<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, agosto 31, 2007

Telescópio detecta vapor d'água em sistema planetário em formação 

Folha de S. Paulo (Brasil)


O telescópio espacial Spitzer da Nasa detectou num sistema planetário em formação uma quantidade de vapor d'água cinco vezes maior que os oceanos da Terra, revelou na quarta-feira o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).

A agência espacial americana explicou em comunicado que os dados constituem a primeira indicação direta da forma como a água, elemento crucial na formação de vida, começa a fazer parte dos planetas, inclusive os rochosos como a Terra.

"Pela primeira vez, estamos vendo como a água surge numa região onde provavelmente se formam planetas", disse Dan Watson, astrônomo da Universidade de Rochester e autor de um estudo sobre o sistema, identificado como NGC 1333-IRAS 4B.

Segundo os astrônomos, o vapor vem de uma nuvem central do sistema e cai sobre um disco de poeira estelar, que seria o material da formação inicial dos planetas. "Na Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas de gelo. A água também existe como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas", disse Watson. "Agora vimos que a água, que cai na forma de gelo de um sistema estelar jovem, evapora para depois se congelar novamente e se transformar em asteróides e cometas."

"Detectamos uma fase muito especial na evolução de uma jovem estrela, na qual o material da vida avança dinamicamente rumo a um ambiente no qual podem se formar planetas", acrescentou Michael Wenero, cientista da missão do Spitzer nos escritórios do JPL, em Pasadena (Califórnia).

O NGC 1333-IRAS 4B se encontra a aproximadamente mil anos-luz da Terra, na constelação de Perseu.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Índice de hoje 

- Découverte des premiers pollens d'orchidée fossiles (Le Figaro, Paris)
- Este é o famoso fogo de chão (O Estado de S. Paulo, Brasil)

Este é o famoso fogo de chão 

O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Rusty Marcellini*


A palavra 'churrasco' é imediatamente associada ao povo gaúcho. Apaixonados, os rio-grandenses adoram discutir métodos de churrasquear. Há quem espete a carne - e quem ache isso um crime. Há quem adore a grelha - e quem só sabe fazer churrasco em fogo de chão. Em São Francisco de Paula, pequeno município no nordeste do Rio Grande do Sul, os homens usam bombacha, as mulheres vestido longo e o churrasco é feito como antigamente: em cima da vala.

Cercada por coxilhas, São Chico, como é conhecida, recebe turistas que querem conhecer a cultura tradicionalista gaúcha.

Entre as atrações do município, uma é o restaurante Pomar Cisne Branco. Lá, o local onde se prepara o churrasco é uma espécie de galpão com chão de terra batida e paredes de troncos de madeira. Num buraco aberto no chão, tocos de brasa incandescida. Num canto, uma caixa rústica de madeira com sal grosso. Junto ao teto, lascas de carne descansam dependuradas numa viga de madeira. Depois de secas e defumadas, recebem o nome de charque, ingrediente essencial no arroz-de-carreteiro.

Onde o calor é menos intenso, uma enorme costela de boi assa lentamente. O assador revela que o segredo para uma boa costela é assar peças inteiras por pelo menos seis horas. E acrescenta: 'Escolha sempre aquelas com ossos pequenos e arredondados, pois indicam animal novo.'

Uma senhora em trajes típicos conta que, séculos atrás, os índios guaranis enterravam a carne no chão e, por cima, acendiam um fogo. Somente com a chegada dos portugueses e espanhóis, difundiu-se o hábito de usar espetos sobre um buraco com brasas. A senhora continua a história: 'Na época dos tropeiros, a carne viajava debaixo das abas de couro das selas. Durante o trajeto, o suor das mulas ia impregnando a carne e, assim, salgando-a.'

Todos os clientes são então convidados ao galpão principal. No fundo do salão há um farto bufê de comida campeira sobre fogão a lenha. No cardápio, feijão preto, farofa com pedaços de charque, guisado de abóbora, quirera (milho socado no pilão e cozido) e arroz-de-carreteiro, além de vários cortes de carnes preparadas na vala. De sobremesa, sagu com creme, pudim de leite e ambrosia. Para encerrar, café com rapadura.

* Autor da série 'Caminhos do Sabor'. Escreve para Paladar sobre curiosidades do interior do Brasil



Dicionário gauchês para entender o churrasco...


Assador: a pessoa encarregada do preparo.
Churra: nome íntimo do churrasco.
Diretoria: amigos em volta do assador.
Espeto Corrido: rodízio.
Lasquear: servir lascas ao redor da churrasqueira.
Tocar gaitinha: roer a carne grudada no osso.


... e dicas para preparar

Evite carne congelada.
Nem pense em comprar carne magra.

Não compre se a gordura estiver amarelo-escura: é animal velho, de carne dura.

Na costela, osso chato e grande é de animal velho, enquanto ossos pequenos e arredondados são de novilho.

(SERVIÇO)Pomar Cisne Branco - Estrada da Roça Nova s/n°. São Francisco de Paula, RS. (54) 3244-1204

Découverte des premiers pollens d'orchidée fossiles 

Le Figaro (Paris)
por MARC MENNESSIER.


La relation étroite qui lie ces étonnantes plantes à fleurs à leurs insectes pollinisateurs dure depuis au moins quinze à vingt millions d'années.

IL Y A quinze et peut-être vingt millions d'années, les abeilles butinaient déjà les fleurs d'orchidées ! Une équipe de chercheurs américains, brésiliens et hollandais publie, en effet, dans la revue Nature datée de ce jour, de saisissantes photos d'une abeille fossilisée dans de l'ambre, portant sur son dos un amas de pollen prélevé sur une espèce d'orchidée jusqu'alors inconnue des botanistes, Meliorchis caribea.

La découverte de ce spécimen exceptionnel, dans une mine située à l'est de la ville de Santiago, en République dominicaine, dans des gisements de lignite datant du Miocène (entre 15 et 20 millions d'années), est intéressante à double titre. Tout d'abord, et bien qu'il s'agisse de la famille de plantes à fleurs la plus représentée sur Terre, avec près de 20 000 espèces recensées, c'est la première fois que des paléontologues réussissent à mettre la main sur un fossile d'orchidée dont l'identité est attestée sans ambiguïté. D'autres fossiles présumés ont bien été exhumés par le passé, mais tous étaient plus ou moins sujets à caution. Ensuite, l'observation d'une interaction aussi ancienne entre une plante et son pollinisateur est un fait sans précédent. Elle montre que la coévolution entre ces deux groupes d'organismes vivants, eux-mêmes très évolués, est un phénomène très ancien et encore énigmatique. « Ce qui me plaît dans ce travail, c'est de voir que cette nouvelle espèce d'orchidée a été identifiée à partir de l'étude morphologique de ses grains de pollen et de leur position sur l'abeille », souligne Marc Pignal, botaniste au Muséum national d'histoire naturelle, à Paris.

Les orchidées sont en effet les seules plantes dont les grains de pollen sont réunis en deux petits paquets, appelés pollinies, qui vont se coller sur le dos du premier insecte venu se gorger de nectar. Ce dernier, en allant visiter une autre fleur, sera délesté d'une partie de son chargement, permettant ainsi la fécondation. Les modalités de l'échange varient bien sûr d'une orchidée à l'autre, chaque fleur étant visitée par un type d'insecte bien particulier. Dans le cas présent, l'abeille piégée dans l'ambre fossile est une ouvrière d'une espèce éteinte, Proplebeia dominicana, qui avait la particularité de ne pas posséder de dard.

Un boom spectaculaire

L'équipe dirigée par Santiago Ramirez, de l'université Harvard (États-Unis), a montré que les grains de pollen retrouvés sur le spécimen avaient des caractéristiques (taille, forme, ornementation) semblables à celles d'une sous-tribu d'orchidées, les goodyerinae, dont M. caribea faisait donc partie.

Mais la position des pollinies sur le dos de l'abeille fossilisée est atypique. « Chez les goodyerinae actuelles, les pollinies adhèrent aux mandibules de l'insecte », note les auteurs qui en concluent que la fleur de M. caribea était probablement « en forme de gosier » de façon à permettre à « la partie antérieure du corps de l'abeille de pénétrer entièrement à l'intérieur de la fleur. »

La datation précise de leur nouvelle orchidée a également permis aux auteurs de revisiter l'histoire évolutive de cette illustre famille de plantes, insuffisamment connue du fait de l'absence de fossiles.

D'après leurs calculs, le « plus récent ancêtre commun » des orchidées actuelles vivait au Crétacé supérieur entre -84 et -76 millions d'années. En outre, la famille des orchidées aurait connu un boom spectaculaire, avec l'apparition d'un grand nombre de nouvelles lignées peu de temps après l'extinction de masse survenue à la limite du Crétacé-Tertiaire, il y a 65 millions d'années au cours de laquelle les dinosaures et un très grand nombre d'espèces vivantes ont été définitivement rayés de la carte. Autant de résultats qui plaident pour une origine ancienne des orchidées, mais qui demandent à être confirmés par la découverte... de nouveaux fossiles.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Índice de hoje 

- Grupo "acorda" bactéria congelada há 500 mil anos (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Jumento melhora e conquista mercados (O Estado de S. Paulo, Brasil)
- Un cubo de bambú en Carabanchel (El Pais, Madrid)
- Gardiens du vin (Le Temps, Genève)

Grupo "acorda" bactéria congelada há 500 mil anos 

Folha de S. Paulo (Brasil)


Bactérias que se mantiveram vivas por meio milhão de anos ajudaram um grupo internacional de cientistas a entender o segredo da longevidade desses micróbios --na Terra e talvez até fora dela.

Os pesquisadores descobriram que algumas bactérias conseguem respirar e manter um mínimo de atividades metabólicas mesmo em ambientes extremos, como o solo congelado da Sibéria. Assim, seu DNA é capaz de se reparar dos danos que sofre nessas condições, permitindo que elas vivam.

A aparente "ressurreição" dos micróbios era algo que havia muito intrigava os cientistas. A hipótese parcialmente aceita até então era que no gelo as bactérias entrariam em um estado de dormência --situação que aumenta a tolerância ao estresse e a resistência a condições adversas. O problema é que, com o tempo, células dormentes ficam metabolicamente inativas. Seu DNA deixa de fazer os autoconsertos necessários para sua sobrevivência e acaba se degradando.

As bactérias, no entanto, não seguem esse padrão. O genoma dos micróbios achados em solo congelado costuma ficar intacto. Em estudo publicado hoje na revista "PNAS", a equipe liderada por Eske Willerslev, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), explica por quê.

Analisando amostras de bactérias de 500 mil anos encontradas no permafrost da Sibéria, do Canadá e da Antártida, os pesquisadores detectaram pela primeira vez sinais diretos de respiração, ao captarem a produção de CO§§2§§. Eles acreditam que o nível de dormência é baixo o suficiente para manter as atividades metabólicas.

O estudo sugere que o permafrost possa abrigar um conjunto de bactérias desconhecidas que resistiram às mudanças climáticas do passado. Para Vivian Pellizari, da Universidade de São Paulo, que estuda microorganismos da Antártida, as aplicações são variadas. "Essas bactérias podem representar um elo importante para o conhecimento da evolução da vida no planeta", diz. E também em outros mundos.

Os autores acreditam que se Marte ou a lua Europa, de Júpiter, já abrigaram algum tipo de vida similar a bactérias, elas também podem permanecer vivas no permafrost. "Este mecanismo de reparo pode muito bem ter sido empregado na sobrevivência dos microrganismos em outros planetas com condições de temperaturas extremas", explica Pellizari.

Jumento melhora e conquista mercados 

O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Niza Souza


O jumento não é mais o mesmo. Animal rústico e com fama de teimoso, a espécie está cada vez mais valorizada. Alguns animais já recebem tratamento de primeira linha, com direito a transferência de embriões, inseminação artificial e congelamento de sêmen. Um bom jumento reprodutor, da raça pêga, mede 1,45 metro de altura - a média há dez anos era de 1,3 metro - e vale até R$ 20 mil.

SEM 'ESTOQUE'

Há mais de 30 anos dedicando-se à criação de asininos, o jumenteiro Osmar Russo, da Fazenda do Trevo, em Lorena (SP), diz que o mercado nunca esteve tão bom. Atualmente, seu plantel é de 80 jumentos, entre machos reprodutores e matrizes, além de algumas mulas. E este ano já não tem nenhum animal para venda. 'Vendia 10 jumentos/ano. Hoje vendo 50. Não vendo mais porque não tenho.' A maioria é vendida para produzir muares (burros e mulas).

Segundo Russo, um dos principais mercados é o Centro-Oeste, 'sobretudo Mato Grosso e Goiás, para produção de muares, que são usados na lida com o gado.' Uma boa mula de tração puxa até 1 tonelada. A média de preço também aumentou. Os machos custam em torno de R$ 10 mil, e os melhores chegam a R$ 20 mil. 'Cinco anos atrás não valiam mais que R$ 2 mil', diz. Só com seu principal reprodutor, o Brinquedo de Mocó, da raça pêga, de 22 anos, Russo tem renda anual de R$ 30 mil. 'Apesar da idade, este eu não vendo, só alugo para cobertura, tanto de jumenta quanto de égua.'

O criador diz que de três anos para cá a demanda aumentou. O motivo, acredita, é o melhoramento genético. Um bom jumento reprodutor tem de ter orelha bonita e grande, ser marchador, forte, resistente e manso. 'Mas o principal é imprimir as características às crias, senão não adianta nada.'

Mesmo sem o uso de tecnologias de reprodução, o criador já conseguiu melhorar as características dos animais. 'Separo os melhores animais e cruzo com matrizes boas também. Meus animais nem se comparam aos de antigamente.' Algumas jumentas, que mediam em torno de 1,3 metro, agora chegam a 1,4 metro. E a criação de asininos, antes um hobby, passou a ser um lucrativo negócio.

O zootecnista José Maurílio de Oliveira, da Associação Brasileira dos Criadores de Jumento Pêga, confirma que as raças de jumentos evoluíram muito, sobretudo o pêga. 'Têm bom andamento, caracterização racial e são mais bonitos.'

NOVOS MERCADOS

Esta preocupação por animais de melhor qualidade é reflexo da maior demanda por muares. 'O jumento serve basicamente para produzir muares', explica Oliveira. Segundo ele, além da demanda por muares para trabalhos no campo, há competições, exposições, cavalgadas e leilões o ano inteiro, em todo o País, com prêmios atrativos, que vão de carros zero-quilômetro a dinheiro. No último leilão de jumentos e muares promovido pela associação, em julho, a média foi de R$ 9.800 por animal, 'ou o dobro de há cinco anos.'

Oliveira destaca que, para ter um muar de elite, o cruzamento precisa ser feito com jumento de boa genética, com característica de marcha, ser bonito (o que inclui ter boas orelhas), pernas corretas e boa garupa. A égua também precisa ser de qualidade. Antigamente usavam-se os piores animais para obter muares. Hoje, os cruzamentos são com éguas das raças manga-larga, manga-larga marchador e campolina.

Apesar do bom momento do mercado, o plantel de jumentos ainda é pequeno. Sem contar o jegue nordestino, que não é considerado comercial, a raça mais difundida é a pêga. Atualmente, há 20 mil animais registrados na associação. Apenas nos últimos cinco anos, afirma Oliveira, este número cresceu de 30% a 40%. 'A procura hoje é maior que a oferta. Estou na associação há 20 anos e o setor nunca esteve tão bom. Quem tem animal, vende.'

Un cubo de bambú en Carabanchel 

Gallardón conversa con Alejandro Zaera

El Pais (Madrid)
por JACOBO ARMERO


Madrid ya tiene otro edificio singular. En el nuevo Ensanche de Carabanchel, junto al aeródromo de Cuatro Vientos, se alza la última creación del prestigioso estudio de arquitectura FOA, Foreign Office Architects, integrado por los arquitectos Alejandro Zaera y Farshid Moussavi. Se trata de un volumen rectangular envuelto por una piel de bambú, que contiene 88 viviendas protegidas promovidas por la Empresa Municipal de la Vivienda. El edificio destaca poderosamente entre las habituales construcciones de ladrillo visto con miradores que se pueden ver en las manzanas de alrededor. Al llegar nos encontramos con un prisma puro, sin ventanas aparentes, sin vuelos ni salientes. Su tersa superficie de matizados reflejos dorados sólo se altera cuando se abren las contraventanas articuladas tras el que se esconde el vacío que rodea todo el bloque de viviendas, con terrazas de 1,50 metros de ancho en las fachadas este y oeste, y balcones de 0,50 metros en las fachadas norte y sur, que actúan como una cámara de aire que aísla las viviendas del frío y del calor, así como del ruido de la calle, reforzando la privacidad de sus ocupantes.

En el interior, todas las viviendas tienen fachada a los dos lados del bloque, lo que permite obtener ventilación cruzada, mucho más eficaz que la ventilación a una sola fachada, aunque esta disposición ha obligado a que los pisos sean muy estrechos, dadas las limitaciones de superficie que impone la actual normativa de viviendas protegidas en función del número de dormitorios. Los espacios comunes se caracterizan por su austeridad, sin adornos ni decoraciones, de paredes desnudas y soluciones muy económicas, de acuerdo con los presupuestos limitados con que cuentan estas construcciones, lo que ha obligado también a que la resolución constructiva de la piel articulada de bambú se haya realizado de forma muy artesanal, con herrajes de hierro de aspecto casi antiguo.

El edificio ocupa tan sólo un 38% de la parcela, y deja el resto libre para zonas de juego y vegetación, huyendo también de la habitual fórmula de manzana cerrada. Los muros que cierran los aparcamientos subterráneos son vegetales, recubiertos de hierba, el jardín vertical sustituye así también a los muros de hormigón visto que hubieran sido la solución habitual. Y es que todo está orientado en esta arquitectura hacia la imagen de lo sostenible, de las nuevas soluciones que permiten materiales más naturales.

Una de las claves de este experimento es el del mantenimiento de tan liviano cerramiento. A esta pregunta, el arquitecto responde que espera que su duración sea de al menos 10 o 15 años. Pero no sólo tendrá que permanecer frente al sol, la lluvia y el viento, sino que tendrá que responder a los ataques propios de la gran ciudad, que desgasta sus edificios con agresividad. De hecho, en todas las zonas bajas del edificio, el bambú se ha protegido con una malla metálica, que no parece suficiente para evitar un ataque de creatividad de un grafitero inspirado ante tan sutil apariencia. El volumen quiere ser unitario y liviano, y para reforzar aún más su ligereza, la piel que lo rodea está separada del suelo en todo el perímetro.

El volumen tiene algo también de partitura, no sólo por las calles que le rodean, todas ellas con nombres de instrumentos musicales, clarinetes, trombones, tubas y trompetas, sino también por el ritmo desacompasado que marcan las contraventanas de bambú abiertas al azar, según las apetencias de cada propietario, que son casi todos parejas jóvenes, de menos de 35 años, que vivían con sus padres en un 75% de los casos, y con ingresos entre 1,5 y 2,5 veces el salario mínimo interprofesional, que han pagado por su casa entre 86.400 y 150.000 euros, por pisos de 1 a 4 dormitorios.

Como decía el artista Gordon Matta-Clark, "una de mis definiciones favoritas de la diferencia entre arquitectura y escultura es la de si hay cañerías o no". El edificio ya está ahí plantado. Tiene cañerías y desagües, y placas solares para calentarse. Y es maravillosa su apariencia un poco oriental. Ahora falta comprobar la eficacia de su funcionamiento como máquina para habitar. El tiempo lo dirá.

Gardiens du vin 

Le Temps (Genève)
por Patricia Briel


L'endroit est plutôt froid: du béton, de l'acier et de l'aluminium. Des casiers fermés tapissent les parois. On se croirait dans le vestiaire d'une piscine. Mais non: derrière les grillages des casiers reposent des bouteilles de vin. De bonnes bouteilles. Nous sommes dans le Garde-Vins du Temple, quartier de Chailly à Lausanne. La température affiche 13 degrés, et l'hygrométrie est réglée autour des 70%. Pas de lumière, pas de vibrations. La sécurité est garantie par un système de clés électroniques et un code d'accès. Un faux pas, et l'alarme alerte immédiatement une société de surveillance. Capacité de stockage: 35000 à 40000 bouteilles. Bref, un endroit idéal pour entreposer quelques bons flacons. Une idée de Bernard Zeltner, entrepreneur et grand amateur de vins.

Une soixantaine de kilomètres plus loin, au cœur de Genève. Une banque. Au sous-sol, un coffre-fort de 300m2, fermé par une lourde et épaisse porte munie de trois verrous. Sur des étagères qui viennent d'être installées, des caisses de vins aux noms prestigieux. La température est fraîche, l'humidité importante. La sécurité est optimale: l'accès au coffre-fort est limité au seul maître de cave. Capacité de stockage: 100000 bouteilles. «Au Bonheur du Vin», un concept de garde-vins d'origine française, vient d'ouvrir ses portes. Proposé par Filip Opdebeeck, un jeune sommelier qui a racheté les droits pour la Suisse, cette «banque du vin» propose toute une panoplie de services intéressants.

C'est en effet la hantise de tout amateur de bonnes bouteilles: comment être certain que des vins acquis au prix fort seront encore bons dans dix, vingt ou même trente ans? Les armoires à vin ont une contenance assez limitée et prennent beaucoup de place. Les caves des bâtiments locatifs sont souvent bien trop chaudes et pas assez humides. Les entrepôts prévus pour le stockage du vin représentent donc la solution idéale. En Suisse romande, ils ne sont pas nombreux. Certains affichent même complet. Les concepts de garde-vins lancés pratiquement en même temps par Bernard Zeltner et Filip Opdebeeck répondent donc à un besoin et montrent l'intérêt croissant que suscite actuellement l'art de boire du vin.

Bernard Zeltner a fondé en 1983 une entreprise spécialisée dans l'étanchéité et l'isolation thermique. Il a beaucoup travaillé pour des vignerons suisses. C'est ainsi qu'il a eu l'idée de créer, dans un local de l'immeuble lausannois où il réside, un garde-vins de 500m3 sur deux étages. Situé au rez-de-chaussée et partiellement enterré, ce local a été conçu par des ingénieurs. Il est muni de casiers individuels où chacun peut aller déposer ou chercher son vin comme bon lui semble, chaque jour de 8h à 22h. Le petit coffre coûte 30 francs par mois, pour une contenance d'environ 300 bouteilles. Deux autres formats de coffre – 400 et 600 bouteilles – sont proposés. De plus, Bernard Zeltner a prévu trois caves privées, d'une contenance de plusieurs milliers de bouteilles chacune. La force du Garde-Vins du Temple réside dans l'isolation parfaite de l'entrepôt avec du polyuréthane et dans l'accès facilité aux bouteilles. Une charpente métallique indépendante des casiers absorbe les vibrations. Et le local est inodore. Le concept a séduit le club de vin DIVO, qui propose ce mois-ci une offre spéciale à ses adhérents.

Quant à Filip Opdebeeck, 27 ans, il a une expérience de sommelier. Après avoir fait ses études à l'Ecole hôtelière de Genève, il a repris la gérance d'un bar à vins pendant trois ans avant de lancer Au Bonheur du Vin version helvétique. L'avantage de ce concept est qu'on peut y stocker de petites quantités de vin: le casier de 24 bouteilles coûte 10 francs par mois, celui de 48 bouteilles 17,90 francs, etc. En revanche, on ne peut pas aller retirer les bouteilles soi-même. Seul le maître de cave a accès au coffre-fort. Les vins sont livrés à domicile, ou remis au client sur place.

Au Bonheur du Vin n'est pas seulement un lieu d'entreposage. La société propose toute une panoplie de services, dont le plus original est sans doute la gestion de cave on line, une forme d'e-banking du vin. Le maître de cave inventorie les vins et note leurs mouvements. De son côté, le client, muni d'un code d'accès personnel, peut vérifier à tout moment l'état de sa cave sur Internet, par région, par appellation, par couleur de vin, etc. A sa demande, le maître de cave peut aussi établir une fiche de dégustation pour chaque vin, avec les commentaires de dégustation de critiques reconnus, des suggestions d'alliances gastronomiques, des informations sur la propriété, etc.

Au Bonheur du Vin offre également un service «bourse aux crus» en faisant l'intermédiaire pour les clients qui souhaitent vendre ou acheter des bouteilles. A cet effet, il travaille avec divers négociants. A noter que tous les vins stockés dans le dépôt sont assurés à leur valeur actuelle, un avantage pour les heureux propriétaires de grands millésimes bordelais ou bourguignons. La société organise en outre des événements, comme des cours de dégustation, des soirées œnologiques et un service «réception privée» avec sommelier, traiteur et vins.

Le Garde-Vins du Temple, p.a.

Bernard Zeltner SA, Temple 21B,

1012 Lausanne. Tél. 079/436 56 59. www.legardevinsdutemple.ch

Au Bonheur du Vin, 24, rue Neuve-du-Molard, 1204 Genève.

Tél. 022/310 79 80.internet: www.aubonheurduvin.ch

terça-feira, agosto 28, 2007

Venetian abre hoje no cotai - Benvenuto! 

Jornal Tribuna de Macau

O gigante abre as portas

As gôndolas de Veneza estão agora a um pulo do centro de Macau. Não se trata de uma nova promoção de uma qualquer companhia área local, mas antes do “Venetian”, a mega-reprodução da cidade italiana que é inaugurada esta tarde no Cotai

por EMANUEL GRAÇA

É hoje. O “Venetian Macau” vai finalmente abrir as portas, após mais de dois anos de obras, meses de promessas e uns últimos dias repletos de expectativas. Mas o que está do outro lado da “Praça de S. Marcos” recriada sobre os aterros do Cotai, além do maior casino do mundo? Essa é a pergunta que todos querem saber. A partir desta tarde, o mistério começa a revelar-se. Sim, porque o cenário completo só estará pronto em 2010, quando a segunda fase do complexo estiver pronta.

Em segredo está também a cerimónia de inauguração de hoje. Com um controlo informativo milimétrico por parte da operadora de jogo norte-americana, pouco se conhece sobre o evento - apenas que é inspirado no mítico carnaval de Veneza. Quanto aos jornalistas, devem apresentar-se de microfones e câmaras em punho logo pela manhã para conhecer aquele que vai ser o 27.º casino de Macau, estando prevista ainda uma conferência de imprensa com o presidente da Las Vegas Sands, Sheldon Adelson.

Para trás, ficam as polémicas. E não foram poucas. Por exemplo, as constantes associações do “Venetian” a casos de trabalhadores despedidos de forma ilegal pelos subempreiteiros da obra, que obrigaram várias vezes a intervenções da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais. Ou as trocas de palavras entre Sheldon Adelson e Stanley Ho sobre o calor na cozinha cada vez mais claustrofóbica em que se tornou o sector do jogo da RAEM. Ou ainda os atrasos na atribuição do lote de terreno onde está o mega-complexo do Cotai, que só foi oficializada a 18 de Abril deste ano, levando os cofres do território a perderem 24 milhões de patacas em rendas.

OPTIMISMO. “O “Venetian” vai ter um impacto positivo, porque representa uma marca muito forte e com grande potencial para atrair turistas”, diz ao JTM Oscar Ho, docente do Instituto de Formação Turística (IFT). “Muitos turistas querem experimentar o nível de serviços de Las Vegas”, complementa.

Na opinião do especialista, o novo complexo do Cotai vai simbolizar uma grande mudança na RAEM. Segundo assegura, “muitas pessoas virão ao território para visitar o ‘Venetian’, mas vão ficar noutros hotéis e comer noutros restaurantes fora do empreendimento, em especial na Taipa”, defende.

Mais pessimista é Sanjay Nadkarni, professor de Turismo na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, cujo escritório é virado para o enorme lago artificial do “Venetian”. “Se este é o objectivo da RAEM - tornar-se num destino de turismo sustentável baseado no mercado familiar -, não sei o quão exequível isso é”, afirma, em declarações à AFP. O empreendimento “é uma incógnita: não existem estatísticas disponíveis para demonstrar se pode resultar; simplesmente tem que se tentar e olhar para a nossa bola de cristal para ver se vai ter sucesso”, diz.

Nadkarni explica as suas dúvidas com base na experiência da Doca dos Pescadores, esse sim o primeiro complexo de entretenimento familiar a nascer na RAEM (e não o “Venetian”, como garante o “marketing” da empresa). É que o empreendimento liderado por David Chow tem enfrentado dificuldades em conseguir atrair as famílias.

Adelson diz que Wynn errou ao abrandar investimento

Sheldon Adelson, presidente da Las Vegas Sands, operadora responsável pelo “Venetian”, considera que Steve Wynn, seu concorrente no território (e em Las Vegas) cometeu um “erro” ao abrandar os investimentos na RAEM. “A concorrência e as infra-estruturas devem trabalhar para trazer as pessoas para os destinos e só depois ‘lutar’ por eles, mas o Steve não pensa assim”, acusou ontem Adelson, numa entrevista à “Bloomberg”. Recorde-se que a Wynn Macau anunciou a revisão do seu plano de expansão no território em Maio, na sequência da restrição da emissão de vistos individuais por parte da província de Guangdong. Ora, na opinião de outro executivo da Las Vegas Sands, William Weidner - o director de operações do grupo -, a decisão das autoridades chinesas prende-se com a “desilusão” de Pequim face a alguns empreendimentos edificados no território. “O Governo Central não pode estar orgulhoso da RAEM quando alguns ‘edificiozinhos’ baratos que são reformulações feitas à base de pastilha elástica e ‘spray’ entram no mercado”, disse à Bloomberg. Weidner passa mesmo uma sentença de morte aos casinos mais antigos e pequenos de Macau: “Não vão sobreviver; não podem sobreviver”, rematou.


EM CAUSA ESTÁ CAPACIDADE DAS FRONTEIRAS
Falta de acessos preocupa


O “Venetian” é um gigante que necessita de ser “alimentado” de forma voraz. É aqui que reside uma das possíveis fraquezas do empreendimento: Macau tem capacidade para receber e dirigir para o Cotai tanta gente?

Os números já são mais do que públicos: para garantir o afluxo de clientes ao “Venetian”, a Las Vegas Sands adquiriu dez embarcações com capacidade para cerca de 400 passageiros, seis aviões, dois helicópteros e 85 autocarros. Tudo para levar diariamente ao mega-complexo do Cotai cerca de 30 a 40 mil visitantes, o mínimo necessário para que o empreendimento seja viável, segundo os analistas.

Ainda assim, o director do Instituto para o Estudo do Jogo Comercial da Universidade de Macau, Davis Fong, não parece estar convencido. “Tivemos 22 milhões de visitantes no ano passado e podermos chegar ao 26 milhões este ano”, recorda o especialista. “No entanto, a capacidade das nossas fronteiras pode tornar-se num constrangimento para o [aumento] do volume de turistas”, acrescenta, em declarações ao “South China Morning Post”.

Os dados estatísticos apoiam a tese de Fong: por exemplo, o aeroporto está perto de atingir a capacidade limite de passageiros, estimada em seis milhões, e a anunciada expansão ainda surge num horizonte longínquo. Por outro lado, os dois terminais marítimos da RAEM estão já a operar na capacidade máxima, recebendo um acumulado de quase 750 mil visitantes mensais. Embora o Terminal Marítimo do Porto Exterior esteja a sofrer obras de melhoria, estas são insuficientes para responder ao aumento previsto de turistas. Ainda assim, o terminal de Pac On, na Taipa, deve ficar pronto até ao final do ano, o que vai tornar os acessos marítimos para o “Venetian” mais directos.

Quanto ao posto fronteiriço das Portas do Cerco, local por onde entram 60 por cento dos turistas da RAEM, tem uma desvantagem enorme: obriga a que os autocarros da Las Vegas Sands “perfurem” pelo congestionado trânsito da cidade até chegarem ao Cotai - uma tarefa nada fácil. Mas nem tudo é negativo: a Ponte Flor de Lótus, situada mesmo ao lado do “Venetian” e que serviu de porta de entrada no mês passado a apenas 43 mil turistas, tem uma ampla capacidade de crescimento.

À margem das operações do “Venetian”, surge a população de Macau. Até ao momento, não foram apresentadas estimativas sobre o aumento do volume de tráfego que se espera nas pontes do território e na Taipa devido ao “Venetian”. Por outro lado, é expectável que muitos taxistas “assentem” arraiais junto do complexo, isto numa cidade onde conseguir apanhar um táxi é cada vez mais difícil. Do lado positivo, já foi aberta ao trânsito a Avenida VU3.4 Troço Sul, que vai permitir a quem circula entre a Taipa e Coloane evitar uma passagem pelo “Venetian”.

A preocupação com os acessos e infra-estruturas esteve sempre patente no discurso da Las Vegas Sands. Recentemente, deu mesmo direito a uma pequena polémica entre a operadora norte-americana e o Governo da RAEM. Isto porque, no início do mês, o director de operações da Las Vegas Sands, William Weidner, havia sido bastante crítico com o Executivo da RAEM quanto ao desenvolvimento do Cotai. “Tenho que dizer que, neste capítulo, o Governo tem sido lento”, afirmou então. Em relação às infra-estruturas, “tivemos que ser nós próprios a fazê-lo - construí-las nós próprios, desenvolver os sistemas de transportes nós próprios e arrastar todos os outros no processo”, acrescentou na altura. Na resposta, o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Sio Io, rejeitaria as críticas, assegurando que o Executivo não tinha sido lento e que havia mantido sempre um canal de conversações aberto com a operadora.



DIZ DIRECTOR EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO DE CONVENÇÕES E EXPOSIÇÕES
“‘Venetian’ representa um novo começo”


Não é só um mega-hotel ou o maior casino do mundo que vai ser hoje inaugurado no Cotai. Irá ainda abrir portas um centro de convenções e exposições de dimensões ímpares nas redondezas, que se quer afirmar como a principal infra-estrutura do tipo na região

Mais do que o sector do jogo, a Las Vegas Sands tem sempre destacado o centro de convenções e exposições do “seu” “Venetian” como uma das principais mais valias do empreendimento. Tratam-se de 110 mil metros quadrados de superfície disponível, o maior espaço do tipo nas imediações, cinco vezes mais do que a área anteriormente existente na RAEM para aquela que é também conhecida como a indústria MICE (sigla da expressão inglesa “Meeting, Incentives, Conventions and Exhibitions”). É maior do que o Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong ou a AsiaWorld Expo, também na antiga colónia britânica. Não será demasiado?

Para Todd Cai, director executivo da Associação de Convenções e Exposições de Macau (ACEM), da qual a Las Vegas Sands já é membro, a resposta é clara: não. “A abertura do ‘Venetian’ vai abrir um novo caminho para o território”, diz o responsável ao JTM. “Vai proporcionar à RAEM um espaço com dimensões que actualmente não existem”, acrescenta.

Certo é que o tamanho não é tudo. Recentemente, um analista ligado à UBS mostrava-se céptico quanto à capacidade do “Venetian” para conseguir atrair feiras comerciais suficientes para manter o centro de convenções e exposições a “todo o gás”. Todd Cai discorda. Segundo adianta, vários parceiros da associação na China Continental já demonstraram interesse em trazer eventos para a RAEM. A isto somam-se as 44 grandes convenções já marcadas para os próximos dois anos, que a Las Vegas Sands estima que possam ocupar dois terços dos quartos durante a sua realização. Ou seja, a lógica do “Venetian” é a mesma que se verifica em Las Vegas actualmente: encher os seus três mil quartos com turistas durante o fim-de-semana e apostar no mercado das feiras profissionais e congressos entre segunda e sexta-feira.

Na opinião do director executivo da ACEM, a dificuldade do “Venetian” coloca-se do lado da mão-de-obra qualificada. O centro de convenções vai ter “grande necessidade de pessoal”, sublinha, afirmando que, apesar das constantes formações levadas a cabo pela associação, a procura de trabalhadores especializados na indústria MICE “está a crescer muito depressa”.

REINÍCIO. O sucesso do desígnio político de diversificação da economia através da indústria MICE, como foi definido pelo Governo, está também muito dependente do bom desempenho do “Venetian” neste sector. Até porque não está prevista a construção de qualquer outra estrutura de vulto na RAEM que possa receber grandes feiras profissionais ou encontros internacionais. No entanto, o director executivo da ACEM prefere salientar que esta se trata antes de uma segunda fase para o sector das convenções e exposições locais.

“O negócio em relação à indústria MICE já estava a decorrer em Macau”, frisa Todd Cai. “Já temos muitos espaços destinados a convenções no território”, acrescenta, apontando para a Torre de Macau, Doca dos Pescadores ou Hotel Mandarim. “São escolhas diferentes, conforme as necessidades”, explica. No entanto, perante a insistência, lá reconhece: “Claro que o ‘Venetian’ representa um novo começo”.

Logística “à rasca”

O “Venetian Macau” já está a enfrentar alguns problemas de logística face às elevadas expectativas que rodeiam o complexo e os eventos que se prepara para oferecer. Foi o que aconteceu com o encontro entre Roger Federer e Pete Sampras, a decorrer na Arena do empreendimento, a 24 de Novembro. Segundo a operadora norte-americana, a partida entre o actual número um do “ranking” mundial de ténis e um dos maiores jogadores de todos os tempos gerou tamanha procura que o centro de chamadas foi mesmo “abaixo”. Isto porque, durante o pico das operações, estavam a ser recebidos mais de 300 telefonemas simultâneos, o que levou ao colapso do sistema. O mesmo aconteceu com a página electrónica de reserva de ingressos. Apesar dos problemas, os dez mil bilhetes, colocados à venda a 17 deste mês, esgotaram logo nos primeiros dias.

Segurança reforçada

Se estiver hoje entre a multidão que vai marcar presença na abertura do “Venetian Macau”, sorria - o mais provável é que esteja a ser filmado. Isto porque, com a inauguração do empreendimento, vai também entrar em funcionamento o maior sistema de vigilância “digital matrix” do mundo, instalado pela norte-americana Dallmeier International. Nesta primeira fase, vão estar em funcionamento cerca de três mil câmaras, número que posteriormente vai duplicar - a média será de 2,5 câmaras por mesa de jogo. A Dallmeier International não foi escolhida ao acaso, mas sim devido à sua solução de gravação descentralizada de dados. Isto permite uma melhor segurança e acessibilidade, além de uma redução de custos no que toca aos periféricos e componentes da rede. No futuro, a Las Vegas Sands pretende mesmo centralizar a monitorização da sua operação na RAEM nas instalações do Cotai. Por isso, após a inauguração do “Venetian”, prevê que a sala de controlo das câmaras instaladas no casino “Sands”, no NAPE, seja transferida para o “irmão mais novo”. Além da videovigilância, o “Venetian” vai também ter as suas fichas controladas através de ondas de rádio, um sistema que vai fazer a estreia nas salas de jogo de Macau e que impede as falsificações. Certo é que a Las Vegas Sands não se fica pela tecnologia: depois de ter sido obrigada a pagar um “jackpot” de 740 mil dólares de Hong Kong a uma menor que entrou no “Sands” de forma ilegal, a operadora quer evitar novos dissabores. Por isso, nos anúncios ontem publicados na imprensa local sobre a abertura do “Venetian”, o aviso era bem visível: “No dia da inauguração, os convidados deverão ter mais de 18 anos de idade”.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Indice de hoje 

- Un grand trou dans le cosmos (Le Figaro, Paris)
- Macau: Concorrência vai ter dificuldades em lutar contra o “Venetian”
(Jornal Tribuna de Macau)

Un grand trou dans le cosmos 

Le Figaro (Paris)
por Laurent Suply

Des astronomes viennent de détecter une zone totalement vide, dont la taille dépasse l’imagination.

Vu de notre Terre avec un œil humain, l’espace ressemble à un grand vide dans lequel brillent au loin quelques étoiles. A une autre échelle, le cosmos prend une toute autre allure. Les étoiles forment des galaxies, qui elles-mêmes forment des amas ou des superamas, qui se répartissent le plus souvent selon des formes de filaments ou de plaques. Au final, la matière classique ou « baryonique » ressemble à un gruyère irrégulier. Mais cette matière ne représente que 4 à 5% de la « recette » de l’Univers, et ses « trous » sont le plus souvent comblés par des coussins de matière noire et d’énergie noire, deux composantes encore mystérieuses, qui comptent à elle deux pour 96% du contenu de l’Univers.

Or, une équipe d’astronomes de l’université du Minnesota vient de découvrir un gigantesque trou. Cette zone, qui mesure près d’un milliard d’années lumière, ne contient ni matière baryonique, ni même de la matière noire. Le vide total, à perte de vue. « Ce que nous avons découvert n’est pas normal, ni sur la base des observations, ni sur celle des simulations informatiques sur l’évolution de l’Univers », explique l’un d’eux. Des zones vides avaient en effet été détectées, mais jamais d’une telle ampleur. Selon leurs calculs, la probabilité d'existence d'un "trou" aussi massif est infinitésimale (5x10-10).

Tentatives d'explications

Cette région, située dans la constellation de l’Eridan entre 6 et 10 milliards d’années lumière de notre Terre, avait été relevée en 2004 : elle présentait une température froide au sein du rayonnement fossile cosmologique, d’où son surnom de « cold spot » (point froid). Pour expliquer ce phénomène, l’équipe de l’Université du Minnesota a donc épluché les données du « Very Large Array Sky Survey », un vaste projet dont le but est de passer au peigne fin tout le ciel visible depuis le Nouveau Mexique. Selon leur étude, qui sera prochainement publiée dans le prestigieux Astrophysical Journal (disponible en PDF, ainsi qu'une version condensée et illustrée), ce « cold spot » ne peut qu’être l’empreinte d’une gigantesque zone vide.

Reste à savoir quelle est son origine… Simple anomalie ? Nouvelle structure cosmologique ? Résultat d’une guerre apocalyptique entre extra-terrestres ? Parcours de golf pour dieux ? Les astronomes ne donnent pas la solution, et chacun pourra imaginer sa solution.

Concorrência vai ter dificuldades em lutar contra o “Venetian” 

Jornal Tribuna de Macau


O maior casino do mundo está prestes a abrir portas. Tanto que as expectativas em torno do impacto do “Venetian” em Macau são muitas. Por isso, o JTM inicia hoje um dossier sobre o novo complexo das Las Vegas Sands na RAEM

por JOSÉ COSTA SANTOS


O presidente da Las Vegas Sands, Sheldon Adelson, está convencido de que as salas de jogo da península de Macau terão dificuldade em competir com o “Venetian”, que vai albergar o maior casino do mundo. Com inauguração marcada para amanhã, o complexo, construído nos aterros do Cotai, ocupa uma área coberta de 976 mil metros quadrados - cerca de 150 campos de futebol, o que o torna no maior edifício da Ásia e no segundo maior do mundo. Tem três mil quartos, cerca de 350 lojas, restaurantes, zonas de convenções e exposições, um pavilhão polivalente e um teatro de 1.800 lugares, que albergará uma companhia residente do Cirque du Soleil.

O mega-empreendimento envolveu um investimento, nesta primeira fase, de cerca de 1.800 milhões de patacas. No global, o projecto completo, que integra 14 hotéis e outros tantos casinos e zonas de lazer, vai obrigar a um investimento de 9.000 milhões de patacas e deverá estar concluído em 2010.

APERTOS. Ontem, em entrevista, Sheldon Adelson sublinhou que as infra-estruturas disponíveis e a disponibilizar na zona do Cotai irão colocar os casinos na península de Macau em “apertos”, já que é “difícil competir” com os novos projectos.

“Antigamente, as pessoas vinham à RAEM para jogar e hoje possuem muitas razões para ficarem”, assinalou Adelson, acrescentando que a RAEM vai passar a dispor de infra-estruturas fora do universo do jogo, capazes de atrair visitantes ao território. Isto embora reconheça que a cidade irá continuar a receber pessoas que entram apenas para ir ao casino. “A cidade terá como que dois pólos. Um na península, mais dedicado aos visitantes de um dia, e outro no Cotai, para quem quer ficar mais tempo”, disse.

Sheldon Adelson, em Maio de 2004, quebrou o domínio de Stanley Ho no sector do jogo na RAEM ao abrir o casino “Sands” (ver cronologia). Este ainda ostenta o título de maior casino do mundo, com cerca de 740 mesas, mas só até amanhã - depois será ultrapassado pelo “irmão” mais novo.

ESPECTÁCULOS. O “Venetian” promete não ser só jogo. Isso mesmo disse Sheldon Adelson, que acrescentou que a sua empresa “vai continuar” a promover grandes espectáculos em Macau. Para já, a operadora trouxe ao território o Manchester United, no mês passado. Previstos estão, em Outubro, dois jogos de basquetebol com equipas da norte-americana NBA e, em Novembro, um encontro de ténis entre Pete Sampras e Roger Federer - estes eventos vão já decorrer na Arena do “Venetian”, que tem capacidade para 15 mil pessoas.

Dono das marcas “Cotai Strip”, “Asia Las Vegas” ou “Las Vegas Asia”, nomes com que designa a zona onde construiu o “Venetian”, Sheldon Adelson mostra-se também confiante com o investimento que pretende efectuar na Ilha da Montanha, adjacente àquela área, mas já localizada dentro da denominada China Continental. As autoridades chinesas “estão a analisar o nosso plano e espero começar as obras em breve”, disse o responsável, que pretende edificar numa zona praticamente despovoada campos de golfe, zonas de habitação, hotéis e espaços comerciais que serão complementares aos investimentos em Macau.

O “Venetian” obrigará a uma aposta forte num sistema integrado de transportes para servir uma zona hoje quase despovoada. A Las Vegas Sands tem em produção 15 embarcações com capacidade de cerca de 400 passageiros cada para ligações entre Macau e Hong Kong e outras cidades do sul da China, seis aviões, dois helicópteros e 85 autocarros.

Superando o seu “irmão” “Sands”, o “Venetian” vai albergar o maior casino do mundo, com 871 mesas de jogo e 3.400 “slot machines”. No entanto, quando o complexo estiver concluído, vai apresentar um total de cerca de 2.900 mesas e 16 mil “slot machines”, distribuídas por hotéis que ostentam nomes como Sheraton, Four Seasons, Shangri-La, St. Regis & Tranders, Hilton, Conrad, Raffles & Fairmont. No conjunto, estas unidades vão disponibilizar mais 20 mil quartos num parque hoteleiro que actualmente alberga cerca de 14 mil.

Com 26 casinos em funcionamento 24 horas por dia, Macau continua a assistir a crescimentos na ordem dos dois dígitos das receitas das salas de jogo. Entre Janeiro e Julho deste ano, as receitas brutas do sector do jogo totalizaram 44.500 milhões de patacas, o que traduz um aumento de 46 por cento face aos primeiros sete meses de 2006.

Concorrência com atitudes diferentes

O impacto do “Venetian Macau” na indústria do jogo local está a ser encarado de forma muito distinta pelas restantes cinco operadoras licenciadas no território: com preocupação por algumas, como um factor positivo por outras ou ainda segundo uma perspectiva “esperar para ver”. No caso da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) e da Galaxy, a ordem é para cerrar fileiras e apostar na melhoria dos produtos já existentes no mercado. Neste sentido, a SJM apostou na introdução de mais salas VIP e na diversificação dos jogos no “Grand Lisboa”, alterando também a forma como funcionam as comissões atribuídas aos promotores de jogo. Do lado oposto do espectro, a Melco PBL acredita que o empreendimento da Las Vegas Sands até pode ajudar a trazer mais visitantes ao seu “Crown”, situado na Taipa. Já a Wynn assumiu uma posição expectante e anunciou estar a rever o seu plano de expansão na RAEM. Em Junho, Grant Bowie, pouco antes de sair da presidência da Wynn Macau, explicava que, “na nossa estratégia para o território, precisamos de ver o que vai acontecer no Cotai, porque é um mercado completamente novo”. Entretanto, o recém-nomeado presidente da empresa, JayDee Clayton, já veio dizer que está pouco preocupado com o “Venetian”, porque o Wynn se foca no luxo e “não na escala e volume”. De todas as operadoras, aquela em posição mais confortável é a MGM Grand Paradise, que só abre o seu primeiro casino no território em Dezembro. Ou seja, numa altura em que os trunfos do “Venetian” já estarão sobre a mesa.

Analistas internacionais contradizem-se

As opiniões dos analistas internacionais em relação ao “Venetian Macau” são contraditórias. Parte está bastante optimista em relação ao projecto, outros mostram-se bem mais reticentes. Por exemplo, para Billy Ng, analista da J.P. Morgan Securities, o plano de diversificação de entretenimento previsto para o empreendimento faz sentido, já que “vai aumentar a base de clientela”. “Em teoria, deveria atrair clientes que nunca pensaram em visitar Macau”, acrescentou. Para Ng, a introdução em grande escala de convenções e exposições vai ajudar a manter uma elevada taxa de ocupação de quartos durante os dias da semana, replicando a experiência de Las Vegas. Uma opinião partilhada por Jonathan Galaviz, “partner” da Globalysis, que acrescenta que os turistas de negócios usualmente possuem também orçamentos mais “robustos” para despender. Mais pessimista é Gabril Chan, analista da Credit Suisse Hong Kong. Na sua opinião, é difícil mudar a mentalidade dos visitantes chineses da noite para o dia, os quais pretendem é ganhar dinheiro em Macau e não gastá-lo. Por outro lado, esta é “uma propriedade muito grande, mas não é suficiente para criar massa crítica que leve todos os visitantes a ficar um mínimo de duas noites”, acrescenta. A isto soma-se a falta de transportes, de entretenimentos alternativos e tarifas de quarto demasiado altas para a maioria dos chineses, remata.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Índice de hoje 

- Gorila ancestral de 10 milhões de anos recua origem humana (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Austrália encontra cristais de diamantes de 4 bilhões de anos (Folha de S. Paulo, Brasil)

Gorila ancestral de 10 milhões de anos recua origem humana 

Folha de S. Paulo (Brasil)
por CLAUDIO ANGELO


O lugar parecia pouco promissor para uma caça ao tesouro: uma colina formada por sedimentos soltos numa região árida e de difícil acesso na Etiópia central. A formação Chorora, como é conhecida, tem poucos fósseis, a maioria em péssimo estado de preservação. Até agora, não havia revelado nada à ciência.
Divulgação

Mas essa história mudou, graças à teimosia de um grupo de pesquisadores etíopes e japoneses. Eles encontraram ali os restos fossilizados de uma nova espécie de macaco, que pode ajudar a esclarecer a própria origem dos humanos.

O animal, batizado Chororapithecus abyssinicus (ou macaco abissínio de Chorora) viveu há cerca de 10 milhões de anos e está sendo considerado o mais velho parente dos gorilas.

Acontece que, até agora, vários paleontólogos e geneticistas consideravam que os gorilas só tivessem se separado dos chimpanzés na evolução bem depois disso.

Como foi após essa separação que os chimpanzés se separaram dos hominídeos, a descoberta do gorila pré-histórico etíope implica que a família humana é mais antiga do que se supunha --pode chegar a 9 milhões de anos.

"O material é muito esparso, mas há uma possibilidade intrigante de que ele represente o clado [família] dos gorilas depois que eles se separaram do ancestral comum entre humanos e chimpanzés", explica o antropólogo David Pilbeam, da Universidade Harvard (EUA).

"Isso só poderia ser o caso se o ancestral comum entre os grandes macacos africanos e os seres humanos tivesse mais de 10 milhões de anos, o que significaria que a divergência entre humanos e chimpanzés aconteceu há mais de 8 milhões de anos", continua o cientista.

O galho que faltava

O grupo liderado por Gen Suwa, da Universidade de Tóquio, e Berhane Asfaw, do Rift Valley Research Service, em Adis Abeba, encontrou os fósseis --um conjunto de meros oito dentes- depois de andar cem quilômetros pela região de Chorora sem achar nada de especial.

"Era o nosso último dia de levantamentos de campo em fevereiro de 2006. Nosso assistente de campo, Kampiro, encontrou o primeiro dente. Ele o apanhou e mostrou para mim, e eu soube que aquilo era algo novo -o primeiro grande primata fóssil da Etiópia", disse Asfaw num comunicado.

A empolgação com o achado se justifica: apesar de vários hominídeos fossilizados já terem sido achados na África (inclusive na Etiópia), raríssimos são fósseis de macacos. E é neles que está a chave para entender a seqüência evolutiva que deu origem ao Homo sapiens.

A ausência de fósseis de ancestrais de gorilas e chimpanzés para comparar com os de hominídeos tem feito os cientistas se fiarem em dados obtidos por DNA para datar a origem de cada grupo. O Chororapithecus é uma das primeiras "balizas" para as datações de DNA. E mostra que elas possivelmente estão erradas.

Suwa e seus colegas afirmam, em estudo na revista "Nature" de hoje, que estão diante de um animal muito parecido com os gorilas. Os dentes são adaptados a uma dieta de vegetais fibrosos, como a dos gorilas.

Analisando-os, os cientistas concluíram que a linhagem dos gorilas já estava bem estabelecida há 10 milhões de anos. Portanto, a divergência entre ela e o ramo dos humanos e dos chimpanzés seria mais antiga do que o DNA indica.

A falta de fósseis de grandes macacos na África também levou alguns cientistas a propor que os ancestrais comuns de gorilas, seres humanos e chimpanzés não evoluíram na África, mas sim foram imigrantes da Eurásia. "O Chororapithecus sugere, mais uma vez, que a África é o local de origem tanto dos humanos quanto dos grandes macacos modernos", afirmam Suwa e seus colegas.

Austrália encontra cristais de diamantes de 4 bilhões de anos 

Folha de S. Paulo (Brasil)


A presença de cristais de diamantes de mais de 4 bilhões de anos encontrados na Austrália pode servir para determinar melhor a temperatura da Terra durante sua primeira era geológica, indicou a revista científica britânica "Nature" em sua edição desta quinta-feira.

A descoberta foi feita durante escavações científicas em Jack Hills, na Austrália ocidental. Uma equipe dirigida pela geóloga alemã Martina Menneken, da Universidade de Munster, encontrou diamantes em cristais de zircônio, uma das formas mais antigas conhecidas na Terra.

Quando a Terra se formou, há cerca de 4,5 bilhões de anos, sua temperatura era superior aos 6 mil graus Celsius. Com seu esfriamento começaram a se formar rochas sólidas, mas seu aspecto, que pode ajudar a determinar exatamente a temperatura terrestre nesse período, continua sendo desconhecido.

Nos últimos 3,8 bilhões de anos, as quedas de meteoritos, o clima e a erosão destruíram todos os indícios de como a Terra era em suas origens. Por isso, não há descoberta de nenhuma rocha com idade superior aos 4,03 bilhões de anos.

Até agora, os cientistas acreditavam que estes cristais surgiram com uma temperatura de cerca de 680º C.

No entanto, os diamantes só se formam sob pressões extremas. Portanto, se o zircônio se cristalizou a 680 ºC, teria sido necessária uma pressão superior a 3,5 gigapascal (10.000 a pressão atmosférica) para que o diamante se formasse.

terça-feira, agosto 21, 2007

Índice de hoje 

- Es de esperar que en los próximos 3-10 años nazca una vida artificial, según un experto (Diário do Povo, Pequim)
- El otoño se adelanta con lluvias, viento y un descenso general de las temperaturas (ABC, Madrid)
- Saldo acumulado dava para RAEM viver um ano (Jornal Tribuna de Macau)

Es de esperar que en los próximos 3-10 años nazca una vida artificial, según un experto 

Diário do Povo (Pequim)


Científicos de diversas partes del mundo están llevando a cabo una experimentación extraordinaria: crear una "vida artificial". Ahora parece que se aproximan cada vez más al destino. Un expertos prevé que es de esperar que nazca la primera "vida artificial" en los próximos 3-10 años.

En los seis meses venideros se dará el primer paso

Actualmente la investigación de la "vida artificial" (que a veces se denomina "especie artificial") es poco conocida por la mayoría de gente, pero en los próximos años tal vez la humanidad tenga un conocimiento completamente nuevo de ella.

Uno de los precursores de la obra es un instituto de investigación de la vida en Venecia, Italia. El responsable del instituto, Mark Bedau, dijo que "se trata de un gran acontecimiento, que será conocido por todo el mundo. Nos referimos a una tecnología que produciría un cambio mundial de raíz".

Jack Sestak del Instituto de Medicina Harvard, uno de los dedicados a la investigación, pronostica que en los próximos seis meses los científicos harán público un informe para anunciar que la creación de la membrana celular, el primer paso hacia la "vida artificial", ya no es un gran problema. Expresa su optimismo con el desarrollo ulterior de la investigación.

Son indispensables tres elementos fundamentales

Según científicos, la "vida artificial" deben, esencialmente, contar con tres elementos fundamentales: Primero, hace falta una membrana celular para dar cabida a la materia de la célula. Segundo, es preciso tener la capacidad de metabolismo, a saber, la capacidad de reforzar y renovar las substancias nutritivas dentro de la estructura celular. Tercero, hay que poseer sus propios genes.

A finales de junio último, el científico estadounidense Craig Venter y el grupo de investigación dirigido por él anunciaron que efectuaron por primer vez el trasplante de un genoma íntegro entre especies. Este logro toca la obertura de la primera "vida artificial".

Venter dijo que, gracias al éxito obtenido, ha dado un paso más hacia la primera "vida artificial". En los próximos meses utilizará un genoma sintético para un semejante experimento de trasplante, a fin de abrir una brecha en la historia de investigación científica partiendo de cero. De tener éxito el experimento, Venter estará en condiciones de anunciar su logro de la primera forma de "vida sintética" en el mundo.

Sobre la base de los actuales adelantos de la investigación, un experto prevé que en los próximos 3-10 años una institución de investigación del mundo dará a la publicad el nacimiento de la primera "vida artificial". (Pueblo en línea)
21/08/2007

El otoño se adelanta con lluvias, viento y un descenso general de las temperaturas 

ABC (Madrid)
por S. SANZ. MADRID.

Los pronósticos que antes de la temporada estival auguraban un verano de los más sofocantes de los últimos años parece que estaban equivocados. Sobre todo, si se tiene en cuenta que las previsiones meteorológicas para estos días hablan de una bajada de los termómetros en buena parte del país e incluso de la posibilidad de que nieve en cumbres de la cordillera pirenaica.

El Instituto Nacional de Meteorología (INM) prevé para hoy martes vientos ocasionalmente fuertes en el litoral oeste y noroeste de Galicia, así como en la desembocadura del Ebro. Los cielos estarán muy nubosos o cubiertos con lluvias, con posibilidad de tormentas, en el norte de la comunidad gallega, Alto Ebro y las regiones del Cantábrico. Estos fenómenos, que serían persistentes en el Cantábrico oriental y norte de Navarra, podrían extenderse al resto de los tercios este y norte peninsular, así como a Baleares, donde se esperan también tormentas.

La posibilidad de nevadas, algo inusual en estas fechas veraniegas, está presente en las latitudes más altas de la cordillera pirenaica. En el resto del país, se esperan intervalos nubosos sin precipitaciones, salvo en el suroeste de la Península y las Islas Canarias, donde estará poco nuboso.

Ambiente primaveral

No habrá que hacer uso únicamente de los paragüas en la costa y el interior, sino que también será obligatoria una visita al armario para coger ropa de abrigo. Los expertos vaticinan una bajada considerable de las temperaturas, que sólo superarán los treinta grados en algunas provincias del suroeste peninsular. Por el contrario, en el norte, ciudades como León, Burgos o Vitoria no llegarán a los 20 grados de máxima. Un ambiente totalmente primaveral. El descenso térmico pasará de ligero a moderado durante la noche, momento en el que las mínimas por debajo de los diez grados se experimentarán en las ocho provincias de Castilla y León.

Además, habrá predominio de vientos moderados de componente norte en la Península y Baleares, llegando a producirse rachas fuertes en las zonas más elevadas del norte y este de Castilla y León, valle del Ebro y litorales gallego y cantábrico, donde podrían alcanzar los 70 kilómetros por hora. Para mañana, las nubes continuarán en la cordillera cantábrica, con fuertes lluvias en el País Vasco y Navarra.

La nieve hará de nuevo acto de presencia en los puntos más altos del Pirineo aragonés. Y las precipitaciones descenderán en Cataluña y Baleares, comunidad esta última en la que también se esperan tormentas. Las precipitaciones podrían extenderse de forma más débil al norte de Galicia, mitad norte de Castilla y León, resto del tercio oriental peninsular, litoral mediterráneo andaluz y Baleares, donde estarán acompañadas de tormenta.

Los vientos moderados seguirán hasta el jueves, día en el que las temperaturas protagonizarán un ligero ascenso. No obstante, la nubosidad y las lluvias persistirán en la zona norte peninsular. La entrada ayer de aire frío por el noroeste ha anticipado la despedida de un verano «atípico» en comparación con años anteriores. Lejos queda ya la «alerta naranja» por la ola de calor africano que se estableció a principios del mes de agosto para las comunidades de Andalucía, Madrid, Extremadura, Castilla-La Mancha y Castilla y León.

Entonces, el mercurio osciló entre los 38 y los 42 grados de máxima hasta en quince provincias españolas. Aquella imagen repetida de calles solitarias en las horas centrales del día será sustituida ahora por la de playas y piscinas semivacías y veraneantes con chubasquero.

Saldo acumulado dava para RAEM viver um ano 

Jornal Tribuna de Macau


Se Portugal tem o “cinto” apertado para conseguir apresentar um défice público inferior a 3,0 por cento, a RAEM vive a situação oposta: forte abundância de receitas

O Governo de Macau tem saldos acumulados de orçamentos anteriores desde 2001 superiores a 30 mil milhões de patacas. Tendo como exemplo o orçamento para 2007, de 30.892,3 milhões de patacas, os saldos acumulados eram suficientes para que os cofres da Administração pudessem ficar um ano sem receitas e manter a previsão de despesas.

Além dos saldos positivos de anos anteriores, o Executivo dispõe ainda de um saldo positivo do orçamento de 2007 de 15.375,9 milhões de patacas, revelam dados oficiais consultados pela Agência Lusa. Este é superior em 97,2 por cento ao registado no período homólogo de 2006.

Entre Janeiro e Julho deste ano, o orçamento de Macau registou receitas de 21.927,3 milhões de patacas - mais 48,8 por cento do que no mesmo período de 2006 e 71 por cento do total previsto para os 12 meses do ano. Já as despesas ficaram-se pelos 6.551,3 milhões de patacas, menos 5,5 por cento do que o gasto entre Janeiro e Julho de 2006 e o equivalente a 21,2 por cento dos gastos previstos para 2007.

Até ao momento, a contribuição do sector do jogo para as receitas públicas do orçamento em execução foi de 16.013,7 milhões de patacas. Isto representa mais 48,1 por cento do que no mesmo período de 2006 e 79 por cento do previsto para os 12 meses do ano.

Além de um forte crescimento das receitas, o crescimento acentuado do saldo positivo da RAEM é suportado pela tendência de diminuição das despesas. Nos saldos acumulados de anos anteriores, é contabilizada uma verba de 2.477,8 milhões de patacas, transferida do apuramento final do ano de 2006 e inscrita no orçamento de 2007 sem que, até agora, tenha sido utilizada.

Além dos saldos orçamentais de anos anteriores, o Executivo de Macau possui ainda um fundo de cerca de 11 mil milhões de patacas, criado durante a administração portuguesa, e terá ainda que contabilizar as receitas não gastas no final de Dezembro.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Hallan en partículas inorgánicas de polvo espacial todas las propiedades de la vida 

ABC (Madrid)
por JOSÉ MANUEL NIEVES


¿Puede la vida extraterrestre florecer a partir de pequeñas partículas inorgánicas de polvo interestelar? Esa es la pregunta que atormenta a los investigadores después de haber realizado un descubrimiento, cuando menos, intrigante: una serie de estructuras procedentes del espacio exterior que, a pesar de no estar basadas en el carbono, tienen características muy parecidas a las mostradas por las moléculas orgánicas que aquí, en la Tierra, dan sustento a la vida.

El hallazgo, aparecido en la revista «New Journal of Physics», sugiere la inquietante posibilidad de que puede haber otros «ladrillos» de la vida completamente diferentes a los que nosotros conocemos. Lo cual, si se demuestra, abriría además nuevas e interesantes perspectivas de investigación para los que intentan comprender cómo pudo surgir (o llegar) la vida a nuestro propio mundo.

Los únicos ejemplos de seres vivientes que conocemos, los que habitan nuestro planeta, son indiscutible y únicamente orgánicos. Todos los organismos, sin excepción, están compuestos de moléculas que son, siempre, compuestos de carbono. Por eso, la sola idea de que partículas inorgánicas de polvo puedan «prender» por sí mismas la «chispa vital» en el espacio, es algo que va incluso más allá de los organismos de silicio propuestos por algunas autores de ciencia ficción.

Sin embargo, eso es precisamente lo que acaba de descubrir un equipo internacional de investigadores del Instituto General de Física de la Real Academia de Ciencias de Moscú, el Instituto Max Planck de Física Extraterrestre con sede en Garching (Alemania) y la Universidad australiana de Sidney. Partículas inorgánicas de polvo espacial que, bajo las condiciones adecuadas, pueden organizarse en estructuras que recuerdan mucho a la famosa «doble hélice» de nuestro ADN. Los investigadores han comprobado, además, que esas estructuras son capaces de interactuar unas con otras de formas que habitualmente son propias de los compuestos orgánicos y de la vida misma.
Encabezados por el ruso V. N. Tsytovich, los científicos han estudiado a fondo el comportamiento de estas complejas aleaciones de materiales inorgánicos en un plasma, el «cuarto estado» de la materia además del sólido, el líquido y el gaseoso, en el que los electrones se desprenden de sus átomos y viajan libres, dejando tras de sí un reguero de partículas cargadas.

Desde hace ya años, los físicos pensaban que en estas «nubes» de partículas debía existir algún signo, por pequeño que fuera, de organización. Pero el trabajo de Tsytovich y sus colegas ha ido mucho más allá. Utilizando un modelo informático de dinámica molecular, los investigadores han demostrado que las partículas aparentemente «libres» en un plasma, obedecen, en realidad, los principios de la auto organización, siempre y cuando las cargas electrónicas se separen y el plasma esté polarizado.

Estructuras helicoidales

Cuando se cumplen estas condiciones, las partículas se unen unas a otras, formando una especie de «hilos» en forma de sacacorchos o, más propiamente, de estructuras helicoidales. Algo que recuerda inmediatamente a la doble hélice del ADN. Estas pequeñas «trenzas», cargadas eléctricamente, se unen entre sí, pegándose unas a otras.

Pero no solo eso. Estos hilos trenzados se atraen y se asocian unos con otros, y además experimentan una serie de cambios que, por lo menos hasta ahora, se creían exclusivos de las moléculas biológicas, como el ADN o las proteínas. Como por ejemplo la capacidad de dividirse, o bifurcarse, formando dos copias idénticas a la estructura original. Copias que también pueden interactuar, e inducir cambios en sus vecinos próximos, y evolucionar hacia estructuras cada vez más complejas y estables.
Entonces, ¿están o no vivas estas sorprendentes estructuras de polvo interestelar? «No cabe duda -dice Tsytovich- de que exhiben todas las cualidades necesarias para ser calificadas de «materia inorgánica viviente». Son autónomas, se reproducen y evolucionan». Y añade que las condiciones de plasma recreadas en laboratorio son muy comunes en el espacio exterior.

Que cada uno saque sus conclusiones...

sábado, agosto 18, 2007

Índice de hoje 

- Una proteína de 450 millones de años desvela los pasos de la evolución (ABC, Madrid)
- Fortalecida pelo petróleo, Rússia quer recuperar status de superpotência (O EStado de S. Paulo, Brasil)
- Los sonidos generados en las profundidades del Sol se pueden oír en la Tierra (ABC, Madrid)
- Les as de la bistronomie (6/6): Cuisine d'auteur à Fribourg (Le Temps, Genève)

Fortalecida pelo petróleo, Rússia quer recuperar status de superpotência 

O Estado de S. Paulo (Brasil)


No momento em que uma nova Rússia, autoconfiante e rica em petróleo, realiza manobras militares conjuntas com a China e ex-repúblicas soviéticas, Moscou vem mostrando que quer recuperar o antigo status da União Soviética como potência militar global.

No início deste ano, o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou um plano de rearmamento com duração de sete anos e no valor de US$ 200 bilhões que permitirá a compra de novas gerações de mísseis, aviões e, talvez, porta-aviões para reconstruir o arsenal russo. A nova posição militar já pôde ser vista com o envio de bombardeiros russos para patrulhas nos Oceanos Atlântico e Pacífico, obrigando caças americanos a decolar para interceptá-los pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria. “A diplomacia entre a Rússia e o Ocidente está sendo substituída cada vez mais por atos militares”, diz Sergei Strokan, especialista em política externa que trabalha para jornal Kommersant. “É evidente que o Kremlin está cada vez mais ouvindo os generais e dando-lhes o que querem.”

Ontem, Putin reuniu-se com o presidente chinês, Hu Jintao, e líderes dos outros países que integram a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) na região russa de Chelyabinsk, para acompanhar a etapa final das mais ambiciosas manobras militares conjuntas até hoje, que envolveram 6 mil soldados e mais de 100 aviões. Numa conferência de cúpula da OCX no Quirguistão na quinta-feira, Putin ressaltou que a Rússia não quer construir uma “bloco militar” no estilo daquele da Guerra Fria. Segundo ele, a OCX deve ampliar seu objetivo original de ser uma associação econômica, para assumir um papel militar maior.

O crescente militarismo de Moscou - e a apreensão dos outros países em relação a isso - ficou evidente numa série de incidentes recentes. Na semana passada, a ex-república soviética da Geórgia acusou aviões russos de terem invadido seu espaço aéreo e disparado um míssil - que não explodiu - contra uma estação de rádio. Autoridades russas negaram a acusação.

O almirante russo Vladimir Masorin afirmou neste mês que a Rússia quer reabrir uma base naval em Tartus, na Síria, da qual navios de guerra soviéticos costumavam vigiar embarcações dos EUA. “O Mediterrâneo é um importante teatro de operações para a frota russa no Mar Negro”, disse ele. Em julho, em meio à deterioração das relações entre a Rússia e a Grã-Bretanha, por causa da morte por envenenamento do ex-espião russo Alexander Litvinenko, dois bombardeiros russos invadiram território da Otan pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria, entrando em espaço aéreo escocês. Segundo o Ministério da Defesa britânico, caças britânicos escoltaram os aviões russos para fora da região.

Una proteína de 450 millones de años desvela los pasos de la evolución 

ABC (Madrid)


Científicos de la Universidad de Oregón y de Carolina del Norte (Estados Unidos) han recreado, por primera vez, la estructura atómica de una proteína de hace 450 millones de años. Cada uno de los 2.000 átomos de esta proteína se ha localizado en un mapa detallado. El trabajo ha permitido conocer cómo la evolución ha modelado en millones de años esta maquinaria molecular a nivel atómico, hasta alcanzar la versión actual. Algunos de estos cambios en las funciones de los genes hoy son cruciales para nuestro organismo, escriben en la revista «Science».

Entender en detalle cómo las proteínas -los caballos de carga de cada célula- han evolucionado en el tiempo era casi una misión imposible porque no había proteínas antiguas aptas para su estudio. Así que los investigadores Thornton y Jamie Bridghamver utilizaron sofisticadas técnicas de computación para «resucitar» la antigua proteína humana. Volvió a la vida, tras recrear su secuencia genética y sintetizar la proteína en una célula humana.

Concentraron sus esfuerzos en una proteína conocida como «receptora glucocorticoide» que juega un rol clave en la respuesta del organismo ante el estrés humano, al utilizar una hormona conocida como cortisol. Sólo se necesitaron siete mutaciones en 450 millones de años para desarrollar esta función biológica esencial.

Hasta pudieron deducir el orden en el que se sucedieron los cambios, ya que ciertas alteraciones habrían provocado la pérdida total de las funciones de la proteína, si otras modificaciones dejaban de utilizarse.Para reconstruir la larga historia de esta proteína, los investigadores utilizaron un banco de donantes que contenía un gran número de secuencias de los receptores modernos.

Imagen tridimensional

Además crearon una imagen tridimensional de la proteína tal como era hace 450 millones de años, recurriendo a una técnica de cristalografía con rayos X que permitió localizar el emplazamiento de cada uno de sus 2. 000 átomos. Después, utilizando la estructura de cristal de este recuperado ancestro, introdujeron los cambios que condujeron a la evolución del receptor glucocorticoide. «Nunca antes habíamos podido remontarnos tan atrás en el tiempo (. . . ) y ver los mecanismos por los cuales funciona la evolución de una máquina molecular a la escala atómica», explicó Joe Thornton, biólogo de la universidad de Oregon y principal autor de esta investigación. «Vimos cómo la evolución actuó sobre la estructura antigua de la proteína para producir una nueva función crucial para el humano actual».

Los sonidos generados en las profundidades del Sol se pueden oír en la Tierra 

ABC (Madrid)


Científicos de la misión Ulysses, en la que las agencias espaciales norteamericana y europea (NASA y ESA) colaboran para estudiar el Sol, han comprobado que los sonidos generados en las profundidades de nuestra estrella sacuden y hacen vibrar la Tierra por simpatía. Y han determinado que tanto el campo magnético como la atmósfera terrestres toman parte en ese «coro cósmico».

Los investigadores, además, han conseguido detectar esos sonidos procedentes del corazón solar, inaudibles para el ser humano, en sismógrafos y cables submarinos. David Thomson y Louis Lanzerotti, miembros del equipo del experimento Hiscale a bordo de la sonda Ulysses, junto con otros colegas, explican que diferentes sonidos, generados de forma predecible por la presión y las ondas de gravedad en el Sol, son capaces de alcanzar nuestro planeta y han presentado evidencias que demuestran que en la Tierra se producen movimientos concretos como respuesta a sonidos rítmicos marcados desde las profundidades del Sol.

En cables submarinos

Utilizando sofisticadas tecnologías estadísticas, Thomson y sus colegas han descubierto esos tonos en datos sísmicos y los han hallado también en el campo magnético terrestre y en la atmósfera, e incluso en voltajes inducidos en cables submarinos, asi como en una amplia variedad de sistemas terrestres.

De acuerdo con Thomson, los datos enviados desde el espacio por la sonda Ulysses y cotejados en la Tierra proporcionan una importante evidencia sobre la forma en que esos sonidos generados dentro del Sol alcanzan nuestro planeta.

Algunas de las así llamadas «oscilaciones solares» han sido observadas de forma óptica por instrumentos como la sonda SOHO, y por telescopios terrestres. Están causadas por ondas de presión en el Sol, y son conocidas como «p-modes». Los sonidos más profundos asociados con las ondas de gravedad del Sol, llamados «g-modes», resultan más complicados de detectar, porque no han sido comprobados de forma óptica. Ahora, el equipo de Thomson ha conseguido la primera evidencia de los mismos, examinando en la Tierra un amplio rango de fenómenos

Les as de la bistronomie (6/6): Cuisine d'auteur à Fribourg 

Le Temps (Genève)

Autodidacte, Frédérik Kondratowicz a ouvert il y a trois ans l'Hôtel de Ville, un bistrot chic et décontracté, où son talent instinctif s'exprime à merveille.

por Patricia Briel


L'endroit séduit aussitôt. Le décor est sobre, quoique fleuri, tables et chaises de bistrot, mais nappes et serviettes blanches en tissu. Le beau parquet en bois craque sous nos pas. C'est à la fois chic et décontracté. Une exposition de photos noir-blanc au mur. Une atmosphère plaisante. Des odeurs de cuisine qui vous ouvrent tout grand l'estomac. Et puis, ce joli balcon suspendu dans les airs, d'où l'on peut admirer la vieille ville de Fribourg. Qu'est-ce qu'on se sent bien...

L'Hôtel de Ville, ex-Cercle de l'Union, ancien repaire du célèbre boucher-peintre Jean-Pierre Corpataux, est aux mains de Frédérik Kondratowicz depuis 2004. C'était un rêve, il l'a réalisé. Il guettait ces murs patinés, chargés d'histoire, et idéalement situés à la Grand-Rue, entre la cathédrale Saint-Nicolas et la Grand-Fontaine, mythique rue canaille de Fribourg. Après 14 ans passés à l'Auberge de Zaehringen, transformée grâce à son talent en temple fribourgeois de la haute gastronomie, il souhaitait créer un lieu convivial, où il pourrait proposer une cuisine simple mais bonne. Pari réussi. Les gourmets ont aimé. Le restaurant ne désemplit plat. Emballé, le GaultMillau lui a attribué dans son édition 2007 un point supplémentaire - le quinzième...

Originaire d'Auvergne, Frédérik Kondratowicz est venu s'installer à Fribourg il y a une vingtaine d'années, au gré d'une rencontre amoureuse. Inscrit en histoire de l'art à l'Uni, il travaille dans les cuisines de l'Aigle Noir pour gagner sa vie. Pour toute expérience, il a un diplôme de l'Ecole hôtelière de Vichy, obtenu cinq ans auparavant. Mais c'est un vieux souvenir, il a beaucoup bourlingué depuis et il a déjà 25 ans. A l'Aigle Noir, il se fait pourtant remarquer. Le patron lui confie les cuisines. Adieu la peinture...

Frédérik Kondratowicz, 45 ans, est un autodidacte, et son parcours est d'autant plus impressionnant. Pas de stage dans un restaurant, pas de passage chez un grand chef. Il a le talent instinctif, et fait une cuisine d'auteur. Pour le plus grand bonheur de ses convives. Au menu, ce jour-là, il y avait, en entrée, une exquise salade de tomates aux petits oignons blancs, assaisonnée à l'italienne d'une tombée d'huile d'olive et de vinaigre balsamique, et accompagnée d'une petite croûte au fromage frais aux herbettes. Comme plat principal, une savoureuse poitrine de volaille de Louhan, étuvée de légumes et truffade de pommes de terre. Quelques feuilles de sauge grillées au beurre relevaient à merveille le goût de la volaille. Les légumes étaient croquants et la truffade délicieuse. Tiens, on a même fini la sauce avec du pain. Suivait, en dessert, une tarte fine aux pêches blanches, sorbet aux fraises. Ah, le miracle du pacojet! Tout cela pour 26 francs.

Mais, après un coup d'œil sur la carte, il y avait encore bien des plats qui nous tentaient. On reviendra, c'est sûr. Pour goûter au filet d'agneau mariné, sa salade de champignons frais et son éventail de pois gourmands (19 francs). Ou pour tester cette pressée de loup de mer et petit rouget, émulsion de tomate et légumes grillés (21 francs). Voilà pour les entrées. Pour les plats de résistance, on ne résistera certainement pas à ce très tentant grenadin de veau grillé à la sauge, jus au citron et légumes du moment (42 francs). Ni au saucisson fribourgeois de la borne, embeurrée de chou nouveau et champignons des bois (28 francs). Le soir, le chef propose également un menu à 65 francs, qu'il compose en fonction de ses découvertes sur le marché.

La carte - une vingtaine de plats, sans les desserts - varie au gré des saisons. Frédérik Kondratowicz fait son marché au pied de son bistrot. Le mercredi et le samedi, les étals des maraîchers envahissent en effet la Grand-Rue et la place de l'Hôtel-de-Ville.

Quant à la carte des vins, qui contient une soixantaine de références, elle varie aussi au gré de la cuisine et des saisons. Un regret: la sélection des vins suisses, quoique dotée d'excellents flacons, nous a paru trop succincte.

Hôtel de Ville, Grand-Rue 6, Fribourg, tél. 026/321 23 67. Fermé dimanche et lundi. Site internet: http://www.restaurant-hotel...



La recette de Frédérik Kondratowicz: fondant de tomates et poivrons rouges légèrement pimenté, en soleil de pois mange-tout
Patricia Briel


• Pour 4 personnes

50 g d'oignons frais; 200 g de poivrons rouges bien mûrs; 200 g de tomates charnues bien rouges; une demi-gousse d'ail écrasée; une c.c. de tabasco; une c.c. de Worcester sauce; trois c.s. de vinaigre balsamique blanc; une c.s. de concentré de tomates; trois feuilles de basilic; un demi-piment doux rouge; quatre feuilles de gélatine en eau froide 15 min avant la préparation; 350 g de pois mange-tout plutôt petits; 4 c.c. d'huile d'olive extra-vierge; un jus de citron; une botte de ciboulette ou d'herbettes fraîches; une c.c de sucre; fleur de sel, poivre.

• Préparation

1. Laver les légumes.

2. Eplucher et émincer les oignons.

3. Eplucher à l'aide d'un économe les poivrons et en retirer les parties blanches.

4. Plonger les tomates dans l'eau bouillante 20 secondes, retirer la peau puis les épépiner.

5. Réunir les éléments de la recette dans le bol d'un mixer sauf la gélatine qui trempe dans l'eau froide depuis une bonne quinzaine de minutes.

6. Mixer en vitesse au maximum 3 minutes puis incorporer tout en mixant la gélatine que vous aurez doucement fait fondre.

7. Rectifier l'assaisonnement (sel, poivre), passer la préparation au travers d'une passoire fine ou d'un chinois.

8. Couler le tout dans 4 ramequins ou petits verres droits et placer au réfrigérateur 3 à 4 heures minimum.

9. Laver les pois mange-tout, supprimer les queues fibreuses en les cassant, puis plongez-les 2 min dans l'eau bouillante salée, les rafraîchir à l'eau glacée.

10. Dans un bol, émulsionner le jus de citron, sel, sucre, poivre, ciboulette et l'huile d'olive.

11. Sur 4 assiettes, disposer en rayon les pois mange-tout, les arroser de l'émulsion de citron ciboulette... Démouler les fondants en les passant sous l'eau chaude quelques secondes et en passant une lame de couteau sur le bord, puis les placer au centre de l'assiette, ainsi votre soleil est formé.

12. Un tour de moulin à poivre, quelques brins de ciboulettes ou d'herbettes fraîches, une cuillerée d'huile d'olive et quelques grains de fleurs de sel.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Índice de hoje 

- Chávez aumenta su poder para dictar expropiaciones y regir el banco central (El Pais, Madrid)
- Les as de la bistronomie (5/6): Luc Parmentier, la fantaisie en plus (Le Temps, Madrid)

Chávez aumenta su poder para dictar expropiaciones y regir el banco central 

El Pais (Madrid)
J. F. ALONSO / F. PEREGIL - Caracas / Madrid



El presidente venezolano, Hugo Chávez, presentó ayer 33 propuestas para modificar la Constitución de 1999. Aparte de la consabida reforma por la que se garantiza su reelección de forma indefinida, Chávez presentó otras por las que el presidente aumentará su control sobre la economía. Así, el Gobierno podrá ocupar cualquier bien susceptible de expropiación, de manera preventiva y antes de que concluya el juicio en el que determinaría el monto que deberá pagarse a sus propietarios. Además, el Gobierno prevé acabar con la autonomía del Banco Central de Venezuela.

Las medidas deberán ser sometidas a un referéndum, que puede celebrarse en diciembre o enero.

En el proyecto que en la noche del pasado miércoles entregó a la Asamblea Nacional, Chávez sugiere continuar garantizando la propiedad privada a los venezolanos, al tiempo que incorpora nuevas figuras como la propiedad pública, que según explicó "es aquella que pertenece a los entes del Estado"; la social, que "es la que pertenece al pueblo en su conjunto y las futuras generaciones y que podrá ser manejada por el Estado en nombre de la comunidad o no"; la colectiva, que "es de los grupos sociales", y la mixta, que "estará conformada por los privados, el Estado y/o las comunidades".

Durante su discurso, el cual se prolongó por casi cinco horas y fue transmitido por todos los canales de radio y televisión, Chávez defendió su decisión de mantener la propiedad privada, aun cuando reconoció que varios sectores de su Administración han presionado para que fuera eliminada.

"La pretensión de eliminar de un tajo las propiedades productivas pequeñas y medianas fue la razón por la que fracasaron experiencias socialistas como la revolución sandinista de Nicaragua o la Unión Soviética", dijo, a la vez que agregó: "Lo que tenemos que hacer, compatriotas, es convencer a esos pequeños y medianos productores para que vengan a hacer una alianza productiva para levantar la economía del país".
100.000 españoles

En Venezuela residen más de 100.000 españoles, la mayoría de los cuales son propietarios de pequeños y medianos comercios e industrias. Además, hay unas 100 grandes empresas españolas, entre las que destacan Repsol, los bancos BBVA y Santander, la empresa de seguros Mapfre y la de teléfonos Movistar. Las compañías españolas consultadas creen que las reformas económicas previstas por Chávez no entrañan, en principio, ninguna amenaza para la inversión extranjera.

El presidente también propuso al Parlamento revisar el artículo 90 de la Constitución, el cual establece que la jornada laboral será de ocho horas diarias, para llevarla hasta seis. "Esto puede ser contraproducente porque uno de los grandes problemas de la economía venezolana es la falta de productividad. Y así se reduciría aún más", indicó un empresario español.

Asimismo planteó modificar el artículo 87, referido a la seguridad social, para garantizarle protección y cobertura a los trabajadores autónomos. Dijo que de aprobarse su planteamiento el Gobierno creará un fondo que garantizará las pensiones, el paro y otros beneficios a esos sectores actualmente excluidos. Venezuela carece de un sistema de seguridad social eficiente. "Esta medida equivaldría en España a nuestra seguridad social. Es una medida muy necesaria", señala el citado empresario.

El mandatario también propuso eliminar autonomía al Banco Central de Venezuela (BCV), organismo que se encarga de la política monetaria y gestionar las reservas internacionales de la nación petrolera, las cuales ascienden a 22.000 millones de euros. En la actualidad, el Gobierno ya dispone a su antojo de esos recursos, pues a través de una modificación de la ley que regula a la entidad financiera la forzó a entregarle parte de los ahorros en divisas que mantiene en sus arcas para financiar iniciativas oficiales, como la adquisición de aviones de combate rusos.

La pérdida de autonomía del Banco Central sería la reforma más trascendente, según afirma un economista y diplomático europeo afincado en Caracas. "Las constituciones de muchos países hispanoamericanos tratan de garantizar la independencia del Banco Central para que ningún Gobierno financie sus propios déficit a través del Banco Central. Pero Chávez cree que esa medida impuesta por el Fondo Monetario Internacional le ata las manos a la hora de gastar dinero".

"Su medida", añadió el citado economista, "parece una vuelta atrás, aunque tal vez a Chávez no le falte algo de razón. Puede que no sea fundamental mantener la autonomía del Banco Central para este tipo de país. Pero el problema es que, sin autonomía, ese dinero se gasta después sin ningún tipo de control. Se invierte por adjudicación directa".

La propuesta de permitir al jefe del Estado optar a la presidencia tantas veces como lo desee figura también en el proyecto de reforma constitucional, como estaba previsto. Además, propuso incrementar de seis a siete años el mandato presidencial. "Propongo que el artículo 230 rece así: el periodo presidencial es de siete años, el presidente o presidenta de la República puede ser reelegido o reelegida de inmediato para un nuevo periodo... Así de sencillo", dijo, en medio de los aplausos de los 167 diputados de la Asamblea, todos ellos partidarios de Chávez, ya que la oposición no se presentó a las elecciones de diciembre de 2005.

Les as de la bistronomie (5/6): Luc Parmentier, la fantaisie en plus 

Le Temps (Genève)

Le nouveau chef de l'Auberge communale d'Aclens (VD) se lève tôt pour faire mieux avec moins: moins de fioritures, moins de frime, moins de chichis.

por Jean-Luc Ingold


Début mars, ils n'avaient pas déverrouillé la porte de leur auberge, fermée depuis une quinzaine de mois, que déjà les goûteurs (auto) patentés débarquaient. C'est peu dire qu'on attendait au tournant les nouveaux tenanciers du resto communal d'Aclens: on les guettait impatiemment. Donc Luc Parmentier et Nathalie Borne, au lieu de démarrer au petit trot, comme le prévoyait leur feuille de route, se sont retrouvés «sur les rotules» au bout de quelques semaines.

Au fond, tant mieux, ils n'ont pas dû héler le chaland sur le pas de la porte. Le premier jour, à midi, une vingtaine de convives se précipitaient déjà dans la coquette salle à manger, carrelage beige et plafond clair, chemins de table et sets en tissus, serviettes assorties. Haro sur les nappages en papier.

On les avait à l'œil, ces deux-là. Le beau ténébreux tombé, comme on dit, dans la marmite il y a une trentaine d'années en son Anjou natal (papa et grand-papa faisaient déjà charcutier), vient de jongler pendant quatre ans et demi dans la cuisine de Carlo Crisci, du Cerf, à Cossonay. C'est peut-être la raison pour laquelle Luc Parmentier a précisé dans l'annuaire qu'il apprête une «cuisine traditionnelle», et non du Crisci au rabais. Le menu du soir parle de lui-même.

Car le soir, on a le choix entre trois entrées, puis on passe aux figures imposées, plat, fromages, dessert. Inhabituel. On a entendu des clients surpris grommeler. «Sans prétention gastronomique», Luc Parmentier a choisi de pratiquer une «cuisine simple mais travaillée». Pas de luxe, la cuisine a viré, olé, et la clientèle avec. Mais son joli credo, pétri d'exigence et de rigueur, ne lui donne guère le temps de chômer, car il faut se lever tôt pour faire bien, voire mieux, avec moins: moins de fioritures, moins de frime, moins de chichis, moins de personnel. Et autant de fantaisie.

Espuma, pourquoi pas, mais d'oseille sauvage; du foie gras, da, mais un chouia, petite gelée sublime plus chiffonnade de fleurs et de pousses; on revisite les moules à la marinière en crémant et gélifiant jus et moules pour créer une marine panna cotta très goûteuse; du rouget, ouais, mais grondin, relevé d'une espiègle infusion réduite d'anis vert, comme une soupe de poisson décalée; la volaille a picoré du maïs avant de s'alanguir sur un riz croquant; estivale compote de cerises épicées posée sur un sablé aux noisettes avec une quenelle de glace maison (merci le pacojet!) non pas vanille, mais aspérule odorante, classe et tendance. Voilà de la bistronomie de la meilleure veine.

Au café, on sautille du cochon rôti au cannelloni de queue de bœuf, de la quenelle de brochet au chausson de pied de veau, plus quelques entrées et desserts du cru, à prix encore plus raisonnables. Mais dans ce registre, c'est le menu de midi qui tient le pompon: potage en soupière, plat généreux, dessert astucieux pour pas un billet rouge.

Nathalie Borne, Auvergnate et sommelière diplômée, ex-Rochat, ex-Wenger (où elle a rencontré son compagnon), vient de passer une année entre vignes et caves chez Raoul Cruchon, le bouillonnant et génial vigneron d'Echichens. Elle reçoit son monde avec ce sourire sincère et cette attention qui témoignent d'un véritable amour des gens, elle bichonne les trois petites chambres à l'étage qui répondent aux doux noms de chasselas, gamay et servagnin, mais elle a surtout concocté l'une des petites cartes de vins les plus épatantes qui soit. Elle épaule la cuisine de Luc Parmentier, elle la complète, elle fusionne avec elle, garante d'une ligne choisie et poursuivie à deux. Comme de juste.

P.S.: si Luc Parmentier avait détesté les pommes de terre, on l'aurait dit. Mais il les adore, c'est raté. La ratte, l'amandine et surtout la rarissime, la superbe bonnotte de Noirmoutier. Il en parle les yeux brillants de gourmandise.

Auberge communale, rue du Village, Aclens (VD). Tél. 021/8699117.



La recette de Luc Parmentier: cannellonis à l'effilochée de queue de bœuf
Jean-Luc Ingold


• Débiter en morceaux 2 kilos de queue de bœuf. Les rôtir au beurre de tous côtés dans une cocotte, faire de même avec la garniture (grains de genièvre, queue de persil, céleri branche, laurier, ail, oignon, girofle, poireau, poivre concassé). Déglacer avec un bon demi-litre de vin rouge, ajouter un peu de chair de tomate, puis du fond de volaille pour couvrir. Laisser mijoter à couvert deux heures sur une plaque ou dans le four à 150 °C.

• Quand c'est cuit, effilocher la viande. Passer le fond de cuisson et le faire réduire jusqu'à consistance sirupeuse. Corriger l'assaisonnement de la queue de bœuf, ajouter un peu de jus réduit et de persil haché, puis former quatre boudins de trois cm de diamètre en roulant cette masse dans du papier film. Les réserver au frigo.

• Blanchir à l'eau bouillante quatre feuilles de pâte à lasagne, rafraîchir à l'eau glacée. Placer les boudins de viande débarrassés de leur papier au centre de chaque feuille de pâte, rouler, couper les extrémités en biseau, les déposer dans un plat à gratin et les cuire 12-15 minutes au four à 180 °C en arrosant de sauce.

• Cuire à la vapeur quatre blancs de poireau avec un peu de vert de la taille des cannellonis. Les placer sur chaque assiette, les arroser d'une vinaigrette échalote, persil plat, cerfeuil, huile de noisette, vinaigre de xérès, ajouter un cannelloni, compléter d'un peu de sauce montée au beurre et servir.

• Avec ça, boire un pinot-gamay Les Lugrines de Cruchon, à Echichens (VD).

quinta-feira, agosto 16, 2007

Índice de hoje 

- Una vieja estrella arrastra una gran cola, como la de un cometa (El Pais, Madrid)
- Cuisine et indépendance (Le Temps, Genève)
- Les as de la bistronomie (4/6): Jean-Yves André, douceur de vivre et morceaux de Choëx (Le Temps, Genève)

Una vieja estrella arrastra una gran cola, como la de un cometa 

El Pais (Madrid)
por MALEN RUIZ DE ELVIRA


La estrella Mira, una vieja conocida de los astrónomos de los últimos 400 años, tiene una gran cola de materia que arrastra mientras recorre a velocidad vertiginosa el cielo y va sembrando los elementos de los que surgirán otras estrellas y también los planetas. Los astrónomos estadounidenses que han descubierto este fenómeno, nuevo entre las estrellas, no saben explicar todavía en detalle cómo se produce, aunque sí saben que Mira, que está a 418 años luz de la Tierra, en la constelación de La Ballena, pierde continuamente materia de su superficie. La cola, que tiene una longitud de 13 años luz, representa la masa perdida desde hace 30.000 años, cuando todavía vivían los neandertales.

Hace miles de millones de años Mira era una estrella similar al Sol pero ahora es una gigante roja variable, que periódicamente aumenta su brillo hasta ser visible a simple vista. Al final de su vida habrá perdido toda la masa y sólo quedará una nebulosa planetaria que también desaparecerá y entonces se verá únicamente una enana blanca.

Lo que distingue a Mira de otras estrellas gigantes rojas es la gran velocidad a la que se mueve, posiblemente debido a la atracción gravitatoria de otras estrellas en movimiento. Ahora se traslada a 130 kilómetros por segundo, en compañía de lo que parece ser una enana blanca, informa la Carnegie Institution. En su recorrido, la estrella pierde carbono, oxígeno y otros elementos importantes en la formación de planetas y de otras estrellas.

El descubrimiento, que hoy publica la revista Nature, se ha hecho con un telescopio en órbita de la NASA, el Galaxy Evolution Explorer, que observa en ultravioleta. El hecho de que la cola de Mira sólo brille en el rango del ultravioleta lejano explica que otros telescopios no la hayan descubierto antes, a pesar de la popularidad de la estrella, explicaron ayer los astrónomos, liderados por Chistopher Martin, de Caltech.

Mark Seibert comparó los complejos fenómenos físicos que desembocan en que se forme la cola de la estrella con los que produce una bala disparada. El satélite está realizando un estudio completo del cielo en ultravioleta.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?