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quinta-feira, março 31, 2005

Índice de hoje 

- L'Allemagne enterre le secret bancaire. Les banques suisses à l'affût (Le Temps, Genève)
- Pronta expedição a Marte (Pravda, Moscovo)
- TNT : la grande révolution du petit écran (Le Figaro, Paris)
- Documentos alemanes aseguran que el KGB soviético ordenó el atentado al Papa (La Vanguardia, Barcelona)
- Se espera que disminuya el ritmo de crecimiento de las exportaciones textiles (Diário do Povo, Pequim)

L'Allemagne enterre le secret bancaire. Les banques suisses à l'affût 

Le Temps (Genève)

A partir du 1er avril 2005, les pouvoirs publics allemands pourront contrôler tous les comptes bancaires. Clairement, des milliers de fonctionnaires des services fiscaux mais aussi de plusieurs autres administrations auront la possibilité d'aller jeter un œil, sans la moindre mesure judiciaire, sur les comptes bancaires de 60 millions de personnes par simple connexion informatique. «C'est le monde de George Orwell qui devient réalité», constate avec regret Manfred Weber, président de la Fédération des banques allemandes. Sauf avis de justice à venir – la Cour constitutionnelle a provisoirement autorisé l'entrée en vigueur de cette loi controversée, souhaitée par le gouvernement afin de lutter contre la fraude fiscale –, le secret bancaire sera définitivement enterré en Allemagne. Spectatrices attentives de cette réforme, les banques suisses s'apprêtent à lancer une opération de séduction vers la clientèle allemande. De UBS à Julius Bär en passant par la Banque Sarasin, plusieurs établissements vont mener une offensive commerciale auprès d'investisseurs qui n'accepteront pas que leur situation financière soit mise au grand jour.

Pronta expedição a Marte 

Pravda (Moscovo)
por Yuri Zaitsev, perito do Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia das Ciências da Federação Russa

Os especialistas e engenheiros russos já elaboraram os 30 tomos que constituem o projecto de expedição pilotada a Marte. A conclusão é óbvia: pode-se falar da expedição a Marte como duma realidade próxima.

Há vários motivos para o constatar e um deles é que nos últimos anos se têm ampliado significativamente os horizontes do nosso conhecimento sobre este planeta e, como consequência, tem aumentado o desejo da Humanidade de chegar até lá. A existência de reservas de água, quase provadas, torna quase real o povoamento do Planeta Vermelho: muitos cientistas supõem ser possível recriar em Marte a atmosfera através do "efeito de estufa" artificial.

As primeiras hipóteses sobre o voo do Homem a Marte surgiram no início da década dos 60 do século passado e foram formuladas pelos fundadores da astronáutica russa, os académicos Serguei Korolev e Mstislav Keldych. Todavia, somente nos finais do século XX se tornou possível comprovar a viabilidade desta expedição espacial graças aos longos voos pilotados nas estações orbitais "Saliut" e "Mir".

A missão tripulada a Marte é um empreendimento tão sério e complexo que requer os esforços conjuntos de muitos países. A fim de assegurar a interacção e coordenação do trabalho dos cientistas russos e ocidentais, foi criado há 4 anos o Comité Científico e Técnico Internacional (CCTI), cujo objectivo fundamental é coordenar os programas nacionais de desenvolvimento do sector espacial de modo a orientar e subordinar os esforços à meta final, que é o voo do Homem a Marte. Esta entidade é integrada por 8 representantes da Rússia, 8 dos Estados Unidos, e 5 da União Europeia.

Actualmente a cooperação internacional na preparação do voo tripulado inclui os centros de pesquisas científicas da NASA e da Boeing (EUA), a Agência Espacial Europeia (ESA) e a empresa Astrium (Europa), os centros científicos da Agência Federal Espacial (AFE), a corporação espacial Energuia, o Instituto de Pesquisas Espaciais (IPE), o Instituto de Pesquisas Médico-Biológicas (IPMB) e outras instituições, da parte da Rússia.

Graças ao subsídio concedido pelo Comité Científico e Técnico Internacional, os especialistas e engenheiros russos elaboraram os projectos-esboços da eventual expedição marciana. A documentação resultante do seu trabalho acabou por ser reunida em 30 volumes, contendo quase na totalidade a informação existente sobre o planeta, as variantes da missão pilotada, os pontos de vista dos especialistas da Rússia sobre todos os aspectos e etapas do voo.

A corporação espacial Energuia propõe, por exemplo, um projecto de nave interplanetária que pode constituir a base para uma estação orbital pilotada marciana (designada por MARPOST). O esquema do seu funcionamento é o seguinte. Os astronautas aproveitam a MARPOST para os voos a Marte; para a sua superfície são enviados robots comandados pelos astronautas a partir da estação. Concluído o programa de estudo de Marte, a MARPOST volta à Terra e voa ao redor dela à semelhança da actual Estação Espacial Internacional.

O Centro de Pesquisas Keldych já efectuou os testes aerodinâmicos numa câmara especial da réplica do futuro aparelho de descida tripulado. Evidentemente, a cópia é 200 vezes menor em comparação com o original, mas é idêntico na sua forma.

O aparelho de descida, na realidade uma plataforma, destinado a levar o homem para a superfície de Marte pesa 35 toneladas. No fundo, são vários módulos autónomos, cada um com a sua missão específica instalados de forma compacta numa cápsula, incluindo uma sonda de Marte e o módulo de retorno. Uma vez que a atmosfera do Planeta Vermelho é rarefeita, o que impossibilita a utilização de pára-quedas - a desaceleração será efectuada com ajuda de motores reactivos.

No que concerne à tripulação, são aconselhadas seis pessoas para a expedição: um comandante, um engenheiro de bordo, um médico, um piloto e dois cientistas. Os três primeiros ficam a bordo da nave-base que vai permanecer em órbita de Marte, ao passo que o piloto e os cientistas - presumivelmente um biólogo e um geólogo - vão efectuar a descida à superfície do planeta. Passado um mês e ultimado o trabalho planeado, os três cosmonautas irão embarcar no módulo de retorno, que se acoplará à nave-base. A duração planeada do voo Terra-Marte-Terra é de 730 dias.

Actualmente, o Instituto de Pesquisas Médico-Biológicas da Academia das Ciências da Federação Russa está a concluir a preparação dos testes de simulação do voo pilotado a Marte. Durante 500 dias, seis pessoas irão permanecer no espaço fechado do módulo de treino, onde serão simuladas as condições de voo, de descida à superfície do planeta e o regresso à Terra. Esta "expedição marciana" simulada terá consigo 3 toneladas de água, 5 toneladas de produtos alimentares, obtendo o oxigénio necessário a partir dos resíduos biológicos. A Agência espacial Europeia já se prontificou a tomar parte neste experimento.

O problema mais grave da preparação e realização da expedição marciana pilotada é a falta de financiamento. Esta questão diz respeito não só à Rússia, como também a outros países participantes, incluindo os Estados Unidos. Ora, o projecto MARPOST deverá ser realizado num prazo de 10-12 anos com o custo equivalente a 1,5 mil milhões de dólares por ano. E mesmo esta soma é significativamente inferior àquela que planeiam os norte-americanos. Outro aspecto a ultrapassar é o facto de o projecto não ter suscitado grande entusiasmo entre os cientistas, sobretudo entre aqueles que se dedicam à ciência fundamental. E o que é ainda pior é a indiferença do Governo, que abre ou fecha as "válvulas" financeiras. O poder federal considera que o envolvimento da Rússia no projecto da Estação Espacial Internacional não dá grande contributo para o desenvolvimento das potencialidades técnicas, científicas e de produção, nem contribui para melhorar a imagem do país. Consequentemente, o financiamento do programa encontra-se entre a vida e a morte. Se alguns meios são concedidos é só porque, além dos "programas espaciais pilotados", a Rússia não possui outros atributos significativos de potência tecnologicamente desenvolvida. Será que o posicionamento dos "detentores do poder" relativamente ao programa marciano vai mudar? Por enquanto é difícil dar alguma resposta.

Nem só a Rússia tem vindo a "desacelerar" o "programa marciano". Nos Estados Unidos acontece o mesmo. Em Janeiro de 2004, quando o Presidente George Bush proclamou "Para trás, para a Lua!" e "Para frente, para Marte!", prometeu também aumentar anualmente, durante três anos, o orçamento da NASA em 5 por cento. Pois bem, no orçamento de 2005 a promessa foi cumprida, mas já para o ano de 2006 este valor foi reduzido em 2,6 por cento. Esta redução atingiu em primeiro lugar o projecto de criação do propulsor nuclear da nave marciana. Assim, no próximo ano a NASA vai receber só 320 milhões de dólares dos 500 que pediu.

Várias razões levam a concluir o desinteresse crescente da administração de Washington pelos programas marcianos, anteriormente anunciados, e por conseguinte a redução do apoio financeiro. A causa é a seguinte: a administração norte-americana propõe-se reduzir para metade até ao ano de 2009 o défice do orçamento federal. E uma das principais fontes para economizar meios é reduzir os programas não relacionados directamente com a defesa, ou seja, os programas espaciais.

É por isso que é perigoso para a Rússia orientar-se para a cooperação com os Estados Unidos na investigação do Universo e sobretudo no que concerne aos voos pilotados. A Rússia já teve uma boa lição neste sentido aquando da criação da EEI: qualquer que seja a superioridade tecnológica do parceiro economicamente mais fraco sobre o mais forte, o primeiro estará sempre na dependência do último. Do ponto de vista técnico, os especialistas e engenheiros russos encontram-se hoje muito perto da realização do voo pilotado a Marte. As posições de líder que a Rússia tem nesta área não são contestadas. Todavia, mesmo assim não diminui o risco de o país se converter em mero "transportador espacial", que países ricos ocidentais podem aproveitar para chegar a Marte.

Por último, convém também assinalar que nem todos os cientistas russos e estrangeiros estão entusiasmados com a ideia de voar a Marte. Muitos astrónomos e outros cientistas sustentam que nas condições actuais esta aventura será um desperdício sem sentido, porque tudo o que o Homem irá executar durante o voo pode ser perfeitamente feito, e com menores gastos, por robots e autómatos. A expedição envolvendo seres humanos vai custar, no mínimo, 100 vezes mais.

Como vimos, é bastante controversa a resposta à pergunta se o Homem irá ou não a Marte nas próximas décadas.

TNT : la grande révolution du petit écran 

Le Figaro (Paris)
por Yann Le Galès

La télévision change. Un tiers des foyers français vont découvrir aujourd'hui sept nouvelles chaînes gratuites avec l'arrivée de la télévision numérique terrestre. Il leur suffit de régler de quelques dizaines à quelques centaines d'euros pour équiper leur téléviseur et lui permettre de doubler le nombre de programmes gratuits reçus. Par la suite, quinze chaînes numériques supplémentaires gratuites et payantes émettront dès septembre.

Signe de l'importance que le gouvernement accorde à cette révolution symbolisée par les trois lettres TNT, Jean-Pierre Raffarin donnera à 17 h 30 le coup d'envoi de cette nouvelle ère télévisuelle.

Matignon et le Conseil supérieur de l'audiovisuel ont joué les premiers rôles pour imposer la TNT. Le premier ministre, soutenu par Jacques Chirac et Dominique Baudis, a dû mener une longue et difficile bataille pour obtenir gain de cause face à TF1 et d'autres adversaires déterminés qui redoutaient le pire avec l'arrivée de nouveaux concurrents comme Bolloré et NRJ. Pragmatiques, TF1 ou encore M6 ont finalement accepté de jouer le jeu en décidant de mobiliser leur force de frappe pour conserver les téléspectateurs plutôt que de prendre le risque de les voir les quitter.

Car si tout se déroule comme l'espèrent ses partisans, la TNT pourrait à terme bouleverser le paysage audiovisuel français de manière aussi spectaculaire que la FM a dynamité celui de la radio.

La télévision est certes déjà un marché de masse. Le câble et le satellite ont séduit 14,8 millions de Français. Mais les experts assurent que l'audiovisuel va encore connaître de belles années de croissance. Les familles consacrent toujours plus de temps à regarder le petit écran. Et des millions de Français ne sont pas abonnés à une télévision payante. Comme dans le téléphone mobile, le gouvernement a choisi de parier sur l'arrivée d'une nouvelle technologie pour relancer la concurrence. Le passé a pourtant démontré que le pire pouvait survenir quand le marché et les consommateurs ne sont pas au rendez-vous. Le câble n'a jamais réussi à décoller. Et le portable du futur, le fameux UMTS, a raté son premier objectif : permettre l'arrivée de nouveaux venus. La bataille s'annonce donc difficile pour les nouveaux concurrents des TF1, Canal + et M6.

Documentos alemanes aseguran que el KGB soviético ordenó el atentado al Papa 

La Vanguardia (Barcelona)
por MARÍA-PAZ LÓPEZ, corresponsal. ROMA

El atentado contra Juan Pablo II, perpetrado por el turco Ali Agca el 13 de mayo de 1981, fue ordenado por el KGB soviético, dirigido por la Stasi de la Alemania comunista, y ejecutado por los servicios secretos búlgaros, según asegura la documentación de los archivos de la Stasi, la policía secreta de la ex RDA, que el Gobierno alemán ha remitido a Bulgaria. Así lo recogía ayer el diario italiano Corriere della Sera, indicando que "el KGB dio la orden del atentado, los servicios búlgaros fueron los ejecutores (encargando a Ali Agca y a otros terroristas turcos la tarea de matar), mientras la RDA dirigía la entera operación y las sucesivas maniobras para despistar".

Los analistas italianos recalcaban ayer cómo estas novedades procedentes de Alemania que confirman la denominada pista búlgara y la autoría intelectual soviética, corroboran también lo escrito por Juan Pablo II en su último libro, Memoria e identidad. En el texto, el Pontífice afirma que "el atentado no fue una iniciativa suya (de Agca), otros lo idearon, otros le encargaron que lo hiciera". Ali Agca, que disparó dos veces contra Karol Wojtyla, declaró primero haber actuado solo, y fue condenado a cadena perpetua, pero en 1982, once meses después de la sentencia, mencionó por primera vez la pista búlgara y aseguró que él fue sólo el ejecutor material.

Tras 19 años de prisión en Italia, el presidente de la República, Carlo Azeglio Ciampi, le concedió la gracia, y fue entonces extraditado a Turquía, donde debe cumplir la pena (conmutada a diez años) por el homicidio en 1979 de Abdi Ipekci, director del diario liberal turco Milliyet. Ali Agca, que en el 2004 solicitó la libertad anticipada, escribió al Papa durante su primera hospitalización en febrero, deseándole pronta recuperación. "Usted y yo sufrimos debido al cumplimiento del plan universal divino -escribió Agca-. Le agradezco que revelara el tercer secreto de Fátima." (Dicho secreto era una profecía sobre un atentado a un obispo vestido de blanco, y Agca aduce que él fue sólo un instrumento de la profecía.) Juan Pablo II cree que la Virgen de Fátima le salvó de morir aquel día, festividad de esta advocación mariana.

Los documentos de la Stasi, actualmente en Sofía, serán puestos a disposición de Italia (que los ha solicitado oficialmente), según dijo el Gobierno búlgaro. En Italia funciona la comisión Mitrokhin, que investiga actividades de los servicios secretos del Este comunista en el país. Alemania entregó esta documentación en virtud de un acuerdo para clarificar las actividades de los regímenes prosoviéticos.

Se espera que disminuya el ritmo de crecimiento de las exportaciones textiles 

CIIC - China Internet International Center (Pequim)

El crecimiento de las exportaciones textiles disminuirá su ritmo a principios de año como resultado de las medidas adoptadas por diversos países para proteger a sus productores locales contra las exportaciones chinas, según han informado fuentes del Ministerio de Comercio.

Zhang Zhigang, vice ministro de Comercio, afirmó que los productores chinos deberían centrarse más en el valor añadido de su producción que en simplemente incrementar el volumen.

“No deberíamos tratar de incrementar la cantidad de nuestra producción textil” afirmó Zhang. Tras la eliminación de las cuotas textiles el pasado 1 de Enero, entre Enero y Febrero las exportaciones de ropa china creció un 28,1% para alcanzar los 934.000 millones de dólares EEUU. La exportación textil en su conjunto se incrementó un 34,6%, alcanzando los 526.000 millones de dólares.

Estos incrementos han tenido como consecuencia que en los Estados Unidos y en Europa se hayan impuesto medidas de salvaguarda para los productores locales.

Zhang insistió en que el incremento de las exportaciones era meramente coyuntural y advirtió en contra de la adopción de medidas proteccionistas.

“Es un fenómeno a corto plazo, no durará mucho tiempo”, explicó, y añadió que “se han hecho progresos iniciales” en la reducción de las exportaciones textiles mediante la introducción de aranceles en algunos productos y proponiendo precios mínimos para los productores.

Gao Yan, presidente del Consejo para la Promoción del Comercio Internacional de China afirmó que unos 415 productores textiles, que representan el 50% de la exportación total del país a Europa y los Estados Unidos, han aceptado ceñirse a este esquema. Gao también estimo que el crecimiento de las exportaciones chinas se reducirá durante los próximos tres años.

quarta-feira, março 30, 2005

Índice de hoje 

- L'Evangile selon Judas est ressuscité (Le Temps, Genève)
- Desenvolvimento duma nave espacial nuclear? (Pravda, Moscovo)
- El calentamiento del clima no volverá catástrofe en los próximos 10 años (Novosti, Moscovo)
- Beijing planea ser una “capital de la moda” del mundo (CIIC, Pequim)

L'Evangile selon Judas est ressuscité 

Le Temps (Genève)

Une fondation bâloise annonce qu'un manuscrit venu d'Egypte est aux mains des scientifiques, en Suisse, dans un lieu gardé secret. Le texte est attribué à Judas, l'apôtre qui a livré le Christ. Car Judas a témoigné comme Marc, Luc, Jean et Matthieu. Mais son évangile a été classé parmi les apocryphes, avant de disparaître.

Florence Gaillard

C'est un conte de Pâques, et peut-être faut-il en douter, comme saint Thomas. Sûr, par contre, que le Da Vinci Code n'a qu'à bien se tenir: en matière de scénario captivant, l'annonce faite mardi par la Fondation bâloise Maecenas enterre tous les romans ésotériques.

De Judas Iscariote, le disciple dévolu par les desseins divins à la trahison, on dit qu'il s'est pendu, par le remords. Et de son évangile, on ne savait presque rien, sinon son existence lointaine: elle est mentionnée par saint Irénée, premier évêque de Lyon qui, au IIe siècle, a dénoncé les hérésies. Et avec elles, le texte de Judas. En 325, lors du Concile de Nicée, l'empereur Constantin opère le tri, pour servir ses desseins politiques unificateurs. Il sépare le bon grain de l'ivraie, l'apocryphe de l'orthodoxe: n'ont été retenus que les témoignages de Marc, Luc, Matthieu et Jean. Depuis lors, pas de nouvelles du fantasmatique Evangile selon Judas, sinon comme titre d'une belle méditation autobiographique de l'écrivain Maurice Chappaz.

Aujourd'hui, on annonce que la parole du traître a été retrouvée. Qu'elle consiste en 62 feuillets d'un dialecte copte égrené sur du papyrus émietté. Nettoyé, reconstitué, photographié, le texte est en train d'être traduit en français, allemand et anglais. Il occupe des coptologues, comme Rudolf Kasser, ancien professeur à l'Université de Genève, des papyrologues et des restaurateurs un peu partout dans le monde, qui comptent pouvoir lire et diffuser les 70% du texte. Mais où diable se cache-t-il? «En Suisse, dans un atelier de restauration gardé secret pour des raisons évidentes», explique Mario Jean Roberty, avocat spécialisé dans les biens culturels, et directeur de la Fondation Maecenas pour l'art ancien, qui a organisé le financement de l'opération.

Le texte sera rendu public à Pâques 2006, en même temps que des ouvrages relatant son histoire. Mais quoi? Que dit-il? Que révèle-t-il? «Nous ne voulons rien en révéler maintenant, explique Mario Jean Roberty. Mais ce sont des informations qui feront réfléchir..., ajoute-t-il avec un grand sourire dans la voix. De quoi remettre en cause certains principes politiques de la doctrine chrétienne... Rien de mystique... Le texte est plutôt concret...»

De la parole de Judas, on ne saura rien de plus avant un an. Mais de l'aventure du manuscrit, on obtient des bribes: le document – vraisemblablement une traduction d'un original en grec –, a été daté par le carbone 14 et les exégètes: IIIe siècle ou début du IVe. S'il a survécu, c'est sans doute parce que les Coptes ont interdiction de détruire un texte qui contient le mot Dieu. Et aussi parce que le climat de la moyenne Egypte, là où on a trouvé le trésor, est suffisamment humide pour préserver les papyrus. Ensuite, il faut sauter à pieds joints sur les siècles, pour atterrir dans les années 1950. Découvert par un Egyptien, le texte passe par la Suisse, puis dort encore vingt ans dans un coffre-fort aux Etats-Unis. Vendu, racheté, revendu, l'Evangile revient en Suisse: une dernière tractation – montant secret – est menée par Maecenas en 2001, qui sort l'objet de la surenchère commerciale. L'Egypte a accepté la donation proposée par la fondation bâloise. «Judas» revient à la vie publique et reposera bientôt au Musée copte du Caire.

«Le codex est un document historique qui appartient à tous. Nous ne voulons pas qu'il soit remis à un groupe religieux quel qu'il soit», explique le directeur de Maecenas, qui suppose: «Il existe vraisemblablement des traces de cet apocryphe dans les caves du Vatican, mais l'Eglise n'en parle pas.» Un an de patience, et l'une des figures les plus intrigantes de l'histoire chrétienne pourra parler.

Desenvolvimento duma nave espacial nuclear? 

Pravda (Moscovo)

A Rússia está pronta a empreender uma viagem pelo espaço sideral. Quer dizer, pelo menos na área de construção de modernos propulsores, a Rússia pode dar uma contribuição significativa para a exploração do espaço longínquo, ou seja, dos confins do Universo.

Moscovo considera neste sentido muito importantes os entendimentos aprovados por 21 países e 15 organizações internacionais, reunidos no final de Março nos EUA. No centros das atenções estiveram as propostas das agências espaciais referentes a viagens interplanetárias. Os resultados da discussão serão incluídos no documento especial a ser aprovado até Agosto de 2005.

De acordo com a declaração do vice-presidente do Instituto Kurtchatov, académico Nikolai Ponomarev-Stepnoi, anunciada no início de Março no âmbito da Conferência Internacional em Moscovo "Energia Nuclear no Espaço-2005", a "Rússia propõe aos participantes do voo a Marte utilizar as tecnologias de propulsores e unidades de potências nucleares russas".

"Se tomarmos agora a respectiva decisão a nível internacional e começarmos os trabalhos, então para 2017 poderemos fabricar um propulsor e o equipamento indispensável para enviar a Marte uma expedição tripulada", considera o projectista-chefe do Centro Científico Dolejal, Vladimir Smetannikov.

Na opinião de Ponomarev-Stepnoi, hoje em mundo há a compreensão de que as longas viagens espaciais são impossíveis sem propulsores e unidades de potência nucleares. Diga-se de passagem que os propulsores nucleares podem ser usados tanto na etapa de aceleração das naves espaciais como ainda servir de fornecedores de energia.

É de notar que o primeiro propulsor nuclear russo foi criado ainda em 1981 pela empresa Energomash, faltava apenas testá-lo. Mas os trabalhos foram interrompidos devido ao endurecimento das exigências na área de segurança ecológica das pesquisas espaciais. Os trabalhos análogos foram iniciados também nos Estados Unidos, mas as investigações nem sequer chegaram à etapa de testes. Mesmo assim, em termos teóricos o aproveitamento da energia nuclear em foguetões espaciais não é algo novo. Provam-no os resultados do Centro Científico de Sistemas Espaciais da região de Moscovo, cujos especialistas estão a construir o assim chamando propulsor eterno, que pode ser usado não só no espaço mas também na Terra. "Já lá vão vários anos que o Instituto está envolvido na criação de um propulsor sem emissão de massa reactiva" - declarou em meados de Março o director do Centro, Valeri Menchikov. - "A deslocação do aparelho é originada pelo movimento dentro do mesmo de um corpo líquido ou sólido de acordo com determinada trajectória, que se assemelha pela sua forma a um tornado. É muito possível que neste efeito de movimento venhamos a presenciar o fenómeno desconhecido de interacção de um corpo com os campos, cuja natureza é pouco estudada, como por exemplo, o campo magnético", explica Menchikov. O prazo de serviço de um tal propulsor é de 15 anos no mínimo, enquanto o número de ligações equivale a 300 mil. O propulsor é alimentado a energia eléctrica produzida por baterias solares. Na opinião dos especialistas do Centro, o propulsor pode ser usado não só para o comando e a correcção das órbitas de aparelhos espaciais e estações orbitais, mas também nos meios de transporte aéreos e rodoviários.

No entanto contar com um propulsor seguro durante o voo espacial não é suficiente. O maior perigo para a tripulação de uma nave espacial advém da radiação. Neste contexto, o Instituto de Problemas Médico-Biológicos (IPMB) da Rússia levou a efeito uma experiência especial, cujos resultados poderão ajudar os cientistas de proteger as tripulações de futuras naves espaciais do efeito da radiação durante as viagens aos confins do Universo.

De acordo com um investigador do IPMB, Vladislav Petrov, este ano planeia-se iniciar na EEI uma experiência de estudo do impacto sobre o organismo humano da radiação secundária, à qual podem vir a ser submetidas as tripulações de voos interplanetários, por exemplo, a Marte. De acordo com o cientista, para tal serão transportados para a EEI aparelhos de registo de neutrões, elaborados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais. "Esta aparelhagem funciona com base no mesmo princípio que o do aparelho montado na sonda americana Odyssey, que hoje circula em torno de Marte. Um aparelho irá registar a radiação de neutrões dentro da estação e um outro - fora da mesma. Durante a análise de dados será ainda levada em conta a informação referente ao meio ambiente marciano obtida pela Odyssey", assinalou Pekhtin.

Andrei Kisliakov
observador política
RIA "Novosti"

El calentamiento del clima no volverá catástrofe en los próximos 10 años 

Novosti (Moscovo)

Moscú, 29 de marzo. Por YURI ISRAEL, académico, director del Instituto del Clima Global y Ecología del servicio Meteorológico de Rusia, adjunto a la Academia de Ciencias de Rusia, para RIA "Novosti".

En los últimos cien años el caldeamiento global del clima ha sido de 0,6 grados centígrados, lo cual ha sido comprobado por un especial grupo intergubernamental de expertos en materia de los cambios climáticos, grupo integrado por más de mil científicos de diversos países. El autor de estas líneas es el vicepresidente de este grupo. Cada cinco años el grupo presenta un informe detallado sobre el estado del clima.

La cifra 0,6 grados centígrados representa un valor relativamente pequeño. Además, el planeta ha conocido tanto períodos glaciales como períodos de caldeamiento, es decir, el sistema climático no representa algo bien estable. De modo que ahora no es preciso hablar ante todo de que en los últimos 20-30 años se produce el caldeamiento del clima sino de aquello que los científicos hasta ahora no son capaces de verificar, a saber: las causas de estos fenómenos ¿Serán naturales o se deben a factores antropogénicos que accionan sobre el sistema climático? Quizás, tanto lo uno como lo otro. ¿O únicamente se deben a factores antropogénicos? Hoy día el objetivo fundamental radica justamente en ello.

Todas las decisiones serias relacionadas con el clima, ya sea el Convenio Marco de la ONU de 1992 sobre el cambio del clima o el Protocolo de Kioto, prácticamente carecen de base científica.

A mi modo de ver, sería necesario aclarar toda una serie de interrogantes antes de proceder a tomar decisiones. Por ejemplo, comprobar el perjuicio que el cambio del clima puede ocasionar. Segundo, determinar el nivel máximo de CO2 en la atmósfera que no perjudica mucho la salud de los seres humanos. Resulta bien lógico que un diagnóstico acertado constituye la garantía de un tratamiento correcto. Eso sin hablar de que la puesta en práctica de las decisiones tomadas requiere a veces enormes medios financieros.

La Unión Europea, por ejemplo, está segura de que no se puede caldear el clima en más de dos grados. Algunos políticos europeos, justamente políticos, sostienen que la concentración de dióxido de carbono en la atmósfera no debe sobrepasar 400 ppmv. Pero el nivel de concentración de ahora ya alcanza 379 ppmv. Partiendo de esta tesis, ellos dicen que la catástrofe se aproxima. Pero nadie aún ha demostrado que 400 ppmv es una hecatombe. Pero el costo de las medidas enérgicas a tomar para mantener el nivel de concentración de dióxido de carbono en la atmósfera por debajo de 400 ppmv totalizará nada menos que 20 billones de dólares USA. A mismo tiempo, si se toma como base el nivel admisible de concentración de dióxido de carbono igual a 750 ppmv, los gastos de su mantenimiento se reducirán en un 90 por ciento. Yo personalmente creo admisible el nivel de concentración de dióxido de carbono igual a 700 -750 ppmv. En mi opinión, el caldeamiento del clima en 4-4,5 grados es bien admisible. En cuanto a las previsiones para cien años en adelante, el grupo Intergubernamental de expertos, que he mencionado al comienzo del artículo, tiene datos acerca de que puede esperarse un posible aumento de temperatura desde un grado y medio hasta 5,5 grados.

Veamos ahora desde el punto de vista teórico qué peligros puede ocasionar el caldeamiento del clima. Este caldeamiento puede provocar el deshielo de glaciares, del casquete glacial de Groenlandia y, por consiguiente, la subida del nivel del océano. Primero, en cinco-diez centímetros y luego, si se deshiela toda Groenlandia, en uno o dos metros. Pero, según todos los cálculos, esto no ocurrirá dentro de cientos sino miles de años. Por lo tanto, considero poco serio hablar de la catástrofe global provocada por el caldeamiento del clima dentro de los próximos diez años.

A mi modo de ver, los científicos deben proseguir sus investigaciones, lo cual por cierto hacen, para dar respuesta al interrogante cardinal relacionado con el cambio del clima. Las investigaciones han sido emprendidas mayormente a instancias de científicos rusos que desde hace más de diez años vienen intentando dar inicio a los amplios debates a escala internacional sobre dos factores: el aumento máximo de la temperatura ambiente y la concentración máxima de dióxido de carbono en la atmósfera. Pero el Grupo Internacional de la ONU sobre el Cambio Climático declinaba regularmente dichas propuestas y sólo en 2001 creó un grupo de trabajo destinado al previo estudio de las peculiaridades del cambio climático a fin de determinar posibles efectos máximos sobre el sistema climático.

Desde luego que la entrada en vigor del Protocolo de Kioto es de por sí un fenómeno positivo que constituye un paso hacia la estabilización y normalización del sistema climático, pero es una decisión a medias tintas y poco eficaz.

Tanto porque, como ya queda dicho, el Protocolo de Kioto prácticamente carece de base científica sólida, como los que van a disminuir las emanaciones de dióxido de carbono a la atmósfera son sólo una cuarta parte de los países, mientras que es absolutamente claro que este problema debe ser abordado por todos.

Beijing planea ser una “capital de la moda” del mundo 

CIIC - China Internet International Center (Pequim)

Días antes, la Asociación China de Industria Textil (AChIT) y el gobierno municipal de Beijing anunciaron conjuntamente su disposición a construir y convertir esta ciudad en una “capital de la moda” del mundo a la altura de París, Milán, Londres, Nueva York y Tokio, y que ello será una señal del cambio de China de un gran país de la industria textil a una potencia en este campo.

El diseño de ropa será la médula de la construcción

Según revela el Programa de Construcción de Una “Capital de la Moda” del gobierno municipal, Beijing ha instituido un organismo de coordinación especial, encargado de hacer de la ciudad el centro de diseño de ropa, de información, de exhibición de la moda, de comercio de artículos finos y de grupos y cadenas empresariales peculiares de China.

La División Municipal de Industria dice que centrada en el diseño de la moda, la construcción de una “capital de la moda” resaltará el alto terminal de la industria de vestimenta, convertirá Beijing en un “centro internacional de diseño y desarrollo de la moda”, preparará un gran número de estudios de trabajo integrados por diseñadores de la ropa de alta clase e intensificará el desarrollo y diseño de telas, tecnologías y modelos de ropa.

El jefe de la división Cheng Lianyuan refirió: El Centro de Desarrollo, encargado del diseño de marcas para la exportación de prendas de vestir, se instalará en la Zona de Desarrollo Económico y Tecnológico de Beijing, localizada en Yizhuang, y el Parque Industrial Internacional de Desarrollo y Diseño de Ropa (China) English Premier, con un área de 80 hectáreas y una inversión de 860 millones de yuanes, sellará los topes de su estructura principal en mayo próximo y contará con 200 estudios de trabajo CAD.

Beijing también atraerá inversiones para formar una franja de industria de ropa con seis bases en los distritos de Pinggu, Miyun, Tongzhou, Shunyi, Daxing y Yanqing, de manera que se configure una distribución de empresas con el desarrollo y el comercio del alto terminal de la cadena del valor en la parte céntrica de la ciudad y el procesamiento y la confección en los suburbios.

Se elevará el status de centro de ferias y exposiciones de ropa de moda

El año pasado, Beijing fue anfitrión de la mitad de las 40 y tantas ferias y exposiciones especiales de importancia nacional, dijo Cheng. Para colmar la necesidad de la “capital de la moda” en lo que atañe a tales eventos, se están proyectando y construyendo locales nuevos. La primera etapa del Nuevo Centro de Exposiciones Internacionales de China, ahora en proceso de construcción, ocupa una superficie de 100.000 metros cuadrados y se entregará al uso en 2006. Y el Centro de Exposiciones de Comercio Internacional de Productos de las Industrias Ligera y Textil de Beijing, ubicado en Dahongmen, entrará en obra en un futuro cercano y cubrirá el norte de China en cuanto al almacenamiento de materiales, el servicio de negocios y ferias y exhibiciones especiales.

Conforme a la División Municipal de Comercio, Beijing se está preparando para reajustar las instalaciones de uso comercial, con el fin de formar aún mejor establecimientos de comercio, calles comerciales y centros de distribución dotados de funciones diferentes y para grupos y clases de ropa también diferentes, y al mismo tiempo, cooperará con otras metrópolis más destacadas del mundo para construir calles de marcas de ropa de moda de prestigio mundial con efecto de impulso para el sector.

Aún está por decidir el tiempo para terminar la construcción de una “capital de la moda”

“China es un gran país de la industria textil pero no una potencia en este campo. Esperamos que la conversión de Beijing en una ‘capital de la moda’ sea su señal”, dice Chen Shujin, Vicepresidente y Secretario General de la AChIT, quien añadió que para entonces “HECHO EN CHINA” se volverá una moda de primer orden en el sector de confección a escala global.

“Sin embargo, este empeño no es cosa sólo del gobierno, sino que está íntimamente vinculado con la conciencia de toda la ciudad sobre el consumo y con el nivel de aprecio de la belleza de sus residentes”, observó un hombre del sector de ropa en la rueda de prensa, quien agregó que para este propósito es preciso elevar la calidad cultural de todo el pueblo y sus normas de aprecio de la belleza, y que es imposible tener éxito de la mañana a la noche y quizá se requiera del esfuerzo de varias generaciones.

Chen Shujin advirtió: “De todos modos sería difícil decir cuándo se termina la construcción de una ‘capital de la moda’ de reconocimiento mundial o fijar un cronograma en este sentido”.

terça-feira, março 29, 2005

Índice de hoje 

- Le non progresse encore et devient majoritaire ao Parti Socialiste (Le Figaro, Paris)
- La passion de Jean Paul II est la maladie de l'Eglise (Le Temps, Genève)
- El Valle de los Caídos (ABC, Madrid)
- Sharón, a salto de valla (ABC, Madrid)
- Comentario: Que EEUU y Japón dejen de ser estorbos (Diário do Povo, Pequim)
- Crémation ou sépulture pour Terri Schiavo (Le Soir, Bruxelas)

Le non progresse encore et devient majoritaire au Parti socialiste 

Le Figaro (Paris)
por Nicolas Barotte

Les appels des partisans du oui n'y ont rien fait : le non s'installe dans le pays. Les Français sont désormais 54% à se déclarer prêts à voter contre le traité constitutionnel lors du référendum du 29 mai, selon le dernier sondage Ipsos pour Le Figaro et Europe 1. Cette enquête a été réalisée les 25 et 26 mars, après la décision du Conseil européen de revoir profondément la directive Bolkestein sur la libéralisation des services, mercredi, et après l'intervention télévisée de Jean-Pierre Raffarin, jeudi. Et malgré cela, le oui perd deux points par rapport à la précédente enquête des 18 et 19 mars.

Le non progresse exclusivement à gauche. Il obtient désormais 58% des intentions de vote, tandis qu'il demeure stable et minoritaire à droite à 33%. L'élément marquant de l'enquête Ipsos concerne le Parti socialiste et devrait inquiéter un peu plus encore François Hollande : les opposants à la Constitution y sont devenus majoritaires à 53% (contre 45% il y a une semaine). En une semaine, le non a progressé de 8 points chez les socialistes, qui s'étaient prononcés pour le oui à 59% lors de leur référendum interne du 1er décembre dernier.

«Le coeur du socle sociologique de la gauche est touché», estime Pierre Giacometti, directeur général d'Ipsos : les ouvriers votent non à 76%, les salariés du public à 58%, les bas salaires à 71%... «Ce sont toutes ces catégories qui avaient fait défaut à Lionel Jospin en 2002.» «Les ingrédients du 21 avril 2002 ne sont pas loin, poursuit-il. Il y a aussi dans ce que nous observons une nouvelle traduction du malaise identitaire qui frappe bon nombre d'électeurs de gauche.» Mais pour Pierre Giacometti, les sympathisants socialistes et écologistes peuvent encore basculer dans un sens ou dans un autre. «Le niveau d'hésitation demeure supérieur à la moyenne nationale», observe-t-il. Aujourd'hui, ces électeurs en demande d'explication «envoient des signes».

Une chose est sûre : la tentative de dramatisation opérée par les tenants du oui s'est révélée inefficace. Une majorité de Français, 51% contre 48% il y a une semaine, considère que le rejet de la Constitution ne porterait pas «un coup d'arrêt grave à la construction européenne». Les sympathisants PS sont 53% à le penser aussi.

Les Français sont davantage partagés sur l'idée d'un «affaiblissement de la France en Europe» en cas de victoire du non. Mais ils sont plus nombreux (45%) à rejeter cette thèse qu'à craindre l'isolement (42%). Encore un argument du oui qui n'a pas porté ses fruits.

Enfin, le souci de déconnecter les enjeux européens et nationaux a partiellement réussi mais sans favoriser le oui. Certes, 67% des Français (75% au sein de l'électorat PS) affirment désormais qu'ils se détermineront au moment de voter en fonction «de leur opinion sur la Constitution européenne». Et ils sont une majorité (55% des Français, 57% des sympathisants PS) à juger «secondaire ou négligeable» leur opinion sur le gouvernement et Jacques Chirac. Mais la situation économique et sociale en France pèsera fortement : cette dimension sera importante au moment du vote pour 66% des sondés (70% dans l'électorat socialiste). Or pour beaucoup, et notamment à gauche, «la construction européenne rime avec délocalisations, remise en cause des acquis sociaux, insécurité économique», remarque Pierre Giacometti. «Si la tentation du vote sanction reste reléguée au second plan, elle peut constituer une sorte de toile de fond politique», ajoute-t-il.

A deux mois du référendum, la part des indécis reste toutefois importante. Seulement 48% des personnes interrogées sont certaines de voter. Parmi elles, 31% n'ont pas exprimé de choix. Enfin, 29% de celles qui se sont prononcés affirment qu'elles peuvent encore changer d'avis.

La passion de Jean Paul II est la maladie de l'Eglise 

Le Temps (Genève)

ANALYSE. Les fêtes de Pâques ont mis en scène un pape muet et épuisé. Dimanche, il n'a pas pu prononcer sa bénédiction urbi et orbi. Lundi, il n'est pas apparu aux fenêtres de ses appartements pour clore les cérémonies par une courte prière, comme il le fait d'habitude. Où va l'Eglise?

por Patricia Briel, mardi 29 mars 2005

Pour de nombreux croyants dans le monde, les fêtes de Pâques ont été assombries par la santé chancelante du pape Jean Paul II. Malgré sa détermination, Karol Wojtyla n'a pas pu participer aux cérémonies pascales. Vendredi soir, il a assisté au chemin de Croix par écran interposé, depuis sa chapelle privée. De leur côté, les fidèles pouvaient voir Jean Paul II de dos sur un écran géant, en train de les regarder le regarder. Dimanche, et pour la première fois depuis le début de son pontificat, il n'a pas pu prononcer sa bénédiction urbi et orbi. On a vu un pape grimaçant et gesticulant chercher vainement un son qui refusait de sortir de sa gorge brutalisée par une trachéotomie. Lundi, Jean Paul II n'est pas apparu aux fenêtres de ses appartements pour dire la prière qui clôt traditionnellement les cérémonies de Pâques.

Ces fêtes ont été symboliques à plus d'un égard. Elles ont mis en scène un pape totalement muet, immobilisé par la maladie, certes courageux, mais dont le corps n'obéit plus aux injonctions de la volonté. Elles ont révélé que cet homme si avide de communication directe avec les croyants n'était plus que le spectateur pathétique de sa propre incapacité physique à communiquer. Ces fêtes, plus que jamais, ont crié l'absence du pape à la tête de l'Eglise. Plus que jamais, aussi, elles ont permis d'identifier le calvaire de Jean Paul II à celui du Christ. Par ses souffrances médiatisées, Karol Wojtyla offre au monde une idée de ce que peut être l'imitation du Christ pour un croyant qui aspire à la sainteté.

Mais à qui profite la passion de Jean Paul II? Le message que cherche à transmettre le pape est-il compris? Certains s'offusquent de ce spectacle doloriste qu'ils trouvent dégradant. D'autres pensent que ce martyre public sert la cause des personnes âgées et des malades, et s'empressent de souhaiter longue vie au pape. Celui-ci a d'ailleurs reçu de nombreux témoignages d'affection et d'encouragement depuis sa première hospitalisation au début du mois de février. On admire le croyant, le malade, le vieillard... Mais admire-t-on le chef de l'Eglise? Pas sûr. La compassion que suscite la souffrance de Jean Paul II semble faire oublier que sa principale fonction est de gouverner l'Eglise. Pas d'être un martyr.

Un symbole de résistance

Pourtant, pour le temps qu'il lui reste à vivre, Jean Paul II a choisi d'être un symbole vivant. Un symbole de la souffrance et de la résistance à l'air du temps qui veut cacher la maladie et la mort. Mais en refusant de renoncer à sa charge alors qu'il n'est plus à même de la porter, en acceptant d'agoniser en public, le pape opère un déplacement de la fonction pontificale. Certes, d'autres papes ont fini leur pontificat dans la maladie et la sénilité. Ce fut notamment le cas de Léon XIII (1878-1903). Comme aujourd'hui, des membres de la Curie paraient au plus pressé. Mais tout cela n'était pas médiatisé. En s'exposant devant les médias pour montrer sa maladie à l'envi, Jean Paul II n'est-il pas en train d'utiliser le trône de Saint-Pierre au service de ses biens spirituels propres, à savoir la quête de la sainteté? La question peut paraître insolente concernant un homme qui n'a jamais ménagé ses forces pour l'Eglise, mais le doute est permis. Jean Paul II cherche à mener les vertus chrétiennes jusqu'à l'héroïsme. Il semble cependant refuser les limites inhérentes à l'exercice. Et l'humilité qui doit l'accompagner.

L'Eglise, dont la voix est déjà bien étouffée par les bruits du monde, a maintenant un pape muet à sa tête. Jean Paul II reparlera-t-il un jour? Ses médecins l'ont laissé entendre. Mais il devient difficile de tendre l'oreille à ses mots. Avant sa deuxième hospitalisation, les paroles de Jean Paul II étaient déjà peu audibles. Qu'en sera-t-il s'il parvient à surmonter son handicap actuel? Et qu'applaudit-on lorsque Jean Paul II réussit, comme l'été dernier lors de sa rencontre avec les jeunes Suisses à Berne, à prononcer des sons dont le sens échappe au plus grand nombre tant ils sont déformés par la maladie? La performance d'un infirme? Une illusion?

Prévoyants, certains cardinaux bien intentionnés ont affirmé que le pape, même s'il devenait muet, pouvait continuer à gouverner l'Eglise. Par écrit ou par gestes. Mais la main de Jean Paul II tremble, et les gestes peuvent recevoir toutes sortes d'interprétations qui n'ont rien à voir avec l'intention de leur auteur. Ces dernières années, la Curie n'a d'ailleurs pas manqué de donner un sens ultra-conservateur à certains actes courageux de Jean Paul II. Ce que le pape a semé de bon, la Curie risque de le détruire si le vide du pouvoir se prolonge à Rome.

Toutefois, le symbole le plus fort de ces fêtes de Pâques est certainement celui-ci: à l'instar du pape, l'Eglise est malade. Non seulement elle se trouve dans l'incapacité d'offrir une parole porteuse de sens pour les contemporains, mais elle est paralysée par la peur d'affronter l'avenir. C'est tout le contraire du message joyeux que le dimanche de Pâques est censé délivrer au monde.

El Valle de los Caídos 

ABC (Madrid)
Por M. MARTÍN FERRAND

EL resentimiento descontrolado de unos pocos, previsto con más gracia en las novelas de Fernando Vizcaíno Casas, ha conseguido para Francisco Franco un protagonismo social y político que no tuvo en los últimos años de su caudillaje; cuando la dictadura, empujada por los acontecimientos, iba languideciendo en bien de los primeros pasos de la Transición. Es ahora el caso del Valle de los Caídos, que, reducido por el uso a una etapa viajera para turistas desorientados, vuelve a ser, como ya fue, una razón para la discordia.

Lo curioso en el siempre agotador péndulo nacional es que el reciente brote de pasión franquista no procede de la intención de quienes fueron sus próximos y devotos. El Valle de los Caídos, Cuelgamuros, como si se tratara de un ejercicio arqueológico, lo ha «desenterrado» del prudente olvido en el que se había instalado Jaime Bosch, senador y baranda de Iniciativa per Catalunya Verd (ICV), la tercera pata del inestable taburete en el que se sostiene el tripartito que mantiene a Pasqual Maragall. ¿Por qué? Básicamente porque a falta de ideas hay que echar mano de los símbolos.

Los recuerdos de parte, guardados en los estuches de la nostalgia, admiten, por falso que resulte, el sentimiento de que el tiempo pasado fue mejor; pero esta modalidad melancólica del adversario que, como una alergia más, nos trae esta primavera es de muy difícil explicación y de imposible entendimiento. Curiosamente, no son los titulares de esa memoria quienes le reivindican, sino sus más empecinados y clásicos adversarios, y eso tiene que tener truco.

El Valle de los Caídos es un testimonio más del sentido faraónico que inexorablemente acompaña al poder político. Es, en la realidad, el mausoleo en el que reposan los restos del anterior jefe del Estado y, como en una picardía de la Historia, la tumba del fundador de Falange Española. Quiso ser, sin conseguirlo, un lugar para el reposo de los caídos de los dos bandos de la Guerra Civil y era ya algo tan distante en la emoción y en el tiempo como un monumento a Castelar, otro nombre, si no faltan las ganas, para el debate entre las dos -¿sólo dos?- Españas. Lo importante es que no decaiga el conflicto.

Habrá que conocer lo que José Luis Rodríguez Zapatero, tan aficionado al secretismo, les habrá dicho a los representantes de ICV; pero, como se anuncia, convertir el Valle de los Caídos -de «Cuelgaduros», como decían los críticos de los Cincuenta- en un «centro de interpretación del franquismo» es algo más que un disparate. Será un acto reincidente en el muy forzado, actual y dinamitador intento de volver al frentismo que condujo a la Guerra Civil y que, a partir de ella, nos ha tenido enzarzados a los unos con los otros en un juego sin gracia y con daño que sólo beneficia a quienes hacen del poder, o de sus expectativas, un medio de vida.

Sharón, a salto de valla 

ABC (Madrid)
Por Juan CIERCO

ARIEL Sharón no está para muchos trotes físicos. Cerca ya de los 80 años y con un notable sobrepeso del que él mismo se jacta, el primer ministro de Israel puede como mucho aspirar a seguir, como hizo en la tarde del sábado mientras convencía al jefe de la oposición de que votara a favor de los Presupuestos Generales del Estado, el fútbol de su selección por televisión, sentado en su sillón preferido del rancho de Los Sicamores, en el desierto del Neguev.

Por eso, casi nadie apostaba un solo shekel por «Arik», así le conoce el pueblo judío, cuando el 2 de febrero de 2004 dio el pistoletazo de salida a la evacuación de Gaza. Entonces, Sharón se enfundó un chándal que le quedaba pequeño después de tanto tiempo en el armario.

Se calzó unas aparatosas zapatillas de deporte y se lanzó a una larga y exigente carrera de obstáculos por las desviadas pistas de Oriente Próximo, en dirección contraria a la de sus «ahijados», los colonos.

Casi catorce meses después, fatigado que no extenuado, «Arik» ha cruzado la meta en primera posición. Ayer saltó la penúltima valla, al rechazar la Kneset por abrumadora mayoría el referéndum sobre la evacuación de la Franja mediterránea. La oposición, tras su partido de «sillón-ball» con el líder del Shinui, Yosef «Tommy» Lapid, le ha retirado además el último obstáculo: el visto bueno a los Presupuestos Generales está garantizado.

Mientras, fatigado que no extenuado, el atleta de viejo cuño, consciente de una victoria cuestionada por los palestinos -que temen que se vaya de Gaza para quedarse con Cisjordania- saborea en la meta su bebida isotónica. Con cerca de 80 años, con ese sobrepeso notable del que él mismo se jacta.

Comentario: Que EEUU y Japón dejen de ser estorbos 

Diário do Povo (Pequim)

Ultimanente, han llamado la atención de la gente las informaciones sobre el estorbo que encuentra la Unión Europea y la postergación del levantamiento del embargo de armas a China, aparecidas frecuentemente en la prensa. El levantamiento del embargo de armas a China antes de fines de junio próximo fue un consenso de los dirigentes de los países miembros de la UE en la reunión cumbre de Bruselas celebrada el 17 de diciembre pasado. Más tarde, la UE trabajó activamente haciendo preparativos por levantar dicho embargo. Entonces, ¿por qué se aplaza el levantamiento del embargo, creando nuevos problemas?

Esto se debe a los obstáculos puestos por EEUU y Japón, los que, descontentos con el levantamiento del embargo de armas a China, ejercen de mil y unal maneras la presión sobre la UE para impedirlo. El Congreso de EEUU aprobó una moción de oposición al levantamiento del embargo de armas a China por parte de la UE; durante su gira por Europa, George W. Bush hizo una declaración amenazadora en el sentido de que “el Congreso de EEUU podrá tomar medidas de revancha”; el presidente de la Comisión de Relaciones Exteriores del Senado de EEUU anunció que si la UE levanta el embargo de armas a China, EEUU impondrá cierto embargo a la UE. Ultimamente, EEUU armó un mayor alboroto en torno la “Ley Antisecesión” aprobada por la Asamblea Popular Nacional (APN) de China, intensificando su presión sobre la UE. Algunos medios de comunicación norteamericanos incluso calumniaron a la “Ley Antisecesión” de China, calificándola de “proporcionar fundamentos legales a la invasión militar a Taiwán”. Justamente bajo la presión de EEUU, se difundió la información sobre la postergación del levantamiento del embargo de armas a China

El embargo de armas a China fue una decisión hecha por la UE hace 16 años. Se trata de un fruto de la Guerra Fría, cuya existencia obstaculiza el ulterior y sano desarrollo de las relaciones entre China y la UE. Comprendiendo esto precisamente, la UE decidió levantar tal embargo anticuado ya hace mucho, lo que indudablemente está a favor de ambas partes y también de la paz y desarrollo del mundo. En sentido fundamental, se trata de una cosa que atañe solamente a la EU y China y no perjudica los intereses de ninguna tercera parte. La actuación de EEUU de crear problemas y realizar una intervención arbitraria constituye una manifestación del hegemonismo.

Actualmente, China se dedica al desarrollo económico y al mejoramiento de la vida del pueblo, persiste en seguir el camino de desarrollo pacífico y aplica una política de defensa nacional a la defensiva. China es un país grande y responsable. El gobierno chino ha declarado repetidas veces: El levantamiento del embargo de armas persigue la finalidad de eliminar la discriminación política contra China. De hoy en adelante, levantado el embargo de armas, China no podrá ni tendrá la necesidad de hacer compras masivas de equipos bélicos en Europa. La posición y acciones de China en los problemas internacionales han comprobado que China es una fuerza activa e importante para mantener la paz y el desarollo estable del mundo.

El problema de Taiwán es un asunto interno de China y ningún otro país tiene derecho a intervenir. Nadie desea más que el pueblo chino resolver de manera pacífica el problema de Taiwán. La “Ley Antisecesión” aprobada por la APN de China es una ley de reunificación pacífica que tiene por objetivo mantener la paz y estabilidad en la región del Estrecho de Taiwán y rechazar y contener a las fuerzas partidarias de la “independencia de Taiwán”. La estabilidad de la región del Estrecho también está a favor de la paz y estabilidad de la región de Asia y el Pacífico. Tal ley de paz está conforme a la actual corriente mundial. “Endemonizar” tal ley de paz describiéndola como una ley de “proporcionar fundamentos legales a una invasión militar a Taiwán” sólo puede demostrar que algunas personas tienen segundas intenciones en el problema de Taiwán y tratan por todos los medios posibles de perjudicar la imagen de China con miras a detener su desarrollo.

En los últimos días, la UE y los dirigentes de algunos países miembros manifestaron una vez más su decisión de levantar el embargo de armas a China. Ellos compartieron el firme criterio: El embargo de armas es una medida de sanción “injusta” y ya anticuada y no concuerda con la realidad de las relaciones entre la UE y China; la UE desea establecer las relaciones firmes de socio con China y la intensificación del diálogo es precisamente la mejor contribución de la UE al refozamiento de la seguridad de Asia. El levantamiento del embargo de armas a China es totalmente una acción sensata y conforme a la corriente. EEUU y Japón no deben desempeñarse como estorbos para el desarrollo de las relaciones entre la UE y China.

Crémation ou sépulture pour Terri Schiavo 

Le Soir (Bruxelas)

L'Américaine Terri Schiavo, au centre d'une polémique nationale sur l'euthanasie, n'est pas encore décédée que déjà ses parents et son mari s'opposent sur sa dépouille, les premiers étant très hostiles à la crémation souhaitée par leur gendre.

Michael Schiavo, le mari et tuteur de Terri, a en effet l'autorité légale pour décider du sort qui lui sera réservé après sa mort, après avoir obtenu en justice que son cathéter d'alimentation artificielle soit débranché le 18 mars, 15 ans après un accident vasculaire qui l'a laissée dans le coma. Il a donc techniquement le droit de la faire incinérer et de faire installer ses cendres dans un cimetière de Pennsylvanie, où reposent d'autres membres de sa famille.

Mais cette idée fait horreur aux parents de cette Américaine de 41 ans, des catholiques traditionnalistes souhaitant qu'elle soit enterrée en Floride, où elle a vécu quelques années avant son attaque vasculaire, et où leur combat contre l'euthanasie a mobilisé de puissantes organisations chrétiennes conservatrices. Parallèlement à un combat politico-judiciaire de plus de cinq ans visant à maintenir leur fille en vie, les parents de Terri Schiavo ont donc engagé une énième démarche en justice, pour faire valoir que la crémation est interdite quand elle est décidée pour raisons contraires à la doctrine chrétienne, aux termes du droit canon catholique.

Selon le moine franciscain Paul O'Donnell, qui se présente comme leur conseiller spirituel, la famille Schindler craint surtout que Michael Schiavo organise la crémation tout de suite après le décès, sans obsèques catholiques traditionnelles. C'est important pour la famille que le corps soit placé dans un cercueil, a souligné le frère O'Donnell, mais ce sera à la discrétion de Michael Schiavo, ajoute-t-il. Terri Schiavo, au centre d'un débat national sur l'euthanasie largement alimenté par des organisations chrétiennes conservatrices ayant pris fait et cause pour son maintien en vie, pourrait expirer d'un moment à l'autre.

Elle a reçu l'extrême-onction et son cathéter d'alimentation artificielle a été débranché le 18 mars. Selon les militants anti-euthanasie les plus combatifs, Michael Schiavo aurait en fait opté pour la crémation pour faire disparaître son corps au plus vite et éviter des questions gênantes. Certains observateurs ultra-conservateurs l'accusent en effet d'avoir frappé sa femme, ce qui aurait provoqué l'accident vasculaire. Mais l'avocat de Michael Schiavo a tenté de couper court à ces rumeurs lundi en annonçant qu'une autopsie serait pratiquée. Elle permettra notamment, a indiqué l'avocat George Felos, que l'opinion connaisse toute l'étendue des lésions cérébrales subies à la suite de son arrêt cardiaque en 1990.

Sur la foi de l'expertise d'une vingtaine de médecins, la justice avait déterminé que Terri Schiavo se trouve en état végétatif permanent. Ses parents, Bob et Mary Schindler, estiment au contraire qu'elle a gardé un état de conscience minimale, révélé selon eux par des variations d'expression du visage, ce qui a animé leur combat pour la maintenir en vie.
(D'après AFP)

segunda-feira, março 28, 2005

Índice de hoje 

- Las intrigas ucranianas del gas (Novosti, Moscovo)
- PRS avança com candidatura de Kumba Ialá à Presidência (Público, Lisboa)
- Los secretos mejor guardados del mundo (La Vanguardia, Barcelona)

Las intrigas ucranianas del gas 

Agência Novosti (Moscovo)
Por Igor Tomberg, candidato a Doctor en Economía, colaborador del Instituto de estudios económicos y políticos internacionales adjunto a la Academia de Ciencias de Rusia.

La reciente visita del presidente ucraniano Víctor Yuschenko a Ashjabad podría considerarse, a juzgar por la prisa con que fue preparado y realizado este viaje, como una reacción a la necesidad de acordar urgentemente los suministros del gas turkmeno a Ucrania, tema que tiene importancia vital para este país. Sin embargo, Yuschenko no consiguió persuadir al "padre de los turkmenos" de que bajase el precio, no sólo porque ambos mandatarios son una especie de antípodas políticos ni tampoco por el hecho de que los acontecimientos en Kirguizistán difícilmente contribuyen a que Saparmurad Niyazov sienta más simpatía hacia el líder de la "revolución naranja". La intransigente postura de Turkmenistán se debe, más bien, a una evaluación objetiva de las cosas en Ucrania, a la cual simplemente no le queda otro remedio sino pagar por los suministros para evitar una crisis energética.

Poco a poco, Kiev irá perdiendo el gas "barato" que recibe hoy del consorcio ruso Gazprom como pago por el tránsito a través del territorio ucraniano. En el presente año, Ucrania obtendrá 23.000 millones de kilómetros cúbicos del gas ruso a un precio de USD50 por 1.000 Km3. El gas turkmeno, entretanto, le sale a USD58, a lo cual debe sumarse el coste del transporte desde Turkmenistán a la frontera ucraniana. Mediante los acuerdos que fueron logrados en el año pasado, el volumen de las transacciones de trueque debe bajar gradualmente hasta alcanzar 15.000 millones de Km3 para 2009. Los nuevos dirigentes de Ucrania expresaron en más de una ocasión su descontento por el compromiso conseguido en agosto entre Gazprom y quienes encabezaban en aquellas fechas la corporación del gas y el petróleo ucraniana. Y a pesar del que el presidente ruso Vladímir Putin aseguró a la prensa, después de haberse entrevistado en Kiev con Víctor Yuschenko, que las partes no piensan renunciar a los acuerdos logrados en dicha materia, tal probabilidad existe.

Las evidencias apuntan a que Turkmenistán también quisiera revisar ahora el convenio de cooperación estratégica en el sector del gas firmado con Rusia en 2003 por un plazo de 25 años, de 2004 a 2028, y se muestra dispuesto a reorientarse hacia Ucrania. Mediante este convenio, Rusia se compromete a comprar en dos años la práctica totalidad del gas turkmeno - 60.000-70.000 millones de Km3 anuales en el período de 2007-2008 - y más tarde, una cantidad de entre 80.000 y 90.000 millones de Km3 anuales. Según las fuentes de Gazprom, el presidente turkmeno está dispuesto a rescindir el contrato pero tiene miedo de exponerse a las sanciones del arbitraje internacional.

En la actualidad, Rusia no tiene motivos legales para bloquear el suministro directo del gas turkmeno a Ucrania alegando, por ejemplo, las limitaciones de capacidad existentes en el sistema de gasoductos Asia Central-Centro. En caso de que Ashjabad renuncie de forma unilateral a los compromisos contractuales que tiene contraídos con Rusia, habrá un pretexto para hacerlo. También es cierto que Turkmenistán no tiene a quién ofrecer su gas: si descontamos los suministros de bajo volumen hacia el norte de Irán, la única ruta de exportación es a través del territorio ruso porque todos los proyectos alternativos del tránsito existen sólo sobre papel.

Según la información del ministerio turkmeno del Gas y el Petróleo, la extracción del gas en los primeros dos meses de 2004 sufrió un descenso del 6% sobre el respectivo período del año anterior, y la exportación bajó un 12%. Dicho departamento atribuye el recorte al cese de los suministros del gas a Rusia y el decreciente volumen de su exportación a Ucrania.

La reciente visita de Yuschenko tenía por tanto un intríngulis mucho más profundo que las cuestiones de precios, volúmenes o hasta plazos, aunque Ucrania se ofreció para firmar un contrato sobre los suministros del gas para un período de 20 o 30 años. A pesar de que el presidente ucraniano fracasó en el tema de los precios, su viaje a Turkmenistán representa un punto de partida muy importante en el proceso de la expulsión de Gazprom y el debilitamiento de su monopolio sobre los envíos del gas centroasiático a Europa.

Previamente a la visita, la agencia RusEnergy citaba a una fuente próxima al Gobierno de Turkmenistán: "Nuestra dirección se muestra interesada en cooperar con una organización que varias naciones europeas quisieran establecer para vender el gas turkmeno en el mercado mundial. En un futuro inmediato esperamos la visita del presidente ucraniano, Víctor Yuschenko, para celebrar las negociaciones con vistas a una cooperación a largo plazo en materia del gas".

Poco a poco se va perfilando la coalición de fuerzas que aspiran a ocupar el lugar del grupo Gazprom en el mercado del gas euroasiático. En términos diferentes y con motivos diferentes, varios representantes de Alemania, Ucrania y Polonia anunciaron durante la semana pasada la intención de crear una alianza, la Casa Europea del Gas, que estaría integrada por el consorcio energético alemán E.ON Ruhrgas, la empresa ucraniana Naftogaz Ukraini y la polaca PGN&G.

El apoyo por parte de Alemania podía haber alentado a Yuschenko a una búsqueda más activa de acuerdos separados con Turkmenistán, al margen de Rusia. Y aunque la presencia de E.ON Ruhrgas en este esquema del desalojo podría moderar un tanto la posición negociadora de Gazprom, el cual no quiere estropear las relaciones con los socios alemanes, no excluye el uso de otras variantes.

Así, Moscú podría ponerse de acuerdo con Uzbekistán para que este país incremente sus capacidades del transporte del gas, o bien aproveche las tuberías rusas para la exportación. En este caso simplemente no habrá cabida para el gas turkmeno. En cuanto al abastecimiento del mercado ruso, el tema no suscita especial preocupación. Los expertos creen que la actual incertidumbre en torno a la importación del gas turkmeno ofrece una buena oportunidad a varias productoras independientes en Rusia, tales como Novatek. Si se redujera el volumen de los envíos garantizados desde el Asia Central, Gazprom podría ceder una parte del mercado interno a las productoras autónomas.

En el pasado ya hubo casos en que Kiev y Ashjabad pactaron acuerdos sin preocuparse por los intereses de Rusia. Sin embargo, a la hora de su implementación siempre se planteaba el problema de las tuberías, de manera que finalmente la geografía lo ponía todo en su lugar. La reciente visita de Yuschenko a Turkmenistán tendrá, probablemente, el efecto parecido.

PRS avança com candidatura de Kumba Ialá à Presidência 

Público (Lisboa)
por Jorge Heitor

O Partido da Renovação Social (PRS), actualmente a segunda força da Guiné-Bissau, com 35 deputados, escolheu sábado à noite o antigo Presidente Kumba Ialá, deposto em Setembro de 2003, como o seu candidato à chefia do Estado, nas eleições de 19 de Junho, desafiando todas as recomendações feitas por políticos europeus e africanos.
Ialá está oficialmente impedido de concorrer, pois renunciou ao cargo e comprometeu-se a não se candidatar a cargos políticos até 2008. Mas parece agora estar a fazer tábua rasa da Carta de Transição Política que procura dar algumas estabilidade ao país, que já conheceu uma sucessão de golpes de estado e de conjuras.
O mais controverso dos políticos guineenses desta última década foi designado candidato por 84,7 por cento dos 137 membros do Conselho Nacional que participaram numa reunião efectuada para esse efeito. Ialá atraiu a si 117 notáveis do partido, enquanto 12 preferiram Iaia Djaló e cinco José de Pina, depois de Jorge Malú, antigo presidente da Assembleia Nacional Popular, ter desistido da corrida.
Depois de ser escolhido como candidato, o líder histórico do PRS afirmou que outro ex-Presidente, João Bernardo "Nino" Vieira, exilado em Portugal desde 1999, seria o único adversário que verdadeiramente lhe poderia fazer frente nas eleições de Junho.
Os seus partidários distribuiram ontem um comunicado à imprensa onde apontavam para uma "ingerência grosseira" de Portugal e da União Europeia, que não gostariam de ver anulada a declaração de renúncia que Ialá fez em 2003. O embaixador de Portugal em Bissau, José Manuel Pais Moreira, evitou, segundo o site Notícias Lusófonas, comentar as insinuações feitas pelos partidários de Kumba Ialá quanto ao que este considera ser uma má vontade de Lisboa.

CEDEAO preocupada
No sábado, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) manifestou-se preocupada com a situação geral na Guiné-Bissau, que só nos últimos sete anos assistiu a uma guerra civil, à deposição de dois presidentes, "Nino" Vieira e Kumba Ialá, e ao assassínio de dois generais que chefiaram o Estado-Maior das Forças Armadas, Ansumane Mané e Veríssimo Seabra.
A instabilidade tem sido uma constante no território guineense sobretudo desde que, em 1998, Mané e Seabra constituíram uma Junta Militar para combater "Nino", que em 14 de Novembro de 1980 depusera o primeiro Presidente do país, Luís Cabral, actualmente também a viver em Portugal.
A crise económico-social tem sido profunda e tem minado a autoridade do Estado, na primeira das antigas colónias portuguesas na África a proclamar a sua independência, logo em 24 de Setembro de 1973, sem esperar pelo fim do regime de Américo Tomás e Marcelo Caetano.
Num país com perto de 650.000 eleitores, em grande parte analfabetos, o voto étnico tem vindo a pesar bastante; e é precisamente nisso que apostam Kumba Ialá e o PRS, dentro do pressuposto de que a etnia balanta (a que pertence Kumba Ialá) não foi devidamente recompensada pelo contributo que deu durante uma década para a luta de libertação nacional (iniciada em 1963, sob a coordenação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, criado por Amílcar Cabral).
Os balantas teriam constituído a grande fatia dos 26,5 por cento dos guineenses que em Maio do ano passado optaram pelo PRS nas legislativas ganhas pelo PAIGC, que conta sobretudo com o voto das comunidades mandinga, beafada e papel.
Se conseguir que o Tribunal Regional de Bissau impugne a sua declaração de renúncia, esta será a terceira vez, em 11 anos, que Ialá se apresenta como candidato à chefia do Estado, depois de em 1994 ter sido vencido por "Nino", e de no início de 2000 ter batido o então Presidente interino Malan Bacai Sanhá, que volta agora a ser o candidato oficial do PAIGC.

Los secretos mejor guardados del mundo 

La Vanguardia (Barcelona)
por JOSEP CORBELLA

Son datos que nadie puede interceptar sin delatarse.

Aprovechando los principios de la física cuántica, que dicen que no se puede observar una partícula sin modificarla, una empresa suiza y una estadounidense han empezado a comercializar ya un sistema de transmisión de datos invulnerable.

El sistema tiene aún sus limitaciones: permite transmitir un máximo de un megabit por segundo, a un máximo de cien kilómetros de distancia, y cuesta entre 50.000 y 100.000 euros por unidad. Todo ello restringe su uso, por ahora, a unos pocos gobiernos -en particular, sus ejércitos- y unos pocos bancos. Pero en el futuro la llamada criptografía cuántica puede ayudar a mejorar la seguridad de las transacciones por internet y otras transmisiones de datos privados.

Físicos del Institut de Ciències Fotòniques (ICFO) de Barcelona han presentado desde principios de año tres investigaciones que sientan las bases para ampliar las posibilidades de la criptografía cuántica. Las investigaciones publicadas en Physical Review Letters,considerada la revista de física más importante, permiten establecer hasta qué punto un canal de comunicación es seguro, cómo hay que codificar la información para obtener una seguridad máxima y qué volumen de datos se puede encriptar.

"No es que los sistemas actuales no sean seguros", advierte Ignacio Cirac, investigador del Instituto Max Planck en Munich (Alemania), asesor del ICFO y coautor de una de las investigaciones. Pero los ordenadores cuánticos que los físicos esperan crear en las próximas décadas tendrán una capacidad de cálculo tan fabulosa que podrán descifrar cualquiera de los códigos de seguridad actuales. "Para lo que sirve la criptografía cuántica -advierte Cirac- no es para evitar que alguien intercepte nuestras transmisiones hoy día. Pero si transmitimos datos que queremos que sigan siendo secretos dentro de 30 años, como puede ocurrir en relaciones entre gobiernos, debemos enviar la información de un modo que no la pueda leer ni un ordenador cuántico".

Una prueba de su interés estratégico es que el Laboratorio Nacional de Los Álamos, donde Estados Unidos desarrolla parte de su investigación militar, ha reclutado uno de los grupos de trabajo más potentes del mundo. La nueva tecnología se basa en codificar la información en fotones que se transmiten por cables de fibra óptica. Un emisor llamado Alicia envía información a un receptor llamado Bob, y un espía llamado Eva intenta interceptarla. "La gente se aburrió de hablar del emisor A y el receptor B, y a la A ahora todos los investigadores la llamamos Alicia y a la B, Bob", explica Antonio Acín, coautor de las investigaciones del Icfo. "Eva viene del inglés eavesdropper [persona que escucha conversaciones ajenas], que se abrevió a Eve, o sea, Eva".

En los trabajos de Acín, los fotones se envían de dos en dos para aprovechar un extraño principio de la física cuántica llamado entrelazamiento. Dos partículas entrelazadas vienen a ser como un matrimonio: están relacionadas entre ellas incluso cuando estén separadas. Y si una de las dos partículas cambia, de manera instantánea cambia la otra. Los físicos no saben muy bien cómo ocurre, pero múltiples experimentos han confirmado que ocurre. Aquí es donde entra en juego otro extraño principio, también comprobado experimentalmente, según el cual basta con observar una partícula -en este caso, un fotón- para que sus propiedades cambien. Si Alice envía fotones entrelazados a Bob y Eva lee la información, las partículas que le lleguen a Bob habrán cambiado por el camino -concretamente, habrá cambiado lo que los físicos llaman el spin, que es la característica que se utiliza para codificar la información-. En este momento, Bob aún no sabrá que el mensaje que recibe no es el que le ha enviado Alice. Pero cuando instantes después Alice le envíe un segundo mensaje complementario y Bob lo coteje con el primero, descubrirá si un espía lo ha interceptado. "No evitamos que el espía lea la información, pero detectamos el espía inmediamente", explica Acín.

Una de las investigaciones ha demostrado que, siempre que se puedan enviar fotones entrelazados, se puede verificar si un canal es seguro. Una segunda investigación, en la que ha participado Cirac, ha aclarado cómo hay que procesar los fotones en el laboratorio para sacar el máximo beneficio de la criptografía cuántica. Y la tercera establece, en función de la información que se pierde de manera espontánea durante una transmisión y del ruido del canal, qué volumen de datos es posible encriptar.

Id Quantique, de Ginebra, y Magio Technologies, de Nueva York, llevan dos años comercializando sistemas de criptografía cuántica. IBM, Fujitsu, Toshiba y NEC desarrollan productos que aún no han llegado al mercado. "Nos encontramos en el punto en que se encontraba el láser cuando se inventó -explica Cirac-. Nadie sabía para qué serviría y ahora está en todas partes. Con la criptografía cuántica puede ocurrir lo mismo".

domingo, março 27, 2005

Índice de hoje 

- E a Igreja? por Vasco Pulido Valente (Público, Lisboa)
- Computador bate recorde de velocidade a 135,5 trilhões de cálculos por segundo (BBC Brasil)
- Taiwán sale a la calle contra la ley antisecesión (La Vanguardia, Barcelona)
- Kofi Annan y su hijo, en apuros por el escándalo de la venta de petróleo iraquí (ABC, Madrid)

E a Igreja? 

Público (Lisboa)
por Vasco Pulido Valente

Ontem, em conversa com este jornal, as cabeças pensantes da direita portuguesa conseguiram o milagre de falar da direita sem falar da Igreja. Voluntária ou involuntária, esta omissão é curiosíssima. Por várias razões. Primeiro, porque a história e a própria existência da direita sempre esteve, e continua a estar, ligada à Igreja. O miguelismo foi uma aliança entre o trono e o altar e o anti-clericalismo dividiu os campos durante todo o século XIX e mais de metade do século XX. Ninguém conseguia ficar neutro ou sequer à margem. Ou se estava de um lado ou se estava do outro. A literatura (incluindo o ensaio) reflecte, aliás, muito fielmente o que sucedia na sociedade e na política. De Garrett a Sérgio, corre, página a página, um ódio inextinguível à Igreja e ao padre, que nenhum católico conseguiu contrariar ou sequer mitigar. A Monarquia caiu em grande parte por causa da "questão religiosa" e a República ou, mais precisamente, o Partido Democrático de Afonso Costa não passou em grande parte uma perseguição endémica à Igreja.
Mas, no fim, a Igreja ganhou. Salazar era a sua criatura e o Estado Novo o seu regime. Muito se tem escrito sobre a independência que Salazar supostamente assegurou ao Estado. Não assegurou nada. A Ditadura vivia do facto, para ela feliz, de existir um pároco em cada paróquia. Não precisava de um partido único para doutrinar, vigiar e reprimir a população. A Igreja bastava e, quando ela faltou, depois do Concílio e de Paulo VI, tudo tremeu e se desfez. Caetano, coitado, acabou sem fé. Mas, durante o PREC, a Igreja resistiu e ainda em 1979, na campanha da AD, assisti a muita missa em que se proibia o voto no PS, por ser obviamente um "partido marxista". Em 1980, os velhos ministros de Salazar já ensinavam na Universidade Católica, que desde essa altura se tornou na principal escola de quadros da direita.
Fora esta realidade crua e dura, também não se vê bem como qualquer "refundação" do CDS ou do PSD possa a prazo prescindir dos valores da Igreja e do seu apoio institucional activo. Não por acaso aumenta constantemente o número de políticos que exibem com clamor o seu catolicismo. Eles sabem que precisam de uma referência ao mesmo tempo popular e sólida para moderar ou conter o "politicamente correcto". Que num debate sobre a direita, a uns dias do referendo sobre o aborto, e quando se recomenda o "debate ideológico", a Igreja não se mencione é um contra-senso ou uma fuga.

Computador bate recorde de velocidade a 135,5 trilhões de cálculos por segundo 

BBC (Brasil)



Blue Gene/L, o mais rápido supercomputador do mundo, quebrou o seu próprio recorde, realizando 135,5 trilhões de cálculos por segundo. A quantia representa o dobro do número de operações normalmente realizadas pela máquina.

A antiga marca do Blue Gene/L fez com que o computador chegasse ao topo da lista dos 500 maiores supercomputadores do mundo, superando o japonês NEC Earth Simulator.

O computador da IBM que atingiu essa nova marca está sendo montado para o Departamento de Energia do governo americano.

A expectativa é que a máquina esteja em pleno funcionamento ainda neste ano.

O objetivo é que o computador auxilie cientistas a checar o arsenal de armas nucleares dos Estados Unidos.

No passado, supercomputadores foram usados para solucionar problemas científicos altamente complexos, tais como compreender a estrutura de proteínas ou aprimorar medicamentos.

Eles também são essenciais em pesquisas climáticas e na previsão de modelos para desastres naturais, como o tsunami, por exemplo.

Atualmente, os supercomputadores têm sido utilizados para resolver problemas cotidianos, como tráfego aéreo e o trânsito nas ruas.

Há pouco tempo, a IBM montou uma nova unidade para dar a seu supercomputador maior poder para resolver problemas financeiros.

Os computadores que realizaram os efeitos, cenários e até personagens da série O Senhor dos Anéis estão disponíveis para aluguel.

A velocidade dos supercomputadores aumentou centenas de milhares de vezes desde a criação da primeira máquina desse tipo, o Cray-1, em 1976, nos Estados Unidos.

O Cray-1 era capaz de realizar 80 milhões de operações por segundo.

AS SUPERMÁQUINAS

1. Blue Gene/L, USA
2. Columbia, USA
3. Earth Simulator, Japan
4. MareNostrum, Spain
5. Thunder, USA

Taiwán sale a la calle contra la ley antisecesión 

La Vanguardia (Barcelona)
por RAFAEL POCH, Corresponsal PEKÍN

La multitud verde, el color del independentista partido gubernamental taiwanés, tomó ayer las calles de Taipei, en un gigantesco acto de protesta contra la ley antisecesión china. Unas 300.000 personas, según la policía, 800.000 según los organizadores, marcharon en diez columnas, "por la paz, la democracia y la protección de Taiwán", entre globos, lanzamiento de palomas y pancartas contra la ley, aprobada este mes por la Asamblea Nacional China, que prevé el uso de "medios no pacíficos" como último recurso para impedir la independencia de la isla.

No fue la mayor manifestación de la historia de la isla, como quería el presidente Chen Shui Bien, ni tampoco representaba a todos los habitantes de Taiwán -la oposición, con mayoría en el Parlamento, no participó en ella-, pero sí que fue una enorme movilización que confirmó un dato ya conocido: el mayoritario rechazo de los isleños a las amenazas o gestos de fuerza de Pekín. Y detrás de eso, el complejo y cambiante problema de la identidad de los taiwaneses.

Hace diez años solamente el 20% de los 23 millones de habitantes de la isla se declaraban taiwaneses; hoy son el 41%. Quienes se declaraban chinos han pasado del 26% al 10%. Pero las encuestas también revelan que el grupo más numeroso es el de quienes declaran una identidad mixta chino-taiwanesa: son un 44% y la cifra no ha variado en diez años.

En materia de relaciones con China también son mayoría, y aplastanmantener, te, los taiwaneses partidarios de con diferentes matices, el actual statu quo.

La enorme integración económica entre China y Taiwán apuntala esa misma voluntad de estabilidad: en el 2003, China sobrepasó a Estados Unidos y Japón y se convirtió en el primer socio comercial de Taiwán. Todo sumado ofrece un terreno complejo pero gobernable para la reunificación, más aún teniendo en cuenta el profundo pragmatismo de los chinos. La democracia de Taiwán cabe por completo dentro de la fórmula china "un país, dos sistemas". Hay pocas dudas de que una negociación para la reunificación permitiría a la isla mantener la mayor de las autonomías y obtener un estatuto aún más holgado y soberano que el de Hong Kong.

Los independentistas taiwaneses presentan la genuina y joven democracia que hay en la isla como un obstáculo insalvable y apuntan que China no es democrática, pero tampoco lo era la isla en los ochenta, y si se compara su historia con la de China, es menos diferente de lo que se pretende.

En Taiwán la dictadura de mercado del Kuomintang fue responsable de alrededor de 45.000 ejecuciones y 90.000 detenciones en los años cincuenta, cuando la población de la isla era de 10 millones. La tortura y los asesinatos extrajudiciales se mantuvieron hasta mediados de los ochenta, lo que según algunos observadores permite ciertos paralelismos. "La situación en China es la misma que teníamos aquí antes del levantamiento de la ley marcial, en 1987", declaró a La Vanguardia el ex embajador del Gobierno de Taiwán, Lu Ching Long. La China de hoy no tiene nada que ver con la de Mao, y seguramente las cosas en una China que multiplicara por trece su renta per cápita (el actual nivel de Taiwán) también serían muy diferentes.

¿Por qué entonces la actual tensión? Una razón es el contexto geopolítico. Desde el punto de vista de la historia y del derecho internacional, Taiwán forma parte de China, y así lo reconoce la comunidad internacional, pero la isla es también producto de la guerra fría (que en Asia no ha acabado) y pieza esencial del sistema de alianzas de Washington para impedir la emergencia de China. Recuperando a Taiwán, el peso específico de China aumentaría mucho.

El sistema de alianzas militares de Washington, basado en los espectros de la "amenaza norcoreana" y el "peligro militar chino", sería muy difícil de justificar. En ese contexto se inscriben personalidades taiwanesas como el actual presidente, Chen Shui Bien, y su valedor y predecesor, Lee Teng Hui, un furibundo antichino y adversario frontal de la reunificación. La derrota de Chen en las parlamentarias ha moderado su conducta, pero Pekín teme que sólo sea una cuestión de táctica. La ley antisecesión pretende atar corto a Chen y su Administración, que mantienen un hilo directo con los halcones de Washington. "La acción concertada (con Estados Unidos) sobre la ley antisecesión de Pekín está funcionando perfectamente", señalaba un telegrama de la Administración Bush, remitido a las autoridades de la isla, según el Taipei Times.

A efectos de imagen, "Taiwán ha ganado esta ronda", constataba. En su última visita a China, la secretaria de Estado norteamericana, Condoleezza Rice, mantuvo una "discusión subida de tono" con un alto representante chino por Taiwán, señalaba el mismo diario, según el cual el mensaje recibido de Washington es que, por intensa que sea su relación con China, Estados Unidos "no sacrificará" a Taiwán.

Kofi Annan y su hijo, en apuros por el escándalo de la venta de petróleo iraquí 

ABC (Madrid)
por ALFONSO ARMADA, CORRESPONSAL

NACIONES UNIDAS. El segundo informe sobre el escándalo del programa petróleo por alimentos -instituido por la ONU para aliviar los estragos de las sanciones dictadas por el Consejo de Seguridad sobre la población iraquí- no se hará público hasta el martes. Pero The Wall Street Journal primero, y The New York Times después, han visto extractos de la investigación dirigida por Paul Volcker, ex presidente de la Reserva Federal de Estados Unidos, y «su lectura no será grata» ni para el secretario general de las Naciones Unidas, Kofi Annan, ni para su hijo, Kojo Annan, confirmó al Times una persona «familiarizada con el contenido del documento».

Al parecer, el informe criticará a Annan por no haber prestado la suficiente atención al conflicto de intereses planteado por su hijo, que trabajó como consultor para la compañía suiza Cotecna Inspection Services cuando la misma pretendía un lucrativo contrato con la ONU para supervisar la entrega de mercancías a Irak a cambio de petróleo, dentro de un programa que serviría al régimen de Sadam Husein para engrosar sus arcas con sobornos. Aunque Kojo Annan dejó Cotecna a fines de 1998, cuando la firma logró el contrato, el hijo del secretario general siguió recibiendo dinero de la compañía hasta 2004 por un importe cifrado en cerca de 400.000 dólares.

Un padre «engañado»

El informe concluye que no hay pruebas de que Annan manipulara el programa, ejerciera indebida influencia sobre empresas que participaban en el mismo o recibiera beneficios financieros impropios. Mark Malloch Brown, ex director del Programa de la ONU para el Desarrollo, nombrado recientemente nuevo jefe de gabinete del secretario general, insistió ayer en declaraciones al Times en que «Kojo había engañado a su padre, y un padre no puede ser hecho responsable de los malos pasos de un hijo adulto».

El propio Annan y sus portavoces tuvieron que admitir que habían estado equivocados acerca del lapso en que Kojo siguió recibiendo pagos de la firma -al parecer, como compensación después de que dejara de trabajar para ella- y de su monto. Tanto Kojo Annan como Cotecna han reiterado que las competencias del hijo del secretario general habían estado restringidas a la búsqueda de negocios en África, no en el seno de la ONU.

Un hijo ventajista

Sin embargo, el informe, según el Journal, reprochará a Kojo Annan haberse servido del nombre y la posición de su padre para obtener ventajas personales mientras estaba en nómina de Cotecna, y que mientras seguía recibiendo pagos de la firma tras haber rescindido su contrato participó en cumbres de la ONU en Nueva York y en Durban, Suráfrica.

El informe de Volcker, encargado por el propio Annan, es independiente de otros cinco instruidos por el Congreso de Estados Unidos, donde algunos congresistas republicanos han pedido la dimisión de un secretario general cuyo mandato termina en diciembre del año que viene. Las acusaciones que serán oficialmente difundidas el martes llegan en un momento crítico para la organización, cuando el propio Annan acaba de lanzar el más ambicioso plan de reforma de la organización en sus sesenta años de historia, que debe recibir el espaldarazo de los jefes de Estado y de Gobierno de sus 191 miembros en una cumbre especial prevista para septiembre.

sábado, março 26, 2005

Índice de hoje 

- A incongruência do nacionalismo báltico (Pravda, Moscovo)
- Dieu est mort, même les athées pleurent (Le Temps, Genève)
- L'épopée des amphibiens qui conçoivent leurs œufs à Pâques (Le Temps, Genève)
- É lúgubre, por Vasco Pulido Valente (Público, Lisboa)
- 55 % des Français contre le projet de Constitution européenne, selon un nouveau sondage (Le Monde, Paris)
- La "mea culpa" du cardinal Ratzinguer (Le Figaro, Paris)
- Expo Universelle au Japon: les robots sauveront-ils la planète (Le Figaro, Paris)
- Provando chá verde em Zhejiang (China Radio International, Pequim)
- Nem dogma nem doença: por opção, 5% dos brasileiros não têm atividade sexual (Jornal do Brasil, Rio)

A incongruência do nacionalismo báltico 

Pravda (Moscovo)
por Carlo MOIANA

Qualquer leitor de Pravda.ru, diferentemente dos que lêem apenas os meios de comunicações ocidentais, sabe o que acontece nos países bálticos da antiga União Soviética (Lituânia, Letônia e Estônia): a minoria de origem russa (que constitui nada menos que 40% da população, no caso da Letônia) é discriminada e não pode participar da vida política, a língua russa é proscrita, movimentos nazistas são incentivados, veteranos da SS marcham orgulhosamente pelas ruas, enquanto desfiles de veteranos soviéticos são duramente reprimidas pela polícia.

Claro que nada disso aparece na imprensa européia e estadounidense, nem figura nos relatórios de direitos humanos dos EUA, da União Européia; apenas Israel condena publicamente o nazismo báltico, pois 90% dos judeus foram dizimados nesses países (o maior índice dentre todos os países conquistados por Hitler). Mas a UE e os EUA não estão preocupados com isso: Lituânia, Letônia e Estônia são aliados fiéis, e sua russofobia é um exemplo para os demais países ex-soviéticos, pois está claro, depois das “revoluções” na Geórgia, Ucrânia e Moldávia, patrocinadas pelas potências ocidentais, que estes países querem isolar política, econômica e estrategicamente a Rússia.

O grotesco do revisionismo histórico báltico, que considera as tropas nazistas como “libertadoras” e as soviéticas “invasoras”, e que afirma que o campo de concentração de Salaspils, onde dezenas de milhares de judeus e eslavos perderam a vida, era nada mais que um “reformatório, um centro de reeducação”, é simplesmente óbvio.

Mas o nacionalismo exagerado desses países, que se consideram vítimas do “imperialismo soviético” é mais enganador, e leva muitas pessoas, que não conhecem muito sobre a URSS, a lhes dar razão. A verdade é que, se não fosse pela União Soviética, Lituânia, Letônia e Estônia simplesmente não existiriam hoje.

Depois da revolução bolchevique de 1917 e a derrota da contra-revolução na guerra civil, era evidente que o antigo império russo tinha que ser reformado. A proposta dos comunistas era única, e foi uma das suas maiores realizações: constituir um grande estado federativo, onde todos os povos estivessem integrados, mas pudessem manter a autonomia administrativa interna e suas línguas, culturas e tradições. Embora, a partir de Stalin, a URSS tenha se tornado um Estado administrativamente muito centralizado, com pouca autonomia para as repúblicas, ainda assim elas puderam manter suas culturas e línguas.

A nova URSS foi então constituída em 1922, originalmente constituída por quatro repúblicas (em 1956 ela adquiriu sua forma final, com 15 repúblicas: Rússia, Ucrânia, Bielorússia, Moldávia, Lituânia, Letônia, Estônia, Azerbaijão, Geórgia, Armênia, Cazaquistão, Uzbesquistão, Tadjiquistão, Quirquízia e Turcomênia). Os critérios para estabelecer uma república eram os seguintes: ter um grupo nacional majoritário com mais de um milhão de pessoas, que daria o nome à repúplica; ter uma economia suficiente desenvolvida para manter-se, caso decida pela independência; e estar na periferia da URSS, para ser territorialmente viável em caso de secessão. Os soviéticos então traçaram as fronteiras de cada uma das repúblicas com base nisso, além de ter dado estatuto administrativo especial (embora com menor autonomia) também aos povos que não satisfaziam os requisitos citados. A Rússia, por exemplo, é constituída por cerca de uma centena de outros povos.

A língua oficial da URSS era, claro, o russo, pois era a mais falada. Mas cada república soviética tinha emissoras de rádio e TV, escolas e publicações em sua própria língua, o que permitiu a sobrevivência de cada uma delas, apesar da existência de uma língua mais forte. Foi graças à URSS que línguas e culturas de pequenos povos, com menos de 10 milhões de habitantes, como o lituano, o letão, o estoniano, o moldavo e o quirquize, existem até hoje.

Se os países bálticos, por exemplo, tivessem sido independentes ou mantidos pelos nazistas (que eles consideram como seus “libertadores”), com certeza sua línguas e seus países teriam desaparecido, assim como o gótico e o antigo prussiano, falados na outrora poderosa Prússia, que declinaram quando esta tornou parte da Alemanha, e desapareceram por completo quando da ascensão de Hitler. Nenhum outro país do mundo tinha uma proposta como a soviética, para manutenção das minorias nacionais.

O mais interessante, contudo, é que Lituânia, Letônia e Estônia foram, durante cerca de 20 anos, independentes e soberanos graças à União Soviética. Esses três países foram dominados primeiro por poloneses, suecos e alemães, e depois pelo império russo, a partir de fins do século XVIII. Com a revolução de 1917, a Alemanha os ocupou, mas com a derrota desta na Primeira Guerra Mundial, teve que retirar-se. Lituânia, Letônia e Estônia, então, pediram a independência à URSS. Lenin aceitou, respeitando o preceito de que cada república deveria unir-se voluntariamente à União, e os soviéticos foram os primeiros a reconhecer os países bálticos como soberanos (diferentemente da Polônia e da Alemanha, que ao longo da década de 20 tentaram por várias vezes ocupar a Lituânia).

A situação mudou com Stalin. Em 1940, ele ocupou os países bálticos, e os forçou a integrar-se à URSS. Milhares de lituanos, letões e estonianos foram deportados ou enviados a campos de trabalhos forçados. Foi um grande erro e uma brutalidade, sem dúvida. Mas é inaceitável que os países bálticos, hoje, se coloquem como vítimas, tentem reescrever a história e mantenham tanto rancor contra a URSS.

Pois a invasão de Hitler, em 1941, foi muito pior, e levou a um genocídio bastante maior (de judeus e russos que viviam na região, além de muitos lituanos, letões e estonianos que tentaram algum tipo de resistência). Quanto a Stalin, é sobejamente conhecido que foi um líder brutal; mas os povos bálticos não foram as suas únicas vítimas, não foram os únicos a serem perseguidos. E apesar da anexação forçada, a URSS permitiu a manutenção de suas culturas e consciências nacionais e traçou as fronteiras que eles têm presentemente: se a Alemanha, por exemplo, tivesse conseguido mantê-los como suas possessões, teriam tido o mesmo destino que a velha Prússia.

Mas é incompreensível que Lituânia, Letônia e Estônia mantenham, hoje, tanta animosidade, ódio e revanchismo contra a Rússia. Conseguiram a independência que tanto queriam, concedida pacificamente pela URSS em setembro de 1991; sua soberania é reconhecida por todos os países do mundo, inclusive a Rússia; e ingressaram na OTAN e na UE, estando completamente fora da esfera de influência russa.

Por que então não ter relações normais e adultas com a Rússia, mutuamente vantajosas, e garantir direitos iguais às minorias russas? Parece que os políticos bálticos ganham com um discurso ultranacionalista e estimulando a russofobia e o nazismo. Mas essa atitude tem também uma explicação psicológica: os países bálticos sentem-se fortes em provocar seu grande vizinho oriental, assim como aqueles cãezinhos que, seguramente protegidos pela cerca de sua casa, latem bravamente contra os cachorrões que passam pela rua.

Dieu est mort, même les athées pleurent 

Le Temps (Genève)

Le philosophe Dany-Robert Dufour publie un essai dans lequel il décrit les conséquences inquiétantes de la disparition du divin dans nos sociétés. Nous sommes à un tournant anthropologique majeur qui peut nous conduire à l'ère de la post-humanité, dit-il. Entretien pascal

por Patricia Briel

Décidément, Dieu préoccupe les athées en ce moment. Il y a quelques semaines, Michel Onfray publiait son Traité d'athéologie, un pamphlet contre les religions (LT des 26.02 et 03.03.2005). Aujourd'hui, le philosophe français Dany-Robert Dufour s'interroge sur le besoin de croyance des hommes qui perdure à travers les âges. «Dieu est une erreur de l'homme», écrit cet athée convaincu, mais «une erreur rigoureusement nécessaire». Entretien.

Le Temps: Vous revendiquez votre athéisme, mais vous consacrez un livre à prouver l'existence de Dieu. C'est une démarche surprenante...

Dany-Robert Dufour: La permanence du sentiment religieux chez l'homme à travers les siècles est une donnée que le philosophe ne peut ignorer. Il s'agit d'une vérité anthropologique, et mon athéisme est la meilleure place pour l'observer.

– L'existence de Dieu est une nécessité psychique dans la tête des hommes, écrivez-vous. A quel besoin correspond-elle?

– Avant de répondre à la question, il faut préciser que l'homme est un «néotène». Cette donnée anthropologique, introduite il y a environ un siècle, exprime le fait que l'homme, contrairement aux animaux, naît prématuré et inachevé dans la nature: cloisons cardiaques non fermées à la naissance, immaturité postnatale du système nerveux pyramidal, insuffisance des alvéoles pulmonaires, boîte crânienne non fermée, absence de système pileux et de dentition de lait, etc. Cette prématuration implique notamment un allongement considérable de la période de maternage. Dès la naissance, l'homme se trouve donc dans un état de non-finition. De plus, il n'occupe pas de place particulière dans la hiérarchie des espèces. L'homme n'est pas fait pour vivre en plaine plutôt qu'en montagne, il n'est pas spécialement adapté à la course ou à l'escalade des arbres, il n'est pas finalisé pour manger du poisson plutôt que de la viande, il est inadapté à tout milieu et à tout environnement. Il éprouve donc le besoin de s'achever ailleurs, dans la culture. Pour survivre et se rendre le monde habitable, il a recours à des prothèses, comme la technique ou la fiction. Son besoin de croyances tient à cette nécessité d'un achèvement dans la culture.

– C'est-à-dire?

– Mon avis est que l'homme est un animal politique, et qu'il a besoin de construire une figure centrale pour organiser et assumer sa grégarité. En clair: à l'instar des animaux, il a besoin d'un mâle dominant. Cependant, il ne peut trouver cette figure dominante parmi ses semblables. Il va donc l'inventer, par la parole et l'imaginaire. Cette figure, que j'appelle le Grand Sujet, a pris différentes formes au cours de l'histoire: le Totem, la Physis des Grecs, le Dieu des monothéismes, le Prolétariat, etc. L'homme est un être profondément religieux parce qu'il a besoin de ce détour symbolique pour se construire. Son manque au niveau de la nature l'oblige à créer une surnature, et à croire à cette chimère.

– Les systèmes politiques que les hommes se sont donnés au cours des âges ne peuvent-ils jouer la figure du mâle dominant?

– Non. Il y a bien sûr des mâles dominants parmi les hommes, mais eux-mêmes ont besoin d'un Grand Sujet, et donc du religieux, pour fonder leur légitimité. C'est la raison pour laquelle la monarchie s'est inscrite dans le droit divin. Observez les démocraties: depuis la fin de la guerre 39-45, elles sont marquées par l'absence de transcendance et de Grand Sujet. Ce déficit engendre le délitement des cadres symboliques et une crise de la légitimité politique. Il a aussi des conséquences sur l'individu. Du moment que l'homme n'est plus le sujet d'un Grand Sujet, il doit se construire tout seul. Mais comment y parvenir sans passer par la figure d'un Autre symbolique? Enfin, ce déficit est aussi à l'origine des fondamentalismes religieux. Toutes les figures du Grand Sujet s'étant effondrées, il faut les reconstruire, plus grandes et plus omnipotentes.

– Quelle est encore la fonction d'une fête comme celle de Pâques?

– Une fête de ce type est indispensable au néotène pour affirmer l'existence du Grand Sujet. Le cadre éclaté de nos démocraties et la disparition des fêtes religieuses impliquent une perte des repères. Par exemple, le fait que l'on cache la mort dans les sociétés d'aujourd'hui induit des bouleversements dans la maturité des individus.

– Quelles sont les conséquences de la mort de Dieu annoncée par les philosophes?

– La mort de Dieu a libéré l'homme de toutes ses inhibitions. La sortie de la religion a été trop rapide, et les individus se retrouvent sans cadre symbolique. Ce qui fait craindre des retours de sauvagerie. Le climat actuel de levée des interdits et d'accroissement de la tolérance révèle que perdure un véritable projet post-nazi de sacrification de l'humain. L'endommagement du cadre symbolique laisse craindre que plus rien ne pourra s'opposer aux manipulations visant à transformer l'humain, et que le champ sera libre pour les apprentis sorciers. L'achèvement de l'homme ne sera plus pris en charge par des procédés symboliques, mais par des moyens réels.

– L'homme n'a donc pas les moyens de vivre sans Dieu?

– Je dirais plutôt qu'il n'a pas les moyens de vivre sans une forme de transcendance. Nous sommes sortis des cadres monothéistes, et nous avons besoin d'une nouvelle souveraineté qui serait faite d'un certain nombre de lois. Une transcendance laïque, en somme, qui serait compatible avec l'athéisme et la croyance. Y a-t-il une autonomie possible pour l'homme? Je pense que oui, mais c'est un processus extrêmement long et difficile, qui demande toute une vie. L'accès à une nouvelle condition subjective enfin libérée des idoles est loin de se présenter automatiquement avec la chute des Grands Sujets.

On achève bien les hommes. De quelques conséquences actuelles et futures de la mort de Dieu. De Dany-Robert Dufour, Denoël, 350 p.

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