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segunda-feira, abril 30, 2007

Um ano depois da nacionalização, apagão do gás ronda a Bolívia 

O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Nicola Pamplona e Agnaldo Brito

A Bolívia comemora amanhã um ano da nacionalização do setor de petróleo e gás, ainda sem ter reunido condições para o retorno dos investimentos estrangeiros. Desde o cerco do exército aos campos petrolíferos, em 1º de maio do ano passado, o país enfrentou uma série de conflitos políticos que retardaram a reorganização do setor.

Além disso, o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, ameaçou na semana passada usar novamente o dia 1º de maio para a publicação de um decreto de expropriação das duas unidades da estatal brasileira. A última proposta do presidente Evo Morales prevê o pagamento de US$ 50 milhões, um quarto do valor dos ativos pedido pela Petrobrás.

Um ano depois da nacionalização, a situação da Bolívia é difícil. Apesar de as petroleiras terem assinado, sob pressão, 44 novos contratos de exploração e produção de gás, nada indica a volta investimentos, que, segundo o governo, precisam alcançar US$ 3 bilhões para assegurar o fornecimento para o mercado interno e o cumprimento dos contratos com Brasil e Argentina. Não há qualquer garantia de que isso ocorra no curto prazo.

“Na Bolívia, muita gente acha que amanhã vão chegar os investimentos, mas é preciso resolver uma série de pendências”, afirma Yussef Akly, gerente de Coordenação e Estratégia da Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos (CBH), entidade que reúne as petroleiras. Ele cita como ponto crucial a expansão da rede de transportes e armazenagem de petróleo e gás, hoje operadas por Transredes e Companhia Logística de Hidrocarbonetos da Bolívia (CLHB). Controladas por companhias privadas, as duas devem passar, aponta a nacionalização, às mãos da YPFB.

A criação de infra-estrutura para escoar a produção é parte do problema. Ao tomar o controle do setor, a YPFB assumiu a responsabilidade de gerenciar toda a estratégia de exploração e produção do setor petrolífero. Com cerca de mil funcionários, a empresa ainda não reuniu condições para isso. Não existe plano de reestruturação da YPFB, sucateada nos anos 90.

REFINARIAS

No último ano, o governo Evo Morales centrou os esforços na negociação dos novos contratos de concessão de campos de petróleo e gás, aprovados pelo Congresso na semana passada. Além disso, estatizou, em 1º de julho, o segmento de distribuição de combustíveis, até então dividido entre sete companhias, incluindo a Petrobrás.

Mas foram deixados em segundo plano alguns pontos: a retomada das refinarias da Petrobrás, ponto em discussão neste momento, mas sem acordo devido ao preço de US$ 50 milhões ofertado pela Bolívia (a companhia quer US$ 200 milhões); e a transferência para a YPFB das ações de controle das empresas capitalizadas, modelo de privatização que dividiu a exploração e a produção da estatal em duas companhias com 49% do capital em mãos de fundos de pensão bolivianos e 51% com empresas privadas. Fazem parte da lista as produtoras Andina e Chaco, controladas por Repsol e British Petroleum.

A Bolívia tem apostado na retomada dos investimentos a partir da vigência dos novos contratos. Segundo Akly, isso é um erro. “Os contratos redefinem a relação entre Estado e companhias estrangeiras. Mas não definem como o setor petrolífero boliviano vai se desenvolver. Disso depende uma política nacional de desenvolvimento da indústria de hidrocarbonetos. É algo que não existe”, diz.

O atraso dos investimentos pode criar um problema em breve para o país: a incapacidade de cumprir os contratos, mesmo a Bolívia tendo 26 trilhões de pés cúbicos em reservas, o suficiente para atender o Brasil, o mercado interno e o contrato com a Argentina.

O acordo com a Argentina é um bom exemplo: a licitação promovida no ano passado não atraiu gigantes como BG e Petrobrás e o governo não conseguiu garantir os volumes solicitados. Em outubro de 2006, o presidente argentino Néstor Kirchner assinou contrato com a Bolívia para a importação de 27,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O contrato brasileiro é de 30 milhões de m³ por dia. Somados os contratos e o consumo interno, a Bolívia precisa produzir 75 milhões de m³ de gás por dia, que devem estar disponíveis entre 2010 e 2011.

Para especialistas, o temor é justificado pela inclinação de Evo a medidas contra empresas estrangeiras toda vez que a situação na Bolívia se complica. “Sempre que há distúrbio, Evo ameaça o Brasil, a Argentina ou as empresas privadas para desviar atenção”, diz o analista Thiago de Aragão, da Arko Advice. A tensão interna vem se amenizando, diz o consultor Erasto Almeida, do Eurasia Group, mas Evo pode ser tentado a voltar a usar a nacionalização como elemento diversionista.

domingo, abril 29, 2007

Índice de hoje 

- España resuelve el enigma de la muerte masiva de abejas (ABC, Madrid)
- Un ordenador simula por primera vez el funcionamiento de un cerebro real (ABC, Madrid)
- Estudo liga vulcões a aquecimento global na pré-história (Ambiente Brasil)

España resuelve el enigma de la muerte masiva de abejas 

ABC (Madrid)
POR ARACELI ACOSTA. MADRID.

Desde Estados Unidos hasta Austria, desde Argentina a Polonia, pasando por España, las abejas melíferas están desapareciendo, no por miles, sino por millones. Muchas son las causas que se han puesto sobre la mesa, incluso esta misma semana en una reunión de científicos y miembros del Departamento de Agricultura de Estados Unidos. Las hipótesis más probables que manejaron en esa cita para esta desaparición se refieren a un virus, un hongo o un pesticida. Pero desde hace tiempo esta cuestión ha sacado a relucir algunas hipótesis sin base científica alguna, como las semillas modificadas genéticamente, las antenas de telefonía móvil o las líneas de alta tensión.

Sin embargo, la respuesta al llamado «síndrome de despoblamiento de las abejas» la han encontrado en España, concretamente en el Centro Regional Apícola de Marchamalo, en Guadalajara, que depende de la Consejería de Agricultura de Castilla-La Mancha, y que se ha convertido extraoficialmente en laboratorio de referencia mundial para conocer qué está pasando con las abejas. Hasta aquí han llegado muestras de todas partes de España, pero también de Francia, Alemania, Eslovenia, Polonia, Austria, Argentina y, en estos momentos, están esperando muestras enviadas por asociaciones de apicultores de Estados Unidos.

Laboratorio de referencia

Así lo explicó a ABC Mariano Higes, asesor de investigación del Centro Regional Apícola de Marchamalo, para quien, sin haber analizado aún las muestras americanas, pero por contactos con investigadores de universidades de Estados Unidos, la causa será la misma que en España y que en el resto de países estudiados: el microsporidio «Nosema ceranae», un parásito de origen asiático que no sólo está incidiendo en la despoblación, sino también en el descenso de la producción de las colmenas.

Para llegar hasta este parásito han sido necesarios siete años de investigación, pues los síntomas que produce en las abejas melíferas son parecidos a los causados por otro parásito, como el «Nosema apis». Sin embargo, este parásito suele producir ondas epidémicas cada ocho o diez años, explica Higes, lo que no cuadraba con la prevalencia creciente año tras año del fenómeno de despoblamiento. Además, el hecho de que se observara el fenómeno en zonas muy concretas y alejadas entre sí, incluso en colmenares aislados, descartaba otros factores externos.

Análisis de pesticidas

Asimismo, se hicieron pruebas sobre algunos pesticidas, como el que se usa para tratar las semillas de girasol en Francia, y las muestras de miel, abejas, polen y girasoles no presentaban efectos que pudieran ser tóxicos para las abejas. Es más, en Francia se prohibieron algunos pesticidas sospechosos y las abejas seguían desapareciendo. A la vista de estos resultados y de que el fenómeno se daba tanto en años secos como húmedos, fríos o calurosos, «algo que no es normal desde el punto de vista parasitológico», dice Higes, se empezó un estudio epidemiológico a nivel nacional, financiado por el Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria (INIA), y «desarrollamos una técnica de biología molecular que permite amplificar y secuenciar el gen».

Así se descubrió el nuevo patógeno («Nosema ceranae»). Este microesporidio afecta a los ejemplares más adultos, es decir, a los que están trabajando en el campo. La espora del «Nosema ceranae» entra por la boca de la abeja y se dirige al ventrículo (estómago) donde despliega un filamento y lo clava en la célula epitelial del ventrículo, transfiriéndole el esporoplasma, esto es, todo su material genético.

Ataca al aparato digestivo

Ahí empieza un ciclo biológico que alcanza a todas las células del estómago, que deja de ser funcional, por lo que la abeja ya no puede comer, se debilita y muere. Aunque aún estén vivas, pese a su debilidad, la mayoría no vuelven a sus panales por un mecanismo de defensa, explica Higes. Por eso normalmente la abeja reina y las jóvenes no suelen verse afectadas. Los cuerpos de las adultas no se encuentran, pues suelen morir alejadas de la colmena y son pasto de otros insectos y reptiles, y la colmena queda casi vacía, con la reina y unas pocas abejas jóvenes.

Bajo los efectos de este parásito podrían estar más del 50% de las colmenas de nuestro país. «Es un problema sanitario muy grave», dice el asesor de investigación del Centro Apícola de Guadalajara. Estamos hablando de más de un millón de colmenas afectadas, sobre un censo oficial de unos dos millones y medio de colmenas, o de un millón y medio en el caso de la cifra no oficial de tres millones de colmenas existentes. Sea una cifra u otra, lo cierto es que en los últimos años ha desaparecido entre un 30 y un 35% de las colmenas existentes.

La mayor prevalencia de este parásito se da en Madrid hacia el sur, sin embargo hemos detectado «una altísima prevalencia en la Cornisa Cantábrica, similar a la que podamos encontrar en Extremadura y Andalucía, por lo que lo estamos analizando», explica Higes, pues esto demuestra que es prevalente en cualquier clima. Si estas colmenas parasitadas no se tratan, el despoblamiento puede producirse en un plazo de seis meses a un año y medio. El tratamiento con el antibiótico fumagilina está dando buenos resultados, explica Higes.

La producción de miel también cae. Según Félix Campos, de la Asociación Nacional de Apicultores, en los últimos tres años la producción ha caído a razón de un 20 por ciento anual. Para este año, aunque estamos en el inicio de la cosecha, las previsiones no son muy halagüeñas para la miel de azahar y de limón, por ejemplo, pues las temperaturas anormalmente frías de las últimas semanas han mermado la cosecha. No obstante, dice Campos, la sequía también ha tenido mucho que ver en estas cifras de producción de miel.

Factores climáticos adversos

Y es que la apicultura es una actividad ganadera ligada a la trashumancia y muy determinada por las condiciones climatológicas, ya que las abejas necesitan de los recursos naturales a través del polen, para satisfacer sus necesidades nutricionales. Por tanto su alimentación depende de las floraciones, muy castigadas por una climatología adversa, como son las temperaturas elevadas y la sequía persistente que ha azotado a nuestro país en los últimos años, todo lo cual ha sido determinante para la disminución de la producción de miel, a la vez que contribuye a un debilitamiento de las colmenas que se hacen más vulnerables a condiciones extremas, como pueden ser problemas sanitarios como el del parásito «Nosema ceranae».

En el Programa nacional de medidas de ayuda a la apicultura 2008-2010, el Ministerio de Agricultura apunta además a los incendios, que han arrasado numerosas regiones de nuestro país y que en este caso han tenido repercusiones importantes en Castilla y León, Andalucía, Extremadura y Valencia, comunidades con un censo apícola importante, ya que lleva a la desaparición de asentamientos para los colmenares, la búsqueda de nuevos asentamientos y la alimentación extra que debe aportarse.

Pero más allá de la importancia económica de la producción apícola, el papel que desempeñan las abejas en el medio ambiente es fundamental, sobre todo por su función polinizadora, con la consiguiente contribución al equilibrio ecológico, ya que su presencia es muy importante para la preservación de una gran diversidad de plantas además de elevar la productividad de gran parte de los cultivos, aprovechando recursos que no podrían ser utilizados directamente por ninguna otra actividad agraria ni por el hombre.

Un ordenador simula por primera vez el funcionamiento de un cerebro real 

ABC (Madrid)
por JOSÉ MANUEL NIEVES. MADRID.

La era de los superordenadores ha abierto a la Ciencia nuevas e insospechadas formas de acceder al conocimiento. La estructura de las proteínas, el delicado y complejo mecanismo celular, el comportamiento de la materia en situaciones extremas, la naturaleza del Universo, de la Tierra, del clima... o la forma en que funciona el órgano vivo más complejo de la creación, el cerebro. Gracias a la potencia conjunta de miles de procesadores, los grandes ordenadores realizan simulaciones cada vez más acertadas de mecanismos, situaciones y procesos complicados, cuyo conocimiento nos estaría vedado por cualquier otro medio.

La analogía (puramente artificial) entre cerebros orgánicos y electrónicos parece, además, constituir para los investigadores un desafío «especial» para comprender los entresijos de la mente. Más que un desafío, una provocación.

Por eso, los intentos de llevar al interior de estas grandes máquinas, que ocupan por completo grandes salas climatizadas, lo que sucede en los apenas 1.500 centímetros cúbicos de nuestra cavidad craneal constituye, desde hace décadas, uno de los objetivos más ambiciosos de la Ciencia.

Ahora, utilizando el que es, hoy por hoy, el ordenador más potente del mundo, el «Blue Gene» de IBM, tres investigadores de la Universidad de Nevada, James Frye, Rajagopal Ananthanarayanan y Dharmendra S. Modha, han conseguido poner en marcha la mayor «simulación cortical» realizada hasta ahora, equivalente en complejidad a la mitad de la que alcanza el cerebro de un ratón. En trabajos anteriores, el mismo equipo de investigadores, integrantes del Programa de Simulación Neocortical de la Universidad de Nevada (NCS), habían analizado características y patrones concretos de la forma en que «funciona» el cerebro de estos pequeños roedores.

Infinitas conexiones

El mayor problema para realizar simulaciones del cerebro reside en la extraordinaria complejidad de los tejidos cerebrales y del astronómico número potencial de interacciones posibles entre los varios elementos implicados. Se cree que la mitad del cerebro de un ratón tiene cerca de ocho millones de neuronas, cada una con 8.000 conexiones (o sinapsis), con otras fibras y estructuras de su sistema nervioso. Realizar un modelo fiable de un sistema así, afirman los investigadores en un comunicado, «implica el uso de una tremenda fuerza de computación, comunicaciones y capacidad de memoria informática».

El equipo, que ha trabajado en estrecha colaboración con los laboratorios de investigación de IBM en Almaden, puso a funcionar su simulación en «Blue Gene», el ordenador más potente construido hasta ahora, equipado con 4096 microprocesadores, cada uno de los cuales utiliza 256 MB de memoria. Utilizando esta potencia, los investigadores consiguieron crear la mitad de un «cerebro virtual de ratón», con 8.000 neuronas y más de 6.300 sinapsis.

Debido a su complejidad y a la cantidad de recursos necesarios, la simulación sólo funcionó durante diez segundos, y a una velocidad diez veces inferior a lo que lo hace en la vida real, es decir, el equivalente a un solo segundo de actividad cerebral de un ratón. Y lo que sucedió, según los investigadores, fue que las neuronas empezaron a unirse en grupos de forma espontánea. Y a enviar órdenes a través de las conexiones nerviosas, tal y como hacen en la naturaleza. Escaseaban, sin embargo, otras estructuras nerviosas observadas en cerebros reales de ratón. Conseguir que se reproduzcan estas estructuras constituye el objetivo de próximos experimentos que serán, según los científicos, más rápidos y mucho más reales aún. Todo un paso, pues. Pequeño, pero el primero.

Estudo liga vulcões a aquecimento global na pré-história 

Ambiente Brasil

Uma equipe de cientistas afirma ter encontrado um elo entre grandes erupções vulcânicas, ao longo da costa leste de Groenlândia e no oeste das Ilhas Britânicas, 55 milhões de anos atrás, e um período de aquecimento global que elevou as temperaturas da superfície do oceano em 5º C, nos trópicos, e mais de 6º C no Ártico. A descoberta é descrita na edição desta semana da revista Science.

Segundo especialistas, o trabalho é importante porque documenta a reação do planeta à liberação de grandes quantidades de gases causadores do efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, e associa um período de grande atividade vulcânica a um período de mudança climática.

"Havia evidência, nos registros marinhos, desse período de aquecimento global, e evidência, no registro geológico, das erupções mais ou menos ao mesmo tempo, mas até agora não havia uma ligação direta entre ambos", explica um dos autores do trabalho, Robert A. Duncan, da Universidade Estadual do Oregon.

A chamada Máxima Termal do Paleoceno-Eoceno (PETM, na sigla em inglês) foi um período de aquecimento intenso, que durou cerca de 220.000 anos. Além do aumento na temperatura da superfície dos mares, o evento também aumentou a acidez das águas, e levou à extinção de diversas espécies marinhas.

Os cientistas conseguiram ligar a PETM à separação da Groenlândia do continente europeu analisando as camadas de cinza depositadas perto do ponto máximo das erupções.

"Acreditamos que as primeiras erupções vulcânicas começaram há cerca de 61 milhões de anos, e então passaram-se mais 5 milhões para que o mato se enfraquecesse, o continente afinasse e o material derretido chegasse à superfície", disse Duncan. "Foi como tirar uma tampa. A placa se quebrou e o Atlântico Norte nasceu".

A ligação do vulcanismo com o aquecimento foi estabelecida por meio de correlações com o registro fóssil. Mudanças dramáticas no tipo de átomo de carbono encontrado nos mares, conchas corroídas de animais marinhos e a extinção de alguns organismos das profundezas caracterizam a PETM. Esse intervalo ocorreu cerca de 300.000 anos antes da formação de uma camada de cinzas, depositada pelo pico da atividade vulcânica da Groenlândia.

Os cientistas especulam que a enorme liberação de gases do efeito estufa, a partir dos fluxos de lava e do aquecimento de sedimentos ricos em matéria orgânica, foi responsável pelo aquecimento global e pela mudança na química dos oceanos. O elo final foi estabelecido com a descoberta da camada de cinzas, distribuída por todo o Atlântico Norte.

A atividade vulcânica que ocorreu na Groenlândia de 55 milhões a 61 milhões de anos atrás liberou cerda de 10 milhões de quilômetros cúbicos de magma sobre a Terra. Esses fluxos podem ser vistos na Groenlândia, na Escócia e nas Ilhas Faeroe, onde resfriaram-se, deixando uma seqüência de rochas em camadas a uma profundidade que pode chegar a seis quilômetros.
(Fonte: Estadao.com.br)

sábado, abril 28, 2007

Índice de hoje 

- Ex-diretor da CIA critica Governo em livro (O Estado de S. Paulo, Brasil)
- Una decana del MIT dimite por haberse inventado su titulación (ABC, Madrid)

Ex-diretor da CIA critica governo em livro 

O Estado de S. Paulo (Brasil)

O ex-diretor da CIA George Tenet critica o vice-presidente americano, Dick Cheney, e outros assessores do presidente George W. Bush no livro At the Center of the Storm (No Centro da Tempestade). Tenet afirma que, antes da guerra no Iraque, não houve um “debate sério” sobre a invasão, em março de 2003.

“Não houve sequer uma discussão significativa sobre a possibilidade de controlar o Iraque sem o uso da força”, acrescenta. O livro será lançado nos EUA na segunda-feira, mas ontem o New York Times divulgou os trechos mais polêmicos.

Tenet, que comandou a CIA de 1997 a 2004, disse que evitou que Cheney fizesse um discurso às vésperas da invasão que forçava uma ligação entre Iraque e Al-Qaeda. “Eu disse ao presidente que não poderíamos permitir esse discurso porque ele ia além do que a inteligência mostrava.”

No livro, ele reconhece que errou ao afirmar que o Iraque tinha armas de destruição em massa: “Foi meu pior momento à frente da CIA.” Mas diz que não errou sozinho: “Em vez de assumir responsabilidades, o governo preferiu dizer: ‘Não culpe a gente, foi o Tenet que nos meteu nessa roubada.’”

Tenet contesta a versão oficial do processo de decisão que levou à guerra. Essa versão é a seguinte: em 2002, Bush reuniu seus mais graduados assessores no Salão Oval para avaliar a possibilidade de declarar guerra. A CIA, entretanto, tinha apenas suspeitas sobre o arsenal iraquiano. Insatisfeito, Bush perguntou a Tenet sobre a existência de armas de destruição em massa. Tenet respondeu: “It’s a slam dunk” (“É uma enterrada”, gíria do basquete americano que significa uma coisa certa, garantida). Mas essas armas não existiam e a CIA acabou ridicularizada.

Agora, a versão de Tenet. Segundo ele, Bush achava que os fatos precisavam de um “empurrãozinho” e sugeriu que fossem consultados advogados acostumados a defender casos difíceis. “Eu disse então ao presidente que incrementar a apresentação para o público seria uma jogada certeira (“slam dunk”), frase que foi usada fora de contexto”, escreveu.

Tenet diz que resolveu escrever o livro porque sua gestão na CIA estava sendo rotulada pelo termo “slam dunk”, que virou sinônimo do fracasso da campanha no Iraque.

O ex-diretor da CIA ironizou Cheney, que citou Tenet a expressão “slam dunk” para justificar a guerra, em um programa de TV, em setembro. “Eu assisti aquilo e fiquei pensando: ‘Como se eu precisasse dizer alguma coisa para ele declarar guerra.’”

Una decana del MIT dimite por haberse inventado su titulación 

ABC (Madrid)
por PEDRO RODRÍGUEZ. CORRESPONSAL/WASHINGTON

La decana de admisiones del Massachusetts Institute of Technology (MIT), una de las universidades más prestigiosas y exigentes del mundo, se ha visto forzada a dimitir al trascender la completa falsedad de sus credenciales académicas. Cuando hace 28 años, Marilee Jones solicitó trabajo en el legendario campus de Boston como asistente administrativa dijo tener un impresionante expediente con tres carreras universitarias. Titulaciones que, tras confirmar una denuncia telefónica, han resultado ser inexistentes.

En una declaración divulgada por internet, Marilee Jones ha reconocido «carecer de la valentía para corregir su currículo» cuando solicitó en 1997 el puesto de decana de admisiones del MIT, entre cuyas irónicas obligaciones figura supervisar la veracidad de las solicitudes de matrícula presentadas cada año por miles de estudiantes. La universidad califica lo ocurrido de «triste y desafortunado» pero insiste en su obligación de no tolerar este tipo de engaños académicos.

Curiosamente, Marilee Jones, de 55 años, era bastante conocida en círculos universitarios de EE.UU. por criticar la agresividad y presiones familiares para conseguir plaza en centros educativos de élite. Con un blog, un libro, conferencias y artículos en los que la señora insistía en la necesidad de restaurar la alegría y tranquilidad de los jóvenes obsesionados con su formación.

Según ha explicado Phillip Clay, canciller del MIT, para el puesto inicial ocupado por Jones no se necesitaba titulación universitaria y cuando ascendió, nadie se molestó en comprobar sus credenciales. Pero según Clay, «para el futuro hemos aprendido un gran lección de esta experiencia».

sexta-feira, abril 27, 2007

Índice de hoje 

- Los científicos anticipan tormentas solares a partir del próximo marzo (El Pais, Madrid)
- Des "oasis de vie" dans les grands fonds sous-marins (Le Figaro, Paris)

Los científicos anticipan tormentas solares a partir del próximo marzo 

El Pais (Madrid)

El ciclo de tormentas solares, que causan el caos en las comunicaciones y ponen en peligro a los astronautas, comenzará probablemente en marzo próximo y tendrán su apogeo a finales de 2011 o mediados de 2012. Según ha informado el Centro de Ambiente Espacial de la Administración Nacional Oceánica y Atmosférica (NOAA), el comienzo del Ciclo 24 de tormentas, que dura unos once años, se producirá un año antes de lo previsto.

Las tormentas, que se caracterizan por gigantescas erupciones en la corona del sol, disparan fotones y materia con carga eléctrica hacia la ionosfera y los campos magnéticos de la Tierra. Esas tempestades provocan interrupciones e interferencias en las comunicaciones, los servicios de suministro eléctrico, los satélites y las señales del Sistema de Posicionamiento Global (GPS).

Las tormentas, que iluminan el cielo nocturno con las auroras boreales y australes en las zonas polares, también son un peligro para los astronautas. La intensidad de las tormentas solares se mide de acuerdo a la mayor o menor cantidad de manchas que aparece en la superficie del astro.

El grupo científico que pronosticó el comienzo del ciclo de tormentas no se puso de acuerdo sobre cuál será su intensidad. La mitad dijo que será moderada, con alrededor de 140 manchas solares, que llegarán a su máximo de actividad en octubre de 2011. El resto dijo que el ciclo será relativamente débil con alrededor de 90 manchas con una actividad máxima en agosto de 2012.

"Al dar un pronóstico de largo plazo estamos entrando en un nuevo campo, el clima del espacio, el cual todavía está en ciernes", ha señalado David Johnson, director del Servicio Meteorológico Nacional de NOAA. Esta es la tercera vez que se formula un pronóstico sobre la actividad solar, pero ninguno de los dos anteriores cubrió una etapa amplia.

Des "oasis de vie" dans les grands fonds sous-marins 

Le Figaro (Paris)
por CAROLINE DE MALET


« LES OCÉANS profonds sont des quasi-déserts. À partir de 300 mètres de fond, il y fait nuit et il n'y a pas de production végétale. C'est comme un grand égout. Les animaux y sont nécrophages et coprophages », explique Daniel Desbruyères, responsable du département étude des écosys- tèmes profond0s de l'Ifremer (Institut français de recherche pour l'exploitation de la mer). Pourtant, il existe des « oasis de vie », où la vie est extrêmement foisonnante entre 3 000 et 4 000 mètres de profondeur. Les sources hydrothermales font partie de ces oasis.


Depuis trente ans, on a découvert une grosse centaine de ces zones situées aux confins de plusieurs plaques tectoniques, où la croûte terrestre recrache des eaux bouillantes. Ces milieux extrêmes cumulent des pressions très fortes (de 100 à 500 bars) et des températures flirtant avec les 400 degrés Celsius. Dans ces zones, la réaction entre l'océan et le manteau terrestre produit une roche hydratée qu'on appelle la « serpentine ».


Or, dans ces milieux a priori hostiles s'épanouissent de façon surprenante une faune et une flore qui peuvent représenter plusieurs dizaines de kilos de biomasse par mètre carré, contre 2 grammes par mètre carré en moyenne au fond de la grande bleue.


La campagne Momareto menée en août dernier aux Açores, a permis de mieux comprendre comment ces espèces biologiques résistent à de tels milieux. L'Ifremer, associé à des équipes russes, vient cette fois d'explorer de plus près trois sites hydrothermaux : Achadze, Krasnov et Logatchev, du nom de chercheurs russes. Cette campagne baptisée « Serpentine » a eu lieu pendant six semaines, en mars et avril de cette année, sur la dorsale atlantique, au large des Antilles, entre 13° et 17° nord.


Un inventaire de la biodiversité


Après 144 kilomètres parcourus et neuf plongées de 309 heures au total, l'Ifremer vient de livrer la toute première moisson de résultats de cette campagne. Parmi ces trois sites hydrothermaux, Achadze, situé à 4 100 mètres de profondeur, est le plus profond actuellement connu au monde. Anémones, crevettes, crabes, moules, poissons et gastéropodes s'observent en grappes. Car les bactéries se nourrissent de l'hydrogène sulfuré qu'elles trouvent dans le milieu oxygéné généré par le mélange entre les fluides très chauds et minéralisés et l'eau très froide des océans. « Des animaux endémiques, ne vivant que sur des sources hydrothermales, y prospèrent », précise Jean-Luc Charlou, chercheur géochimiste. Il s'agit de bigorneaux ou de sortes d'étoiles de mer pouvant faire jusqu'à 15 ou 20 centimètres.


Mais les objectifs de cette mission ne s'arrêtent pas, loin s'en faut, à un inventaire de la biodiversité. Un des objectifs principaux de la campagne Serpentine était de mieux comprendre les phénomènes d'hydratation et d'échanges chimiques entre l'océan et le manteau terrestre. Les scientifiques vont notamment s'efforcer de comprendre pourquoi les dépôts minéraux associés à ces roches figurent parmi les plus riches en cuivre (jusqu'à 28 % pour certains échantillons prélevés), zinc, or et cobalt.


La campagne a également été l'occasion de dresser une carte de ces zones profondes d'une résolution de quelques dizaines de centimètres, contre 50 à 100 mètres pour les cartes conventionnelles réalisées avec un sondeur multifaisceau à partir du navire. C'est cette précision qui a permis de découvrir de nouveaux sites hydrothermaux.


Pour cette campagne, l'Ifremer a déployé certains de ses systèmes sous-marins les plus performants, notamment son navire océanographique le Pourquoi pas. Le système de bathymétrie du robot submersible télécommandé par un câble Victor 6 000 a quant à lui été utilisé pour la première fois par des fonds de plus de 4 000 mètres et sur des reliefs très accidentés. Dirigée par Yves Fouquet, cette campagne n'a pas fini de livrer tous ses secrets. Au cours des différentes plongées, 22 fluides hydrothermaux, 50 échantillons d'eau, 255 échantillons biologiques et 128 roches ont été prélevés par Victor 6 000. Ces derniers doivent encore être analysés avant de livrer leur message.


De nombreuses questions restent encore à élucider. Par exemple, par quels phénomènes les espèces que l'on trouve sur ces sites disparaissent-elles ? La présence d'importants champs de moules mortes sur le site de Logatchev 2 a en effet intrigué les scientifiques. « Non seulement elles n'ont plus rien à manger lorsque cesse l'activité des sources, mais on ne peut exclure qu'elles soient attaquées par des épidémies, voire par des virus », explique Joël Querellou, microbiologiste de l'Ifremer. Les chercheurs vont par ailleurs chercher à mieux comprendre comment se déplacent à travers les océans ces espèces, dont on a trouvé également des spécimens dans le golfe du Mexique ou le golfe de Guinée. Ils s'efforceront ainsi de valider ou non l'hypothèse de larves pélagiques déplacées par les courants profonds.

quarta-feira, abril 25, 2007

Índice de hoje 

- Astrônomos descobrem planeta que pode ser habitável (Folha de S. Paulo, Brasil)
- Descubren el primer planeta «habitable» fuera del Sistema Solar (ABC, Madrid)
- Detectado un planeta similar a la Tierra que puede tener agua líquida (El Pais, Madrid)
- Une exoplanète habitable? (Le Temps, Genève)
- À vingt années-lumière, une autre Terre (Le Figaro, Paris)
- Une « super Terre » découverte (Le Soir, Bruxelas)

Astrônomos descobrem planeta que pode ser habitável 

Folha de S. Paulo (Brasil)

Astrônomos encontraram um planeta fora do nosso Sistema Solar que é potencialmente habitável, com temperaturas parecidas com as da Terra. A descoberta foi considerada um grande passo na procura por vida extraterrestre.

O planeta tem o tamanho certo, pode ter água em forma líquida e, em termos de Universo, está relativamente perto, a cerca de 20,5 anos-luz da Terra. Ele gira em torno de uma anã vermelha --uma estrela muito menor, menos luminosa e mais fria que o nosso Sol - chamada de Gliese 581.

A Gliese 581 é uma das cem estrelas mais próximas da Terra. Sua luminosidade é tão fraca que não pode ser vista sem um telescópio, mas fica na constelação de Libra.

O novo planeta leva o equivalente a 13 dias para girar em torno da estrela. A gravidade é 1,6 vezes mais forte que a da Terra, o que significa que uma pessoa pesando 68 kg sentiria como se tivesse 109 kg.

Mas a visão deve ser espetacular, dizem os cientistas. O planeta está 14 vezes mais perto da estrela que orbita do que a Terra em relação ao Sol. Por isso, a anã vermelha, vista no céu, seria 20 vezes maior que o da nossa lua.

Também é provável que o planeta não gire em torno do seu eixo, fazendo com que um lado esteja sempre escuro e o outro, iluminado.

O planeta, batizado de 581 c, foi descoberto pelo telescópio do Observatório Europeu do Sul (Eso) em La Silla, no Chile.

No entanto, há muito a descobrir sobre o astro. Ele ainda pode se revelar inabitável.

Vida extraterrestre

"É um passo significativo na busca de vida no Universo", disse nesta terça-feira o astrônomo Michel Mayor, da Universidade de Genebra, um dos 11 cientistas europeus da equipe que encontrou o planeta.

Os resultados da descoberta ainda não foram publicados, mas foram submetidas à revista "Astronomy and Astrophysics".

Alan Boss, que trabalha no Carnegie Institution de Washington, onde uma equipe americana também procura planetas similares à Terra, considerou a descoberta "uma pedra fundamental neste assunto".

O 581 c deve impulsionar estudos de planetas que circulam estrelas similares. Cerca de 80% das estrelas perto da Terra são anãs vermelhas.

O novo planeta é cinco vezes mais pesado que a Terra. Não se sabe ainda se ela é rochosa, como a Terra, ou se é uma esfera de gelo, com água líquida na superfície. Se for rochosa, que é o que a teoria prevalecente propõe, tem um diâmetro cerca de 1,5 vez maior que nosso planeta. Se for uma esfera de gelo, seria maior ainda.

O 581c deve ter uma atmosfera, mas sua composição ainda é um mistério. Se ela for muito densa, poderia tornar a temperatura da superfície do planeta quente demais, afirmou Mayor. Os pesquisadores, porém, acreditam que a temperatura média fica entre 0 ºC e 40 ºC.

Até agora, todos os 220 planetas que os astrônomos encontraram fora do Sistema Solar eram quentes demais, frios demais ou apenas grandes demais e muito gasoso, como Júpiter.
A suspeita de que existe água líquida é baseada em teoria sobre formação de planetas, e não em alguma evidência, disse Stephane Udry, também da Universidade de Genebra.

"Devido à temperatura e proximidade, este planeta provavelmente será um alvo importante de futuras missões espaciais dedicadas à procura de vida extraterrestre", disse o co-autor Xavier Delfosse, da Universidade de Grenoble.

Descubren el primer planeta «habitable» fuera del Sistema Solar 

ABC (Madrid)
por JOSÉ MANUEL NIEVES

Un equipo de astrónomos de Suiza, Francia y Portugal acaba de anunciar el descubrimiento del primer planeta extrasolar que podría, por lo menos hipotéticamente, ser habitado por el hombre. O lo que es lo mismo, el primer planeta hallado más allá de las fronteras de nuestro Sistema Solar y cuyas condiciones son parecidas a las de la Tierra.

El nuevo mundo, con un diámetro apenas un 50% mayor que el terrestre y una masa cinco veces superior, reúne, en efecto, las condiciones necesarias para disponer de agua en estado líquido, el ingrediente fundamental de la vida. Se trata del planeta extrasolar más pequeño y similar al nuestro de los cerca de dos centenares que han sido descubiertos hasta ahora. La «súper Tierra», término con el que se refieren los astrónomos al hallazgo, gira alrededor de Gliese 581, una estrella bien conocida por los científicos, más pequeña y fría que el Sol.

Se trata de una «enana roja» que se encuentra en la constelación de Libra, a 20,5 años luz de distancia (recordemos que un año luz equivale a casi diez billones de kilómetros) y en cuya órbita ya se habían descubierto otros dos planetas, gigantes gaseosos con quince y ocho masas terrestres, mucho más parecidos a Neptuno que a nuestro propio mundo.

El nuevo planeta «viaja» alrededor de su astro mucho más deprisa que la Tierra alrededor del Sol, y efectúa una órbita completa cada trece días. Además, se encuentra catorce veces más cerca de Gliese 581 de lo que la Tierra está de su estrella particular. Sin embargo, debido a las diferencias de tamaño, luminosidad y temperatura entre Gliese 581 y el Sol, el nuevo mundo está exactamente en la «zona habitable» de su estrella, una estrecha franja orbital en la que un planeta debe estar situado para que en él se den las condiciones necesarias para la vida.

Muy fríos o muy calientes

Alrededor de cada estrella, según su tamaño y temperatura, la «zona habitable» es el área concreta en la que sería posible que se formara un planeta con agua en estado líquido. Los mundos que se encuentran fuera de esta zona quedan, en principio, descartados como candidatos. En efecto, si estuvieran más cerca de la estrella, serían tan calientes que cualquier resto de agua se evaporaría al instante, como es el caso de Mercurio en nuestro Sistema Solar. Si estuvieran más lejos, serían tan fríos que el agua sólo sería posible en forma de hielo, como sucede en Marte. Para nuestro Sol, la zona habitable se encuentra exactamente entre las órbitas de Venus y Marte. Lugar que ocupa nuestro propio mundo, la Tierra.

El segundo factor que se tiene en cuenta es el tamaño y la masa del planeta candidato. Los mundos con menos de la mitad de la masa terrestre no tienen gravedad suficiente para retener una atmósfera bajo cuyo abrigo pueda desarrollarse la vida, como sucede, una vez más, con Marte. Y al otro extremo, los planetas con una masa superior a diez veces la de la Tierra tienen gravedad suficiente para seguir atrayendo gases y elementos abundantes en el espacio, como hidrógeno y helio, y terminan por convertirse en gigantes gaseosos, como es el caso, en nuestro sistema, de Júpiter, Saturno, Urano y Neptuno.

Entre 0 y 40 grados

Pero la «Súper Tierra» descubierta alrededor de Gliese 581 cumple ambos requisitos: está en la zona habitable de su estrella y no tiene más de cinco masas terrestres. «Estimamos -afirma Stéphane Udry, del Observatorio de Ginebra y coautor del descubrimiento- que la temperatura en esta «Súper Tierra» debe oscilar entre los 0 y los 40 grados, con lo que el agua debería ser líquida. Además -añade-su radio es 1,5 veces el de la Tierra, y los modelos existentes predicen que el planeta debería ser rocoso, como nuestra Tierra, o cubierto por océanos».

«Por lo que sabemos -asegura por su parte Xavier Delfosse, del Observatorio de Grenoble, en Francia, y también miembro del equipo- el agua líquida es crítica para la vida. Y a causa de la temperatura y de su relativa proximidad, este planeta se convertirá probablemente en un importante objetivo para futuras misiones espaciales dedicadas a la búsqueda de vida extraterrestre. En el mapa del tesoro del Universo, uno estaría tentado de marcar este mundo con una «X»».
Las más abundantes

Gliese 581 se encuentra entre las cien estrellas más cercanas a la Tierra. Se trata de una «enana roja», la clase de estrellas más abundantes en nuestra galaxia, pequeñas y relativamente frías (con temperaturas superficiales que rondan los 3.500 grados, la mitad que el Sol). «Las enanas rojas -dice Xavier Bonfill, otro de los autores del estudio, de la Universidad de Lisboa- son los objetivos ideales para buscar planetas de baja masa en los que pueda haber agua en estado líquido. Debido a que emiten menos luz, las «zonas habitables» de estas estrellas están mucho más cerca de ellas de lo que sucede en el Sol». El descubrimiento se ha realizado gracias al espectrógrafo HARPS, en el telescopio de 3,6 metros en La Silla, en Chile.

Detectado un planeta similar a la Tierra que puede tener agua líquida 

El Pais (Madrid)
por MALEN RUIZ DE ELVIRA
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Afinando los instrumentos y basándose en la experiencia, los astrónomos se están acercando a su objetivo, encontrar planetas similares a la Tierra alrededor de otras estrellas. El último llegado al ya poblado catálogo de planetas extrasolares es un cuerpo sólo un poco mayor que la Tierra, que orbita una estrella más pequeña que el Sol a una distancia que permite pensar que en su superficie es posible el agua líquida. El anuncio de su detección, que no observación, lo hace hoy el mismo equipo europeo que detectó el primer planeta extrasolar de la historia de la humanidad, hace casi 12 años.

Los astrónomos (suizos, franceses y portugueses) coordinados por el Observatorio de Ginebra, han utilizado un instrumento relativamente nuevo acoplado al telescopio de 3,6 metros del Observatorio Europeo Austral en La Silla (Chile). Este instrumento, denominado HARPS, está diseñado especialmente para detectar las ligerísimas oscilaciones de una estrella debidas a los cuerpos que la orbitan. Este es el método de detección indirecto utilizado para descubrir la gran mayoría de los 202 planetas extrasolares catalogados hasta la fecha, ya que fotografiarlos directamente no está todavía al alcance de los observadores.

La gran sensibilidad de HARPS permite buscar planetas semejantes a la Tierra -pequeños y rocosos- y no demasiado cercanos a su estrella, los que más interesan a la humanidad por la posibilidad de que alberguen vida. La mayor parte de los cuerpos detectados hasta ahora son, por las técnicas utilizadas, gigantes gaseosos como Júpiter, pero que están tan cerca de su estrella y, por tanto, tan calientes, que pierden continuamente masa.

"Hemos estimado que la temperatura media de esta supertierra está entre los 0 y los 40 grados centígrados, por lo que el agua estaría en estado líquido", afirma en un comunicado Stephane Udry, del Observatorio de Ginebra. "Además, su radio debería de ser de sólo 1,5 veces el radio de la Tierra, y nuestros modelos predicen que el planeta debería de ser rocoso -como nuestra Tierra- o cubierto de océanos", añade.

"El agua líquida es básica para la vida tal como la conocemos", ha comentado Xavier Delfosse, de la Universidad de Grenoble, también miembro del equipo. "Debido a su temperatura y cercanía relativa, este planeta será muy probablemente un objetivo muy importante de las misiones espaciales futuras dedicadas a la búsqueda de vida extraterrestre. En el mapa del tesoro del Universo, estaría tentado de marcarlo con una X", aseguró.

El planeta recién descubierto es el de menor tamaño de los detectados hasta ahora, aseguran sus descubridores, que han deducido que es al menos cinco veces más masivo que la Tierra. Se estima que su radio es 1,5 veces el de nuestro planeta y que da la vuelta a la estrella Gliese 581 una vez cada 13 días. Gliese 581 está a 20,5 años luz de distancia y es uno de los 100 astros más cercanos a la Tierra. Es una enana roja, un tipo de estrella muy común, más pequeña y más fría que el Sol (por tanto, menos luminosa). Por eso, aunque el planeta se encuentra 14 veces más cerca de la estrella que la Tierra del Sol, los científicos han calculado que la temperatura media en su superficie es comparable a la terrestre y compatible con el agua líquida.

Hace dos años, el mismo equipo de astrónomos detectó un primer planeta en esta estrella, similar a Neptuno y muy cercano a ella. Los datos ya señalaban la existencia de un segundo planeta, que es el ahora detectado. Según los modelos, está en la llamada zona habitable de su sistema planetario, caracterizada precisamente por las condiciones ambientales semejantes a las de la Tierra, pero además hay indicios de un tercer planeta, que sería un poco más masivo pero estaría todavía más lejos de la estrella, otro candidato a supertierra.

Une exoplanète habitable? 

Le Temps (Genève)

La Terre aurait-elle trouvé une planète soeur? Bien que sa température semble pouvoir abriter la vie, elle est pourtant distante de 20.5 années-lumière. Photo: Keystone
• Des astronomes de Genève ont découvert, autour d'une proche étoile, une grosse planète rocheuse ayant une température de 0 à 40°C.
• Pour la première fois, toutes les conditions semblent réunies pour qu'une exoplanète soit susceptible d'abriter la vie telle qu'on la connaît.

por Olivier Dessibourg

«Sur cette planète, il doit faire bon vivre, puisque la température y est comprise entre 0 et 40°C.» L'astre évoqué par l'astrophysicien genevois Michel Mayor n'est pas la Terre. Il en a pourtant une température analogue, une composition très probablement similaire et une masse à peine cinq fois plus grande. Soit toutes les conditions pour, qui sait, héberger la vie. Mais il se trouve à 20,5 années-lumière d'ici. Pour la première fois, une équipe internationale emmenée par des astronomes de l'Observatoire de Genève, a débusqué un système planétaire incluant une planète de type «super-Terre» qui serait habitable! Avec ce nouveau trophée, décrit dans la revue Astronomy & Astrophysics, la traque aux exoplanètes place un nouveau jalon.

Depuis 1995, 227 de ces planètes orbitant autour d'une étoile autre que notre Soleil ont été repérées. La plupart sont des géantes gazeuses, comme Jupiter. Les astrophysiciens ont même mis au jour 21 systèmes multiplanétaires. Mais leur objectif principal est de détecter des astres dont la description s'approche de celle de la Terre. C'est pourquoi ils pointent en priorité leurs télescopes vers des naines rouges. Ces vieilles étoiles étant peu massives et peu lumineuses, les exoplanètes orbitant autour d'elles sont plus facilement détectables. Par ailleurs, les naines rouges sont très nombreuses dans notre Galaxie: sur les 100 étoiles les plus proches de la Terre, 80 font partie de cette famille.

Gliese581, dont la masse est de moins du tiers de celle du Soleil, est l'une d'elles, située dans la constellation de la Balance. Les astrophysiciens l'ont observée avec leur télescope de l'Observatoire européen austral (ESO) à La Silla (Chili). Tirant profit du spectrographe HARPS, ils ont appliqué la technique «des vitesses radiales», qui permet de détecter indirectement la présence des exoplanètes en observant leur étoile (lire ci-dessous).

A la lecture des mesures, les scientifiques savaient qu'ils avaient mis la main sur une «perle cosmique». «Nous avons découvert une planète qui tourne en 13 jours autour de Gl581, et qui est cinq fois plus massive que la Terre. Ce qui en fait l'exoplanète la plus légère jamais trouvée!» annonce Stéphane Udry, premier auteur de l'étude. «Mais, surtout, cette planète se trouve dans la «zone habitable», à bonne distance de son étoile, et selon les modèles de formation planétaire, peut être difficilement autre que rocheuse ou de type «océan», à savoir composée d'un cœur de silicate et de glace recouvert d'eau. Exceptionnel!» s'enflamme son collègue Michel Mayor.

Les chercheurs sont même parvenus à déterminer la température qui règne en surface. «Nous connaissons la luminosité de l'étoile qui éclaire et chauffe la planète, détaille le professeur. La température de cette dernière est alors déterminée en fonction de la lumière qu'elle renvoie vers nous. Les calculs indiquent une valeur moyenne entre 0 et 40°C. Cette fourchette s'explique par le fait que nous ne connaissons pas exactement l'albedo de la planète, soit sa capacité à plus ou moins réfléchir la lumière.»

A sa surface, la gravité est 2,2 fois plus importante qu'ici-bas. Quant à son rayon, il vaut environ une fois et demi celui de la Terre. Mieux, à côté d'elle, les astrophysiciens ont trouvé une autre exoplanète de huit masses terrestres. Qui vient s'ajouter à un troisième astre, de la masse de Neptune, trouvé en 2005. «C'est là un mini-système solaire avec au moins trois exoplanètes», résume Michel Mayor.

Mais ce triptyque ne serait pas si passionnant s'il ne permettait de poser la question qui brûle toutes les lèvres: avec son «climat tempéré», cette exoplanète peut-elle abriter de la vie? «Cela dépend de la présence ou non d'eau, répond Stéphane Udry. Cette planète s'est probablement formée en périphérie du disque d'accrétion de matière qui a généré l'étoile, puis a migré vers l'intérieur du système planétaire naissant. Si elle est née au-delà de ce qu'on appelle la «limite des glaces», elle s'est formée en partie de glaces qui seraient aujourd'hui des réserves d'eau. En ajoutant au tableau une température adéquate et la présence des éléments constitutifs du vivant disséminés dans l'Univers (carbone, azote, etc.), nous avons toutes les conditions nécessaires. On ne peut pas en dire plus. Mais si la vie est quelque chose de courant dans la façon dont elle se développe, on peut se demander pourquoi il n'y en aurait pas sur cette planète...»

A l'Université de Harvard (Etats-Unis), un autre «chasseur d'exoplanètes», le professeur d'astrophysique David Charbonneau, qualifie cette découverte de «fantastique et très excitante». Il se dit impressionné par «l'extrême précision des mesures qui a permis de détecter la faible signature de trois exoplanètes. Avec une telle finesse, il est très probable que d'autres exoplanètes similaires vont être découvertes.» «Nous sommes désormais très confiants: trouver une vraie sœur jumelle de la Terre est à bout touchant», confirme Michel Mayor.

Concernant la présence possible de vie, David Charbonneau se veut prudent: «Nous avons là une planète dont la masse se situe entre celle de la Terre et celle de Neptune. Nous ne savons donc pas avec certitude si l'objet possède encore, comme cette dernière, une enveloppe de gaz qui pourrait empêcher l'évolution de la vie.»

Pour en avoir le cœur net, les chercheurs ne pourront pas se satisfaire de la méthode utilisée (vitesses radiales), qui prouve indirectement seulement l'existence des exoplanètes. Mais déjà, de nouvelles missions dédiées à leur observation directe et à la recherche de vie extraterrestre sont en préparation (lire ci-dessous). Nul doute que, dans la liste des objets à cibler en priorité, le petit monde évoluant autour de Gliese581 sera marqué d'une grosse croix.


12 ans, 227 planètes
por Olivier Dessibourg

Tout commence en 1995: Michel Mayor et Didier Quéloz, de l'Observatoire de Genève, découvrent une planète autour de l'étoile 51 Pég, à 40 années-lumière de la Terre. La course aux exoplanètes est lancée, principalement entre le groupe genevois et une équipe américaine de l'Université de Berkeley. En voici quelques étapes. En 1999, le premier grand système multiplanétaire est repéré dans la constellation d'Andromède. Puis en 2002, la technique des transits planétaires (éclipse partielle) livre son premier succès. En 2003, le spectrographe européen HARPS est installé à la Silla, au Chili. Doté d'une précision extrême, l'instrument sera à l'origine de nombreuses nouvelles trouvailles. «Une découverte déterminante fut celle de Mu-Arae en 2004, de seulement 13 masses terrestres, la première de ce type à être découverte, probablement un «petit Neptune», raconte Didier Quéloz. Suivront, en 2005, la trouvaille étonnante d'une exoplanète autour d'un système de trois soleils puis, par l'équipe genevoise, un trio planétaire, le fameux «Trident de Neptune». La même année, c'est une planète probablement tellurique de 7,5 masses terrestres qui montre ses rondeurs, suivie en 2006 par une autre,cinq fois et demie plus lourde que la Terre cette fois. Mais dont la température est de -220°C.

À vingt années-lumière, une autre Terre 

Le Figaro (Paris)
por MARC MENNESSIER


HABITABLE, mais pas forcément habitée : la planète découverte par une équipe d'astronomes français, suisses et portugais autour de l'étoile Gliese 581, à seulement 20,5 années-lumière de la Terre, pourrait abriter un océan d'eau liquide. Comme la présence d'eau est une condition nécessaire, bien que pas suffisante, pour l'apparition de la vie, il s'agit d'un événement considérable pour la communauté scientifique et, au-delà, pour l'humanité tout entière. Comme le souligne Jean-Loup Bertaux, chercheur au Service d'aéronomie du CNRS et l'un des signataires de l'article à paraître dans la revue Astronomy & Astrophysics, « c'est une étape décisive dans le long chemin qui nous mène vers la découverte d'éventuelles autres formes de vie dans l'Univers. »


Sur les 200 planètes extrasolaires identifiées à ce jour, Gl 581c est celle qui ressemble le plus à notre bonne vieille planète bleue. D'abord, sa masse très faible (5,1 fois celle de la Terre) indique qu'elle est constituée de roches et non de gaz comme les géantes de type Jupiter ou Saturne. À densité comparable son rayon doit se rapprocher de 1,5 fois celui de la Terre et sa gravité de surface serait le double de ce qu'on connaît sur notre planète. En clair un astronaute qui foulerait le sol de ce nouveau monde aurait la sensation de peser deux fois plus lourd.


Mais surtout, les chercheurs ont calculé que la température moyenne qui règne à la surface de Gl 581c doit être comprise entre - 3 et + 40 °C, selon la nature plus ou moins réfléchissante de ses continents. Cette fourchette de température est propice à la présence d'eau liquide, au moins dans la zone équatoriale si l'hypothèse basse devait se vérifier. A priori, on pouvait s'attendre à des températures plus caniculaires. La nouvelle planète est en effet très proche de son étoile (seulement 0,07 fois la distance Terre-Soleil) puisque 13 jours lui suffisent pour effectuer une révolution complète.


Futures missions


Mais l'astre Gl 581 fait partie de la catégorie des naines rouges, à savoir de petites étoiles beaucoup moins lumineuses que notre Soleil (77 fois moins dans ce cas précis). La zone dite d'« habitabilité » y est par conséquent nettement moins éloignée que dans notre Système solaire.


La proximité de cette zone où les planètes peuvent héberger de l'eau sous forme liquide fait des naines rouges des cibles privilégiées pour la recherche d'exoplanètes susceptibles d'abriter la vie. En effet la méthode de détection utilisée par l'équipe dirigée par Stéphane Udry, astronome à l'Observatoire de Genève, consiste à mesurer, au moyen d'un spectrographe, les infimes variations de la vitesse de l'étoile provoquées par la présence d'une planète orbitant autour d'elle. Or les petites planètes rocheuses (ou telluriques) comme la Terre ou Mars, qui sont aussi les plus intéressantes pour la recherche de vie extraterrestre, ont un impact d'autant plus faible sur le mouvement de leur étoile que celle-ci est massive. Il est donc plus facile, pour les astronomes, de repérer leur trace autour d'étoiles à faible gabarit. Autre avantage : les naines rouges sont particulièrement nombreuses dans notre galaxie : sur les 100 étoiles les plus proches de la Terre, 80 appartiennent à cette famille.


Pour réaliser leur sensationnelle trouvaille, les chercheurs ont eu recours au spectrographe de nouvelle génération Harps installé sur le télescope de 3,6 m de diamètre de l'ESO (Observatoire austral européen) à La Silla, Chili.


Notons également que l'étoile Gliese 581, du nom de l'astronome Allemand qui a répertorié, en 1969, la totalité des étoiles situées à moins de 75 années-lumière de la Terre, est entourée de deux autres planètes. L'une, de la masse de Neptune, a été découverte en 2005 par la même équipe ; son année ne fait que 5,4 jours. La seconde, nettement plus éloignée (sa période de révolution est de 84 jours) est huit fois plus massive que la Terre. Elle vient d'être repérée en même temps que Gl 581c.


Pour Jean Schneider, astronome à l'observatoire de Paris-Meudon, « l'existence de cette planète vient confirmer ce que nous pressentions et justifie le lancement des futures missions destinées à rechercher cette fois des indices de vie extraterrestre. » Plusieurs projets de ce type sont en discussion aux États-Unis et en Europe.


Sur les 64 propositions parvenues à l'Agence spatiale européenne (ESA) dans le cadre de son programme « Cosmic Vision », sept concernent l'exoplanétologie. Parmi eux le projet Darwin vise à détecter la présence d'oxygène et d'ozone dans l'atmosphère de planètes extrasolaires, comme Gl 581c. Mais il ne sera pas lancé avant 2025.

terça-feira, abril 24, 2007

Une « super Terre » découverte 

Le Soir (Bruxelas)

Une planète « de type terrestre habitable », capable d'abriter une vie extra-terrestre, a été détectée pour la première fois par une équipe d'astronomes dans un système planétaire extra-solaire.Cette exoplanète, qui orbite autour de l'étoile Gliese 581 (Gl 581) à 20,5 années-lumière de notre planète, est la première des quelque 200 connues à ce jour à « posséder à la fois une surface solide ou liquide et une température proche de celle de la Terre », selon ses découvreurs, et la plus légère d'entre elles.

Elle rassemble donc les caractéristiques « permettant d'imaginer l'existence d'une éventuelle vie extra-terrestre », a souligné dans un communiqué le Centre national de la Recherche scientifique, dont trois laboratoires associés ont participé à la découverte, avec des chercheurs de l'Observatoire de Genève et du Centre d'astronomie de Lisbonne.

La température moyenne de cette super Terre, est comprise entre 0 et 40 degrés Celsius, ce qui autorise la présence d'eau liquide à sa surface, selon le principal auteur de l'étude de la revue Astronomy and Astrophysics, Stéphane Udry.
Par ailleurs, a-t-il ajouté, son rayon serait 1,5 fois celui de la Terre, ce qui indiquerait soit une constitution rocheuse (comme pour la Terre), soit une surface couverte d'océans.

La gravité à sa surface est 2,2 fois celle à la surface de la Terre, et sa masse très faible (5 fois celle de la Terre).

Découverte avec le télescope « Harps » de 3,6 m de l'Observatoire spatial européen de la Silla, au Chili, cette planète orbite en 13 jours autour de l'étoile Gliese 581 (Gl 581), dont elle est 14 fois plus proche que la Terre ne l'est du Soleil.

segunda-feira, abril 23, 2007

Índice de hoje 

- Chávez quer presidência vitalícia, diz historiador (O Estado de S. Paulo, Brasil)
- El papa Benedicto XVI resucita el infierno (El Pais, Madrid)

Chávez quer presidência vitalícia, diz historiador 

O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Denise Chrispim Marin, CARACAS

Munido de um arcabouço legal para baixar decretos-lei até 1º de agosto de 2008, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, prepara uma guinada para preservar-se no poder pelo menos até 2021 e reforçar as sementes do chavismo no país. Ele criou recentemente os dois instrumentos necessários para alcançar tais objetivos: uma comissão para discutir a reforma da Constituição de 1999 e o Partido Socialista Unido Venezuelano (PSUV), agremiação que deve reunir todas as correntes do chavismo e à qual 19.185 militantes juraram fidelidade entre o final de março e o último dia 19, diante do presidente.

“Chávez é popular e muito parecido com (o ex-presidente argentino Juan Domingo) Perón. Ele quer a personalização do poder”, disse ao Estado Manuel Caballero, um dos mais conceituados historiadores venezuelanos. “Ele vai nos deixar como herança algo que teremos de combater até a morte: o chavismo, de linha claramente fascista”, completa.

Para Caballero, Chávez tornou-se insaciável no exercício do poder. Como tal, absolutamente desconfiado. Ele detém o controle do Judiciário e do Legislativo, mas não confia nos seus membros. Controla o Executivo e deixa seus ministros à mercê de suas decisões, muitas vezes tomadas durante programas oficiais de TV e de rádio.

Depois de nove anos de gestão e com outros cinco pela frente, Chávez se deu conta de um fator de risco - os 4 milhões de votos conquistados pela oposição no pleito que o reelegeu em 3 de dezembro.

Até a semana passada, em Caracas, o presidente venezuelano havia baixado quatro decretos na área econômica por meio da chamada Lei Habilitante, a autorização concedida em 31 de janeiro pela Assembléia Nacional para o presidente legislar à vontade sobre os temas que considere oportunos ao longo de 18 meses.

Entre esses decretos está o que define a prisão por até dois anos para produtores, comerciantes e intermediários que estoquem alimentos para pressionar por uma elevação de preços.

“Ninguém sabe quais serão os próximos decretos. Tudo isso responde a um modelo intervencionista de Estado e a uma demonstração de força do Executivo”, resume o jurista Alberto Arteaga, professor de Direito Penal da Universidade Central da Venezuela, em Caracas.

Tampouco é conhecido o teor do anteprojeto da nova Constituição, como a presidente da Assembléia Nacional e aliada de Chávez, Cilia Flores, admitiu ao jornal El Universal. Mas é dada como inevitável a eliminação do artigo da Carta de 1999 que limita a reeleição a uma única vez e a consolidação do seu novo partido de sustentação. “Ele quer a presidência vitalícia”, adverte Caballero.

El papa Benedicto XVI resucita el infierno 

El Pais (Madrid)
por JUAN G. BEDOYA

La llamada de Benedicto XVI a la lucha ideológica contra el pluralismo moral y la modernidad incluye reponer el infierno, con mayúsculas. "El infierno, del que se habla poco en este tiempo, existe y es eterno", ha dicho el Pontífice romano. "Nuestro verdadero enemigo es unirse al pecado que puede llevarnos a la quiebra de nuestra existencia". Antes había dibujado la figura de un Dios "de justicia", y por tanto, castigador.

En su llamada a la intolerancia con el relativismo y la laicidad, Benedicto XVI ha decidido reponer las armas del catolicismo clásico. El Papa cree que la vida cristiana occidental es "una viña devastada por jabalíes". Para hacer frente a la crisis la fuerza de la Iglesia no está en el diálogo ni en la tolerancia, sino en la vuelta a los orígenes. El Papa exige activismo, no sólo a sus prelados (unos 5.000 en todo el mundo, entre obispos, arzobispos y cardenales); también a los fieles creyentes y, más que a nadie, a los políticos que se llaman católicos.

Las tesis sobre cómo recuperar el protagonismo perdido la expuso Benedicto XVI

el pasado 13 de marzo, en una Exhortación pastoral perfilada durante año y medio. Fue el primer sínodo del pontificado Ratzinger. En presencia de cardenales, arzobispos y obispos de todo el mundo, el Papa, presidente durante décadas de la Congregación para la Doctrina de la Fe, la antigua inquisición romana, retó a los reunidos a llegar al meollo de la crisis del cristianismo para que Dios, un "proscrito en Europa", según Benedicto XVI, vuelva a figurar en la agenda de una sociedad de bautizados que ya no hace caso a la religión.

La proclamación de que "el infierno existe y es eterno" es la continuación de esa estrategia papal. Lo curioso es que su antecesor, el polaco Juan Pablo II, muerto hace dos años, corrigió a fondo y en la dirección contraria el concepto tradicional del catolicismo sobre el infierno. Lo hizo en el verano de 1999, en cuatro audiencias consecutivas, cada una dedicada a desmontar la credulidad popular sobre el cielo, el purgatorio, el infierno e, incluso, el diablo. "El cielo", dijo entonces el pontífice polaco, no es "un lugar físico entre las nubes". El infierno tampoco es "un lugar", sino "la situación de quien se aparta de Dios". El Purgatorio es un estado provisional de "purificación" que nada tiene que ver con ubicaciones terrenales. Y Satanás "está vencido: Jesús nos ha liberado de su temor".

La homilía sobre el infierno la pronunció el papa Juan Pablo II en la audiencia del miércoles 28 de julio de 1999. Dijo: "Las imágenes de la Biblia deben ser rectamente interpretadas. Más que un lugar, el infierno es una situación de quien se aparta del modo libre y definitivo de Dios".

¿Por qué el papa polaco revisó entonces la doctrina oficial sobre el Más Allá? La primera respuesta tenía que ver con "el acoso de la ciencia", en palabras de los teólogos. Roma no quería repetir la amarga historia de Galileo.

La segunda razón tenía que ver con las estadísticas: el 60% de los romanos católicos cree en Cristo, pero no en el infierno ni en el paraíso. Por último, aquel papa cumplía una obligación conciliar, retrasada mucho más de lo prudente. La Iglesia vive en su tiempo, y ha de poner al día la interpretación que en el pasado se hizo de los textos sagrados. Se trata del aggiornamento, la palabra preferida de los papas Juan XXIII y Pablo VI, impulsores del revolucionario Vaticano II, celebrado entre 1962 y 1965.

La decisión de Benedicto XVI de volver a poner sobre la mesa, sin matices, la idea del infierno eterno choca con ese pasado reciente. No es su primera vuelta al pasado.

También ha autorizado las misas en latín con el oficiante de espaldas a los feligreses, por citar un sólo ejemplo. Lo curioso es que hace menos de un año, el 6 de octubre de 2006, este papa mantenía el timón de Juan Pablo II haciendo público el documento de los expertos sobre la inexistencia del limbo, otra de las piezas señeras del Más Allá católico.

Según los catecismos clásicos, el limbo de los niños era el lugar al que iban a parar quienes morían sin uso de razón y sin haber sido bautizados. Un lugar sin tormento ni gloria. El castigo consistía en vivir en una tercera clase de cavidad distinta del cielo y el infierno, en el que las almas cándidas, además de estar privadas de gloria, sufrirían la condenación de la ausencia de quienes habían tenido la fortuna de salvarse: padres, hermanos y demás familia. La doctrina tridentina incentivaba con tales argumentos el bautismo rápido de los recién nacidos.

La doctrina que coloca en el limbo a los niños muertos sin haber cometido pecado, pero con la culpa del pecado original no lavada por el bautismo, es de origen medieval y poco relevante entre los teólogos modernos a no ser porque se hermana con la idea, también arrumbada por el Vaticano II, de que fuera de la Iglesia romana no había salvación.

La decisión de cerrar el limbo la impulsó el papa polaco encargando el asunto a una Comisión Teológica Internacional liderada por el hoy papa Ratzinger. La encomienda tenía su relevancia porque no era sólo liquidar la idea de cielo o infierno como lugares concretos en el firmamento, sino un repaso en toda regla a las tesis clásicas sobre el pecado original. En esta revisión cartográfica, la semana pasada Ratzinger solucionó uno de los vacíos creados por su antecesor. Tras la eliminación del limbo, a los padres creyentes les preocupaba la situación de los niños muertos no bautizados. La vuelta al paraíso es la solución apuntada.

Desde san Agustín al Vaticano II la Iglesia de Roma había sostenido la visión clásica del hombre en pecado desde que Eva y la serpiente liaron a Adán para comerse juntos una manzana. La escatología cristiana posterior al Vaticano II sostiene que fue introducido por san Agustín, al extender a todos los hombres la culpa por aquel pecado original -sucedido en un paraíso que la ciencia tampoco pudo encontrar-, lo que hizo fue una mala traducción de una de las epístolas de san Pablo.

domingo, abril 22, 2007

Índice de hoje 

- Píldoras para la inteligencia (ABC, Madrid)
- Irán inicia una campaña para obligar a las mujeres a llevar el velo islámico (El Pais, Madrid)

Píldoras para la inteligencia 

ABC (Madrid)
POR JOSÉ LUIS DE HARO. SERVICIO ESPECIAL NUEVA YORK.

En los pasillos de la librería Elmer Holmes Bobst, de la Universidad de Nueva York, o en muchos centros académicos por excelencia como Harvard, la mayor parte de sus estudiantes deambulan, Red Bull en mano, camino a las largas sesiones de estudio en las que dormir no entra dentro de la agenda.

Aun así, el clásico nerviosismo desatado por la llegada de la temporada de exámenes se ha visto aplacado por la creciente demanda de medicamentos estimulantes como el Adderal, que han sustituido con ventaja a la cafeína como el clásico compañero de estudio.

A través de esta clase de medicamentos, empleados hasta la fecha única y exclusivamente para tratar patologías mentales, científicos estadounidenses desarrollan una nueva generación de pastillas que «fomentarán el conocimiento» hasta límites insospechados.

Esas nuevas píldoras, que actuarán como «cosméticos cerebrales», serán tan comunes como tomarse una taza de café, y según estudios científicos contarán con «muy pocos efectos secundarios» y, sobre todo, no crearán adicción, algo que, de momento, no ha sido probado al cien por cien. Mediante la ingesta de estas drogas, cualquier persona podrá tomar mejores decisiones en su trabajo, evitar los molestos lapsus de memoria o, incluso, aprobar exámenes sin gran esfuerzo.

Según el estudio Foresight realizado por la Oficina de Ciencia y Tecnología del gobierno británico, «la competitividad que reina hoy potenciará que el uso de estas sustancias se convierta en una norma, y ayudará enormemente a tratar a gente con problemas de concentración o memoria, además de mejorar la calidad del sueño». Todo un milagro.

Aún no están perfeccionados

El problema es que esta milagrosa familia de fármacos todavía no está perfeccionada y no se ha puesto a disposición del consumo masivo. Sin embargo, a este lado del Atlántico, muchas personas, en especial estudiantes universitarios, consumen como si fueran gominolas los medicamentos que han inspirado a los científicos a crear esta panacea mental. Varios informes realizados en EE.UU. aseguran que al menos el 30% de los universitarios norteamericanos emplean drogas estimulantes para superar sus estudios, un porcentaje alarmante que sigue al alza año tras año. Esta nueva adicción viene liderada por medicamentos como el Adderall o Ritalin, empleados para tratar desórdenes mentales como la falta de atención.

En las entrañas de Harvard, el uso de estos fármacos, que sólo pueden conseguirse mediante prescripción médica, está a la orden del día y ha desarrollado un verdadero mercado negro. Por ejemplo, Ryan, un estudiante en su último año de carrera fue diagnosticado con falta de atención a su llegada a la Universidad por lo que comenzó a consumir Adderall con supervisión médica a cambio de 10 dólares por cada bote de pastillas. El propio joven reconocía al periódico «The Crimson», que no ha podido evitar compartir con sus compañeros los milagrosos efectos de dichas píldoras y confirmaba la posibilidad de poder acceder a ellos de forma ilegal, sin problemas.

Realmente baratas

Con los contactos necesarios y algo de dinero, cualquiera puede hacerse con Ritalin o Adderall a 60 u 80 céntimos el miligramo. Así, estas píldoras «mágicas» permiten al estudiante una lúcida y completa noche en vela a cambio de 10 dólares, una cantidad irrisoria que incluso es menor que lo que costaría abastecerse de Coca Cola, café y Red Bull para una intensa sesión de estudio.

Actualmente, muchos quieren taparse los ojos ante este serio problema afirmando que sólo el 3% de los estudiantes son adictos a este tipo de pastillas. Aun así, el último estudio realizado por la Universidad de Maryland asegura que el Adderall es la droga más accesible dentro del campus, por detrás de la marihuana y alcohol.

Irán inicia una campaña para obligar a las mujeres a llevar el velo islámico 

El Pais (Madrid)

Efectivos de la policía e incluso del Ejército se ocupan a partir de hoy de aconsejar o detener durante algún tiempo a las mujeres iraníes que se visten al estilo occidental o las que no se ponen el velo islámico obligatorio en Irán.

Se trata de una "lucha contra el mal velo", como la califica la agencia iraní de noticias, IRNA, y el objetivo es obligar a las iraníes a seguir al pie de la letra las órdenes del régimen chií del presidente ultraconservador Mahmud Ahmadineyad.

El denominado "plan para la lucha contra el mal velo" se aplicaba en el pasado pero sólo durante los meses de verano, en los que el insoportable calor obligaba a las mujeres a quitarse de forma parcial el velo o el "chador", que cubre todo el cuerpo de la mujer desde la cabeza a los pies.

A partir de este año "será una lucha permanente", ha afirmado la fuente. En la aplicación de dicho plan participan también efectivos del cuerpo de los Guardianes de la Revolución Islámica y de las milicias paramilitares de los "basiyies" que, como primera medida, "aconsejarán" a las mujeres" que no se ponen el velo tal como exigen las normas impuestas en Irán.

De no respetar dichas reglas, el segundo paso sería llevar a las "rebeldes" a la comisaría, donde permanecerán hasta que un varón de la familia -el padre o el marido- les obligue a utilizar el velo de forma correcta.

Las autoridades no han precisado, sin embargo, cómo serían castigadas las mujeres que, pese a las presiones, insistan en vestirse al estilo occidental. En caso similares en el pasado las "rebeldes" eran castigadas con decenas de latigazos.

En un intento de justificar dichas medidas, las autoridades iraníes alegan que el 85 por ciento de los casos de agresión contra las mujeres en las calles del país se deben a que éstas "no usan el velo como es debido".

A partir de hoy está prohibido el uso de pantalones cortos o faldas estrechas y cortas, así como los pañuelos pequeños que dejan fuera parte del cabello de la mujer.

Ahmadineyad rechazó, durante la campaña electoral para los comicios que le llevaron al poder en 2005, las afirmaciones de sus rivales de que iba a limitar las pocas libertades conseguidas por las mujeres durante el mandato de su antecesor, el reformista Mohamed Jatamí.

Las autoridades iraníes rechazan las acusaciones contra el régimen de Teherán por violar los derechos de la mujer, y afirman que más del 70 % de los estudiantes en el país son mujeres, que las mujeres no están obligadas a quedarse en casa y que trabajan al igual que el hombre.

sábado, abril 21, 2007

Índice de hoje 

- Planetas como a Terra podem ser descobertos nos próximos 20 anos (Folha de S. Paulo, Brasil)
- La delincuencia toma las calles palestinas (El Pais, Madrid)
- La Pologne se rêve en capitale européenne pour les activités de services (Le Figaro, Paris)
- La surface de l'astéroïde Itokawa tamisée par de nombreuses secousses (Le Figaro, Paris)

Planetas como a Terra podem ser descobertos nos próximos 20 anos 

Folha de S. Paulo (Brasil)

A descoberta de planetas similares à Terra e de formas de vida em outros sistemas solares da nossa galáxia é provável nos próximos 20 anos, segundo astrobiólogos americanos que citaram o potencial das missões científicas em andamento e planejadas.

"Acho que poderemos encontrar um planeta como a Terra nos próximos 20 anos", disse Margaret Turnbull, astrobióloga da Nasa (agência espacial americana).

"Desde que tenhamos as tecnologias existentes capazes de detectar planetas de tipo terrestre, encontraremos algo muito interessante rapidamente", acrescentou, observando que "formas simples de vida, como micróbios ou plantas, bem como animais rudimentares, poderão ser freqüentes".

Desde 1995, os astrônomos descobriram, com a ajuda de telescópios, 200 planetas, a maioria gigantes gasosos como Júpiter, de 4.000 a 5.000 vezes maiores que a Terra e girando em torno de estrelas na Via Láctea.

Mas planetas similares à Terra seriam pequenos demais para serem descobertos atualmente.
Sua força gravitacional afeta muito pouco o movimento da estrela em torno da qual gravitam para serem detectados, um dos métodos empregados para rastrear exoplanetas, explicou Margaret Turnbull. A segunda técnica consiste em observar a passagem da sombra do planeta sobre sua estrela.

As missões Corot (européia) e Kepler (americana) têm "boas chances de encontrar algo muito interessante", insistiu, confiante, a astrobióloga.

Tamanho mediano

Lançado em dezembro, o satélite francês Corot está equipado com instrumentos de fotometria estelar que permitem buscar planetas de tamanho mediano similares aos do nosso Sistema Solar.

O Corot investigará 120 mil estrelas da Via Láctea --que conta com mais de 400 bilhões desses astros-- e será seguido, no fim de 2008, pela sonda Kepler, dotada de instrumentos ainda mais sensíveis. Seu fotômetro poderá detectar um planeta do tamanho da Terra que passe durante poucas horas diante de uma estrela.

No entanto, para uma observação direta de um exoplaneta de tipo terrestre, será preciso esperar o Terrestrial Planet Finder (TPF) da Nasa. São dois supertelescópios espaciais, cujo lançamento está previsto para depois de 2016 --se o orçamento permitir.

A agência espacial européia também tem previsto o projeto Darwin para 2015. Trata-se de uma frota de pequenos telescópios espaciais que analisarão a atmosfera dos exoplanetas.

Mas o trabalho é árduo, explica John Trauger, astrônomo do Laboratório de Jato Propulsão da Nasa. É como procurar uma agulha num palheiro, disse. Trauger acaba de desenvolver uma técnica que elimina os reflexos luminosos deslumbrantes da estrela para diferenciar bem um planeta que gira ao seu redor.

"É pelo menos mil vezes mais eficaz do que se provou até agora", afirmou Trauger, cujo estudo foi divulgado pela revista "Nature" de 12 de abril.

Margaret Turnbull selecionou cinco estrelas entre os 120 mil objetos de busca, cujas características são muito similares às do nosso Sol e que poderiam ter planetas habitados.

A busca de sinais que emanam de fontes inteligentes é conhecida pela Seti (sigla em inglês para busca de inteligência extraterrestre), uma organização privada criada pelo célebre astrônomo americano Carl Sagan, falecido em 1996.

A Seti é financiada por recursos privados, sobretudo do co-fundador da Microsoft, Paul Allen.

La delincuencia toma las calles palestinas 

El Pais (Madrid)
por JUAN MIGUEL MUÑOZ

Los bloques de cemento que formaban la barrera de una colonia judía en Jan Yunis, en la franja de Gaza, sirven ahora para proteger de las balas de un clan rival las casas de otra tribu que reside en el centro de esta ciudad palestina. Hablar de seguridad es un sarcasmo. Las policías leales a Hamás y Al Fatah marcan el terreno, pero ignoran sus cometidos, y la delincuencia, un fenómeno excepcional en los territorios ocupados, se desborda. No hay estadísticas, porque la impunidad es la norma y apenas hay detenciones. Pero los robos, incendios de negocios, venganzas, asesinatos de mujeres (los llamados crímenes de honor), secuestros y chantajes se multiplican en Gaza.

El enfrentamiento entre las policías leales a Hamás y Al Fatah ha desatado la inseguridad
Los palestinos, que antes sólo dirigían sus fusiles contra Israel, se apuntan ahora con enorme frecuencia entre ellos. Impulsa la anarquía reinante la ausencia de las instituciones, generalmente incompetentes, y a las que durante años tampoco Israel ha permitido funcionar, y un desempleo que afecta a porcentajes mareantes de los cuatro millones de palestinos. En la última década todo ha ido a peor en Gaza y los nervios están a flor de piel.

"Después de comprar unos mangos, un hombre de la familia Al Masri discutió con el tendero, de la familia Abu Taha. Disparó y mató al dueño del local. En el último año ha muerto una docena de personas más de ambas familias", cuenta Samia, directora de un jardín de infancia en Jan Yunis. "Todo el mundo sabe que empezamos nosotros", tercia Um Uday, del clan Al Masri y madre de uno de los 60 niños que juegan en la guardería. "Los mayores de mi familia intentan calmar los ánimos, pero los jóvenes hacen lo que les da la gana. Se pegan palizas con tubos de metal", comenta apesadumbrada Um Uday.

Muchos clanes que antes gozaban de buenas relaciones y compartían negocios ahora andan a la greña. Decenas de comercios han sido arrasados; los divorcios proliferan, los chavales de ambas familias se buscan las cosquillas y se pelean sin cesar, y la profunda división tribal se aprecia incluso en el jardín de infancia. Samia asegura que llegó a tener 120 niños y niñas y que ahora sólo acuden 63, aunque en la época de los enfrentamientos más duros llegó a trabajar sólo para 35 pequeños. "Aquí todos son de la familia Al Masri. Los Abu Taha prefieren llevar a sus críos a otros centros".

"No habrá solución mientras no haya un Gobierno fuerte", remacha Um Uday.

Y eso no va a suceder a corto plazo. Las reyertas a tiros entre tribus rivales, compuestas a veces por miles de personas, se reproducen a diario en Cisjordania, y en niveles alarmantes en Gaza. Casi nunca hay castigo de las autoridades, todo se arregla bajo cuerda. Es uno de los acicates a la impunidad.

Dada la ausencia de datos oficiales, un buen baremo para seguir las tendencias criminales son los informes del Centro Palestino para los Derechos Humanos. Hasta hace unos meses, sus comunicados versaban casi exclusivamente sobre los abusos y crímenes cometidos por los soldados israelíes.

Ahora es diferente. Predomina la delincuencia. Sólo en los últimos días ha sido asesinado a tiros un hombre en Belén, un acto de venganza entre familias; otros dos cadáveres fueron hallados en Jan Yunis y Gaza con señales de tortura; Amna Maher Kallub, de 19 años, murió en el hospital Shifa de Gaza después de que su hermano le diera un balazo.

En febrero, en un solo día, los cuerpos de otras tres mujeres jóvenes fueron arrojados a las aceras. Eran sospechosas de comportamientos indecentes en una sociedad siempre muy tradicional en materia sexual, y en la que afloran comportamientos con sesgos de fanatismo.

Son alrededor de 50 las víctimas mortales, varias de ellas niños, desde principios de marzo. Un tercio por enfrentamientos entre las milicias de Hamás y Al Fatah, a pesar del acuerdo para formar un Gobierno entre ambos partidos, y el resto porque ahora las disputas se arreglan siempre a la brava. Con frecuencia es imposible saber a qué obedece el asalto a un cibercafé o a una sociedad cultural; a qué responde el incendio de una librería cristiana o de una tienda de aparatos de música. Algunas estadísticas apuntan que durante el último año se han cometido más delitos que en los 50 anteriores.

Todos los expertos coinciden en que es un fenómeno nuevo, alimentado sin duda por el bloqueo económico -impuesto por Israel, EE UU y la UE- que padece el Gobierno palestino desde la victoria de Hamás en las elecciones de enero de 2006. Fadel Abu Heen, doctor en Psicología por la Universidad Islámica de Gaza, resume: "La cultura en boga era declararse partidario de una de las facciones. Te respetaban. Las milicias competían por lanzar más operaciones contra los israelíes cuando patrullaban en Gaza. Les hacía sentirse fuertes. Desde hace dos años, tras la evacuación de los colonos judíos, los militares ya no están en la franja, pero la cultura de la violencia persiste. ¿Y contra quién se descarga? Contra la facción rival. Hace pocos años, varios principios de índole religioso o nacionalista sirvieron para que no se traspasaran ciertas líneas rojas. Hoy todo esto se ha roto".

"La quiebra del sistema de seguridad", precisa Fadel Abu Heen, "nos ha hecho volver a la protección de las tribus, de los clanes familiares. Pero éstos ya no funcionan como antes. También están divididos por los intereses de los partidos. Puedes comprobar que al anuncio de una exposición cultural no responde nadie, los jóvenes acuden a los actos que convocan las milicias".

El ensalzamiento de la violencia ha causado una deriva muy peligrosa. Los jóvenes militantes se pavonean ufanos con sus pertrechos. "Cuando los soldados israelíes estaban en Gaza, nadie podía portar armas. Ahora hay barra libre. Aquí la vida no vale nada, incluso se presume de quién ha matado más", comenta Abu Heen.

El psicólogo, que no pertenece a ningún partido y es hermano de tres milicianos de Hamás que murieron en enfrentamientos con el Ejército hebreo, es pesimista: "Los israelíes tienen muchas más armas, y saben cómo usarlas. Nunca se matan entre ellos. Nosotros sí lo hacemos".

La Pologne se rêve en capitale européenne pour les activités de services 

Le Figaro (Paris)
por ANTOINE HERVÉ


« IL Y A quelques jours encore, Google nous a informés de l'ouverture d'un nouveau centre d'opérations à Wroclaw. Fin 2006, il avait déjà ouvert un centre de recherche et de développement à Cracovie. Pas mal non ! » Wojciech Szelagowski, 39 ans, est heureux. Ce vice-président de l'agence polonaise de l'information et des investissements étrangers (la Paiiiz), chargé notamment du BPO (« business process offshoring »), affiche un large sourire lorsqu'il décrit la Pologne comme un « futur centre européen de services ». « Pour l'instant, 50 à 60 grands groupes (IBM, HP, Shell, Fiat, Motorola...) ont installé un back ou un front office en Pologne depuis la fin des années 1990. Mais nous voudrions en accueillir davantage. Et pas seulement dans les services de base, mais aussi dans les domaines de la recherche et du développement, y compris en biotechnologie et en pharmacie. »


Ses arguments ? Un coût du travail encore faible, des incitations fiscales liées aux zones spéciales économiques et surtout une main-d'oeuvre abondante, travailleuse et qualifiée. « En dehors de la Russie, nous écrasons tous les autres pays de l'Est en matière de jeunes diplômés », poursuit Szelagowski en montrant un tableau de chiffres révélant 211 000 diplômés en sciences sociales, business et droit, chaque année. Deux autres tableaux décrivent le Polonais comme « le deuxième plus gros travailleur au monde après le Coréen », avec respectivement 1 957 et 2 380 heures de travail par an en 2004, selon l'OCDE. Et enfin comme « le moins cher en coût de travail » par rapport à ses concurrents de l'Est : 5,20 dollars/heure, contre 6,1 en République tchèque, 8,2 en Slovaquie et jusqu'à 10,3 en Hongrie, selon une étude de l'EIU (Economist Intelligence Unit).


Sur le terrain, les entreprises confirment. « Nous avons trouvé en Pologne un éventail de gens très bien formés, parlant les langues étrangères », explique Luc Nauwynck, 43 ans, directeur de Fiat Services Polska, à Bielsko-Biala, près de Katowice. L'homme élude la question du coût du travail. « Bien sûr, l'économie est importante », dit-il, en évitant toutefois de chiffrer son propos. Ce que fait la Paiiiz dans son document : un comptable diplômé débutant gagnait en moyenne 698 euros/mois en 2005 à Katowice, selon Randstad Human Resources.


Fiat, une délocalisation réussie


Fiat est un exemple réussi de délocalisation de ces services en Pologne. Le géant de l'automobile a installé un centre de services ultramoderne qui traite la comptabilité et l'administration du personnel pour l'ensemble des filiales européennes du groupe, y compris pour le secteur des machines agricoles (CNH). « Ici, nous recevons et nous traitons plus de 3,5 millions de factures par an », poursuit Nauwynck en montrant une pièce emplie de scanners dernier cri et un large open space où s'activent plusieurs centaines de jeunes gens assis derrière des ordinateurs à écran plat.


Plus au centre du pays, à Poznan, Janusz Jankowiak, patron d'Arvato Services Poland, renchérit. « En s'installant ici, les investisseurs étrangers peuvent économiser jusqu'à 75 % sur le coût de travail. Mais je pense surtout que le bon niveau d'éducation, le taux de croissance, les conditions macro-économiques stables et la position géographique du pays font de la Pologne un endroit idéal pour installer des unités de services. » C'est pourquoi l'allemand Bertelsmann y emploie aujourd'hui plus de 1 000 personnes, dont 650 nouveaux embauchés depuis 2003. Soit deux centres de logistiques et deux call-centers qui officient dans onze langues pour l'Europe entière.


Idem chez Capgemini et Accenture. Déjà très présents en Pologne, ces deux poids lourds des métiers de services prévoient chacun l'embauche d'une centaine de personnes d'ici à la fin de l'année. « La demande est très forte, notamment de la part de sociétés françaises », constate Darren Owens, le directeur du BPO Poland de Capgemini (1 200 personnes). Selon les prévisions du cabinet McKinsey Polska, le marché des services représentera 220 000 postes de travail et quelque 100 milliards de dollars dès 2008.

La surface de l'astéroïde Itokawa tamisée par de nombreuses secousses 

Le Figaro (Paris)
por CYRILLE VANLERBERGHE


LE PETIT astéroïde Itokawa a sans doute subi de nombreuses secousses, les scientifiques japonais et américains qui ont étudié sa surface en détail en sont maintenant convaincus. Cet objet de seulement 500 mètres de long intéresse les spécialistes, car son apparence est très différente de celles des autres astéroïdes déjà observés in situ par des missions spatiales. Alors qu'Éros, par exemple, ressemble à un gros bloc rocheux marqué de cratères provoqués par des impacts de météorites, Itokawa est plutôt un agrégat de cailloux et de poussières de tailles très variables, retenus entre eux par la très faible gravité de l'objet, le tout sans gros cratères visibles.


La forme de pomme de terre étrange d'Itokawa avait été révélée en septembre 2005 par la sonde spatiale japonaise Hayabusa. Il n'est pas certain que la sonde ait réussi à prélever des échantillons du sol lors de ses deux tentatives d'atterrissages en novembre 2005, mais après de gros problèmes de propulsion, les ingénieurs japonais de l'agence spatiale Jaxa ont repris le contrôle de l'engin qui est en route vers la Terre mais ne devrait pas redescendre dans le désert australien avant la mi-2010. Avant de se poser, la sonde était restée quelques jours à distance au-dessus de l'astéroïde pour faire une étude très détaillée de la surface. La première surprise avait donc été la granularité de ce corps rocheux.


Les dernières analyses réalisées par l'équipe scientifique d'Hayabusa, avec l'aide de quelques spécialistes américains, mettent fin à une partie du mystère en expliquant que la répartition des poussières fines, des régolites et des plus gros cailloux avait été mise en place par des processus vibratoires intensifs. L'un des indices de ces secousses successives qui ont mis le paysage en place est le fait qu'on ne voit pas de petit caillou isolé au sommet d'un plus gros. D'autre part, les cailloux et les rochers sont arrangés de manière stable les uns contre les autres, et non pas répartis au hasard dans tous les sens sous l'effet d'un impact de météorite.


Une gravité hétérogène


Sur Terre, quand on secoue un seau rempli de sable et de cailloux, les plus gros blocs restent à la surface alors que les petits grains tombent entre les interstices et s'accumulent en bas. Sur Itokawa, ce processus de ségrégation des grains en fonction de leur taille a aussi dû se produire, avec toutefois une différence de taille : la gravité y est loin d'être homogène. L'objet n'est absolument pas sphérique ni même de forme régulière, ce qui fait que les matériaux ne sont pas soumis à la même gravité selon qu'ils sont à une extrémité de la « cacahuète » ou dans un creux proche du milieu. C'est d'ailleurs cette particularité qui permet aux chercheurs d'expliquer la présence de zones très lisses, recouvertes de très fins régolites.


Au lieu d'aller simplement vers le bas comme sur Terre, les poussières « descendent » les pentes gravitationnelles vers les régions de la surface où l'attraction est la plus faible, et se retrouvent par exemple aux pôles, régions où l'effet de la rotation se fait aussi le moins sentir. Vue la très faible gravité à la surface d'Itokawa, les chercheurs pensent que les vibrations à l'origine de ce tamisage proviennent des ondes sismiques produites par des impacts de météorites de la taille de l'ordre du centimètre. Mais d'autres effets, comme des marées solides, sont aussi étudiés.

sexta-feira, abril 20, 2007

Israël : reportage inédit sur le raid d'Osirak à la télévision 

Le Monde (Paris)
por Michel Bôle-Richard

Au moment où Robert Gates, secrétaire américain à la défense, était en visite en Israël et parlait de "la menace iranienne non seulement contre Israël, mais contre le monde entier", la télévision publique israélienne a diffusé, pour la première fois, mercredi 18 avril, un film sur l'attaque, le 7 juin 1981, du réacteur nucléaire irakien Osirak. La diffusion de ce document d'une heure trente réalisé par un Israélien, Nir Toyb, à partir d'images tournées par l'aviation israélienne, n'est sans doute pas fortuite.

L'opinion publique israélienne est extrêmement préoccupée par la possible acquisition de l'arme nucléaire par l'Iran, dont le président, Mahmoud Ahmadinejad, n'a cessé de répéter que l'Etat juif "devait être rayé de la carte".

Par une ironie du sort, les huit F16 qui avaient été utilisés lors de cette opération contre la centrale de Tammouz, située à une quinzaine de kilomètres à l'est de Bagdad, étaient à l'origine destinés à être vendus au Shah d'Iran. La révolution islamique de 1979 et l'arrivée au pouvoir de l'imam Khomeiny avaient permis aux autorités israéliennes de récupérer ces appareils. Le film montre comment les pilotes se sont entraînés pendant plusieurs mois à voler à basse altitude entre Chypre et la mer Rouge.

Ce document n'est pas sans rappeler les révélations du Sunday Times, le 7 janvier, sur les préparatifs d'un éventuel raid israélien sur les centrales nucléaires iraniennes. Selon l'hebdomadaire britannique, les pilotes israéliens effectueraient des vols longue distance jusqu'à Gibraltar pour mettre au point le scénario des opérations. Ces informations ont été officiellement démenties.

Aujourd'hui, le film indique qu'en 1981, les huit avions étaient partis d'Eilat et avaient survolé à très basse altitude, pour ne pas être repérés, les déserts de l'Arabie saoudite puis de l'ouest de l'Irak pour aller frapper le réacteur Osirak, dont la technologie avait été fournie par la France. Un ressortissant français avait d'ailleurs été tué au cours du bombardement. Deux cent trente personnes avaient été impliquées dans cette opération.


CONDAMNATION AMÉRICAINE


Afin d'éviter les fuites, le général Rafaël Eytan, chef d'état-major, avait demandé à Menahem Begin, alors premier ministre, de précipiter le raid. Toutes les précautions avaient été prises. Selon un pilote, le général Eytan leur avait fait cette recommandation : "Si vous êtes fait prisonnier, dites tout ce que vous savez. Vous croyez en savoir beaucoup mais vous ne savez rien." L'objectif fut atteint et Osirak détruit.

Menahem Begin justifia l'opération en indiquant que le réacteur était sur le point de devenir opérationnel et que l'Irak allait produire la bombe atomique. La communauté internationale s'indigna, y compris les Etats-Unis. Le 19 juin, le Conseil de sécurité des Nations unies vota à l'unanimité une condamnation "vigoureuse" de cette attaque. A l'époque, ce n'est que le début du conflit irako-iranien qui va durer jusqu'en 1988. Les huit appareils retournèrent sans encombre en Israël. Ilan Ramon, le plus jeune des pilotes, fut, par la suite, choisi pour être le premier astronaute israélien. Il mourra le 1er février 2003, lors de la catastrophe de la navette Columbia.

quinta-feira, abril 19, 2007

Un arbre fossile vieux de 385 millions d’années 

Le Figaro (Paris)
por Cyrille Vanlerberghe

LA DÉCOUVERTE récente de deux fossiles aux États-Unis a permis de répondre à une question qui intriguait les paléontologues depuis près d’un siècle. Personne ne savait en effet à quoi ressemblait la partie supérieure de grosses souches pétrifiées de 385 millions d’années découvertes autour de 1870 à Gilboa, dans l’État de New York. Ces souches, appelées Eospermatopteris, ont longtemps été présentées comme les restes des plus vieilles forêts connues sur Terre, mais des forêts dont les arbres étaient inconnus.

«  Les deux spécimens, exceptionnellement bien conservés, découverts par l’équipe de William Stein ont été suffisants pour reconstituer le type d’arbre de la forêt de Gilboa  », expliquent Brigitte Meyer-Berthaud et Anne-Laure Decombeix, de l’unité mixte de botanique de Montpellier (Cirad, CNRS, université Montpellier-II), dans un commentaire publié dans la revue britannique Nature datée du 19 avril 2007. Les deux fossiles ont été mis au jour en 2004 et 2005 dans une carrière de calcaire par deux chercheurs du Musée de l’État de New York, à Albany. L’un comporte l’empreinte d’un tronc de six mètres de haut, et l’autre la partie supérieure d’un tronc surmonté d’une couronne de branches disposées en éventail. Le terme d’arbre est d’ailleurs un peu trompeur, car leur structure ressemble plus à un mélange de palmier et de fougère géante, d’au moins 8 à 10 mètres de haut, qu’à celle d’un arbre feuillu moderne.


Reproduction par des spores


La reproduction de ces arbres du Dévonien moyen se faisait par des spores, et non pas par des graines. Cette époque correspond à un développement rapide du monde végétal sur la terre ferme, qui a profondément modelé l’écologie de la planète. Des dizaines de millions d’années avant les premiers dinosaures et les premiers mammi­fères, les terres du Dévonien n’étaient habitées que par des petits arthropodes.


La description finale de l’arbre de Gilboa complet est en fait le résultat d’un puzzle dont les pièces ont été trouvées à plus d’un siècle d’intervalle et sur au moins deux continents. En effet, la partie supérieure de l’arbre visible sur l’un des deux fossiles récents correspond à ce que l’on pensait être une autre espèce de plante, la Wattieza, dont des compressions fossilisées avaient déjà été trouvées en Bel­gique et au Venezuela. C’est la découverte de fossiles complets dans l’État de New York qui a permis de faire le lien entre les souches connues depuis le XIXe siècle et la Wattieza. «  La difficulté, com­mente Anne-Laure Decombeix, doctorante à l’université de Montpellier-II, c’est qu’on avait des souches retrouvées in situ à Gilboa, proches les unes des autres, clairement disposées en une forêt. Mais on ne savait pas ce qu’il y avait au-dessus, des arbres ou de grandes fougères, par exemple. Et les candidats étaient nombreux. »


Entre Eospermatopteris (nom donné aux souches) et Wattieza (pour les branches), le nom définitif de l’arbre de Gilboa reste à trouver. Un choix qui doit normalement être fait par les découvreurs.

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