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sábado, abril 29, 2006

Índice de hoje 

- Affaire Clearstream: Dominique de Villepin menacé par un Watergate à la française (Le Temps, Genève)
- El «escándalo Clearstream» pone a Villepin contra las cuerdas y salpica al propio Chirac (ABC, Madrid)
- Affaire Clearstream : le témoignage qui contredit Dominique de Villepin (Le Monde, Paris)
- Artigo do «The Wall Street Journal» arrasa a administração do BCP (Jornal de Negócios, Lisboa)
- Científicos crean ojo artificial de insecto (Xinhua, Pequim)

Affaire Clearstream: Dominique de Villepin menacé par un Watergate à la française 

Le Temps (Genève)
por Sylvain Besson, Paris

Il y a comme une atmosphère de curée autour de Dominique de Villepin. Le dossier Clearstream, une affaire de lettres anonymes visant son rival Nicolas Sarkozy, est en train de se transformer en Watergate à la française. Et le premier ministre fait désormais figure de suspect numéro un dans une enquête qui met également en cause le président Jacques Chirac.

Au départ limité, le scandale a brutalement enflé. Depuis des mois, des rumeurs prétendent qu'un proche de Villepin, Jean-Louis Gergorin, serait à l'origine de dénonciations calomnieuses accusant des politiciens, dont le ministre de l'Intérieur Nicolas Sarkozy, de posséder des comptes ouverts à l'étranger et notamment en Suisse par le biais de la société luxembourgeoise Clearstream. Pour retrouver l'auteur de ces accusations, la justice a perquisitionné le Ministère de la défense et le siège des services secrets (LT du 19.4.06).

Témoignage d'un général

Jeudi, après s'être longtemps tu, Villepin a publié un bref communiqué où il dément toute implication: «[...] On entend aujourd'hui certaines spéculations et des amalgames inacceptables: tout cela est choquant. Le premier ministre [...] ne peut accepter les rumeurs et les procès d'intention visant l'Etat, les institutions et les services de renseignement.» Vendredi matin, nouveau communiqué, cette fois beaucoup plus long. Villepin révèle qu'au cours d'une réunion organisée en janvier 2004 il a chargé un général des services de renseignement, Philippe Rondot, d'enquêter sur «l'existence de réseaux mafieux internationaux et d'intermédiaires pouvant nuire à notre sécurité nationale». Curieusement, il précise que Jean-Louis Gergorin, cadre de haut rang dans l'aéronautique, a participé à l'entretien. «Nous n'avons jamais parlé de Nicolas Sarkozy comme possible bénéficiaire de compte bancaire à l'étranger: je suis formel sur ce point», assure cependant le premier ministre.

Environ une heure après la diffusion du communiqué, le journal Le Monde est en vente dans les kiosques parisiens. On y trouve des extraits du témoignage que le général Rondot a livré à la justice. Stupeur: il ne correspond pas du tout à la version donnée par Dominique de Villepin. L'officier déclare en effet que Gergorin lui aurait remis, fin 2003, des documents présentés comme venant de Clearstream - on découvrira plus tard qu'ils ont été falsifiés - et mentionnant divers hommes politiques. Peu après, lors de la réunion avec Villepin, ce dernier lui aurait fait comprendre qu'il serait bon de «savoir si les personnalités citées possédaient effectivement un compte chez Clearstream».

Mais il y a pire encore. A l'issue de cet entretien, le général Rondot a rédigé une note qui a ensuite été saisie par la justice. Son contenu est explosif: «Enjeu politique: N. Sarkozy. Fixation sur N. Sarkozy (réf. conflit J. Chirac/N. Sarkozy).»

Pour saisir tout l'impact de ces révélations, il faut savoir que Le Monde entretient d'excellentes relations avec Nicolas Sarkozy. Le ministre de l'Intérieur s'est constitué partie civile dans ce dossier, ce qui permet à son avocat d'avoir accès aux pièces de l'instruction.

On sent bien que dans cette affaire quelque chose d'irréparable s'est produit. La mention de Jacques Chirac est particulièrement dommageable pour le chef de l'Etat, déjà affaibli politiquement. Vendredi, face à la gravité des événements, la présidence de la République a démenti «avoir demandé la moindre enquête visant des personnalités politiques dont le nom a pu être mentionné».

«Depuis son entrée en fonction, précise cette déclaration, le président de la République a agi pour la moralisation des marchés internationaux et pour la lutte contre les réseaux mafieux. Il a toujours donné à ses gouvernements successifs des orientations dans ce sens.» S'il s'avère que Dominique de Villepin a outrepassé ces instructions pour comploter contre Nicolas Sarkozy, ses jours au poste de premier ministre sont comptés.

Artigo do «The Wall Street Journal» arrasa a administração do BCP 

Jornal de Negócios (Lisboa)
por Pedro Carvalho

O «The Wall Street Journal» diz que os administradores do BCP estão a «encher os bolsos» à custa dos accionistas. Segundo o mesmo órgão, cada administrador vai ganhar mais 6 milhões com a compra do BPI, acrescentando que o banco usou aumentos de capital para fazer «investimentos desastrosos». A Heidrick & Struggles, que presta assessoria ao BCP diz que o artigo está errado.

O «The Wall Street Journal», na edição de hoje, diz que os «banqueiros têm jeito para enriquecer a si próprios», mas que poucos o fazem com «o descaramento» do Banco Comercial Português (BCP).

Fonte oficial do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto, remeteu o Jornal de Negócios Online para a política de remunerações que está detalhada no relatório do governo da sociedade do banco. O Jornal de Negócios tentou também contactar o autor da notícia, Mike Verdin do «Breakingviews», mas até agora não obteve uma resposta.

A «Breakingviews», fundada em 2000, é uma agência de informação financeira «online», com conteúdos pagos e que também vende colunas e reportagens para outros jornais.

Acções do BCP em dois anos

Remuneração variável representava até 10% dos lucros
A coluna de «breakingviews», publicada no jornal norte-americano, e com um título «Esquema de enriquecer dos banqueiros do BCP à custa dos accionistas», diz que o plano de remuneração variável do BCP implica que os nove administradores fiquem com até 10% dos lucros.

«A particularidade deste plano de remuneração é que a percentagem dos lucros que vai para os administradores não cai, mesmo se o BCP emitir mais acções», revela o jornal.

Segundo a mesma fonte, esta particularidade deu aos executivos do banco um incentivo para emitir mais capital para financiar aquisições. «O banco tem vindo a emitir novas acções, praticamente, uma vez por ano», usando parte desse capital para «investimentos desastrosos».

Agora, o BCP está a planear mais um aumento de capital de 4 mil milhões de euros para financiar a compra hostil do Banco BPI [Cot]. Segundo as contas do «Breakingviews», sem ter em conta a oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI, em 2008, os lucros da instituição bancária deverão ascender a 900 milhões de euros (estimativas avançadas pelo BCP).

Isto significa que o bónus de remuneração dos administradores totalizará os 90 milhões de euros, ou 10 milhões de euros para cada um dos administradores do banco, o que «é de uma generosidade incrível», opina o jornal.

Com a integração do BPI, os lucros no mesmo período saltam para os 1,4 mil milhões de euros, o que vai resultar num bónus de 140 milhões de euros, ou 16 milhões de euros por administrador.

Segundo o órgão de informação, como as aquisições são financiadas por aumentos de capital, o lucro do banco não sofre uma erosão e, logo, a remuneração também não.

O «Breakingviews» questiona ainda a independência de alguns accionistas-chave do BCP, recordando que o BCP é accionista da Eureko, que tem uma «joint venture» para a área dos seguros com o Fortis e que a UBS, que controla 2% do capital, assessorou várias operações financeiras do banco.

No final de 2005, a Eureko controlava 7,55% do BCP e o Fortis 4,99%.

«Mas os accionistas independentes do BCP continuam em maioria. Eles devem insistir em acabar com este plano ultrajante», termina assim o artigo do jornal.

O Banco BPI detém 6,76% do BCP, o Grupo José de Mello 3,3%, o Sabadell 3,12%, a Teixeira Duarte 3,07%, a Caixa Geral de Depósitos 2,39%, a EDP 2,35%, a Fundação José Berardo 2,25%, os fundos de pensões da EDP / REN 2,02% e o grupo Friends Provident 2,01%.

Heidrick diz que «Breakingviews» parte de premissa errada
A política de remuneração e o regime de previdência do conselho de administração do BCP é determinada pela comissão de remuneração e previdência, composta por accionistas e eleita em assembleia geral (AG).

A comissão foi assessorada, em 2005, por uma empresa de consultoria internacional, a Heidrick & Struggles. Rafael Mora, director da Heidrick & Struggles, disse ao Jornal de Negócios Online que «o artigo [da «Breakingviews»] está errado, porque parte de uma premissa errada».

De acordo com a mesmo fonte, a premissa de que os administradores do BCP ganham 10% dos lucros «está desactualizada», já que no ano passado o banco alterou a sua política de remuneração, deixando de estar indexada em 10% aos lucros.

Segundo apurou o Jornal de Negócios, deste a criação do banco, a remuneração dos administradores do BCP nunca ultrapassou o tecto dos 10%. Para a Heidrick & Struggles o artigo «é uma extrapolação» e «induz em erro», porque refere-se a uma política de salários para 2008, quando esta foi alterada no ano passado.

Como é que é definida a remuneração no BCP
A remuneração dos membros do conselho de administração é constituída por três parcelas: remuneração fixa anual (RFA), remuneração variável Anual (RVA) e remuneração variável plurianual (RVP).

A parte fixa é paga em 14 prestações anuais e iguais e a remuneração variável é paga de uma só vez no mesmo mês em que ocorrer o pagamento dos dividendos aprovados na AG anual.

A componente variável passou a estar indexada ao desempenho das acções («total return»); ao ROIC («return on invested capital»); ao crescimento do produto bancário; à subida dos lucros e à redução do rácio «cost to income» (rácio de eficiência). Esta componente da remuneração não pode exceder 350% da remuneração fixa. Algumas das rubricas são comparadas com o desempenho do sector.

O banco tem ainda a componente plurianual, uma componente da remuneração que está limitada, para cada ano do mandato, a 250% da RFA e tem como objectivo «assegurar a sustentabilidade económica do desempenho do grupo, bem como a vinculação, em continuidade, dos membros do respectivo» conselho de administração.

A parcela plurianual está dependente do ROE («retun on equity»), do crédito mal-parado e do prémio de risco do banco (dependente da capitalização bolsista, do valor contabilístico, do ROE e das taxas de juro das obrigações).

El «escándalo Clearstream» pone a Villepin contra las cuerdas y salpica al propio Chirac 

ABC (Madrid)
por JUAN PEDRO QUIÑONERO

PARÍS. Philippe Rondot, general de división, ex consejero del Ministerio de Defensa para asuntos de espionaje, ha declarado a dos jueces que el primer ministro, Dominique de Villepin, y la titular de Defensa, Michèle Alliot-Marie, le ordenaron investigar unas supuestas cuentas bancarias en el extranjero del ministro de Interior, Nicolas Sarkozy, siguiendo instrucciones personales del presidente Chirac.

Se trata de uno de los más turbios y torpes escándalos de Estado de las últimas décadas en Francia, con insondables ramificaciones políticas dignas de una novela policíaca.

El «affaire» ha tardado dos años en aflorar desde las letrinas hasta la cúspide del Estado. Entre los meses de mayo y junio de 2004, los jueces que instruían el escándalo de las comisiones ilegales pagadas por la compañía nacional Thomson-CSF en una venta de fragatas a Taiwán recibieron dos listas bancarias en las que numerosas personalidades empresariales y políticas figuraban como beneficiarias de pagos ocultos, realizados en cuentas domiciliadas en una institución financiera de Luxemburgo, Clearstream.

Entre aquellas personalidades figuraban Nicolas Sarkozy, ministro y candidato a la Presidencia de la República; Alain Madelin, ex ministro liberal, y Dominique Straus-Kahn, ex ministro socialista. Sus nombres fueron filtrados a la prensa pocas semanas más tarde. Sarkozy, Madelin y Straus-Kahn denunciaron la manipulación, pero la mancha de la difamación creció vertiginosamente durante meses.

Un año más tarde, los jueces instructores terminaron denunciando ellos mismos una «visible tentativa de intoxicación y desacreditación de personalidades políticas». El largo rosario de filtraciones judiciales dejó al descubierto un campo de minas. Los «acusados» denunciaron la manipulación y la «tentativa de asesinato político». Considerándose víctima de oscuras maquinaciones, Sarkozy decidió querellarse contra «X», pidiendo la intervención de la justicia. Y esta investigación judicial, ahora en curso, acusa a Chirac, Villepin y Alliot-Marie de haber utilizado los servicios del espionaje nacional para intentar desestabilizar políticamente a Nicolas Sarkozy.

El primer ministro y la titular de Defensa fueron los primeros en hacer revelaciones y desmentidos parciales. Pero Le Monde ha publicado una parte de la declaración del general Rondot, con acusaciones inquietantes para el jefe del Estado, el jefe del Gobierno y la ministra de Defensa.

La lista bancaria

A primeros de 2004, según el general Rondot, su ministra de tutela, Michèlle Alliot-Marie, y Dominique de Villepin, siendo titular de Exteriores, le ordenaron espiar -«siguiendo instrucciones de Chirac»- e investigar las imaginarias cuentas bancarias de Sarkozy en Clearstream. Fue Villepin -siempre según Rondot- quien lo convocó en el Quai d´Orsay (sede de Exteriores), en presencia de un diplomático y hombre de empresa, Jean-Louis Gergorin, vicepresidente ejecutivo de EADS, el gran consorcio armamentista europeo, que le entregó la lista bancaria que «acusaba» a Sarkozy. La justicia sospecha que fue el mismo Gergorin, amigo íntimo de Villepin, quien envió a los jueces dichas listas con el fin de «asesinar» políticamente al ministro de Interior.

Fuentes próximas al caso consideran que tales listas, falsas y difamatorias, fueron elaboradas por un torvo personaje, Imad Lahoud, «director científico» de EADS, compinchado con Gergorin, enriquecido hace años como gestor de cuentas bancarias de magnates árabes en Luxemburgo.

El Elíseo ha publicado un comunicado desmintiendo cualquier implicación presidencial en el escándalo. Villepin insiste en su inocencia absoluta. Sarkozy calla, a la espera del imprevisible alcance político del escándalo.

La instrucción judicial sigue su curso. No son descartables nuevas revelaciones. Sin embargo, las declaraciones del general Rondot, acusando a Villepin y Alliot-Marie de ordenarle espiar a Sarkozy por orden de Chirac, tienen un calado insondable.

Chamuscado tras la penosa crisis del Contrato Primer Empleo (CPE), Dominique de Villepin sigue hundiéndose en el pozo. Y se especula con un posible cambio de gobierno que, paradójicamente, el propio Sarkozy quizá trate de evitar. Destruido políticamente, Villepin le sirve como «escudo». Una remodelación del gobierno introduciría un nuevo personaje en la escena, que pudiera ser Jean-Louis Borlo, ministro de Asuntos Sociales, quien podría albergar ambiciones presidenciales.

Affaire Clearstream : le témoignage qui contredit Dominique de Villepin 

Le Monde (Paris)
por Gérard Davet et Hervé Gattegno

Depuis le 28 mars, les juges chargés de l'instruction sur la manipulation de l'affaire Clearstream, qui visait à accuser plusieurs personnalités – dont Nicolas Sarkozy – de posséder des comptes bancaires à l'étranger, détiennent, à travers les déclarations d'un ancien agent secret, plusieurs éléments mettant explicitement en cause Dominique de Villepin et Jacques Chirac.

Selon le témoignage du général Philippe Rondot, long de 20 pages et établi au terme de 14 heures d'audition, dont Le Monde révèle les principaux extraits, le premier ministre aurait ordonné à ce dernier, en janvier 2004, une enquête confidentielle à partir de listings remis par l'un de ses proches, Jean-Louis Gergorin. M. de Villepin a déclaré au Figaro, vendredi 28 avril, avoir effectivement commandé ces vérifications à M. Rondot, mais assure que celles-ci excluaient toute personnalité politique. Les déclarations du général contredisent cette version.

Evoquant une réunion tenue le 9 janvier 2004 au Quai d'Orsay, l'officier affirme que "le nom de M. Sarkozy" y fut bel et bien "évoqué". Une note saisie au domicile de M. Rondot l'atteste, où le général résume son entretien avec M. de Villepin en ces termes : "Enjeu politique : N. Sarkozy. Fixation sur N. Sarkozy (ref. conflit J. Chirac/N. Sarkozy)".

Selon M. Rondot, le futur premier ministre lui aurait demandé, sur les "instructions" du chef de l'Etat, d'outrepasser les limites fixées à son enquête par le cabinet de Mme Alliot-Marie en explorant la piste des hommes politiques cités. Devant les juges, le général a, de fait, reconnu avoir menti sur ce point. Il dit en tout cas avoir conclu à l'existence d'un "montage" dès le printemps 2004.

Interrogé par Le Monde, le premier ministre a assuré, vendredi 28 avril : "Le 9 janvier 2004, je n'ai jamais parlé de Nicolas Sarkozy comme possible bénéficiaire d'un compte bancaire à l'étranger. Je suis formel sur ce point."

Científicos crean ojo artificial de insecto 

Xinhua (Pequim)´

LOS ANGELES, 27 abr (Xinhua) -- Científicos de la Universidad de California en Berkeley aseguraron el jueves que han creado una nuevo ojo mecánico que funciona como el de un insecto.

Las varias lentes y forma curva del ojo le dan un amplio rango de visión, y es muy rápido a la hora de detectar el movimiento y reconocer imágenes, dijeron los investigadores en la edición del 28 de abril de la revista Science.

Minicámaras y sensores de movimiento con esta tecnología podrían tener múltiples aplicaciones médicas, industriales y militares, señalaron los científicos.

Los insectos tienen múltiples unidades de imágenes conocidas como "onmatidia" que apuntan en varias direcciones. Los investigadores emplearon polímeros flexibles para fabricar onmatidia artificiales, cada una de ellas con una pequeña lente conectada a un tubo que hace de guía de ondas y que dirige la luz hacia un mecanismo de imágenes optoelectrónico.

Acto seguido, colocaron las onmatidia alrededor de una cúpula que proyecta luz en todas las direcciones.

Entre muchos ojos diferentes de insecto, éste se parece más al de la abeja.

Como agujas en un cojín o las 30.000 onmatidia de la libélula, las onmatidia artificiales del proyecto están cada una orientada a un ángulo distinto.

Los investigadores han mostrado que las lentes y guías de ondas del ojo mecánico enfocan y conducen la luz de igual modo que el ojo de un insecto.

"Las lentes y guías de ondas fueron la parte más importante del sistema", comentó Luke Lee, que dirige el estudio.

"La gente decía que sería imposible crearlo con un ángulo, pero ahora que lo hemos hecho, estamos listos para integrar en los ojos imágenes o sensores químicos", agregó.

Mientras las técnicas convencionales de minifabricación son caras y utilizan altas temperaturas, Lee y su equipo se aprovecharon de la Naturaleza, con un sistema de baja temperatura, fotopolímeros y una tecnología auto-alineable y de auto-escritura.

Primero necesitaron elaborar un molde hemisférico de la capa externa del ojo, una estructura formada por miles de microlentes.

Con la tecnología existente, lograron construir una serie aplanada de estas pequeñas lentes curvas organizadas hexagonalmente, como los panales de las abejas, y cubrieron todo por encima con una fina capa de un polímero elástico conocido como PDMS, creando una serie cóncava de lentes en el polímero.

Tras fijar la membrana de PDMS sobre un espacio en vacío y quitarle presión atmosférica, pudieron meter las lentes dentro de las cúpulas cóncavas que necesitaban, controlando la forma de las mismas a través de la manipulación de la presión.

Estos ojos podrían ser usados como cámaras o detectores sensoriales para recoger datos visuales o químicos desde una amplitud de campo de visión mayor que la actualmente disponible, incluso con las mejores lentes de "ojo de pez", según Lee.

Los investigadores aseguran que estos ojos mecánicos se usarán habitualmente dentro de unos años, y sus primeras aplicaciones podrían ser en teléfonos ultrafinas con cámara, o en cámaras de vigilencia onmidireccionales y cámaras ocultas y en cables. Fin

sexta-feira, abril 28, 2006

Índice de hoje 

- O "25 de Abril" e a História (Diário de Notícias, Lisboa), 26 Jan 1979
- En divisant les grandes puissances, l'Iran est en train d'atteindre son but (Le Figaro, Paris)
- Hu aboga por nuevo tipo de asociación estratégica China-Africa (Xinhua, Pequim)
- Palocci é indiciado por lavagem de dinheiro e 3 outros crimes (O Estado de S. Paulo, Brasil)

En divisant les grandes puissances, l'Iran est en train d'atteindre son but 

Le Figaro (Paris)
por Pierre Goldschmidt, Ancien directeur général adjoint de l'AIEA et chef de son département des garanties jusqu'en 2005.

La communauté internationale agit comme si elle s'était donné le mot pour décrédibiliser définitivement le régime de non-prolifération nucléaire. On se rappellera la crise en Corée du Nord et le retrait de celle-ci du traité de non-prolifération (TNP) en 2003, sans que le Conseil de sécurité des Nations unies ne bouge par crainte d'un veto chinois. Si la communauté internationale semble n'avoir tiré aucun enseignement de cette crise, la leçon n'a pas été perdue pour tout le monde. L'Iran prépare le terrain pour suivre le même chemin, au cas où le développement de son programme nucléaire serait menacé par le Conseil de sécurité.

En novembre 2003, dans un rapport accablant, l'Agence internationale de l'énergie nucléaire (AIEA) révélait que l'Iran poursuivait depuis dix-huit ans un programme clandestin d'enrichissement de l'uranium par centrifugation, et avait dissimulé un nombre considérable d'installations, d'activités et de matières nucléaires en violation de ses engagements. Le Conseil de sécurité aurait dû être saisi de cette question, comme le prévoient les statuts de l'Agence. Il ne l'a pas été pour plusieurs raisons. Tout d'abord, parce que plusieurs pays ont souligné l'absence de «preuve que les matières et activités nucléaires antérieurement non déclarées aient été liées à un programme d'armement nucléaire», même si tous sont conscients que l'Agence ne dispose pas des moyens nécessaires pour apporter une telle preuve avant qu'il ne soit trop tard.

D'autre part, le récent précédent irakien et la menace de veto russe et chinois à l'encontre de toute résolution contraire à l'Iran avaient poussé l'Union européenne, à la même époque, à privilégier la voie diplomatique en échange de la suspension par l'Iran de toutes ses activités d'enrichissement. Il est regrettable que les Etats-Unis n'aient pas alors soutenu activement ces efforts.

Deux ans et demi plus tard, l'Iran continue sa tactique d'atermoiements et d'obstruction des vérifications de l'Agence et progresse dans tous les domaines. Il dispose maintenant d'un stock d'hexafluorure d'uranium naturel placé en lieu sûr, et a repris ses activités d'enrichissement dans son usine pilote de Natanz, sans parler des progrès réalisés dans le développement de ses missiles balistiques capables de transporter une ogive nucléaire à plus de 2 000 kilomètres.

Il a fallu attendre le 4 février 2006 et la preuve que l'Iran détenait des documents relatifs à la production d'hémisphères d'uranium métal (un procédé qui n'a que des applications militaires) pour que les Etats membres de l'AIEA décident enfin d'informer le Conseil de sécurité. Trois mois plus tard, celui-ci n'a toujours pris aucune mesure concrète. Cette paralysie est surtout due à l'attitude de la Russie et de la Chine, qui bloquent toute décision du Conseil. Redoutent-ils qu'en disposant de pouvoirs d'investigation accrus l'Agence ne découvre des preuves inconnues et embarrassantes de leur collaboration au programme nucléaire non déclaré de l'Iran ?

Ou bien, par leur blocage systématique au sein des Nations unies, et en continuant, comme le fait la Russie, à livrer des armes sophistiquées à l'Iran, souhaitent-ils pousser des Etats-Unis exaspérés à prendre à l'égard de l'Iran des mesures de rétorsion unilatérales, alimentant ainsi les sentiments antiaméricains dans le monde tout en gardant, en apparence, les mains propres notamment aux yeux des pays non alignés ? Ces derniers ont également leur part de responsabilité dans la crise actuelle, en ayant trop longtemps mis en doute le sérieux de la situation. Ce n'est que tout récemment que certains pays arabes ont pris conscience du danger que représenterait un Iran doté de l'arme nucléaire.

Et, comme si tout cela ne suffisait pas, les Etats-Unis se sont engagés en juillet 2005 à promouvoir la coopération nucléaire avec l'Inde, sans même lui demander en contrepartie d'adhérer au traité d'interdiction des essais nucléaires. Si l'Administration Bush arrive à faire entériner cet accord par le Sénat et le Congrès, on voit mal comment la Russie et la Chine ne considéreront pas avoir les mains libres pour aider de façon semblable qui bon leur semble y compris le Pakistan et l'Iran, brisant ainsi le rêve d'un Moyen-Orient libre de toute arme de destruction massive.

Quant à l'Iran, ses dirigeants ont réussi avec brio à poursuivre sans répercussion négative la maîtrise technique de toutes les étapes du cycle du combustible nucléaire, dont le pays n'a aucun besoin au cours des dix prochaines années. Ce faisant, il compromet toute chance de progresser avec l'Union européenne vers la conclusion d'un large accord de coopération.

En jouant sur les divisions des grandes puissances, sur la peur d'une envolée des prix du pétrole et sur la menace d'un soutien accru aux mouvements terroristes de la région, les dirigeants iraniens semblent avoir atteint leurs objectifs. Leur attitude délibérément provocatrice n'est sans doute qu'une étape de plus sur la voie de leur retrait du TNP, comme l'indique également la lettre (passée largement inaperçue) qu'ils adressaient à Kofi Annan le 21 mars 2006 dénonçant les menaces américaines de recourir à la force contre la République islamique – ce qui, souligne Téhéran, va à l'encontre des principes de la Charte des Nations unies.

Peut-être n'est-il pas trop tard pour sauver la crédibilité du régime de non-prolifération souscrit par cent quatre-vingt-huit pays et qui fut, jusqu'ici, un succès incontestable.

On se doit à présent d'espérer que les Etats membres de l'AIEA, qui se réuniront prochainement pour discuter une fois de plus de la crise iranienne, demandent explicitement au Conseil de sécurité d'accorder à l'Agence les pouvoirs d'investigation dont elle a besoin.

Soyons clairs, l'incurie dont a fait preuve jusqu'ici la communauté internationale et la lâcheté de ceux qui font semblant de croire que le programme nucléaire iranien est une question qui ne regarde que les Etats-Unis et Israël, si elles persistent, risquent de conduire inexorablement à la violence, qui est toujours un constat d'échec. Personne n'y gagnera, surtout pas le peuple iranien, qui demande la paix, plus d'emplois et plus de liberté.

Hu aboga por nuevo tipo de asociación estratégica China-Africa 

Xinhua (Pequim)

ABUJA, 27 abr (Xinhua) -- El presidente chino, Hu Jintao, pidió el jueves esfuerzos conjuntos para establecer un nuevo tipo de asociación estratégica entre China y Africa.

"China continuará trabajando con Africa y llevando a cabo esfuerzos de innovación para mantenerse en la tendencia de los tiempos para ampliar la cooperación China-Africa, enriquecerla e inyectarla nueva vitalidad", dijo Hu durante su discurso ante la Asamblea Nacional nigeriana en la capital Abuja.

Hu hizo estas consideraciones un día después de comenzar su visita de dos días al país africano a invitación de su homólogo nigeriano, Olusegun Obasanjo.

Para lograr este objetivo, Hu planteó una propuesta de cinco puntos en su discurso titulado "Trabajar juntos para formar un nuevo tipo de asociación estratégica China-Africa".

-- Para construir este nuevo tipo de asociación estratétiga, China y Africa deben fortalecer su confianza política mutua.

"China mantendrá contactos cercanos con los países africanos a nivel de liderazgo e intercambios entre gobiernos, parlamentos, partidos políticos y organizaciones no gubernamentales de ambas partes para reforzar el entendimiento mutuo y la amistad", dijo Hu.

"China está comprometida con el funcionamiento eficaz del Foro de Cooperación China-Africa y continuará ampliando su cooperación con la Unión Africana y otras organizaciones subregionales de cara a fortalecer el diálogo colectivo, ampliar el consenso y los intereses comunes".

-- China y Africa deberían incrementar su cooperación de beneficio mutuo.

Teniendo en cuenta la amplitud de recursos y potencial de mercado de Africa y las prácticas efectivas disponibles y el conocimiento adquirido por parte de China, la cooperación entre Africa y China tiene amplias perspectivas, dijo el presidente chino.

"Es nuestro interés mutuo aumentar la cooperación chino- africana y diversificar las formas de llevar a cabo esta cooperación y permitir a ambas partes aprovechar sus respectivas fortalezas", comentó Hu.

"China hará esfuerzos continuados para extender nuestra cooperación en el comercio a la inversión, la tecnología, y la adjudicación de proyectos, así como animar a las empresas y otras entidades económicas a unir a nuestros gobiernos en llevar a cabo la cooperación económica", agregó.

Tras reiterar el compromiso de China para ayudar a los países africanos lo mejor que pueda, Hu dijo que China también prestará mayor atención a una cooperación con Africa basada en el "know-how ".

-- China y Africa deben aumentar su interacción cultural.

Dotadas ambas de espléndidas culturas, China y Africa han hecho una contribución importante al progeso de la civilización humana, indicó Hu, añadiendo que China y Africa deben fortalecer los intercambios culturales y aprovecharse de sus respectivas culturas para incrementar el entendimiento mutuo y la amistad.

"China apoya ampliada cooperación entre instituciones culturales, medios, grupos académicos y otras instituciones de ambas partes y estaría encantada de acoger festivales culturales, exhibiciones artísticas y eventos deportivos con Africa", dijo Hu.

-- Para construir un nuevo tipo de asociación estratégica, China y Africa deben incrementar la cooperación en seguridad.

Hu señaló que China y los países africanos deben aumentar los intercambios y consultas y promover la seguridad colectiva en la comunidad internacional y un nuevo concepto de seguridad que incluye la confianza y beneficio mutuos, la igualdad y la cooperación.

"Para enfrentarse de manera conjunta a los retos globales, China debe fortalecer sus consultas y cooperación con Africa en áreas no tradicionales de seguridad como la prevención y control de las graves enfermedades infecciosas, la gripe aviar y la lucha contra el crimen transnacional", dijo el presidente chino.

"China está preparada para asumir un papel constructivo y ayudar a los países africanos a solucionar sus diferencias y disputas", aseguró.

-- China y Africa deben mantener una coordinación cercana en asuntos internacionales.

Tras reafirmar el apreciación de China por el importante papel desempeñado por Africa en los asuntos internacionales, Hu señaló que China y Africa comparten muchas posturas comunes y tienen una buena tradición de cooperación en los temas internacionales más importantes.

"Está en nuestro interés mutuo fortalecer la coordinación y cooperación en los temas internacionales más importantes", dijo.

"China continuará tomando una parte activa en la construcción de una nueva asociación estratégica entre Asia y Africa y otros mecanismos para la cooperación Sur-Sur y el diálogo Norte-Sur", precisó.

Las aspiraciones africanas a la paz y desarrollo merecen más simpatía y respeto, y la comunidad internacional debería fijarse más en el desarrollo de Africa y aportar más ayuda a Africa, señaló el presidente chino.

China continuará trabajando para mayores progresos en la reforma de la ONU para conseguir que esta organización mundial ponga mayor énfasis en el desarrollo y ponga como prioridad solucionar el tema de la baja representación de los países en vías de desarrollo, incluyendo los países africanos, dijo.

Durante su discurso, Hu también revisó la larga amistad entre ambas partes, pues 2006 es el 50º aniversario del establecimiento de las relaciones diplomáticas entre la República Popular China y Nigeria, dijo el presidente chino.

Durante los útlimos 50 años, China y Africa han incrementado el entendimiento, y se han apoyado y ayudado mutuamente.

Los países africanos apoyaron la restauración de China de su asiento legítimo en las Naciones Unidas y trabajadores africanos y chinos construyeron el gran ferrocarril de Tazara, recordó.

Teniendo en cuenta todos estos hitos en la historia de amistad chino-africana, China quiere mantener el lazo tradicional, fortalecer la cooperación integral y esforzarse por forjar un nuevo tipo de asociación estratégica entre China y Africa, destacó Hu.

El presidente chino comenzó a principios de este mes su gira por cinco naciones que le ha llevado a Estados Unidos, Arabia Saudí, Marruecos y ahora Nigeria, y terminará en Kenia. Fin

Palocci é indiciado por lavagem de dinheiro e 3 outros crimes 

O Estado de S. Paulo (Brasil)

Ex-ministro ainda responderá por peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha, no comando da prefeitura

por Fausto Macedo

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci passou duas horas e meia, ontem à tarde, trancado em uma sala acanhada de delegacia de polícia em Brasília. Saiu dela indiciado pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos), falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Ouviu 30 perguntas, parte delas sobre um contrato de varrição de lixo em Ribeirão Preto, cidade paulista que administrou entre 2001 e 2002, e outra parte sobre o mensalinho - contribuição de empresas por ele contratadas - supostamente destinado ao PT.

Palocci negou que soubesse da existência de irregularidades no sistema de limpeza pública e atribuiu a uma autarquia municipal, o Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão (Daerp), "total responsabilidade e autonomia" pela execução e fiscalização daquele serviço. Afirmou que jamais tomou dinheiro de fornecedores para abastecer caixa 2 de seu partido, acusação que repudiou por mais de uma vez.

O ex-ministro chegou ao prédio da Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal escondido no interior de uma Nissan preta. Os vidros com película escura do carro importado e a generosidade da polícia o protegeram das câmaras de TV e dos fotógrafos. Ao sair usou a mesma estratégia.

O inquérito que aponta Palocci como mandante e mentor de fraudes na medição da varrição de ruas, esquema que teria provocado prejuízo de R$ 30,7 milhões ao Tesouro municipal, é presidido pelo delegado Benedito Antonio Valencise, da polícia de Ribeirão Preto. Foi Valencise quem decretou o indiciamento do ex-ministro. Por meio de uma carta precatória, que enviou à polícia de Brasília, ele traçou o roteiro do interrogatório, que foi seguido pelo delegado Amarildo Fernandes, da Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual (Polinter) do DF.

ORGANIZAÇÃO

"Há suspeita de que isso (o esquema do lixo) era comandado por ele", declarou o promotor de Justiça Daniel José de Angelis, que integra o Grupo de Combate e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), braço do Ministério Público paulista em Ribeirão. Angelis acompanhou a audiência. O Ministério Público conduz 25 procedimentos de investigação sobre atos de Palocci enquanto prefeito de Ribeirão.

O promotor disse que "neste momento" não há necessidade de pedir à Justiça a prisão preventiva do ex-ministro, mas foi categórico ao comentar a suspeita de que o investigado teria sido decisivo para a consumação do peculato. "Uma organização que dá um prejuízo dessa monta em tese não passa despercebida do prefeito."

As digitais do ex-ministro podem estar na produção de falsos atestados de medição de áreas varridas que deram suporte a desembolsos irregulares. Os pagamentos teriam favorecido a empresa Leão Leão. Maior doadora da campanha eleitoral de Palocci em 2000, a Leão Leão foi contratada pelo Departamento de Água e Energia de Ribeirão Preto.

O promotor explicou o motivo do enquadramento de Palocci no delito de lavagem de dinheiro. "Significa dissimular a origem de determinado recurso. Esse dinheiro que teria vindo da Leão Leão teria sido dissimulado com as notas falsas." Angelis informou que outras investigações reforçam suspeitas da transferência de dinheiro ilegal para o PT.

"Neste inquérito (sobre o lixo) não conseguimos apurar, mas em outros existem evidências. Há o depoimento de Buratti (Rogério Buratti, advogado que foi assessor de Palocci e depois denunciou o mensalinho) e existem notas frias com saques no caixa da Leão Leão. Essas coisas existem, e a gente está prosseguindo", anotou o promotor. "Há também gravações telefônicas sugerindo (que dinheiro ia para o PT)."

PAPÉIS

Angelis declarou que vai buscar outras provas e verificar documentos que o ex-ministro disse que existem - papéis que, segundo Palocci, dão amparo à sua versão de inocência. "O Daerp tinha total autonomia para cuidar da execução do contrato, eu não sabia de nada", reiterou Palocci.

O próximo alvo da polícia se chama Isabel Bordini, ex-superintendente do Daerp, que será intimada. Se ela desmentir o ex-ministro, o Ministério Público vai pedir uma acareação entre ambos. "A impressão que eu tive é de que ele quis livrar a dele dizendo que o Daerp tinha total autonomia", avalia o promotor Angelis.

"Se Isabel confirmar que tinha autonomia, aí vamos seguir outra linha de investigação para verificar se ela realmente fez isso por conta própria. Mas os indícios são de que, a princípio, haveria participação de Palocci, de que ele era o mandante. Por isso foi indiciado."

O "25 de Abril" e a História 

Diário de Notícias (Lisboa), 26 Jan 1979
por António José Saraiva

Se alguém quisesse acusar os portugueses de cobardes, destituídos de dignidade ou de qualquer forma de brio, de inconscientes e de rufias, encontraria um bom argumento nos acontecimentos desencadeados pelo 25 de Abril.

Na perspectiva de então, havia dois problemas principais a resolver com urgência. Eram eles a descolonização e a liquidação do antigo regime.Quanto à descolonização, havia trunfos para a realizar em boa ordem e com vantagem para ambas as partes : o Exército Português não fora batido em campo de batalha; não havia ódio generalizado das populações nativas contra os colonos; os chefes dos movimentos de guerrilha eram em grande parte homens de cultura portuguesa; havia uma doutrina, a exposta no livro «Portugal e o Futuro», do general Spínola, que tivera a aceitação nacional, e poderia servir de ponto de partida para uma base maleável de negociações. As possibilidades eram ou um acordo entre as duas partes, ou, no caso de este não se concretizar, uma retirada em boa ordem, isto é, escalonada, ordenada e honrosa.

Todavia, o acordo não se realizou, e retirada não houve, mas sim uma debandada em pânico, um salve-se-quem-puder. Os militares portugueses, sem nenhum motivo para isso, fugiram como pardais, largando armas e calçado, abandonando os portugueses e africanos que confiavam neles. Foi a maior vergonha de que há memória desde Alcácer Quibir.

Pelo que agora se conhece, este comportamento inesquecível e inqualificável deve-se a duas causas. Uma foi que o PCP, infiltrado no Exército, não estava interessado num acordo, nem numa retirada em ordem, mas num colapso imediato, que fizesse cair esta parte da África na zona soviética. O essencial era não dar tempo de resposta às potências ocidentais. De facto, o que aconteceu nas antigas colónias portuguesas insere-se na estratégia africana da URSS, como os acontecimentos subsequentes vieram mostrar.

Outra causa foi a desintegração da hierarquia militar a que a insurreição dos capitães deu início e que o MFA explorou ao máximo, quer por cálculo partidário, quer por demagogia, para recrutar adeptos no interior das Forças Armadas. Era natural que os capitães quisessem voltar depressa para casa. Os agentes do MFA exploraram e deram cobertura ideológica a esse instinto das tripas, justificaram honrosamente a cobardia que se lhe seguiu. Um bando de lebres espantadas recebeu o nome respeitável de «revolucionários».

E nisso foram ajudados por homens políticos altamente responsáveis, que lançaram palavras de ordem de capitulação e desmobilização, num momento em que era indispensável manter a coesão e o moral do exército, para que a retirada em ordem ou o acordo fossem possíveis. A operação militar mais difícil é a retirada; exige, em grau elevadíssimo, o moral da tropa. Neste caso, a tropa foi atraiçoada pelo seu próprio comando e por um certo número de políticos inconscientes ou fanáticos, e em qualquer caso destituídos de sentimento nacional. Não é ao soldadinho que se deve imputar esta fuga vergonhosa, mas aos que desorganizaram, conscientemente, a cadeia de comando, aos que lançaram palavras de ordem que, nas circunstâncias do momento, eram puramente criminosas.

Isto quanto à descolonização, que, na realidade, não houve. O outro problema era o da liquidação do regime deposto. Os políticos aceitaram e aplaudiram a insurreição dos capitães, que vinha derrubar um governo, que, segundo eles, era um pântano de corrupção e que se mantinha graças ao terror policial : impunha-se, portanto, fazer o seu julgamento, determinar as responsabilidades, discriminar entre o são e o podre, para que a nação pudesse começar uma vida nova. Julgamento dentro das normas justas, segundo um critério rigoroso e valores definidos.

Quanto aos escândalos da corrupção, de que tanto se falava, o julgamento simplesmente não foi feito. O povo português ficou sem saber se as acusações que se faziam nos comícios e nos jornais correspondiam a factos ou eram simplesmente atoardas. O princípio da corrupção não foi responsavelmente denunciado, nem na consciência pública se instituiu o seu repúdio. Não admira por isso que alguns homens políticos se sentissem encorajados a seguir pelo mesmo caminho, como se a corrupção impune tivesse tido a consagração oficial. Em qualquer caso, já hoje não é possível fazer a condenação dos escândalos do antigo regime, porque outros talvez piores os vieram desculpar.

Quanto ao terror policial, estabeleceu-se uma confusão total. Durante longos meses, esperou-se uma lei que permitisse levar a tribunal a PIDE-DGS. Ela chegou, enfim, quando uma parte dos eventuais acusados tinha desaparecido e estabelecia um número surpreendentemente longo de atenuantes, que se aplicavam praticamente a todos os casos. A maior parte dos julgados saiu em liberdade. O público não chegou a saber, claramente, as responsabilidades que cabiam a cada um. Nem os acusadores ficaram livres da suspeita de conluio com os acusados, antes e depois do 25 de Abril.

Havia, também, um malefício imputado ao antigo regímen, que era o dos crimes de guerra, cometidos nas operações militares do Ultramar. Sobre isto, lançou-se um véu de esquecimento. As Forças Armadas Portuguesas foram alvo de suspeitas que ninguém quis esclarecer e que, por isso, se transformaram em pensamentos recalcados.

Em resumo, não se fez a liquidação do antigo regímen, como não se fez a descolonização. Uns homens substituiram outros, quando os mesmos não substituiram os mesmos; a um regímen monopartidário substituiu-se um regímen pluripartidário. Mas não se estabeleceu uma fronteira entre o passado e o presente. Os nossos homens públicos contentaram-se com uma figura de retórica: «a longa noite fascista».

Com estes começos e fundamentos, falta ao regime que nasceu do 25 de Abril um mínimo de credibilidade moral. A cobardia, a traição, a irresponsabilidade, a confusão, foram as taras que presidiram ao seu parto e, com esses fundamentos, nada é possível edificar. O actual estado de coisas, em Portugal, nasceu podre nas suas raízes. Herdou todos os podres da anterior, mais a vergonha da deserção.

E, com este começo, tudo foi possível depois, como num exército em debandada: vieram as passagens administrativas, sob capa de democratização do ensino; vieram «saneamentos» oportunistas e iníquios, a substituir o julgamento das responsabilidades; vieram os bandos militares, resultado da traição do comando, no campo das operações; vieram os contrabandistas confessos e os falsificadores de moeda em lugares de confiança política ou administrativa; veio o compadrio quase declarado, nos partidos e no Governo; veio o controlo da Imprensa e da Radiotelevisão, pelo Governo e pelos partidos, depois de se ter declarado a abolição da censura; veio a impossibilidade de se distinguir o interesse geral dos interesses dos grupos de pressão, chamados partidos, a impossibilidade de esclarecer um critério que joeirasse os patriotas e os oportunistas, a verdade e a mentira; veio o considerar-se o endividamento como um meio «honesto» de viver. Os cravos do 25 de Abril, que muitos, candidamente, tomaram por símbolo de uma primavera, fanaram-se sobre um monte de esterco.

Ao contrário das esperanças de alguns, não se começou vida nova, mas rasgou-se um véu que encobre uma realidade insuportável. Para começar, escreveu-se na nossa história uma página ignominiosa de cobardia e irresponsabilidade, página que, se não for resgatada, anula, por si só, todo o heroísmo e altura moral que possa ter havido noutros momentos da nossa história e que nos classifica como um bando de rufias indignos do nome de nação. Está escrita e não pode ser arrancada do livro.

É preciso lê-la com lágrimas de raiva e tirar dela as conclusões, por mais que nos custe. Começa por aí o nosso resgate. Portugal está hipotecado por esse débito moral, enquanto não demonstrar que não é aquilo que o 25 de Abril revelou. As nossas dificuldades presentes, que vão agravar-se no futuro próximo, merecemo-las, moralmente.

Mas elas são uma prova e uma oportunidade. Se formos capazes do sacrifício necessário para as superar, então poderemos considerar-nos desipotecados e dignos do nome de povo livre e de nação independente. »

quarta-feira, abril 26, 2006

Índice de hoje 

- Nuevos fósiles definen una especie de homínidos como antepasada del hombre (El Pais, Madrid)
- «Les djihadistes n'ont plus besoin de groupes centralisés pour passer à l'action» (Le Temps, Genève)
- Observatorio de NASA revela agujeros negros como motores de energía (Xinhua, Pequim)
- Uso de eucalipto está em xeque (O Estado de S. Paulo, Brasil)

Nuevos fósiles definen una especie de homínidos como antepasada del hombre 

El Pais (Madrid)

Los primeros pasos evolutivos de los remotos antepasados humanos, poco después de separarse su rama de la de los chimpancés, son aún confusos para los paleontólogos. La escasez de restos de homínidos de hace cuatro millones de años dificulta especialmente la reconstrucción del árbol de familia ancestral humana de aquella época. Pero unos nuevos fósiles dados a conocer en la revista Nature ayudan a reconstruir aquel pasado remoto.

Los fósiles han sido hallados en Etiopía, en la región de Afar, por el paleontólogo estadounidense Tim White (Universidad de Berkeley, EE UU) y el equipo científico que dirige. Se trata de restos -sobre todo dentales- encontrados en dos yacimientos próximos. Su análisis exhaustivo y datación, demuestran, según explican estos científicos, que se trata de restos de hace 4,12 millones de años de la especie Australopithecus anamensis, antecesora de la Austrlaopithecus afarensis, cuyo más famoso representante es Lucy, un esqueleto casi completo de una hembra de hace unos 3,5 millones de años encontrado en Etiopía en 1974.

Au. anamensis se conocía exclusivamente por unos fósiles encontrados en la zona del lago Turkana (Kenia) por la paleontóloga Meave Leakey. Ahora se presentan restos de esta especie en Afar, en el Awash medio etíope, a casi mil kilómetros al norte del primer yacimiento, por lo que se "extiende la representación anatómica de los primeros australopitecos", señalan White y su equipo, formado en gran parte por científicos de Etiopía. Los nuevos restos proceden de dos yacimientos cercanos (Aramis y Asa Issie) y se encontraron en 1994 -algunos- y diciembre de 2005, la mayoría. "Con una antigüedad de algo más de cuatro millones de años, los fósiles están sin lugar a duda en la línea de la evolución humana", dicen los científicos en un comunicado.

En Asa Issie, que significa "cerro rojo" en la lengua de Afar, se encontraron 30 fósiles de homínido que pertenecieron a, al menos, ocho individuos diferentes. La mayoría son fragmentos de mandíbula y piezas dentales, incluido el mayor canino de homínido encontrado hasta ahora, pero también se ha hallado parte de un fémur y algunos huesos de mano y de pie.

"El Au. anamensis es generalmente aceptado como un ancestro directo de Au. afarensis", recuerdan White y sus colegas. Su hallazgo refuerza esta relación y aporta información muy importante sobre la primera especie.

Más controvertidos, sin embargo, son los pasos evolutivos anteriores. También de Afar y encontrados por el equipo de White hace unos años son unos fósiles de hace 4,4 millones de años, de una especie tan primitiva que es difícil, por ahora y con los restos conocidos, determinar si encaja directamente o no en la línea evolutiva humana como antecesor de los australopitecos. Es el Ardipithecus ramidus, cuyos fósiles tienen 4,4 millones de años.

El paleontólogo de Berkeley y sus colegas etíopes recalcan que la descendencia de Au.afarensis a partir de Au.anamensis es aceptada por los especialistas. "Pero es más difícil de determinar", reconocen, "la relación entre Au.anamensis y el anterior y más primitivo género y especie Ar.ramidus, identificado por vez primera en el Awash medio en 1994".

Ellos proponen dos hipótesis, "ambas compatibles con las pruebas que se conocen": o los australopitecos evolucionaron directa y rápidamente de los Ar.ramidus hace entre 4,1 y 4,4 millones de años, o los ardipitecos fueron una reliquia que sobrevivió a la vez que sus descendientes los australopitecos. Otros paleontólogos son más partidarios de considerar Ar.ramidus como una línea evolutiva paralela a la humana.

White y sus colegas destacan el hecho de que los nuevos fósiles de Au.anamensis, con 4,1 millones de años, están anatómica y cronológicamente entre Ar.ramidus y Au.afarensis y que "es la primera vez que estas tres especies han aparecido en sucesión cronológica en la misma zona".

«Les djihadistes n'ont plus besoin de groupes centralisés pour passer à l'action» 

Le Temps (Genève)
por Luis Lema

La police égyptienne a arrêté mardi dix personnes soupçonnées d'implication dans le triple attentat qui a frappé la veille la ville touristique de Dahab sur la mer Rouge, tuant 18 personnes, dont des étrangers. Parmi eux, un Suisse, un Russe, une Libanaise et un enfant allemand de 5 ans. Les attentats, les troisièmes qui frappent la péninsule égyptienne du Sinaï en dix-huit mois, ont continué de susciter des condamnations internationales et dans la région où les radicaux du mouvement palestinien Hamas et les Frères musulmans égyptiens les ont aussi dénoncés.

Les attaques n'ont pas été revendiquées, mais un responsable de la sécurité a affirmé sous couvert de l'anonymat qu'au moins deux kamikazes y étaient impliqués. Les précédentes attaques de Taba (34 morts en octobre 2004) et de Charm el-Cheikh (près de 70 morts en juillet 2005) avaient été imputées par la justice égyptienne au groupe islamiste Al-Tawhid wal Djihad, dont plusieurs membres sont actuellement jugés.

Pour Gilles Kepel, professeur à l'Institut d'études politiques de Paris, les attentats de lundi soir pourraient obéir à une logique égypto-égyptienne.

Le Temps: Les attentats à Dahab portent-ils la marque d'Al-Qaida?

Gilles Kepel: Il y a une concomitance entre ces attentats et le dernier appel d'Oussama Ben Laden, mais cela ne veut pas forcément dire qu'il y a un lien de cause à effet entre les deux. Et c'est peut-être le plus inquiétant: les groupes djihadistes n'ont plus besoin de groupes centralisés quelconques pour passer à l'action. La logique d'Al-Qaida a engendré ses propres émules. L'une des conséquences les plus terribles du 11 septembre, c'est finalement cette «banalisation» du terrorisme, le fait qu'il fasse désormais partie du paysage. Un élément pourrait indiquer que les attentats obéissent à une logique égypto-égyptienne plutôt qu'internationale: c'est le fait que ces attentats se soient produits aujourd'hui plutôt qu'il y a quinze jours, au moment où des dizaines de milliers d'Israéliens se trouvaient dans le Sinaï à l'occasion des fêtes de la Pâque juive.

- Quels peuvent être ces enjeux égypto-égyptiens?

- A mon avis, les attentats peuvent avoir été menés par des tribus bédouines qui, dans le Sinaï, se sentent en quelque sorte colonisées par l'Egypte et mises à l'écart de la manne financière que représente le tourisme dans la région. De manière plus générale, on a le sentiment de se trouver aujourd'hui en Egypte devant une situation totalement bloquée. Il est clair que la perspective d'une transition politique n'est pas assurée. Les dernières élections ont signifié une forte percée des Frères musulmans, mais elles ont fait l'objet d'un certain nombre d'intimidations et de menaces. Le gouvernement a été très critiqué, notamment dans la presse américaine, à tel point que certains se demandent si les Frères musulmans ne constitueraient pas une alternative viable. Par ailleurs se pose aussi la question de la succession du président Moubarak après un quart de siècle. Le choix du fils du président, à la manière syrienne et peut-être libyenne, risque de s'opposer aux résistances de l'appareil militaire et sécuritaire égyptien. Après tout, dans la tradition des mamelouks, lorsqu'un dirigeant mourait, on étranglait tous ses enfants de façon à ce que le pouvoir revienne à d'autres.

- Quels effets a, sur le pouvoir égyptien, la volonté affichée des Etats-Unis de démocratiser le Proche-Orient?

- A mon avis, cette pression américaine va se faire de moins en moins insistante. D'abord à cause du traumatisme qu'a représenté la victoire du Hamas dans les territoires palestiniens. Ensuite, parce que les néo-conservateurs américains sont en train de sortir des cercles de pouvoir après le fiasco qu'a représenté l'application de leur politique en Irak.

- Assistera-t-on, comme en Palestine, à la prise du pouvoir par les islamistes?

- Si vous lisez leurs textes, notamment sur Internet, vous vous rendez compte que les Frères musulmans prennent bien soin de ne pas trop heurter l'Occident, à l'égard duquel ils ont d'ailleurs toujours entretenu des relations ambiguës. Après vingt-cinq ans de régime Moubarak, et avec l'affadissement de l'opposition laïque, les Frères pourraient bien apparaître comme la seule alternative. Mais leur présence offre aussi au régime une occasion de se perpétuer, car les critiques internationales auront tendance à diminuer devant un islamisme perçu comme une menace. Par le passé, certains régimes en place ont pu favoriser leur croissance dans ce seul but. Vous le voyez, c'est un jeu incessant et complexe qui se poursuit depuis la création des Frères, dans les années 1920.

- Dans ce contexte, quel rôle joue l'Iran, dont le président Ahmadinejad ne cesse de donner de la voix?

- L'Iran a considérablement renforcé son pouvoir en Irak en s'assurant une grande capacité d'action auprès des milices chiites. Au passage, notez le paradoxe pour une intervention américaine dont l'un des buts était précisément de pouvoir contenir Téhéran. Mais le président Ahmadinejad tente aussi de retrouver des accents khomeynistes. En affirmant dépasser le clivage entre chiites et sunnites, il veut se faire le porte-drapeau de l'islam offensé et devenir notamment le parrain du Hamas palestinien, alors que des pays arabes sont accusés de collaboration avec Israël. Un nouveau rôle régional qui, ironiquement, horripile autant les Etats-Unis qu'Al-Qaida.

Observatorio de NASA revela agujeros negros como motores de energía 

Xinhua (Pequim)

LOS ANGELES, 24 abr (Xinhua) -- Los agujeros negros podrían ser los motores más eficientes que hay en el Universo en el uso de energía, informaron el lunes los astrónomos que trabajan en el observatorio Chandra de la NASA.

Si un automóvil fuera tan eficiente como los agujeros negros, podría recorrer teóricamente 1.600 millones de kilómetros con un galón (3,785 litros) de gasolina, dijeron los científicos.

Estos hallazgos serán publicados en la próxima edición de los avisos mensuales de la Sociedad Astronómica Real británica.

El estudio se ha dedicado a estudiar cómo los agujeros negros generan energía y afectan a sus alrededores, así como haber logrado la primera estimación directa de su eficiencia energética.

La materia es atraída a los agujeros negros, desprendiendo energía en forma de partículas que se alejan del agujero negro a la velocidad de la luz, sostiene la invertigación.

Este es un importante paso para entender cómo estas corrientes de partículas pueden ser lanzadas desde discos imantados de gas cerca de un agujero negro.

"Igual que con los coches, es fundamental conocer la efiencia energética de los agujeros negros", comentó Steve Allen, que lidera la investigación en la Universidad de Stanford.

"Sin esa información, no podemos determinar qué pasa debajo del capó, o qué puede hacer el motor", agregó.

Los científicos han empleado a Chandra para estudiar nueve enormes agujeros negros situados en el centro de galaxias elípticas. Estos agujeros negros son relativamente viejos y generan mucho menos radiación que los quásares, agujeros negros de crecimiento rapidísimo que dominaron los primeros tiempos del Universo.

Sorprendentemente, los resultados de Chandra han mostrado que esos agujeros negros "callados" están realmente generando mucha más energía en forma de corrientes de partículas que la luz visible o los rayos X. Estas corrientes forman grandes huecos en el gas caliente de las galaxias.

La eficiencia de la producción energética de los agujeros negros ha sido calculada en dos pasos: primero, las imágenes de Chandra de las regiones interiores de las galaxias fueron utilizadas para hacer un cálculo de cuánta energía queda disponible para el agujero negro; y luego, calcularon la potencia necesaria para producir los huecos.

Se han revelado nuevos detalles acerca de cómo logran los agujeros negros solventar esto con eficacia extrema.

Parte del gas que inicialmente es atraído hacia el agujero negro puede desvanecerse por la actividad energética antes de llegar al centro del agujero negro, pero una parte significativa debe conseguir aproximarse, donde es empleada con gran eficiencia para impulsar a las corrientes de partículas.

El estudio también afirma que la materia es atraída hacia los agujeros negros a un ritmo constante durante varios millones de años.

"Estos agujeros negros son muy eficientes, pero se tarda mucho en reabastecerles de combustible", dijo Allen en un comunicado.

Según los investigadores, el informe da un nuevo papel a los agujeros negros, pues encontraron que la energía transferida al gas caliente por las corrientes de partículas debería de impedir que se enfríe el gas, interrumpiendo así el proceso de formación de billones de nuevas estrellas, y ello implicaría limitar el crecimiento de las galaxias más grandes. Fin

Uso de eucalipto está em xeque 

O Estado de S. Paulo (Brasil)
por Andrea Vialli

A produção de eucalipto voltou ao centro das discussões, com as invasões de grupos ligados ao Movimento dos Sem-Terra (MST) a empresas do setor de celulose e papel. O plantio em grandes extensões tem sido criticado por ser agressivo ao meio ambiente nas regiões onde predomina a monocultura.

Os produtores de eucalipto são acusados de causar esgotamento das águas nas áreas de plantação e também de prejudicar a biodiversidade no local - tanto que um movimento de mais de cem organizações não governamentais (ONGs) cunhou a expressão "deserto verde" para denominar as áreas de cultura do eucalipto. Especialistas afirmam, porém, que o eucalipto em si não traz impactos ambientais, e sim o modo como é plantado.

"O problema não é o eucalipto, e sim a monocultura em grande escala associada ao monopólio. É quando uma empresa planta 200 mil hectares em uma só área e não gera empregos, não movimenta a economia local", explica Ventura Barbeiro, engenheiro agrônomo do Greenpeace. Segundo ele, o problema é recorrente tanto nas culturas de eucalipto quanto de soja, cana ou café. "É esse modelo agrícola que traz impactos."

Ao mesmo tempo, a cultura do eucalipto tem características próprias que são exacerbadas quando o modelo adotado é o do plantio em grandes áreas. Uma delas é a perda da biodiversidade - por ser uma árvore estéril (não gera frutos), não atrai animais para as áreas em que é cultivado. O plantio próximo a cursos d'água pode levar ao esgotamento dos recursos hídricos, pois a planta consome muita água nos primeiros dois anos do seu ciclo de crescimento.

ESFORÇO

Diante dessas discussões, no entanto, as empresas do setor de celulose e papel têm investido para reduzir os impactos ambientais e sociais da cultura, em um esforço para lapidar a imagem do setor, hoje um dos mais competitivos fora do País. As empresas investem em tecnologias para aumentar a produtividade das plantações, em sistemas de plantio integrados a matas nativas e também em programas de fomento florestal, com o objetivo de inserir o pequeno produtor rural na cadeia de negócios - a empresa fornece mudas e insumos, e o produtor vende a madeira de volta para a empresa.

Para Luiz Cornacchioni, gerente de Recursos Naturais da Suzano Papel e Celulose - que amargou recentemente uma invasão de ativistas do MST -, a expansão do agronegócio de florestas plantadas é o que tem trazido à tona as discussões sobre os impactos da cultura do eucalipto. "O fato é que o eucalipto é um ícone do agronegócio que vem crescendo, e esse crescimento chama a atenção", diz. "O que temos feito é minimizar os impactos dessa monocultura, com investimentos de US$ 1,5 milhão anuais em pesquisas e conservação ambiental."

Segundo ele, as empresas têm planejado os plantios, ao intercalar o eucalipto com matas nativas, modelo conhecido como plantio em mosaico. "Hoje 40% da área de uma propriedade destinada ao plantio de eucalipto é ocupada com áreas de preservação."

A Klabin, maior exportadora de papel do País, também adota o sistema de plantio em mosaico - intercalando eucalipto, pinus e mata nativa - nas suas áreas de cultivo. "Temos feito um esforço no sentido de aprimorar as técnicas de plantio e ao mesmo tempo mudar práticas", afirma José Totti, gerente de Planejamento e Pesquisa Florestal da Klabin.

A Aracruz Celulose, que no mês passado sofreu o ataque das integrantes da Via Campesina, grupo ligado ao MST, diz que são exageradas as críticas às plantações de eucalipto.

"O que existe é um exagero muito grande. Hoje o plantio de florestas corresponde a 3,2% da área disponível para agricultura no País", afirma Carlos Alberto Roxo, diretor de Meio Ambiente da Aracruz.

Para o consultor ambiental Cláudio Guerra, as empresas avançaram no manejo do eucalipto nas áreas que hoje são conhecidas. No entanto, o avanço da cultura em novas frentes é um fator que preocupa, por repetir um modelo de plantio - em grande escala e sem cuidados ambientais - que as empresas mais preocupadas com a responsabilidade social estão banindo. Segundo ele, a expressão "deserto verde" foi um exagero criado para chamar a atenção para o tema. "Foi uma grande sacada de marketing das ONGs."

terça-feira, abril 25, 2006

Índice de hoje 

- La presse de boulevard inaugure l'ère du «people» politique (Le Temps, Genève)
- China inventa el más pequeño electrógeno del mundo-un nanoelectrógeno (Diário do Povo, Pequim)

La presse de boulevard inaugure l'ère du «people» politique 

Le Temps (Genève)

SPHERE PRIVEE. Pour la première fois, un journal a publié les photos volées d'un ministre en vacances sans son autorisation. La manœuvre inquiète à Berne et dans le monde des médias.

por Stéphanie Germanier, Berne

Le président de la Confédération le torse nu, les cheveux au vent et les pieds dans l'eau sur une plage de Mascate (Oman). C'est la photo, digne des grands magazines «people», qui a fait la une du quotidien alémanique Blick lundi.

Les clichés non autorisés mais plutôt flatteurs de Moritz Leuenberger s'accordant quelques jours de vacances avant de rejoindre Doha (Qatar) pour un forum sur l'énergie agitent la Berne fédérale. Ils secouent la culture médiatique suisse, qui a toujours refusé de s'immiscer dans la vie privée de ses politiciens. Jusqu'à présent en tout cas.

«Les photos ont été publiées sans l'accord et contre la volonté de Moritz Leuenberger et de son département», déclarait lundi le porte-parole du DETEC, André Simonazzi. De retour aujourd'hui de son périple à l'étranger, le ministre de l'Environnement et des Transports prendra sans doute position sur cette affaire. Il pourrait par exemple déposer une plainte ou saisir le Conseil suisse de la presse.

Le tabloïd d'outre-Sarine a pris le risque et a jugé d'intérêt public la publication de ces clichés, volés par un lecteur du journal. «Ce n'est pas la première fois que des photos de conseillers fédéraux en vacances sont rendues publiques», explique Werner De Schepper, rédacteur en chef du Blick. Et ce dernier de citer en exemple les escapades sous-marines de Ruth Metzler, lors d'un séjour en mer Rouge. Le responsable ne voit pas non plus de problème dans le fait que Moritz Leuenberger ait opposé son veto. «Ces photos ne nuisent en rien à son image», estime le journaliste. Le photographe amateur à l'origine de ces prises de vue a été «dédommagé et non pas rémunéré» par le Blick. «Mais pas suffisamment pour qu'il puisse payer son séjour», précise Werner De Schepper, qui dit avoir la conscience tranquille.

Un veto de principe

«Moritz Leuenberger ne s'est pas opposé à la publication de ses photos à cause de leur contenu, mais parce qu'il estime que les politiques devraient continuer à avoir le droit de se mouvoir librement dans leurs moments libres. C'est une question de principe, de culture et d'exception suisse», explique André Simonazzi. Un proche du collège confie aussi sa déception. «Les ministres doivent pouvoir conserver leur sphère privée sans craindre les paparazzi et sans être contraints de rentrer le ventre tout au long de leurs vacances par peur d'une photo volée.»

Pour Oswald Sigg, porte-parole du Conseil fédéral, c'est la première fois que des clichés de ministres sont publiés dans de telles circonstances. «Bien sûr, on a déjà montré Adolf Ogi au ski. Mais ces opérations ont toujours été menées d'un commun accord», précise le vice-chancelier. Pareil pour les photos de Flavio Cotti dans sa piscine ou de Ruth Dreifuss couchée dans l'herbe entre deux obligations officielles.

«A première vue, les instants volés à Monsieur et Madame Leuenberger à la plage appartiennent à la sphère privée, même s'il s'agit de personnalités», juge Daniel Cornu, auteur de plusieurs essais sur l'éthique journalistique et ancien vice-président du Conseil suisse de la presse. Ce dernier critique aussi la démarche d'un point de vue déontologique. «Ces photos n'ont pas été prises par un professionnel, et tout laisse penser que le président de la Confédération n'a pas été consulté avant qu'on prenne le cliché ou n'a en tout cas pas posé en connaissance de cause», commente-il.

Plus dérangeant encore, les deux liens internet au bas de l'article accompagnant les photos et qui dirigent les lecteurs vers une chaîne d'hôtels de luxe et vers un voyagiste. Moritz Leuenberger serait-il devenu un support publicitaire pour une destination touristique? «C'est un service que l'on a l'habitude de livrer dans nos pages. Les entreprises concernées ne paient pas pour être citées», affirme Werner De Schepper. «Il s'agit de guider les personnes qui souhaitent vivre les mêmes vacances que leur président», ajoute-il.

La fin de l'exception suisse?

Nombreux sont ceux qui craignent que cette affaire ne soit qu'un premier pas vers la «peopolisation» des politiques. Non, assurent certains. «C'est une tendance depuis quelques années. Beaucoup de politiciens n'hésitent plus à poser dans les magazines durant leurs loisirs ou en famille», fait remarquer un observateur. Daniel Cornu va dans le même sens: «Je me souviens avoir vu Moritz Leuenberger se prêter à plusieurs reprises au jeu des médias.» Au DETEC, on nuance pourtant: «Il n'a jamais exposé sa vie privée», précise André Simonazzi.

Le département a d'ores et déjà envoyé un mot au Blick pour regretter la publication des clichés. A Moritz Leuenberger de décider à présent des suites qu'il donnera à l'affaire.

Mais d'aucuns espèrent que les «dédommagements» accordés par le Blick à ses lecteurs n'encourageront pas les vacanciers à traquer les conseillers fédéraux cet été.

China inventa el más pequeño electrógeno del mundo-un nanoelectrógeno 

Diário do Povo (Pequim)

El Centro Nanocientífico de China manufacturó días atrás el más pequeño electrógeno del mundo-electrógeno de nanometro. Expertos internacionales en la materia señalan que se trata de un importante adelanto en el terreno nanotecnológico.

La investigación ha sido realizada por Wang Zhonglin, catedrático del Instituto de Tecnología de la Universidad de Beijing y director del Departamento de Ultramar del Centro Nanocientífico Nacional de China, y el candidato a doctorado Song Jinhui. Los resultados al respecto fueron publicados en la revista autorizada internacional “Science” en su edición del 14 de abril.

Los expertos estiman que el nanoelectrógeno tendrá amplias perspectivas de uso en los terrenos de biomedicina, militar, telecomunicación sin hilos y detección sin hilos. Este invento podrá integrar las nanopiezas y hacer realidad el nanosistema en su verdadero sentido; podrá reunir energías mecánicas (por ejemplo las energías producidas por los movimientos del cuerpo humano, la contracción de los músculos y la circulación de la sangre), energías de vibración (por ejemplo las energías producidas por las ondas acústicas y supersónicas) y energías hidrodinámicas (por ejemplo las energías producidas por la fluencia de los líquidos, la circulación de la sangre y la contracción de las arterias), convertir estas energías en electricidad para suministrarla a nanopiezas; las energías eléctricas generadas por nanoelectrógenos serán suficientes para que las nanopiezas o nanorobots se autoabastezcan de energías. (Pueblo en Línea)

segunda-feira, abril 24, 2006

Índice de hoje 

- Des raretés de la littérature érotique (Le Monde, Paris)
- Le secret des communications assuré par la lumière (Le Figaro, Paris)
- Nace 'Més Sabadell', nuevo diario gratuito
- Las ventas de aceite de oliva caen el 30% por los altos precios (El Pais, Madrid)
- Los ríos secretos de la Antártida (ABC, Madrid)

Des raretés de la littérature érotique 

Le Monde (Paris)

Avis aux adeptes d'histoires licencieuses : la maison de vente Christie's propose, jeudi 27 avril à Paris, 431 ouvrages de littérature érotique issus de la bibliothèque du collectionneur Gérard Nordmann. Mort en 1992, ce bibliophile suisse s'était attaché à réunir les livres publiés sous le manteau et dont les auteurs furent traqués.

Le clou de la vente sera sans doute Les Sonnets luxurieux de l'Arétin (1492-1556). Cet exemplaire de la première édition du XVIe siècle, enrichi des gravures de Giulio Romano (1492-1546), est estimé entre 250 000 et 350 000 euros.

Son histoire ne manque pas de sel. Giulio Romano réalisa en 1523, douze dessins érotiques, dont on perdit la trace. L'année suivante, le graveur Marcantonio Raimondi qui les avait reproduits les divulga par le biais d'estampes. Cette diffusion le conduisit en prison. L'Arétin prit fait et cause pour Raimondi, obtint sa libération et décida de composer seize sonnets accompagnant les gravures. Cette nouvelle provocation contraignit l'Arétin à fuir Rome. En 1558, l'intégralité de son oeuvre fut mise à l'index par le Vatican.

UN MERLE BLANC

Le spécimen proposé lors de la vente sera d'autant plus convoité que les éditions du XVIe siècle des Sonnets sont rarissimes. D'après le libraire Jean-Claude Vrain, expert de la vente, il est plus fréquent de voir sur le marché des éditions tardives du XVIIIe siècle, négociées entre 5 000 et 10 000 euros.

Parmi les raretés de cette dispersion, on relève aussi le manuscrit de travail des Tableaux des moeurs des temps dans les différents âges de la vie, écrit par le fermier général La Pouplinière en 1750. Estimé à 100 000 euros, ce manuscrit raconte sous forme de saynètes l'histoire d'une certaine Thérèse du Couvent jusqu'à son mariage. L'édition clandestine de 1867 publiée par l'éditeur Poulet-Malassis à Bruxelles se contente de 2 000 à 3 000 euros.

La vente brasse aussi quatre exemplaires du merle blanc de la littérature érotique, Gamiani ou une nuit d'excès (1833). Ce livre constitue une énigme, car bien que les spécialistes en prêtent la paternité à Alfred de Musset (1810-1857), aucun document ne le confirme. La première édition de l'ouvrage, dotée de douze planches lithographiques coloriées à la main est proposée pour 50 000 euros. La quatrième, datée de 1864 et tirée à 120 exemplaires, prétend plus modestement à 2 000 ou 3 000 euros.

Le Catalogue chronologique et descriptif des femmes avec qui j'ai couché de Pierre Louÿs (1870-1925), manuscrit autographe sur l'éducation sexuelle de l'écrivain entre l'âge de 18 et 25 ans, est quant à lui estimé de 60 000 à 80 000 euros.

La littérature érotique ne gagne en intérêt que lorsqu'un propos politique transcende une simple histoire d'orifices. C'est le cas de Justine ou les malheurs de la vertu (1791), du marquis de Sade (1740-1814), dont la vente affiche quatre exemplaires. Version remaniée d'un ouvrage que le "divin marquis" avait terminé à la Bastille en 1787, ce livre a connu un succès tel qu'il fut réimprimé six fois en dix ans. Sade y narre les infortunes de Justine sans recourir à aucune description scabreuse.

L'édition originale est proposée pour 45 000-65 000 euros. C'est le prix que pourrait atteindre une seconde édition, publiée la même année que la première. Cet exemplaire est d'autant plus intéressant qu'il a été cloué au pilori, comme en atteste un trou visible sur quelques feuillets.

Bien que la vente recèle de nombreuses opportunités entre 1 000 et 5 000 euros, les estimations de certains ouvrages s'avèrent parfois plus corsées que leur contenu...

Le secret des communications assuré par la lumière 

Le Figaro (Paris)
por Julien Bourdet

Les informations confidentielles qui circulent aujourd'hui sur Internet, ou entre les banques par exemple, sont codées grâce aux mathématiques. Pour le moment, personne n'est arrivé à trouver une méthode qui permette de décoder rapidement ces messages secrets. Mais rien ne dit que cela ne se produira pas un jour. Voilà pourquoi les recherches pour sécuriser les communications se multiplient.

Depuis quelques années, les espoirs se portent vers une nouvelle technique qui, selon ses promoteurs, assurera dans un avenir proche l'inviolabilité des communications. La cryptographie quantique, c'est son nom, ne repose plus sur les mathématiques mais sur les propriétés physiques de la lumière qui la rendraient ainsi totalement sûre. De nombreuses sociétés dans le monde se sont lancées dans le développement de cette technologie.

35 millions d'euros pour la recherche européenne

Pour l'Europe, un des leaders mondiaux dans le domaine, la cryptographie quantique est devenue un sujet de recherche important. D'ici à 2008, le projet Secoqc, qui réunira onze pays, devrait voir la naissance d'un grand réseau de communication entièrement sécurisé par la nouvelle technique. Dans les quatre ans qui viennent, 35 millions d'euros seront consacrés par la Commission européenne à la recherche dans le domaine des technologies quantiques, dont la cryptographie.

Développée dans les années 90 simultanément dans deux laboratoires, américain et suisse, la cryptographie quantique est à la mode. Pour le moment, trois sociétés – américaine, suisse et japonaise – proposent un outil capable de sécuriser le transfert d'information. Elles utilisent pour cela le réseau de fibres optiques déjà existant. Grâce à un laser, des photons – les grains individuels qui forment la lumière – sont envoyés un par un dans la fibre optique jusqu'à un détecteur. C'est là que réside la différence majeure avec les communications classiques, où c'est un flux de lumière de plusieurs millions de photons qui est transmis. Et c'est ce qui rend en théorie la méthode inviolable. Car si un espion tente d'écouter la communication, chaque photon en garde la trace. L'émetteur et le récepteur peuvent donc s'assurer que l'information est restée intacte pendant son transfert. Et s'en servir comme d'une clé pour coder et décoder par la suite les données secrètes en elles-mêmes qui seront envoyées par Internet ou une autre voie plus classique.

Pas assez vite ni assez loin

Pour le moment, certains secteurs très précis comme des banques ou encore des hôpitaux se sont dits intéressés. Mais la méthode high-tech doit encore faire des progrès. «Cela ne va pas encore pas assez vite ni assez loin», confie Nicolas Gisin, physicien à l'université de Genève. Le record de distance établi depuis deux ans en Suisse et au Japon n'est que d'une centaine de kilomètres.

Les chercheurs ne sont pas en manque d'idées pour résoudre ces difficultés. Ils pensent déjà à créer l'équivalent quantique des «répéteurs», qui amplifient le signal lumineux dans une fibre optique pour le propager sur des milliers de kilomètres. Pour la cryptographie quantique, les répéteurs existants sont inutilisables, car ils détruiraient l'information portée par chaque photon. Seule solution : utiliser des petits groupes d'atomes – pas plus d'une dizaine – capables de «copier» cette information quantique puis de réémettre un photon totalement identique au premier dans la fibre optique. Malgré quelques annonces dans des revues scientifiques, «la technique reste encore cantonnée aux expériences de laboratoire», note Philippe Grangier, chercheur du CNRS à l'institut d'optique d'Orsay.

Même si aujourd'hui les fibres optiques sont les mieux adaptées pour la cryptographie quantique, d'autres moyens sont envisagés. En 2002, une équipe allemande a réussi à transmettre grâce à un laser un message crypté entre deux sommets alpins distants de 23 kilomètres, profitant ainsi d'un air pur en altitude. D'ici à dix ans, l'Agence spatiale européenne compte même mettre en place plusieurs satellites expérimentaux en orbite basse qui communiqueraient avec la Terre grâce à cette technique.

Nace 'Més Sabadell', nuevo diario gratuito 

La Vanguardia (Barcelona)

A partir de hoy, los ciudadanos de Sabadell cuentan con un nuevo diario gratuito y en catalán: Més Sabadell,que lanzó su número cero el pasado viernes. Se trata de un diario de información local y comarcal que distribuirá 18.000 ejemplares, repartidos por todos los distritos de la ciudad. Cuenta con la participación de la televisión de la ciudad, Canal Català Vallès, y la experiencia del grupo de cabeceras Més. / Redacción

Las ventas de aceite de oliva caen el 30% por los altos precios 

El Pais (Madrid)
por VIDAL MATÉ

Los precios del aceite de oliva en origen han descendido en los dos últimos meses una media del 20%. Según los datos manejados por el sector, los precios han pasado de 4,20 euros a una media de 3,40 euros por kilo. Esta caída de las cotizaciones en el campo ha sido la consecuencia directa de un descenso de la demanda en el entorno del 30%, por la subida de los precios al consumidor, hasta un abanico entre 4,50 y 5,39 euros por litro.

La bajada de los precios en origen no ha repercutido aún en líneas generales al consumidor, aunque el mercado no descarta que en los próximos meses se produzca esta esperada repercusión por parte de los consumidores.

Este recorte de las cotizaciones a los productores se considera que se puede mantener sólo con ligeras oscilaciones en los próximos meses ante las previsiones de una próxima buena cosecha por las buenas condiciones climatológicas. Frente a las fuertes subidas habidas este año en el mercado del aceite, dirigentes cooperativos e industriales coinciden en la necesidad de una estabilidad a precios en niveles medios para mantener la demanda.

A mediados de este mes, las industrias envasadoras disponían de unas 180.000 toneladas de aceite, lo que supone materia prima para atender sus ventas durante más de dos meses. Con la caída de los precios, esa mercancía ha perdido valor por unos cien millones de euros. Con esas existencias en sus manos, las empresas no tienen hoy necesidad de salir a realizar compras masivas, aunque se prevé que lo hagan de forma discreta para adquirir un aceite más barato y rebajar la media del precio de todas sus existencias.

Esta campaña se inició con un stock de 230.000 toneladas, a las que se ha sumado una cosecha de unas 830.000 y la posibilidad de unas importaciones de 100.000 toneladas. Todo ello supone una disponibilidad total de 1.160.000 toneladas.

Hundimiento del consumo

En condiciones normales, una demanda interior de unas 630.000 toneladas y más de 500.000 de exportación, los stocks a final de campaña habrían sido inexistentes. Sin embargo, la subida de los precios al consumo hasta los 5,39 euros por kilo ha provocado un hundimiento del consumo y, con ello, la posibilidad de que los excedentes a final de campaña puedan superar las 200.000 toneladas.

En la campaña anterior, las salidas mensuales de aceite para consumo interior y para la exportación se cifraban en unas 100.000 toneladas. Sin embargo, en los últimos dos meses, esas salidas se han reducido hasta sólo unas 70.000 toneladas.

En la década de los noventa, las 500 pesetas de entonces, los tres euros, eran la barrera a partir de la cual se comenzaba a retraer la demanda. En la actualidad, esa barrera se ha elevado hasta los cuatro euros, pero el consumo se ha retirado cuando los precios han superado los cinco euros. En medios agrarios se espera que esas bajadas de los precios en origen se traduzcan en recortes de precios al consumidor, lo cual podría suponer una recuperación de la demanda.

Este hundimiento de la demanda pone de manifiesto que el consumidor sigue sin ver en el aceite de oliva virgen un producto con unos valores más allá de los alimentarios en materia de salud o prevención de enfermedades, como aseguran los informes de los científicos, y pagar por ello un precio más elevado.

Los ríos secretos de la Antártida 

ABC (Madrid)

Un equipo de científicos del Reino Unido ha descubierto grandes ríos que fluyen a cientos de kilómetros de profundidad bajo el hielo de la Antártida. Este hallazgo echa por tierra la idea de que esas masas de agua dulce habían permanecido selladas durante millones de años, albergando por tanto especies únicas

TEXTO: A. ACOSTA

MADRID. No es fácil saber qué ocurre cuatro kilómetros por debajo de la superficie de hielo de la Antártida. Es conocido que bajo esa capa helada existen lagos, como el Vostok, el séptimo mayor del mundo y una de las últimas zonas por explorar del planeta. Hasta ahora se pensaba que estos lagos subglaciales estaban relativamente aislados y tenían una larga existencia. Sin embargo, un estudio del University College de Londres y de la universidad de Bristol (Reino Unido) revela que estos lagos podrían estar conectados entre sí mediante un sistema de túneles bajo el hielo, formando auténticos ríos secretos en el continente helado.

Según detallan los investigadores en el último número de «Nature», estas masas de agua podrían rellenarse de forma regular en respuesta a acumulaciones de la presión de agua. Así, algunos flujos podrían incluso llevar el agua del lago hacia la costa de la Antártida, permitiendo a los lagos descargar en el mar.

Gracias a observaciones de satélite los investigadores comprobaron que bajo la capa de hielo de la Antártida la superficie de hielo tenía elevaciones en dos lagos subglaciales y disminuciones en otro a 290 kilómetros de distancia. Los investigadores entienden que estas diferencias pueden deberse a la existencia de una corriente de unos 1,8 kilómetros cúbicos de agua durante un periodo de 16 meses bajo los cuatro kilómetros de grosor de la capa de hielo.

Además de obligar a replantear algunos planes para perforar estos lagos, pues su conexión pondría en riesgo de contaminación a toda la red de lagos subglaciales, este hallazgo echa por tierra la idea de que esas masas de agua dulce habían permanecido selladas durante millones de años, albergando por tanto especies únicas que se desarrollaron en él. Por eso, eran considerados como «cápsulas del tiempo», que datan del periodo en que el continente empezó a helarse.

«Cámaras del tiempo»

De ahí que los científicos hayan creído siempre que esas especies arrojarían luz sobre otros ecosistemas extremos de otros planetas, como el océano glacial de Europa, una de las lunas de Júpiter. Uno de los autores del estudio, el profesor Duncan Wingham, del University College, asegura que «la noción de que esos lagos eran laboratorios biológicos aislados, va a tener que replantearse».

Hasta la fecha, los científicos han descubierto más de 150 lagos subglaciares, aunque sospechan que pueden existir miles. El mayor es el lago Vostok, que fue descubierto en 1996 por científicos rusos y británicos. Siempre se ha creído que su agua es muy antigua, con un tiempo de residencia medio del orden de 1 millón de años (comparado con los 6 años para el lago Ontario, una cifra normal para lagos de este tamaño), y se han encontrado evidencias de la existencia de bacterias en la capa de hielo a 3.600 metros de profundidad, sugiriendo que el agua del lago pudo sostener la vida. Una idea que defiende en la BBC, Cynan Ellis-Evans, de la universidad de Cambridge, quien cree que este estudio se ha hecho sobre lagos pequeños, pero que el Vostok y otros grandes lagos se han desarrollado de manera aislada y, por tanto, sí pueden ser «cámaras del tiempo» que podrían ayudarnos a entender la vida en otros entornos extremos.

domingo, abril 23, 2006

La visita de Hu Jintao a la casa particular de Bill Gates reviste un significado profundo 

Diário do Povo (Pequim)

El presidente Hu Jintao llegó el 18 de abril a EE.UU. para efectuar una visita de Estado de 4 días de duración. En su programa de actividades figura una visita a la casa particular de Bill Gates, hombre más rico del mundo y presidente del Consejo de Administración de Microsoft, y asistirá a una recepción ofrecida en su honor junto con más de 100 huéspedes.

Bill Gates, como hombre más rico del mundo, es a la vez uno de los dirigentes en el sector de ciencia y tecnología avanzada. La Microsoft Corp. que fundó ha jugado y seguirá jugando un papel orientador en el desarrollo científico, tecnológico y económico en todo el mundo. La visita del presidente Hu a la familia de Bill Gates reviste por lo menos tres siguientes significados:

Primero, su visita manifesta la determinación del Gobierno chino en el mantenimiento del comercio justo y rechazo a la piratería. China, como el segundo mercado más grande del PC del mundo, es objeto de disputa entre los inversionistas internacionales. Con respecto al problema existente de las ediciones piratas en China, el Gobierno chino lo presta alta atención, y los países extranjeros hacen lo mismo. La intensificación de la lucha contra la piratería es una necesidad para promover el desarrollo sano del orden económico en el interior de China, y al mismo tiempo una respuesta de buena fe para con los inversionistas extranjeros.

Antes de la partida del presidente Hu para realizar la visita a EE.UU., el Ministerio de Industria Informativa, la Administración Estatal de Derechos Intelectuales, el Ministerio de Comercio, el Minsterio de Hacienda y otras entidades de China emitieron el 10 de abril en conjunto la ?Circular sobre los problemas pertinentes a la preinstalación de sistemas de operación originales de software en las computadoras?, exigiendo que las computadoras producidas en territorio chino, antes de su salida para el mercado, sean preinstaladas con las ediciones originales de operación. Exige lo mismo para con las computadoras producidas en extranjero pero puestas en venta en el mercado del país. Al propio tiempo, especifica que los fabricantes de computadoras y los proveedores de los sistemas de operación deben, conforme a los reglamentos, informar sobre la cantidad de la venta de sus computadoras y de las preinstalaciones.

El presidente Hu manifestó ante Gates su esperanza de ver una cooperación más estrecha entre Microsoft y China, y dio bienvenida al aumento de las inversiones de Microsoft en China. Manifestó también que China cumplirá sus compromisos en materia de la protección de la propiedad intelectual.

En realidad, la lucha contra la piratería desplegada en China ha promovido directamente el comercio entre los fabricantes chinos y Microsoft. Tres fabricantes nacionales han anunciado su plan de comprar en los tres años venideros sistemas de operación de Windows valorados en 400 millones de dólares USA.

Segundo, la visita encarna el respeto de los dirigentes chinos por la ciencia y tecnología y para con los intelectuales. Según las tradiciones de China, la visita a casa particular es una alta manifestación de cortesía. El Gobierno chino destaca siempre el respeto por los conocimientos y por los hombres de valor. Bill Gates es un capitalista y a la vez un emprendedor exitoso y representante típico de la innovación autónoma. Hace tiempo que sus hazañas de innovación son tópicos favoritos de los chinos, y a los ojos de los jóvenes chinos tiene categoría de héroe.

Cuando visitó la sede de Microsoft, Hu dijo: ?Bill Gates es un amigo de China, y yo soy un amigo de Microsoft.? Hizo constar a Gates que usa todos los días el sistema de operación de Microsoft. Y Gates respondió: ?En cualquier momento que tiene sugerencias sobre Windows, estoy dispuesto a ofrercer ayudas con mucho gusto.? Fuera del contexto de los roces en el comercio chino-norteamericano, un diálogo así parece más bian a una conservación entre viejos amigos, y no entre un dirigente de Estado y un líder empresario.

En la recepción familiar ofrecida por Gates, sólo servía tres platos: ensalda de pintada ahumada, bisteca acompañada con cebolla amarilla o su alternativa lenguada con langostas, pastel de almendra preparado con manteca. Hablando en forma más sencilla, son platos de carne de pollo, carne vacuna o langosta y pescado, y pastel. Desde luego, los norteamericanos siempre reciben de esta manera a sus huéspedes. Desde la visión de los chinos, que ven a Gates como un ?empresario intelectual?, los intelectuales chinos de apego a las tradiciones del país, hacen lo mismo para tratar a sus huéspedes.

Tercero, la visita manifiesta la gran ambición de China para construir un país orientado a la innovación.

El 9 de enero del presente año, el presidente Hu declaró en la Conferencia Nacional de Ciencia y Tecnología que China dedicará 15 años a la construcción de un país orientado a la innovación. Después de tres meses de ese evento, cuando efectúa una visita a EE.UU., visitó en persona la sede de Microsoft para conocer las técnicas avanzadas, esto reviste claramente un significado profundo.

Sin duda alguna, la construcción de un país orientado a la innovación requiere apoyo del Estado en los terrenos institucional y financiero, pero al mismo tiempo, es aún más importante fomentar en la sociedad una ?cultura de innovación?. Reconocer y respectar las conquistas ajenas en la ciencia y tencología, y esforzarse por aprovechar las experiencias avanzadas de otros, deben ser elementos fundamentales para fomentar una cultura de innovación.

La reunión entre el presidente chino y el líder de Microsoft transmite precisamente un mensaje: heredar y desarrollar las excelentes tradiciones de la cultura china, y aprovechar y asimilar activamente las experiencias provechosas de la cultura extranjera. (Pueblo en Línea)

sábado, abril 22, 2006

Índice de hoje 

- Idosos e famílias vão ter mais apoio (Correio da Manhã, Lisboa)
- 375 euros por persona dependiente (La Vanguardia, Barcelona)
- Irán aplicará con más rigor las medidas de vestimenta islámica para la mujer (ABC, Madrid)

Idosos e famílias vão ter mais apoio 

Correio da Manhã (Lisboa)

Sócrates diz que o idoso deve estar no centro das preocupações do Estado, por isso quis anunciar pessoalmente o novo pacote de medidas
Portugal tem um milhão e seiscentos mil idosos, isto é, 16,5 por cento da população. Muitos são doentes, vivem sós ou dependem de outros. Para dar uma resposta ao problema, o Governo vai gastar 300 milhões de euros, nos próximos três anos, em estruturas de apoio – aos próprios e às famílias. Com esse investimento, pretende diminuir os internamentos nos hospitais e criar 49 mil postos de trabalho.

O anúncio da Rede de Cuidados Continuados para Pessoas Idosas e Cidadãos em Situação de Dependência – um programa de medidas nas áreas da saúde e da Segurança Social a ser concretizado em 10 anos – foi ontem feito pelo primeiro-ministro. José Sócrates considerou esta rede uma das grandes reformas do sistema nacional de saúde. “Temos de pôr o idoso no centro das preocupações do Estado.” Para isso, e na sequência de iniciativas anteriores – o complemento solidário e a construção de equipamentos sociais – surge agora esta ajuda centrada na saúde. “São os idosos que mais precisam do Serviço Nacional de Saúde e é necessário uma resposta pronta e integrada com a Segurança Social, hospitais, lares, apoio domiciliário e da família”, disse.

ESBANJAR DINHEIRO

Sócrates considerou ainda que o “Estado está a gastar muito mais dinheiro do que deveria, apenas porque as instituições da Segurança Social e da saúde não estão articuladas”.

O ministro da Saúde, Correia de Campos, revelou que o projecto será financiado pelos jogos sociais, além de verbas divididas entre os ministérios da Saúde e da Segurança Social. “Só este ano, o investimento vai ser de 30 milhões de euros”, adiantou.

Segundo o mesmo governante, a rede agora anunciada integra cuidados de natureza preventiva, recuperadora e paliativa. Para os pôr em prática serão criadas unidades de convalescença, unidades de média duração e reabilitação e ainda unidades de longa duração para acolherem os idosos. Nas duas últimas situações será comparticipado pelos utentes, de acordo com o respectivo rendimento familiar.

Inês Ferreira, coordenadora do projecto, explicou ao CM que as famílias que tenham a cargo idosos ou pessoas dependentes (com deficiência física ou mental) vão ser mais apoiadas. “Essa ajuda traduz-se na oferta de fraldas, medicamentos, colchões antiescara ou ainda em períodos de férias proporcionados ao familiar cuidador.” Neste caso, o idoso é acolhido numa daquelas unidades até três meses por ano. “Cada situação será avaliada por uma equipa que acompanha o idoso.”

Neste apoio social e de saúde participam instituições particulares de solidariedade social (IPSS), as misericórdias e ainda o sector privado, como as clínicas de saúde.

375 euros por persona dependiente 

La Vanguardia (Barcelona)
por CELESTE LÓPEZ

El 1 de enero del 2007 todos los españoles dependientes que lo soliciten será evaluados por equipos especializados que determinarán el grado de minusvalía que presentan y el nivel de prestaciones a las que, desde ese momento, tendrán derecho. Pero no un derecho con la boca pequeña, sino un derecho igual que el que en este momento tiene cualquier menor a recibir una educación, cualquier jubilado a tener una pensión o cualquier ciudadano a recibir asistencia médica. Y eso, al margen de si tiene o no tiene recursos. De hecho, si no recibiera esa prestación, la persona dependiente podría reclamarla en instancias judiciales. Se calculca que el coste medio del servicio por usuario se situará en los 375 euros al mes.

Éste es, al menos, el espíritu de la ley de Autonomía Personal y Dependencia que ayer aprobó el Consejo de Ministros, y que pone las bases para la creación de un nuevo derecho universal de la ciudadanía: el de que ninguna persona dependiente se quede sin atención. Tanto la vicepresidenta del Gobierno, Teresa Fernández de la Vega, como el ministro de Asuntos Sociales, Jesús Caldera, insistieron en la importancia de esta ley, equiparable tan sólo a la universalización de la asistencia médica y la eduación.

LA LEY MÁS CARA. El objetivo de esta ley es que ninguna persona dependiente quede desprotegida y sin recibir la ayuda necesaria para llevar una vida lo más independiente posible. Pero todo esto tiene un coste muy alto. De hecho, esta ley es el proyecto legislativo al que más inversión destinará el Estado. Sólo la Administración central tendrá que aportar casi 13.000 millones de euros en ocho años, que es el tiempo que se calcula necesario para desplegar este derecho. El dinero se destinará a financiar íntegramente la cobertura básica común para todo el Estado. A esta cantidad hay que añadir otros 13.000 millones de euros de las comunidades autónomas para establecer sus propios servicios. Otra parte la deberán aportar los dependientes en función de sus ingresos, aunque por el momento no se conoce el porcentaje. Caldera aseguró, sin embargo, que nadie quedará excluido por no tener recursos ni por tenerlos.

¿QUIÉN ES DEPENDIENTE? El anteproyecto lo deja claro: todas aquellas personas que necesitan ayuda para realizar las actividades básicas de la vida diaria (levantarse de la cama, vestirse, asearse, comer, hacer la comida...), independientemente de su edad. Se calcula que en este momento hay aproximadamente 1,1 millones de personas dependientes en España, el 80% mayores de 65 años, y el resto, minusválidos físicos o psíquicos. Se prevé que, en el 2015, el número de beneficiarios superará el 1,5 millones de personas. A estos beneficiarios hay que sumar las familias que se han encargado hasta ahora y en solitario de la atención a los dependientes, sobre todo las mujeres (el 83% de los cuidadores familiares).

TIPOS DE DEPENDENCIA. A partir del próximo 1 de enero, equipos competentes de las comunidades evaluarán la situación de dependiencia: grado I (dependencia moderada, personas que necesitan ayuda al menos una vez al día); grado II (necesita ayuda dos o tres veces al día, pero no requiere la presencia constante de un cuidador), y grado III (necesita la presencia continua de un cuidador). En función de estos grados, se establecerán las prestaciones. El reconocimiento del derecho a percibir asistencia será expedido por la comunidad y tendrá validez en todo el Estado.

EL PILAR. El derecho a la asistencia dependerá del Sistema Nacional de Dependencia (SND), organismo de nueva creación que será similar al valorado Sistema Nacional de Salud, y en el que participarán las comunidades autónomas. Este SND se configurará como un red de utilización pública, diversificada, que integre de forma coordinada centros y servicios, públicos y privados, debidamente acreditados.

TIPOS DE AYUDAS. Según el grado de dependencia, los equipos competentes indicarán qué tipo de prestaciones necesitan. El catálogo de servicios incluirá el de teleasistencia o de ayuda a domicilio. Este último no sólo se centrará en cuidados domésticos, sino también en cuidados personales, con trabajos de psicomotricidad, entre otros. Además, habrá centros de día y de noche, tanto para mayores de 65 años como para menores de esa edad, y otros para personas que precisan una atención especializada.

También habrá quien precise estar ingresado en una residencia o en centros de atención a dependientes con discapacidad física o psíquica.

AYUDAS ECONÓMICAS. La idea del Gobierno es que éstas sean la menos, porque el SND debe cubrir los servicios. Pero hasta que el sistema no esté del todo desplegado (año 2015), Caldera reconoce que será habitual. La ley establece que se otorgarán ayudas económicas en los casos en que no se disponga de la oferta de servicios que el beneficiario precisa y estará vinculado a que la persona pueda adquirir el servicio en el mercado privado. Es decir, si una persona precisa de un servicio que el SND no le puede procurar por las circunstancias que sean, le entregará una cantidad para que contrate el servicio que necesita en el sector privado. Nunca se podrá quedar con esa ayuda y no contratar el servicio porque sería fraude y como tal está penalizado en la ley.

MUJERES CUIDADORAS. La ley también prevé que, siempre que se den las circunstancias familiares adecuadas, "y de modo excepcional", el dependiente podrá optar por ser atendido en su entorno familiar, y su cuidador recibirá una compensación económica por ello. Eso sí, el cuidador, mayoritariamente mujeres, tendrá que darse de alta en la Seguridad Social. Además, estas mujeres, con una media de 50 años, tendrán la oportunidad de asistir a cursos de formación para la atención a dependientes, de tal manera que luego puedan optar a encontrar un empleo en este sector.

LA AYUDA DEL ASISTENTE. Esta figura tiene como finalidad permitir la autonomía de personas con gran dependencia. El objetivo es contribuir a la contratación de una asistencia personalizada durante un número de horas, que facilite al dependiente una vida más autónoma, el acceso a la educación y al trabajo, y el ejercicio de las actividades básicas de la vida diaria. Inicialmente, se reconocía a los menores de 65 años la ayuda del asistente, pero, al final, se ha ampliado también a los mayores de 65 años.

CALENDARIO. El SND será gradual, tal es su envergadura, y se desarrollará en ocho años. En el 2007, se atenderá a los dependientes más graves, en el 2008 y el 2009 a los severos, y así hasta el 2015, cuando se prevé que esté garantizada la ayudas a 1,5 millones personas.

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