar un concepto de desarrollo científico, continuar la emancipación de la mente, persistir en el proceso de reforma y apertura, perseguir el desarrollo de manera científica, promover la armonía social y luchar por lograr nuevas victorias en la construcción de una sociedad moderadamente próspera en todos los aspectos.

Construir una sociedad moderadamente próspera en todos los aspectos es un objetivo establecido por el Partido y el Estado para el año 2020, y refleja los intereses fundamentales del pueblo de todas las etnias del país, afirmó Hu.

El camino del socialismo con peculiaridades chinas supone la aplicación del marxismo. Hu se comprometió, bajo la dirección del Partido Comunista de China y partiendo de las condiciones básicas del país, a asumir la construcción económica como tarea central, adherirse a los cuatro principios fundamentales y perseverar en el proceso de reforma y apertura.

Además, Hu Jintao destacó la importancia de emancipar y desarrollar las fuerzas productivas de la sociedad, consolidar y perfeccionar el sistema socialista y desarrollar una economía de mercado socialista, una democracia socialista, una cultura socialista avanzada y una sociedad socialistas armoniosa, edificando así un país socialista moderno, próspero, poderoso, democrático, civilizado y armonioso.

Más de 2.200 delegados procedentes de todo el país asistieron a la reunión. (Xinhua)

Israël a bien bombardé un réacteur nucléaire 

Le Temps (Genève)
por Alain Campiotti, Beyrouth


Un hangar militaire vide et un réacteur nucléaire, ce n'est pas la même chose. Un mois après un raid très opaque de l'aviation israélienne dans le nord-est de la Syrie, le président Bachar el-Assad a finalement admis l'attaque, pour la minimiser: les bombes étaient tombées sur un bâtiment inutilisé de l'armée.

Le Syrien, silencieux jusque-là, voulait évacuer la rumeur qui courait: une centrale atomique en construction avait été visée. Israël, de son côté, imposait un black-out total à l'ensemble des journalistes sur son sol. Mais des fuites ont commencé aux Etats-Unis, jusqu'aux révélations du New York Times dimanche. L'objectif était bien un réacteur nucléaire, sans doute fourni (plans ou experts) par la Corée du Nord.

Le bombardement a eu lieu le 6septembre, seize ans après une autre attaque israélienne, en Irak cette fois, qui avait détruit le réacteur Osirak, construit avec l'aide de la France. Dans les deux cas, Jérusalem suspectait des projets militaires. La dénonciation du raid de 1981 avait été générale dans le monde, y compris aux Etats-Unis. Cette fois, il n'y a eu que deux condamnations: celle de Damas, et celle de la Corée du Nord, qui ont nié toute collaboration dans le domaine nucléaire. Côté arabe, et même en Iran: silence persistant. Ce mutisme a une raison pratique: Damas avait commencé par nier ce viol de son espace aérien et de son territoire. Mais les Arabes, chez qui la Syrie a aujourd'hui peu d'amis, ricanaient: El-Assad, le champion de la résistance, se laissait bombarder sans réagir.

L'administration Bush, embarquée dans deux opérations diplomatiques fragiles en Asie et au Proche-Orient, s'est divisée selon le New York Times sur les conséquences à tirer des informations fournies au cours de l'été par les Israéliens, sans s'opposer au raid qui a suivi, ou sans pouvoir l'empêcher. Vis-à-vis de Pyongyang, les partisans de la retenue l'ont emporté. La négociation à six commencée après l'explosion il y a un an de la première bombe coréenne continuera. Et Kim Jong-il va recevoir du pétrole en échange de l'arrêt de sa principale installation nucléaire.

Scepticisme pour Annapolis

Au Proche-Orient, c'est plus inextricable. Condoleezza Rice est arrivée dimanche soir à Jérusalem. Elle a commencé aussitôt une navette entre Ehoud Olmert et Mahmoud Abbas pour tenter de rapprocher les positions israélienne et palestinienne quelques semaines avant la conférence que les Etats-Unis veulent réunir fin novembre à Annapolis, dans le Maryland. Le scepticisme domine dans le monde arabe à l'approche de cette réunion, pour laquelle les invitations ne sont pas encore parties. Et l'annonce la semaine dernière de nouvelles confiscations de terres à l'est de Jérusalem n'a rien arrangé. La secrétaire d'Etat va demander des explications au premier ministre israélien. Elle lui parlera aussi du bombardement en Syrie, qu'elle ne voulait pas, et de ses effets.

Les Arabes souhaitaient que Damas soit invité à Annapolis. Pas Israël. Bachar el-Assad vient de dire qu'il n'ira pas, à moins que la restitution du Golan soit sur la table. Le Hamas et l'Iran appellent aussi au boycott de la conférence. Si le sommet que George Bush veut a finalement lieu, ce sera celui de l'Amérique et de ses alliés dans la région.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Índice de hoje 

- Criador de peixe parte para a industrialização (O Estado de S. Paulo, Brasil)
- Una nueva técnica crea vasos sanguíneos a partir de piel (ABC, Madrid)
- El futuro de la OTAN se decide en Afganistán (Novosti, Moscovo)

Criador de peixe parte para a industrialização 

O Estado de S, Paulo (Brasil)
por Luiz Gallo


O aumento da produção de tilápias, associado à industrialização do setor, tem mudado o perfil do piscicultor. Os criadores, que por muito tempo foram dependentes dos pesque-pagues, têm tido, cada vez mais, a opção de entregar a produção para os frigoríficos que começam a surgir em vários pontos do País.

No Estado de São Paulo, alguns produtores bem estruturados vão além: conseguiram eliminar o atravessador e construir seus próprios frigoríficos, chegando ao consumidor final com um produto já limpo e embalado.

É o caso do piscicultor Martinho Colpani, que dirige, junto com dois irmãos, Thiago e Giovana, a Águas Claras, empresa piscicultora que produz mais de 10 milhões de alevinos por ano, sendo 5 milhões de tilápia e o restante dividido entre pintado, matrinxã, pacu e pirarucu.

ALEVINOS

A família Colpani cria peixes desde 1986. Atualmente, mantém 22 hectares de tanques na região de Mococa (SP), dedicados à cria, recria e engorda. Por enquanto, o faturamento vem principalmente da produção e comercialização de alevinos. Mas, no futuro próximo, o frigorífico, recém-montado e processando 2 toneladas de peixe por dia, passará a ser a principal fonte de renda.

No frigorífico são produzidos, com carne de tilápia, filés e outros produtos, como filés empanados e congelados e iscas de peixe empanadas, registradas com o nome de Pânetis.

O objetivo dos Colpani é cortar os intermediários e agregar valor aos seus produtos. 'Dominando todas as etapas da criação e produção, agregamos valor e vendemos o peixe mais barato', afirma Martinho. Na agroindústria da família, o custo de produção de uma caixa de 300 gramas de filé empanado é de R$ 6. Ela é vendida por R$ 8,99. Já os Pânetis têm custo de produção de R$ 3,50 e são vendidos por R$ 7 a caixa de 300 gramas.

'Nosso objetivo era aumentar o rendimento', diz. 'Antigamente nós aproveitávamos 30% da tilápia. Hoje em dia, com a criação do Pânetis, aproveitamos 50% e esperamos aproveitar ainda mais.'

Os produtos são distribuídos a diversas cidades da região e estão presentes também na merenda das escolas municipais de Mococa. Martinho arrisca, agora, formar o embrião de um sistema de integração, quase nos mesmos moldes que ocorre na criação de aves e suínos. Ele vende alevinos a produtores, que engordam o peixe e devolvem-no para o frigorífico.

VENDAS REGULARES

O criador de tilápias Marcelo Cardoso compra os alevinos da Águas Claras, recria o peixe em tanques de terra e engorda em tanques-rede. Sua produção é de 5 toneladas por dia, a maioria vendida para o frigorífico de Mococa. 'Para nós, produtores menores, é uma vantagem revender o peixe para abate, pois temos regularidade maior de vendas. E o volume comprado é bem maior.'

Segundo o especialista em aqüicultura Fábio Sussel, vender peixes para os pesque-pagues ainda é um negócio rentável, recomendado, porém, para quem está começando a produzir. Há a desvantagem de ser um mercado irregular, pois depende da temporada de movimento dos pesqueiros, que tem o ápice no verão. Mesmo no auge da temporada, os pesqueiros compram volumes bem menores do que os frigoríficos. Sussel acredita que a industrialização seja o caminho para produtores maiores, que têm um mercado maior, e que podem também incentivar outros produtores, que investem na engorda da tilápia.

OTIMISMO

O incentivo para produtores menores é um dos fatores de otimismo para o piscicultor Fernando Nagano, que cria tilápias desde 1998 e vende 500 mil alevinos por safra. Nagano investiu os lucros que obteve com uma fazenda de café para abrir um frigorífico, e está preparado para processar 5 toneladas de tilápia/mês em Garça (SP). O produto mais vendido por Nagano é o filé individualizado, por R$ 15 o quilo.

Segundo Nagano, com o fim da época áurea dos pesque-pagues, muitos produtores desistiram da piscicultura. Agora, porém, com a perspectiva de vender o peixe para os frigoríficos, ele espera aumento de 100% na venda de alevinos.



NÚMEROS

70 MIL
toneladas de tilápia são produzidas no Brasil anualmente

30%
do peixe pode ser aproveitado como filé de tilápia, conhecido como filé saint peter

2,5 MILHÕES
de reais é o valor do crédito disponibilizado pela Feap desde 2003 para o incentivo da criação de tilápia no Estado de São Paulo

Una nueva técnica crea vasos sanguíneos a partir de piel 

ABC (Madrid)
por ANNA GRAU. NUEVA YORK

Ya es posible reactivar la circulación de la sangre con la ayuda de vasos sanguíneos de laboratorio. Pero no se trata de vasos sanguíneos sintéticos sino de conductos plenamente humanos, obtenidos de una muestra de piel del mismo paciente, tratada con innovadoras técnicas de cultivo. La hazaña es de la empresa californiana Cytograft, y las repercusiones médicas pueden ser incalculables para todo el mundo.

La posibilidad de reemplazar vasos sanguíneos dañados por enfermedades que van de la diabetes a la arterioesclerosis, pasando por una variada gama de disfunciones cardiovasculares, puede marcar la diferencia entre que haya o que no haya que amputar una pierna. También se presenta un panorama completamente diferente para la cirugía mayor y para hacer frente a las grandes crisis coronarias. Hasta ahora había que recurrir a microscópicos «bypasses» en vena o al injerto de fragmentos de vasos sanguíneos procedentes de cadáveres.

Esto último tenía la evidente contraindicación de exigir una medicación colateral muy agresiva, y de por vida, para prevenir los riesgos del rechazo. Mientras que el material sintético provoca inflamaciones muy difíciles de controlar. Y además resulta dramáticamente poco operativo cuando los pacientes son niños, y los vasos injertados no son capaces de crecer en concordancia con el resto de su cuerpo.

A falta de aprobación

Pero todos estos problemas y todas estas limitaciones pueden quedar definitivamente atrás, si se confirma que los experimentos de Cytograft -pendientes de aprobación por las autoridades sanitarias norteamericanas- han tenido éxito. Ya hay implantes realizados en ocho pacientes, todos ellos bajo un estrecho seguimiento médico que culminará dentro de trece meses.

«The New York Times» citaba ayer el testimonio de médicos que esperan los resultados finales con un gran optimismo, incluso sin haber participado en esta investigación ni tener relación alguna con Cytograft. Deepak Srivastava, director del Instituto Gladstone de Enfermedades Cardiovasculares de la Universidad de California, en San Francisco, cree que esto puede ser el equivalente a volver a nacer para muchos niños con defectos cardíacos congénitos. Destacados especialistas en este campo en Japón ya han mostrado su interés por conocer las técnicas usadas por los americanos.

Todos los pacientes que hasta ahora han recibido estos implantes estaban sometidos a diálisis crónica. Todos ellos tenían pues los característicos nudos o empalmes entre vasos sanguíneos que se requieren para las repetidas punciones de la máquina de diálisis, y que hay que reemplazar periódicamente para prevenir coágulos y obstrucciones. Lo que hicieron los científicos de Cytograft fue acometer el reemplazo injertando uno de sus vasos artificiales en el brazo de cada paciente. La operación, realizada con anestesia general, dura entre una hora y hora y media.

Aspecto frágil

Sus artífices aseguran que, al tacto a través de los guantes de cirugía, los vasos de Cytograft dan la impresión de ser venas algo más frágiles de lo normal. Pero a la hora de la verdad bombean con el vigor y la elasticidad de una arteria.
El origen del cultivo es una muestra de piel del paciente, que generalmente sale del dorso de la mano o del interior de la muñeca. Se obtiene bajo anestesia local. La recolección incluye un fragmento de vena de una pulgada de largo.

Luego viene lo más delicado y también lo más apasionante para un investigador: el cultivo. Los científicos han utilizado enzimas para obtener de la misma piel humana los suficientes fibroblastos, es decir, las «células marco» que mantienen la estructura extracelular de los tejidos y ayudan a conectarlos, por ejemplo, en la cicatrización de las heridas. En este caso sirven de espina dorsal para el desarrollo del nuevo vaso. También se obtienen así células endoteliales, tan preciosas para el activo metabolismo de todo el sistema sanguíneo y su catedral, el corazón.
Posteriormente todas estas células se multiplican por millones en el laboratorio hasta generar un vaso sanguíneo de entre 12 y 30 centímetros de largo. No es una longitud inmejorable, y por eso en Cytograft están intentando «coser» unos vasos con otros para obtener implantes más ambiciosos.

Los que se han obtenido hasta ahora están todos injertados en el brazo de los pacientes, una zona donde es mucho más fácil detectar una emergencia, y retirar el vaso entero de ser menester, que en capas más profundas del organismo.

El futuro de la OTAN se decide en Afganistán 

Novosti (Moscovo)


El general Dan McNeill, actual comandante de la fuerza internacional de asistencia a la seguridad en Afganistán (ISAF), denunció el lunes los intentos de sabotear las operaciones de la OTAN en el territorio afgano.

La renuencia de los países miembros de la OTAN a enviar refuerzos a Afganistán pone a la Alianza al borde de un colapso, reconoció McNeill. El general comentó de esta manera el anuncio del ministro holandés de Defensa, Eimert van Middelkoop, de que Holanda procederá al traspaso gradual de su contingente de 1.700 militares, estacionado en el sur de Afganistán, a la condición de observadores. Canadá, que tiene 2.500 efectivos desplazados en Kandahar, manifiesta últimamente intenciones similares.

Si se van los holandeses y los canadienses, la OTAN simplemente no tendrá con quién sustituirlos. En teoría, es posible trasladar desde el norte a los alemanes pero no hay garantía alguna de que ellos acepten cambiar la zona tranquila de Mazar-i-Sharif por las hostilidades en Kandahar.

El futuro de la Alianza Noratlántica se decide precisamente en Afganistán, subrayó McNeill.

"La cúpula de la OTAN reconoció finalmente que hay una crisis profunda en el seno de la Alianza", comentó a este respecto Alexandr Jramchigin, colaborador del Instituto ruso de análisis político y militar.

"La situación de la OTAN es casi anecdótica: todo el mundo quiere ingresar en esta alianza pero nadie está dispuesto a pelear por ella", constató él. "Lo ideal habría sido disolverla en 1991, apenas desapareció el Pacto de Varsovia, pero EEUU se afanaba por preservar un instrumento de influencia en Europa, así que la OTAN se quedó allí, váyase a saber para qué ni contra quién", dijo el experto. En plano militar, la eficiencia de la OTAN es casi nula, lo cual se pone de manifiesto en una actuación de sabotaje o deserción explícita que los países miembros demuestran en Afganistán, opina Jramchigin.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Índice de hoje 

- Novas biografias expõem 'lado negro' de Che (BBC Brasil)
- Les Suisses réticents au «tourisme de la mort» (Le Temps, Genève)

Novas biografias expõem 'lado negro' de Che 

BBC Brasil
por Rafael Estefanía




Um lado negro do líder revolucionário Ernesto Che Guevara está sendo exposto em novas biografias que, baseadas em depoimentos de pessoas que conviveram com ele, destoam das memórias enaltecedoras que marcam as comemorações dos 40 anos da morte do guerrilheiro.

Autor de Che Guevara, uma vida revolucionária, o escritor americano Jon Lee Anderson retrata o guerrilheiro como um homem egocêntrico e arrogante.

"Era soberbo e muito severo com os demais. De estilo contundente, chegou a ser muito doutrinário com as suas opiniões", afirmou Anderson à BBC.

Guiado por grandes ideais, Che, diz o biógrafo, não tinha tempo para os que apoiavam a sua causa.

"Como ele mesmo havia se sublimado por um ideal, esperava que todos os demais ao seu redor fizessem o mesmo e isso o transformou numa pessoa muito exigente e sem nenhuma paciência. Formou em volta dele uma legião de uns poucos que viveram a sua vida totalmente de acordo com Che", disse Anderson.

O ex-agente da CIA (agência de inteligência americana) Félix Rodríguez, que participou da captura e do interrogatório de Che na Bolívia, conta um caso que sugere que o líder guerrilheiro era implacável, até mesmo cruel, com os que não apoiavam a Revolução.

"Há 20 anos, uma mulher se aproximou de mim, em Paris, e me contou como o seu filho de 15 anos foi condenado à morte por escrever contra o governo de Fidel Castro", disse Rodríguez.

“Ela conseguiu uma audiência com Che e lhe implorou que deixasse seu filho viver. Era uma sexta-feira e a execução estava prevista para segunda. Quando Che perguntou o nome do rapaz, a mãe acreditou ter conseguido salvar a vida do filho. Ele girou a cabeça e, dirigindo-se a seus soldados, gritou: 'Fuzilem o filho desta senhora hoje mesmo para que ela não tenha que esperar até segunda-feira'”, disse o ex-agente da CIA.

Lado 'oculto'

Outro biógrafo de Che, o jornalista cubano Jacobo Machover, autor do livro El rostro oculto del Che, também destoa das retrospectivas que enaltecem o líder revolucionário no 40º aniversário da sua morte.

Na biografia, Machover fala sobre o período mais obscuro da vida de Che, quando ele foi colocado à frente de uma "comissão purificadora" de uma prisão em Havana que, entre outras funções, supervisionava execuções.

Durante esse período, segundo Machover, pelo menos 180 pessoas foram fuziladas depois de ser submetidas a julgamentos sumários presididos pelo próprio Che.

José Vilasuso, advogado que trabalhou com Che na prisão de La Cabaña no preparo das acusações, confirmou esse aspecto: "Os fatos eram julgados sem nenhuma consideração dos princípios de justiça".

O livro também traz o depoimento de um ex-companheiro de guerrilha de Che, Dariel Jiménez Alarcón, que descreve a frieza mantida pelo comandante durante as execuções que presenciava.

"Che subia num muro e, deitado de costas, observava as execuções enquanto fumava um charuto", disse Jiménez.

Para aqueles que não compartilhavam dos ideais de Che, mais do que um homem com defeitos, o líder guerrilheiro representava uma ameaça a toda a ordem mundial num momento em que a paz do mundo estava por um fio.

'Eu estabeleço uma analogia entre a figura de Che nos anos 60 a de Osama Bin Laden hoje" diz Lee Anderson.

"É claro que são personagens muito diferentes e que não geram o mesmo tipo de reações. Refiro-me ao fato de que Che, durante a Guerra Fria, em meio ao perigo nuclear, foi o protagonista do momento culminante na história entre Ocidente e Oriente."

Segundo o escritor americano Lawrence Osborne, a retórica de Che era carregada de ódio. "Alguns de seus discursos eram quase fascistas" afirma Osborne.

Ele cita o final de um pronunciamento do líder revolucionário em que ele dizia que "o incontrolável ódio ao inimigo nos impulsiona e nos transforma em máquinas de matar efetivas, frias e seletivas".

Les Suisses réticents au «tourisme de la mort» 

Le Temps (Genève)


La Suisse ne doit pas servir de destination finale aux étrangers souhaitant bénéficier d'une assistance au suicide. Un sondage, réalisé auprès de 500 personnes pour le compte conjoint du Matin dimanche, du SonntagsBlick et d'Il Caffè, a été publié dimanche. Il précise les craintes mais aussi les positions plutôt tolérantes de la population suisse relativement à l'assistance au suicide.

Ainsi, plus d'un Suisse sur deux (54%) estime que le «tourisme» lié au suicide doit être totalement interdit. Mais 38% des sondés estiment juste d'accueillir les ressortissants de pays où l'euthanasie est interdite. Actuellement, seuls la Suisse, la Belgique et les Pays-Bas tolèrent cette pratique.

Liberté d'en finir

La liberté de mettre fin à ses jours est aujourd'hui considérée comme un droit légitime de l'individu par 80% des sondés. Quant à recourir à une aide extérieure pour cela, les avis sont plus mitigés: 53% des personnes interrogées envisagent elles-mêmes d'y recourir si elles tombaient gravement malades. Un Suisse sur trois n'imagine en aucun cas en venir à cette solution. Pour plus d'un sondé sur deux (55%), l'aide au suicide est admissible uniquement en cas de maladies incurables. La position la plus radicale, soit l'interdiction totale d'une quelconque aide au suicide, est défendue par 15% des Suisses seulement.

Le rôle de l'Etat

Mais à qui appartient une telle décision? Pour la moitié des sondés (49%), c'est la personne malade et elle seule qui doit déterminer si elle souhaite recourir à une substance létale pour en finir. Et dans le cas d'un malade qui ne serait plus en état de manifester son choix? L'avis est partagé, puisque 45% des Suisses jugent que l'entourage proche doit alors pouvoir décider.

Suite aux récents démêlés de l'association zurichoise Dignitas, qui a assisté de nombreux étrangers venus en Suisse pour y mourir, les Suisses se montrent en faveur d'une clarification et d'un cadre très officiel à l'aide au suicide. La majorité des sondés, soit 67%, juge que c'est à l'Etat de contrôler et de prendre en charge l'organisation de cette aide, ainsi que les frais qui lui sont liés, et cela dans le cadre officiel d'hôpitaux (22%) ou d'établissement spécialisés (45%).

Enfin, l'idée que l'aide au suicide puisse servir de fond de commerce à des organisations débecte neuf Suisses sur dix.

domingo, outubro 07, 2007

Índice de hoje 

- Estudo diz que dióxido de carbono não provocou último aquecimento global (Ambiente Brasil)
- Buraco na camada de ozônio recua em 2007 (Ambiente Brasil)

Estudo diz que dióxido de carbono não provocou último aquecimento global 

Ambiente Brasil
29/09/2007


Um aumento na temperatura dos mares e não uma acumulação de dióxido de carbono (CO2) provocou o último aquecimento sofrido pelo planeta, diz um estudo divulgado pela revista "Science".

Segundo a pesquisa, o aumento da temperatura marítima teve origem nas águas da Antártida.

De acordo com os cientistas da Universidade da Califórnia, o dióxido de carbono não causou o fim da última glaciação, ao contrário do que se acreditava.

"Já não podemos dizer que apenas o dióxido de carbono gerou o fim da glaciação", declarou Lowell Stott, geólogo e principal autor do estudo.

As temperaturas do fundo dos mares aumentaram 1,3 mil anos antes que as da superfície tropical. O tempo foi maior em relação ao aumento dos níveis de CO2 na atmosfera, afirmou Stott.

O autor do estudo diz que o relatório sugere que o acúmulo do gás foi resultado do aquecimento e que acelerou o degelo, mas não foi a causa principal.

No entanto, Stott não coloca em xeque o fato de que o CO2 influencia no aquecimento que o planeta está passando nos últimos anos, segundo as teorias científicas.

"Não quero que ninguém pense que isto é uma prova de que o CO2 não afeta ao clima. Ele afeta, mas o importante é que o dióxido de carbono não é o começo nem o fim da mudança climática", declarou.

Segundo os cientistas, o estudo da salinidade e das temperaturas dos oceanos são fatores que podem ser usados para determinar a origem.

O deslocamento lento destas águas parece ter começado no oceano antártico há 19 mil anos.

Os pesquisadores explicam que isto acontece porque o aumento da temperatura acelera o degelo e expõe as águas dos mares que refletem menos luz e absorvem mais calor.

O modelo dos autores do estudo também diz que quando as condições térmicas do oceano se alteraram possivelmente acabaram gerando a liberação do CO2 dos mares, o que acelerou o aquecimento global. Os cientistas analisaram a sedimentação marítima para calcularem as mudanças na temperatura.

"Este é um exemplo da forma como um clima regional se apresenta em uma mudança climática global", declarou Stott.

Segundo os cientistas da Universidade da Califórnia, a dinâmica climática é muito mais complexa. Por isto, não se pode simplesmente afirmar que o aumento nos níveis de CO2 provoca o mesmo com a temperatura.

Estas complexidades têm que ser bem explicadas para se determinar como o clima mudou no passado e de que forma será modificado no futuro, diz Stott. (Yahoo Brasil)

Buraco na camada de ozônio recua em 2007 

Ambiente Brasil
04/10/2007


O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida já diminuiu 30% este ano com relação ao recorde registrado em 2006, informou a Agência Espacial Européia (ESA). Segundo as medições feitas com o satélite Envisat, da ESA, neste ano a perda de ozônio alcançou um pico de 27,7 milhões de toneladas, frente às 40 milhões do ano passado, disse a agência em comunicado.

Para os cientistas, o fato de o buraco ser inferior este ano não é um sinal de uma tendência a longo prazo, mas se deve às variações naturais de temperaturas e de dinâmica atmosférica, segundo a ESA.

Para se calcular a perda de ozônio são medidas a superfície e a profundidade do buraco. A espessura da camada é medida em unidades Dobson.

Este ano, a área do buraco - onde o ozônio é inferior a 220 unidades Dobson - é de 24,7 milhões de quilômetros quadrados, ou seja, aproximadamente a superfície da América do Norte. O valor mais baixo da camada de ozônio beira as 120 unidades Dobson, explicou a ESA.

"Embora o buraco esteja um pouco menor que de costume, não podemos chegar à conclusão de que a camada de ozônio já está se recuperando", advertiu um cientista do Instituto Meteorológico Real da Holanda, Ronald van der A, citado na nota.

O pesquisador explicou que este ano o buraco na camada de ozônio estava menos concentrado no Pólo Sul do que em outros anos, o que permitiu misturar-se com um ar mais quente e reduzir seu crescimento. (Globo Online)

sexta-feira, outubro 05, 2007

Índice de hoje 

- Bouddhisme : les trois grandes écoles (Le Monde, Paris)
- Platillos voladores de piedra hallados en China reviven el enigma de los discos Dropa (Novosti, Moscovo)
- Exploração de um barril de petróleo em Angola custa 1,77 dólares (Macauhub, China)

Bouddhisme : les trois grandes écoles 

Le Monde (Paris)
por Henri Tincq


La lutte des bonzes contre le régime militaire birman souligne tragiquement la puissance sociale de la vie monastique dans le bouddhisme. Dès la naissance du boud-dhisme dans son berceau de l'Inde - entre les Ve et IVe siècles av. J.-C. - les premiers disciples de Bouddha Shâkyamuni ("l'Eveillé" du clan des Shakya) se rasaient la tête, s'habillaient d'une robe ocre et allaient quêter leur nourriture de maison en maison.

Bouddha a vécu quatre-vingts ans - dont quarante de prédication -, mais n'a jamais nommé de successeur. Cette absence d'autorité suprême et l'éparpillement des communautés ont donné leur marque au bouddhisme naissant. Son histoire est faite d'une longue série d'emprunts aux traditions locales - chamanisme ou tantrisme hindou -, de divisions et de schismes. Même si les frontières sont poreuses, le bouddhisme se répartit aujourd'hui en trois écoles principales, correspondant à trois zones d'implantation géographique en Asie.

L'ÉCOLE THERAVÂDA

C'est la "voie des Anciens", encore appelée l'"école du Sud", puisqu'elle est implantée dans le sud-est du continent : au Sri Lanka, en Birmanie (où elle s'impose au XIe siècle), au Cambodge, en Thaïlande, au Laos et au Vietnam pour partie seulement (à cause de l'influence chinoise).

Ecole la plus ancienne et la plus proche du bouddhisme primitif, le theravâda - dont les textes sacrés sont en langue pâli - propose un enseignement traditionnel pour avancer sur la "voie de l'Eveil", dont l'étape de perfection ultime (nirvana) se traduit par le dépouillement de tout lien de souffrance ou de désir. L'objectif est de se libérer du samsara, le "cycle des renaissances". Etre sauvé signifie être libéré d'un monde terrestre réduit à des réalités "phénoménales" ou "impermanentes".

Pour ne plus mourir, il ne faut plus renaître... D'où le développement d'une spiritualité, dans le theravâda, du "non-attachement", puissante chez les moines, qui s'interdisent toute activité mondaine. Ils ne travaillent pas, ne reçoivent aucun argent, ne se font pas à manger. Ils sortent chaque matin pour mendier leur nourriture et dépendent intégralement des laïcs. Ils pratiquent de manière radicale le Noble Octuple Chemin ("parole juste, acte juste", etc.) pour développer cette attitude mentale de "non-attachement".

L'ÉCOLE MAHAYANA

Elle est née en Inde au début de l'ère chrétienne. C'est le bouddhisme "du Nord" : celui de la Chine (dès le Ier siècle), du Japon (VIe siècle), de la Corée et d'une partie du Vietnam. Cette réforme de l'enseignement primitif est fondée sur la notion de bodhisattva ("l'être voué à l'Eveil"), c'est-à-dire celui qui renonce à son propre nirvana pour pratiquer au plus haut degré la vertu de don et conduire à la délivrance de tous les êtres. Le bodhisattva accepte de rester dans le "cycle des existences", donc dans le monde de la souffrance, pour vivre une dimension de compassion totale.

L'école mahayana se fait appeler "Grand Véhicule", par opposition à l'école theravâda, qu'elle qualifie d'une notion péjorative : le "Petit Véhicule", soupçonné de ne chercher que le salut individuel. Entre les deux écoles, la dimension intérieure change, mais la vie monastique est presque identique. Dans la tradition mahayana, la figure du moine est moins idéalisée que dans la première. En Chine et au Japon par exemple, des moines se font à manger, ce qui est une hérésie pour un moine theravâda, birman ou sri-lankais. Dans tous les cas, les moines ne font pas de voeux perpétuels (puisque le monde est "impermanent"). Ils entrent et sortent du monastère, lieu de l'initiation de la plupart des jeunes.

L'ÉCOLE VAJRAYANA

Elle est aussi appelée "Véhicule du diamant", ou "Véhicule des formules" (mantrayana), ou "bouddhisme tantrique" (tantrayana, inspiré des tantras hindous, mot qui signifie "ouvrages explicatifs").

Il s'agit ici du bouddhisme tibétain, très minoritaire dans le bouddhisme mondial, mais le plus connu et pratiqué en Occident. L'école du "diamant" (le diamant est le symbole de la force qui détruit les illusions) est née également dans le nord de l'Inde et s'est développée, entre les IIIe et Ve siècles, au Tibet, en Mongolie et au Bhoutan.

Elle emprunte aux deux précédentes écoles, pénétrant même le "Grand Véhicule" de Chine et du Japon. Le zen japonais (chan en chinois), également connu et pratiqué aux Etats-Unis et en Europe, incorpore, par exemple, des éléments tantriques, ces techniques d'invocation de divinités et de récitation de formules rituelles, capables de provoquer une "transmutation" intérieure. Le but est d'acquérir l'état d'éveil dès cette vie, et non sur un parcours étendu à de nombreuses existences. Le maître spirituel (guru) y tient une place essentielle.

Ce bouddhisme a inspiré au Tibet un système théocratique fondé, depuis le milieu du XVIIe siècle, sur le pouvoir des lamas ("maîtres"). Le dalaï-lama est le maître dont la sagesse est aussi vaste que l'océan (dalaï). L'actuel dalaï-lama, Tenzin Gyatso, a dû quitter son pays occupé par les Chinois en 1959.



Chiffres

Dans le monde. Il y a 400 millions de bouddhistes. Ils représentent plus de 50 % de la population au Japon, au Laos, au Cambodge, en Thaïlande, en Birmanie, au Sri Lanka, au Vietnam. En Birmanie, la population (48 millions) est très majoritairement bouddhiste et compte entre 300 000 et 500 000 moines.

En Occident. Depuis les années 1970, l'intérêt pour le bouddhisme a beaucoup augmenté aux Etats-Unis, en Allemagne et en Grande-Bretagne. Les formes les plus pratiquées sont le zen puis le bouddhisme tibétain. L'implantation des écoles bouddhiques suit les vagues d'émigration d'origine vietnamienne, chinoise, laotienne, cambodgienne, birmane.

En France. Le pays compte quelque 300 centres bouddhiques. On estime entre 20 000 et 30 000 le nombre de Français d'origine non asiatique devenus des pratiquants réguliers. S'y ajoutent les centaines de milliers de fidèles des diasporas asiatiques en France.

Platillos voladores de piedra hallados en China reviven el enigma de los discos Dropa 

Novosti (Moscovo)


RIA Novosti. El hallazgo reciente de más de una decena de piedras de gran peso y tamaño con la forma de platillos voladores en China, ha revivido el enigma de los discos Dropa, la presunta evidencia de una expedición de extraterrestres que en naves espaciales visitaron la Tierra hace más de 12.000 años.

Según el rotativo ruso, Komsomolskaya Pravda, los platillos voladores de piedra fueron hallados a finales de pasado mes de septiembre, durante excavaciones en una mina de carbón cerca a la aldea Juangú, en la provincia de Tzianshi.

Las piedras, de casi tres metros de diámetro y al menos 400 kilogramos de peso, tienen la forma de un platillo volador con una protuberancia cóncava en el centro y por su apariencia, parece que fueron labradas con instrumentos mecánicos.

En el lugar del curioso hallazgo trabaja una expedición de científicos chinos, y algunos medios de prensa aseguran que las piedras tienen relación con los famosos discos Dropa, un extraño descubrimiento hecho por un arqueólogo chino en las montañas de Bayan Kara Ula, cerca al Tíbet, en 1938.

Según la versión más difundida, el arqueólogo Chi Pu Tei, catedrático de la Universidad de Pekín y estudiantes exploraron cuevas en esa montaña que durante muchos siglos fue la morada natural para muchas tribus trogloditas autóctonas. Los expedicionarios encontraron tumbas con esqueletos cuyos cráneos eran anormalmente grandes, torso y extremidades frágiles y apenas 138 centímetros de estatura.

También se encontraron cerca de 700 discos de piedra de 30 centímetros de diámetro con agujeros en el centro de 20 milímetros de ancho y surcos, denominados "Piedras Dropa", en alusión a los Dropa o pastores nómadas que habitan la mayor parte del norte del Tíbet.

En las paredes había relieves del Sol, la Luna, estrellas, la Tierra y líneas que unían la Tierra con el cielo. Los discos y las pinturas tenían una antigüedad aproximada de 12.000 años, mucho más que las pirámides de Egipto.

Los discos y otros hallazgos de la expedición fueron trasladados a la Universidad de Pekín, y en 1958 el profesor Tsum Um Nui expuso una teoría según la cual los surcos eran jeroglíficos desconocidos.

Según Tsum, los signos narran la historia del aterrizaje forzoso de la nave espacial y la matanza de la mayor parte de los sobrevivientes por habitantes del lugar.

Supuestamente, Tsum reportó su descubrimiento en 1962, pero la Universidad de Pekín no recomendó su publicación porque estimó que los criterios de interpretación de los jeroglíficos carecían de argumentación científica.

Posteriormente, en 1965, las autoridades del Alma Mater autorizaron la publicación de materiales relacionados con los discos Dropa, que en esencia corroboraron la teoría de Tsum sobre la sonda tripulada interplanetaria.

Entonces, los científicos chinos expusieron fotos de los discos Dropa que de hecho, son similares a los discos Bi, que se encuentran por millares en varias regiones de China.

Generalmente, los discos Bi son pequeños, son hechos de jade o nefrita, con un pequeño agujero redondo o cuadrado en el centro, aunque no tienen los jeroglíficos como los discos Dropa.

Según otras fuentes, los discos Dropa tienen propiedades peculiares con elevadas concentraciones de cobalto y otros metales que les confiere una dureza especial. La resistencia de los discos Dropa, más elevada que el granito ponen en relevancia de la tecnología que se tuvo que aplicar para grabar los jeroglíficos, de por sí difíciles por su reducido tamaño.

Sea cual sea su naturaleza, origen, o significado, las piedras Dropa siguen siendo un objeto de vivo interés para arqueólogos y antropólogos.

La mayoría de los expertos consideran que la historia que narra sus jeroglíficos de los discos Dropa es uno de los tantos mitos que existen en los pueblos antiguos que cuentan que sus descendientes vinieron a la Tierra desde otras estrellas. Otros, que consideran factible que la Tierra fue poblada por extraterrestres, estiman que las piedras Dropa tienen un valor incalculable porque son la primera evidencia de esas visitas.

Mientras, el enigma de las piedras Dropa sigue oculto.

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