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domingo, julho 31, 2005

Índice de hoje 

- Ausentes da bancada do PS bastariam para limitar Jardim (Diário de Notícias, Lisboa)
- La no condena del Vaticano a los kamikazes palestinos tensa sus relaciones con Israel (La Vanguardia, Barcelona)
- Desastre ecológico no PT (Jornal do Brasil, Rio)

Ausentes da bancada do PS bastariam para limitar Jardim 

Diário de Notícias (Lisboa)
por martim silva

Quando, na quinta-feira, num jantar com os deputados, José Sócrates atacou o PSD "por ter cedido a pressões internas" e votado contra a limitação de mandatos que afectava o madeirense Alberto João Jardim, o líder do PS bem pode ter escolhido o alvo errado para as suas críticas. É que minutos antes, quando a proposta foi votada no plenário da Assembleia da República, faltaram apenas seis votos para o desfecho ser exactamente o contrário. Isto é, para que a proposta de limitação a três dos mandatos sucessivos dos presidentes dos governos regionais da Madeira e Açores - e dos primeiros-ministros - tivesse sido aprovada, em vez da rejeição que aconteceu por não se atingirem dois terços dos votos. Seis votos apenas, quando só na própria bancada da maioria não estiveram presentes na votação cerca de uma dezena de deputados rosa.

De acordo com os dados fornecidos ao DN pelos serviços da Assembleia da República, e que foram anunciados no momento da votação pelo presidente da AR, Jaime Gama, a proposta de limitar os mandatos foi rejeitada, com os votos favoráveis de 117 deputados do PS e Bloco de Esquerda, 60 votos contra do PSD, PCP e Verdes e ainda oito abstenções, vindas da bancada do CDS/PP.

Votação inversa à da limitação de mandatos dos autarcas, que ocorreria instantes depois, e em que os votos favoráveis do PSD, somados aos do PS e BE, foram mais que suficientes para aprovar a iniciativa (que só terá no entanto efeitos práticos a partir de 2013).

A Constituição da República é em relação a este ponto particularmente clara. No seu artigo 168 lê-se que "carecem de aprovação por maioria de dois terços dos Deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções", entre outras, "as normas que disciplinam o disposto no n.º 2 do artigo 118.º". E este número 2 do artigo 118 diz respeito precisamente à limitação de mandatos dos titulares de cargos políticos executivos.

Portanto, e de acordo com o número de deputados que votaram o projecto de limitação de mandatos (185), teriam bastado apenas os votos favoráveis de 123 parlamentares para a iniciativa ter sido aprovada.

Esta leitura foi sustentada ao DN por um dos vice-presidentes da Assembleia da República.

Ora, se aos 117 votos favoráveis registados retirarmos os oito deputados do Bloco presentes, ficamos com 109 deputados. E a bancada do PS conta com 121 parlamentares. Ou seja, 11 dos eleitos socialistas não estiveram na votação, de acordo com os registos fornecidos ao DN pelos serviços da Assembleia da República.

Mas se a responsabilidade pela rejeição cai sobretudo em cima do PS, bancada que apresentou a iniciativa e mais a defendeu, também PCP, CDS/PP ficam com parte do ónus da rejeição da iniciativa. Os comunistas são contra a limitação de mandatos sobretudo por entenderem que é um ataque aos autarcas. Mas a lei, separada da limitação para os eleitos locais, não atingia os autarcas. E o CDS justificou a sua abstenção com a extensão da limitação aos presidentes de junta de freguesia (que também não estava nesta parte da lei).

Se quer uma quer outra bancada tivessem juntado, na quinta-feira, os seus votos aos do PS e do BE, a soma teria sido suficiente para agora se estar a noticiar a aprovação da limitação de mandatos para Alberto João Jardim (no cargo há três décadas) e Carlos César (que já está no seu terceiro mandato).

O PS prometeu entretanto voltar à carga em Setembro, quando a AR reabrir. O PSD garante voltar a votar contra, e alega inconstitucionalidades. Nomeadamente, com o argumento de que o estatuto dos eleitos regionais só pode ser alterado por proposta das assembleias legislativas da Madeira e Açores.

La no condena del Vaticano a los kamikazes palestinos tensa sus relaciones con Israel 

La Vanguardia (Barcelona)

El enfrentamiento dialéctico entre el Vaticano e Israel sobre las condenas de la curia católica a los atentados terroristas crea inquietud en ambas partes, semanas antes de que el Papa Benedicto XVI visite una sinagoga en la ciudad alemana de Colonia. En un duro comunicado, el Vaticano ha hecho saber que "La Santa Sede no puede recibir órdenes ni instrucciones por parte de ninguna otra autoridad sobre el tono y el contenido de sus propias manifestaciones", rechazando las acusaciones del Gobierni israelí.

El origen del enfrentamiento viene de las explicaciones solicitadas por el Gobierno de Israel al Papa del porqué no hizo mención a los ataques mortales cometidos por terroristas palestinos mientras, por contra, ha hecho público su apoyo a otras naciones castigadas por las bombas de terroristas islámicos. Según Israel, el Vaticano no ha condenado en años los ataques contra israelíes cometidos por palestinos.

El pasado domingo, Benedicto XVI dijo, en su habitual alocución a los fieles presentes en la plaza de San Pedro, que deploraba "la muerte, destrucción y sufrimiento en países como Egipto, Turquía, Iraq y Gran Bretaña", y pidió a Dios que "detenga las manos de asesinos... llevados por el fanatismo y el odio". Al día siguiente, el ministro de Exteriores israelí pidió explicaciones al Vaticano sobre la razones de que no se mencionara en el sermón el ataque suicida cometido el 12 de julio por el grupo palestino Yihad Islámica que causó la muerte a cinco israelíes. El ministro afirmó incluso que "la omisión de este asesinato por parte del Papa clama al cielo".

Desastre ecológico no PT 

Jornal do Brasil (Rio)
por Carlos Minc, Deputado estadual (PT-RJ)

O que aconteceu com o PT foi uma catástrofe que enche de tristeza não apenas os petistas e a esquerda, mas todos os democratas que não têm uma visão mesquinha da disputa partidária. Quem, em sã consciência, pode dizer que este festival de ilegalidades, promiscuidades com o fisiologismo e os corruptores de sempre e a execração pública a que o PT está submetido, devido aos inaceitáveis desvios cometidos por parte de sua cúpula, representam um avanço político, ou que, no limite, a destruição do PT seria saudável para a nossa incipiente democracia?

Escrevo num momento de perplexidade, depressão, raiva, cheio de dúvidas, mas sem entrar no desespero terminal. A investigação deve ir até o fim e não poupar ninguém. Apelo à militância do PT, sempre tão combativa e briosa, atualmente arrasada, em meio a um tsunami devastador, para que esta reaja com firmeza, que mostre a cara, que exija uma depuração profunda do partido, começando pelos mais altos dirigentes, por mais que estes tenham dedicado suas vidas ao combate das injustiças e às transformações sociais. Estes não tinham o direito de exercer tal pragmatismo irresponsável, sem limites, misturando centralismo, arrogância, na presunção da certeza de que, em vista das ''regras do jogo'', era o custo necessário para atingir os elevados fins propostos.

Assim conduziram um partido que canalizou tantos movimentos sociais, tantas histórias bonitas de lutas, resistência, avanços participativos a esse abismo que eles cavaram aos pés de 830 mil militantes e 53 milhões de eleitores, sem sequer participá-los da aventura poluída, plena de riscos aos movimentos da cidadania, à democracia e ao próprio país.

Acredito que a única saída será uma explicação cabal ao país, pelas tevês, rádios e jornais, de tudo o que de fato aconteceu, como, com que extensão, com determinação de quais dirigentes, anunciar o afastamento de todos, sem exceção, pedir desculpas ao eleitorado e explicar os mecanismos adotados para que isso nunca mais aconteça. Estas medidas devem ser internas, garantindo transparência, participação (pela qual sempre nos batemos), controles, auditorias, e também externas, com reformas administrativas, políticas e de novas leis para o financiamento partidário que impeçam definitivamente a continuidade das práticas corrosivas.

A fidelidade partidária já impediria o suspeito troca-troca de partidos. O financiamento público é ainda mais urgente - mas será viável? É conhecido que os acasalamentos promíscuos entre interesses econômicos e favorecimentos políticos vêm de muito longe; é sabido que os partidos de direita, centro-direita, fisiológicos, sempre usaram tais procedimentos, como agora volta à memória das pessoas o caso do PSDB de Minas Gerais, na campanha do seu atual presidente nacional, utilizando os mesmos métodos, com o mesmo ''valerioduto'', as mesmas garantias dadas através de contratos de publicidade com empresas estatais.

Mas nada disto nos pode consolar, pois sempre dissemos que as coisas eram assim, mas que conosco seriam radicalmente diferentes. E pelo visto não foram. Proponho que através de lei se impeça que empresas que façam campanhas políticas possam ganhar contas de publicidade do governo ou de suas empresas estatais. As atividades partidárias e governamentais junto aos movimentos sociais e sindicais devem ser permanentes, mas nunca poderão ser vistas como contraponto às denúncias, investigações ou instituições formais da democracia representativa.

O novo presidente do PT, Tarso Genro, reúne todas as condições intelectuais e éticas para conduzir esta travessia do deserto, dificílima. A conjugação de métodos tradicionais e ilegais, que repudiamos, com obtenção de vantagens pessoais para alguns dirigentes, gerou um efeito proporcional ao atentado às Torres Gêmeas, corroendo um patrimônio ético construído em 25 anos. Tarso e os novos dirigentes devem chamar todos os setores para este esforço hercúleo, derrubar os muros sectários das tendências, da guerra interna que neste momento é insana, pois não haverá nem batatas para o vencedor dos destroços. Quanto mais profundos, sinceros e radicais forem os cortes e a autocrítica, que avalio que ainda são muito tímidos e superficiais, maiores serão as chances de se evitar a destruição de uma peça importantíssima para a democracia.

A direita visa abertamente desqualificar todo o partido, sua história, suas propostas, jogando na lata de lixo a criança junto com a água da bacia e apontando a faca para o pescoço do presidente. Nós, ecologistas, dizemos que a contaminação de uma parte pode comprometer todo o ecossistema. Há que usar o combate biológico para uma despoluição profunda acompanhada de uma reengenharia genética para reconstituir o nosso DNA, que foi fortemente alterado, revelando um PT quase transgênico. Não me refiro apenas ao lado ético, mas também ao resgate das grandes propostas e utopias. Muita coisa avançou na agricultura familiar, na política externa, no desempenho exemplar da Polícia Federal no combate à corrupção. Mas isto ainda é pouco perto do que prometemos.

A população, a juventude, os eleitores choram, rangem os dentes, se sentem traídos, com razão. Seremos capazes de reverter esta enorme decepção? Pelo menos de conquistar o direito de tentar consertar esta imensa lambança ética?

sábado, julho 30, 2005

Índice de hoje 

- Capturados todos los terroristas del 21-J (La Vanguardia, Barcelona)
- Astrônomos anunciam descoberta do 10º planeta (BBC Brasil)
- Telescopio NASA descubre componente de vida en galaxias lejanas (Xinhua, Pequim)
- De très vieux os (Le Soir, Bruxelas)
- Les plus vieux embryons du monde (Le Soir, Bruxelas)
- Pinho rico (Jornal de Negócios, Lisboa)

Capturados todos los terroristas del 21-J 

La Vanguardia (Barcelona)
por RAFAEL RAMOS, Corresponsal LONDRES

Todos los sospechosos de querer dinamitar Londres el 21-J están ya bajo custodia, y la capital inglesa respira mucho más tranquila. Ocho días ha necesitado Scotland Yard para que los presuntos terroristas caigan en una amplísima tela de araña que se extiende desde Birmingham hasta la periferia de Roma y desde Zambia hasta Pakistán, tejida con la colaboración de la CIA, el FBI, el Mossad israelí, la Europol y los servicios de inteligencia de Sudáfrica y Pakistán.

Los sucesos se produjeron ayer con rapidez vertiginosa poco después del mediodía. Primero en el elegante barrio londinense de Notting Hill, hasta ayer más conocido por sus restaurantes y mercadillos que como núcleo de integrismo islámico, donde agentes especiales con ametralladoras, granadas y cámaras de gas detuvieron a Mujtar Said Ibrahim, en conexión con el paquete bomba en el autobús número 26 a la altura del barrio de Hackney, y a Ramzi Mohamed como el hombre que intentó colocar una bomba en el metro cerca de la estación de Oval. Pocas horas después y a casi dos mil kilómetros de distancia, la policía italiana arrestó a Osman Hussein - un británico de origen somalí- como responsable del atentado en la estación de Shepherd´s Bush. El cerco se había cerrado.

El comisario Peter Clarke, responsable de la investigación y jefe de la brigada antiterrorista de Scotland Yard, pidió a todos los londinenses que permanezcan alerta, "porque el peligro no ha pasado". Pero reconoció que ayer "fue con diferencia el mejor día hasta la fecha" en el desenlace de la siniestra trama que comenzó el 7-J, y las autoridades se disponen a llegar hasta el final con nuevas detenciones y la búsqueda de conexiones internacionales.

Una tercera persona detenida también en el oeste de Londres podría ser, según la cadena de televisión Sky News, el hipotético "quinto terrorista" que por alguna misteriosa razón abandonó su bomba el jueves de la semana pasada en el parque de Westwood Scrubs, cerca del escenario de las redadas de ayer en la capital inglesa. Scotland Yard no había establecido anoche su identidad y se limitó a señalar que era "de interés en relación con las investigaciones".

Con el glamouroso barrio de Notting Hill como epicentro, los agentes especiales de las brigadas antiterroristas efectuaron redadas por separado en dos complejos de apartamentos populares, una en Dalgarno Gardens y la otra en Tavistock Road. En la primera de ellas detuvieron a Mujtar Said Ibrahim, de veintisiete años, y a Ramzi Mohamed, ninguno de los cuales se entregó voluntariamente. Habitantes más acostumbrados a ver en sus calles residenciales a Julia Roberts, Hugh Grant y las cámaras de cine tuvieron que ser evacuados mientras policías armados hasta los dientes tomaban posiciones. Testigos presenciales describieron el ruido de explosiones y disparos, probablemente relacionados con el lanzamiento de granadas y gases lacrimógenos para neutralizar a los sospechosos. A unas pocas manzanas de distancia fue arrestado el otro individuo, que según algunas fuentes podría ser el "quinto terrorista".

"Entrégate, Mohamed - cuentan los vecinos que gritaba la policía en el transcurso de la espectacular operación-. Sal de la casa desnudo y con las manos en alto, para que veamos que no llevas explosivos encima". "¿Cómo voy a saber que no me vais a disparar?", respondió el sospechoso en un incidente que se desarrolló en presencia de testigos asustados que no daban crédito a sus ojos, antes de que las autoridades procedieran a desalojar decenas de viviendas. Las cámaras de la televisión mostraron cómo un individuo metido dentro de un uniforme blanco era introducido a punta de ametralladora en un vehículo.

En Roma, el ministro del Interior, Giuseppe Pisanu, informó a media tarde de la detención de Osman Hussein, de 27 años, un británico de origen somalí que tenía un cuñado en la capital italiana y se ocultaba en una vivienda de su periferia. Localizado gracias a su teléfono móvil (cuyo número había sido suministrado a las autoridades italianas por Scotland Yard), el sospechoso se entregó sin resistencia alguna cuando agentes de las brigadas antiterroristas irrumpieron en el inmueble. El Gobierno del Reino Unido va a solicitar su traslado a Londres para el interrogatorio y eventual juicio. Los investigadores de Scotland Yard no quisieron ayer dar explicaciones sobre qué pistas han llevado a las detenciones de ayer, aunque algunas fuentes sugieren que Yasin Hassan Omar, capturado el miércoles en Birmingham como sospechoso de colocar la bomba del 21-J en el metro de Warren Street, podría haber facilitado datos cruciales a cambio del ofrecimiento de una sentencia reducida, práctica habitual en el sistema de justicia de los Estados Unidos pero que hasta ahora no se utilizaba en Gran Bretaña. Otra posibilidad es la denuncia de algún vecino.

Mientras tanto, la trama todavía no resuelta del 7-J ha llevado a Scotland Yard, la CIA y los servicios de inteligencia británicos a Lusaka (Zambia), donde habría sido detenido Harun Rashid Aswat, un ciudadano británico desde cuyo teléfono móvil se efectuaron más de veinte llamadas a los terroristas suicidas que causaron 52 muertos hace tres semanas en la capital inglesa. El individuo, buscado antes de los atentados por el FBI, fue localizado el mes pasado en Sudáfrica, pero Londres, según fuentes de Washington, impidió que fuese detenido, tal vez porque lo tenía bajo observación.

Astrônomos anunciam descoberta do 10º planeta 

BBC Brasil
por David Whitehouse

Astrônomos americanos anunciaram a descoberta do décimo planeta que orbita em torno do Sol.

O maior objeto descoberto no Sistema Solar desde a descoberta de Netuno, em, 1846, foi visto pela primeira vez em 2003, mas só agora foi confirmado que se tratava mesmo de um planeta.

Batizado 2003 UB313, o "novo" planeta tem um diâmetro de 3 mil quilômetros, é composto em boa medida por rochas e gelo e é um pouco maior do que Plutão.

O planeta está, em relação ao Sol, uma distância duas vezes maior do que Plutão, numa órbita distinta que forma um ângulo com as órbitas de outros planetas.

Os astrônomos acreditam que em algum momento da história do planeta, Netuno o lançou à sua órbitra, inclinada em 44 graus.

Atualmente o planeta está, em relação ao Sol, a uma distância 97 vezes maior do que a que existe entre a Terra e o Sol.

Os autores da descoberta foram os cientistas Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Chad Trujillo, do Observatório Gemini do Havaí, e David Rabinowitz, da Universidade de Yale.

"Foi um dia incrível e um ano incrível. 2003 UB313 é provavelmente maior do que Plutão. É mais opaco do que Plutão, mas três vezes mais longe", disse Rabinowitz à BBC.

Segundo o cientista, a descoberta mostra que há outros Plutões, "apenas mais distantes no Sistema Solar, onde são um pouco mais difíceis de ser encontrados".

O 2003 UB313 foi encontrado com o telescópio Samuel Oschin do Observatório Palomar e o telescópio Gemini North, em Mauna Kea.

Outro responsável pelo estudo, Chad Trujillo disse à BBC que se sente extremamente sortudo de ter participado de uma descoberta "tão emocionante".

"Não é todo dia que alguém encontra algo do tamanho de Plutão ou maior."

De acordo com os cientistas, as imagens captadas pelos telescópios mostram que a superfície do novo planeta é muito similar à de Plutão.

O 2003 UB313 foi visto pela primeira vez em 21 de outubro de 2003, mas não teve nenhum movimento registrado até que fosse observado na mesma área 15 meses depois, em janeiro de 2005.

Telescopio NASA descubre componente de vida en galaxias lejanas 

Xinhua (Pequim)

LOS ANGELES, 28 jul (Xinhuanet) -- El telescopio espacial de la NASA "Spitzer" detectó compuestos orgánicos, que podrían dar paso a la vida, en un universo lejano y joven, anunciaron hoy los astrónomos.

Estas moléculas orgánicas, conocidas como hidrocarburos aromáticos policíclicos, están compuestas por carbón e hidrógeno y figuran, según se cree, entre los componentes básicos de la vida, sentenciaron los científicos del Instituto de Tecnología de California, con sede en Pasadena, California.

Recurriendo al altamente sensible telescopio Spitzer, los astrónomos descubrieron dichas moléculas orgánicas en galaxias que existieron cuando nuestro universo sólo tenía unos tres mil 500 millones de años, es decir, una cuarta parte de su actual edad.

Gracias a su capacidad para observar cosas situadas a miles de millones de años luz, Spitzer es el primer telescopio que ve estas moléculas hasta la fecha.

Las moléculas, muy comunes en la Tierra, son penetrantes en galaxias como nuestra Vía Láctea y desempeñan un papel significativo en la formación de estrellas y planetas, dijeron los astrónomos.

"Estas galaxias están a unos diez mil millones de años luz de la Tierra, por eso lo que vemos ahora, en realidad, ocurrió hace diez mil millones de años", declaró a Xinhua, Lin Yan, del Centro de Ciencia Spitzer, quien es la principal autora de un estudio que publicará en su edición del 10 de agosto el "Astrophysical Journal ".

"En este estudio, no vinculamos directamente las moléculas con la vida, sin embargo, se trata de un período de tiempo tan largo que todo podría haber ocurrido", indicó la científica, quien añadió que "las moléculas pudieron haber evolucionado a substancias más complejas, e incluso la vida".

"¿Por qué no evolucionarían en diez mil millones de años? Al menos, tienen el potencial", apuntó Yan.

Las misiones anteriores detectaron esos tipos de galaxias y moléculas más cercanas a nuestra Vía Láctea. La sensibilidad de Spitzer es 100 veces mayor que la de otros telescopios, lo que permite una detección directa de organismos tan lejanos.

Teniendo en cuenta que la Tierra tiene aproximadamente cuatro mil 600 millones de años, esos materiales orgánicos existieron en el universo mucho antes de la formación de nuestro planeta y el sistema solar e, incluso, podrían ser las semillas de nuestro sistema solar, señalaron los astrónomos. Fin

De très vieux os 

Le Soir (Bruxelas)

Deux embryons de dinosaure vieux de 190 millions d'années découverts il y a moins de 30 ans en Afrique du Sud, ont été identifiés comme les plus anciens jamais retrouvés au monde.
Nous avons découvert les plus vieux embryons de dinosaure du monde qui datent d'environ 190 millions d'années, a déclaré , a annoncé Mike Raath, conservateur de l'Université de Witwatersrand lors d'une conférence de presse. C'est aussi le plus vieil embryon d'animal terrestre jamais découvert, a-t-il ajouté, précisant que le plus ancien connu à ce jour datait de 90 millions d'années.

Les oeufs contenant les embryons avaient été trouvés dans la province du Free State (centre), dans les années 70, par le professeur sud-africain James Kitching. Ils étaient depuis demeurés sur des étagères à l'université de Witwatersrand à Johannesburg, en attendant de pouvoir être examinés par un expert.

En janvier 2000, le professeur Robert Reisz de l'université de Toronto, a emprunté les oeufs pour analyse. Diana Scott, l'assistante du professeur canadien, a mis en évidence les caractéristiques des embryons découverts. Il s'agit d'embryons de Massospondylus carinatus, une espèce répandue en Afrique du Sud et mesurant jusqu'à 5 mètres de long pour les adultes.

La croissance du Massospondylus est caractérisée par une modification importante de son anatomie. Le dinosaure devient quadrupède à l'âge adulte, son cou croît proportionnellement plus vite que le reste du corps. Il se nourrit de plantes et de termites. Les découvertes sont détaillées dans la revue spécialisée Science publiée vendredi.
(D'après AFP)

Les plus vieux embryons du monde 

Le Soir (Bruxelas)

Deux embryons de dinosaure vieux de 190 millions d'années découverts il y a moins de 30 ans en Afrique du Sud, ont été identifiés comme les plus anciens jamais retrouvés au monde.
Nous avons découvert les plus vieux embryons de dinosaure du monde qui datent d'environ 190 millions d'années, a annoncé à Johannesburg, Mike Raath, conservateur de l'Université de Witwatersrand au cours d'une conférence de presse. C'est aussi le plus vieil embryon d'animal terrestre jamais découvert, a-t-il ajouté, précisant que le plus ancien connu à ce jour datait de 90 millions d'années.

Les deux embryons avaient été trouvés dans les années 70 dans la province du Free State (centre) par le professeur sud-africain James Kitching, décédé en 2003. Faisant partie d'un groupe de sept oeufs découverts dans le parc national du Golden Gate Highlands, sur le chantier d'une route en construction, ils étaient depuis demeurés sur des étagères de l'université de Witwatersrand à Johannesburg, en attendant de pouvoir être examinés par un expert. A l'époque de la découverte, personne en Afrique du Sud n'avait l'expérience ou la capacité de les analyser, en raison de la finesse des os embryonnaires et de leur position incurvée dans les oeufs, a expliqué Mike Raath.

Mais en janvier 2000, le professeur canadien Robert Reisz de l'université de Toronto emprunte les oeufs pour analyse et son assistante Diana Scott met alors en évidence les caractéristiques des embryons découverts. Il s'agit d'embryons de Massospondylus carinatus, une espèce répandue en Afrique du Sud et mesurant jusqu'à cinq mètres de long pour les adultes. L'identification de ces embryons a permis aux chercheurs de reconstituer en détail la croissance du dinosaure depuis l'oeuf jusqu'à l'âge adulte, une première pour un dinosaure, a déclaré Mike Raath.

La croissance du Massospondylus est caractérisée par une modification importante de son anatomie: quadrupède à la naissance, il devient partiellement bipède à l'âge adulte, contrairement à d'autres animaux qui subissent une évolution contraire. Le cou croît proportionnellement plus vite que le reste du corps et la croissance de la tête, proéminente à la naissance, ralentit. Le Massospondylus se nourrit de plantes et de termites. Ces petits dinosaures n'avaient pas de dents, ce qui nous fait penser qu'ils devaient être nourris par leurs parents, a noté le docteur Raath, ajoutant: Si cette interprétation est correcte, cela constituerait la plus vieille trace de soin parental.

Mike Raath et Diana Scott font partie d'une équipe de cinq chercheurs dirigée par Robert Reisz, auteurs d'un article décrivant les embryons, publié vendredi dans la revue spécialisée Science.
(D'après AFP)

Pinho rico 

Jornal de Negócios (Lisboa)
por Sérgio Figueiredo

Há quase três anos, um editorial neste jornal, ainda semanário, «Tavares pobre», valeu-nos um longo período de privações. Bem sei que este texto comporta os mesmos riscos. A informação do Ministério da Economia ficou vedada aos profissionais deste jornal. Nem convocatórias para actos públicos do ministro chegavam. Ao contrário das pressões privadas, em contactos directos, junto do accionista.

Os governos mudam, mas algo é terrivelmente constante: os governantes pensam que podem apropriar-se da informação. E manipulá-la em função de simpatias ou ajustes de contas.

Há excepções. Não há ser humano que goste de ser criticado. Mas há quem tenha a cultura política, para não dizer democrática, para não usar a instituição que provisoriamente lidera para retaliar no plano pessoal.

O risco é assumido. O pior não são os obstáculo transitórios que uma equipa de jornalistas pode enfrentar e ser impedida de chegar à informação necessária para dar aos leitores. Grave é um jornal não cumprir a sua função – incluindo denunciar que «o rei vai nu» – porque receia essa retaliação.

Assim, tal como em meses se percebeu que o dr. Tavares iria ser um pobre ministro da Economia, também agora já poucos alimentam ilusões sobre o actual titular da pasta.

E, como então se lançou aqui o alerta, também agora se afirma que passou tempo suficiente para o dr. Pinho provar que era um governante à altura dos problemas que o país atravessa. E não provou.

Se a sua reacção à opinião de Campos e Cunha não foi séria, a forma como reage ao «manifesto dos 13» é absolutamente aflitiva.

A viabilidade do TGV e da Ota é uma questão de fé. A explicação para a existência destes projectos prioritários é porque «tem de ser».

E, para nos tranquilizar, garante que a reforma do Estado está a ser feita com concursos para eólicas e com uma sucessão de siglas e planos. PIIP. Plano tecnológico. Pin’s. O Prime recauchutado. E o Portugal Digital que aí vem.

Nem Tavares, em tão pouco tempo, conseguiu esta proeza, porque levou meses a fazer um PPCE, que até hoje ninguém descobriu exactamente do que se tratava.

Qual é o custo do TGV e da Ota? – «é relativamente baixo». E qual é o seu impacto na economia? – «é muito forte».

Só que o custo é baixo «no horizonte da actual legislatura», porque «estes dois projectos vão dar origem a despesa sobretudo a partir de 2010». Mas não há problema, lembra, porque «temos de restabelecer a saúde das nossas finanças públicas até 2009».

Lê-se e não se acredita.

Aliás, estas «pérolas» surgem numa entrevista ao DE que só pode ter sido por escrito. Era impossível ouvir e não saltar da cadeira. O ministro Pinho justifica que, em quatro meses, um Governo não consegue realizar mais estudos. Está certo... Mas aprova um plano de 25 mil milhões!!!?

Há duas coisas que Tavares nunca percebeu da pátria que governou: que Portugal apenas precisa de ser um país normal; que isso só acontece com a simplificação. Ele só complicou. E este segue o mesmo caminho. Com um enorme inconveniente acrescido: não gosta de fazer contas.

sexta-feira, julho 29, 2005

Índice de hoje 

- Au nom de l'islam dites-vous? (Le Temps, Genève)
- El comunicado del IRA (La Vanguardia, Barcelona)
- Benedicto XVI constata que «las grandes Iglesias se muestran moribundas» (ABC, Madrid)

Au nom de l'islam dites-vous? 

Le Temps (Genève)
por Christian Lecomte

Pourquoi eux? C'est la question que toute l'Algérie se pose depuis deux jours. Pourquoi Ali Belaroussi, 62 ans, en fin de séjour à Bagdad avant sa retraite, et Azzedine Belkadi, 47 ans, affecté en Irak depuis une semaine? Pourquoi deux musulmans? «Parce que l'Algérie n'applique pas la charia et soutient les juifs et les chrétiens en Irak», selon un communiqué du groupe d'Al-Zarqaoui. El Moudjahid, le plus ancien des quotidiens algériens, estime que ces deux assassinats ne puisent leur justification dans aucune doctrine sauf celle de l'ignorance dans toute sa laideur. «Ni la religion, ni les lois de l'humanité, ni encore moins l'égarement ne peuvent justifier ce double crime et tant d'autres commis sur des personnes innocentes», écrit le journal.

La presse rappelle que l'Algérie fut victime d'un isolement international «incompréhensible» durant ses années de plomb (1991-1998) et qu'elle a été l'un des rares pays à avoir laissé ouvert son ambassade en Irak, «pour partager les souffrances des Irakiens». «Alors de quelle loi ou jugement divin Al-Zarqaoui parle-t-il? Aider son prochain n'est-il pas le principe divin véhiculé dans tous les livres sacrés?» s'interroge un éditorialiste. El Watan se souvient que l'Algérie a vécu une période marquée par un terrorisme islamique féroce: «Avec le retour de l'accalmie et de la stabilité, on avait oublié nos drames et mis de côté nos colères. Aujourd'hui, il y a comme une injustice, ces assassinats nous replongent dans les affres de notre histoire récente.» Ce même journal égratigne au passage le chef de l'Etat, Abdelaziz Bouteflika, qui va prochainement proposer une amnistie générale pour les auteurs de crime durant la décennie rouge. Et El Watan d'évoquer les rebelles algériens du GSPC (groupe salafiste pour la prédication et le combat, affilié à Al-Qaida) qui se sont ouvertement réjouis de l'exécution des deux fonctionnaires: «Est-il raisonnable de tendre la main à des individus qui incitent froidement à l'assassinat de nos diplomates à l'étranger?»

Curieusement, la presse algérienne ne fait aucune allusion aux rumeurs (voir Le Canard enchaîné du 27.07.2005) d'existence d'une base américaine dans le Sud algérien par crainte que le Sahara ne devienne une nouvelle place forte du terrorisme international. Aucun mot non plus sur le milliard de dollars d'équipements destinés à la lutte antiterroriste que Washington aurait accordé à Alger. C'est pourtant au nom «de ces excellentes relations entre les deux Etats» qu'Al-Zarqaoui dresse son réquisitoire contre le régime algérien.

El comunicado del IRA 

La Vanguardia (Barcelona)

"La dirección del Oglaigh na hEireann (Ejército Republicano Irlandés) ha ordenado oficialmente el fin de su campaña armada que entrará en vigor a las cuatro de esta tarde hora local. Se ha ordenado a todas las unidades del IRA que se deshagan de sus armas. Se han dado instrucciones a todos los voluntarios para que presten su ayuda en el desarrollo de programas puramente políticos y democráticos con medidas exclusivamente pacíficas. Los voluntarios no deberán embarcarse en otro tipo de actividades. La dirección del IRA ha autorizado igualmente a nuestro representante a trabajar con la CIID (Comisión Independiente Internacional de Desarme) a fin de completar y concluir lo antes posible el proceso de inutilización de las armas, fomentando así la confianza pública. Hemos invitado a dos testigos independientes, de las Iglesias católica y protestante, para que oficien de testigos. El Consejo Militar ha tomado estas decisiones tras un proceso sin precedentes de debate interno y de consultas con las unidades y los voluntarios del IRA. Valoramos la integridad y franqueza con la que se llevó a cabo el proceso de consultas y la profundidad y el contenido de las propuestas. Estamos orgullosos de la camaradería con la que se condujo ese debate realmente histórico. El resultado de nuestras consultas indica un apoyo muy firme entre los voluntarios del IRA a la estrategia de paz del Sinn Fein. Existe también una preocupación generalizada por el hecho de que los dos gobiernos y los unionistas no se hayan comprometido plenamente en el proceso de paz, lo que ha creado verdaderas dificultades. La abrumadora mayoría de los irlandeses apoya plenamente ese proceso. Ellos y los amigos de la unidad de Irlanda en todo el mundo quieren ver plenamente aplicado el acuerdo de Viernes Santo. No obstante esas dificultades, hemos adoptado nuestras decisiones como forma de hacer avanzar nuestros objetivos republicanos, incluido el de una Irlanda unificada. Creemos que existe una alternativa para conseguirlo y poner fin al gobierno británico en nuestro país. Es responsabilidad de todos los voluntarios mostrar liderazgo, determinación y valor. Tenemos muy en cuenta los sacrificios de nuestros patriotas muertos, de quienes fueron a la cárcel, los voluntarios, sus familias y la más amplia base republicana. Reiteramos nuestra opinión de que la lucha armada era totalmente legítima. Somos conscientes de que muchos sufrieron por culpa del conflicto. Edificar una paz justa y duradera es imperativo apremiante para todas las partes. Se nos ha planteado el asunto de la defensa de las comunidades nacionalistas y republicanas. La sociedad tiene la responsabilidad de garantizar que no vuelvan a producirse los pogromos de 1969 y de comienzos de los años setenta. También existe la responsabilidad universal de hacer frente al sectarismo en todas sus manifestaciones. El IRA está plenamente comprometido con los objetivos de la unidad y la independencia irlandesas así como con la construcción de la república tal y como ésta quedó delineada en la proclamación de 1916. Hacemos un llamamiento a la unidad y el esfuerzo máximos por parte de los republicanos irlandeses dondequiera que se encuentren. Tenemos confianza en que, trabajando juntos, los republicanos irlandeses lograremos nuestros objetivos. Cada voluntario es consciente del alcance de las decisiones que hemos adoptado y todos los Oglaigh están obligados a cumplir plenamente estas órdenes. Tenemos ahora la oportunidad sin precedentes de aprovechar el considerable caudal de energía y buena voluntad a favor del proceso de paz. Esta amplia serie de iniciativas, sin parangón, representa nuestra contribución a éste y a los esfuerzos continuados para lograr la independencia y la unidad del pueblo de Irlanda"

Benedicto XVI constata que «las grandes Iglesias se muestran moribundas» 

ABC (Madrid)
por JUAN VICENTE BOO, CORRESPONSAL

ROMA. Como buen profesor universitario, que ha sido su vocación profesional, Benedicto XVI no esconde los problemas, sino que los pone serenamente sobre el tapete para estudiarlos mejor. Su metodología sorprende a quienes no conocen esa faceta, como le sucedió a un grupo de sacerdotes del Valle de Aosta, ante quienes constató que «las grandes Iglesias se muestran moribundas» pero no resulta fácil encontrar los remedios, pues «el Papa no es un oráculo, y es infalible tan sólo en situaciones muy específicas, como sabemos».

En realidad, lo verdaderamente noticioso es que «L´Osservatore Romano» haya publicado casi enteros los comentarios del Papa, incluyendo algunas valoraciones obvias, pero que un Pontífice jamás hacía públicas, como que «las Iglesias tradicionales protestantes sufren una crisis profundísima», mientras que la Iglesia católica, a pesar de sus problemas, «no está tan mal» como las otras.

Benedicto XVI atribuye la escasez de vocaciones en el mundo occidental a que «ya no es evidente la necesidad de Dios, y mucho menos de Cristo. Por eso es más difícil ofrecer la vida al Señor. Es un sufrimiento en nuestros días, en que las grandes Iglesias se muestran moribundas. Crecen, en cambio, las sectas, que se presentan con certezas. Debemos atravesar este túnel con paciencia, convencidos de que Cristo es la respuesta y de que, al final, su luz volverá a brillar».

«Sacramento recibido sin fe»

El Papa considera «particularmente dolorosa la situación de quienes se casaron por la Iglesia sin ser verdaderamente creyentes y que después de un nuevo matrimonio, no válido, encuentran la fe y se sienten excluidos de la Eucaristía». El Santo Padre reveló que, cuando era prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe, invitó a varias conferencias episcopales a estudiar el problema del «sacramento recibido sin fe» para ver si «realmente se podía encontrar en él un motivo de invalidez por carecer de una dimensión fundamental. Es un problema muy difícil, y hay que analizarlo bien».

El Papa considera que no se ha producido, ni mucho menos, la muerte de las religiones. Aun así, «es cierto que a muchos responsables del mundo la Iglesia les parece anticuada, y se comportan como si pudiesen vivir sin nuestra palabra». Al mismo tiempo, según opina, muchos gobernantes que no creen en Dios comprenden la importancia de los valores morales.

quinta-feira, julho 28, 2005

Índice de hoje 

- L'après-Kyoto version américaine (Le Temps, Genève)
- El meteorito caído en Palencia en enero de 2004 pesaba 750 kilos (El Pais, Madrid)
- Portugal acepta recibir menos agua del Duero por la sequía en España (El Pais, Madrid)

L'après-Kyoto version américaine 

Le Temps (Genève)

CLIMAT. La Chine, l'Inde, la Corée du Sud, l'Australie et les Etats-Unis lancent un partenariat pour le transfert de technologies, afin de rendre «propre» l'énergie. Charbon et nucléaire au premier plan. Une volte-face.

por Alain Campiotti, New York

Après Kyoto, Vientiane? Ou à côté? Ou à la place? Dans la capitale laotienne, où se tient un sommet de l'Asean (pays du sud-est asiatique), Robert Zoellick, l'adjoint de Condoleezza Rice, devrait confirmer ce jeudi l'existence d'un accord sur le réchauffement climatique – à la manière américaine – entre cinq pays qui produisent à eux seuls près de la moitié des émissions à effet de serre, le CO2 d'abord: l'Inde, la Chine, la Corée du Sud, l'Australie et les Etats-Unis. Ce «partenariat Asie-Pacifique pour un développement et un climat propre» a été accueilli avec surprise ou dédain par les signataires et les partisans du Protocole de Kyoto. Mais les Nations unies (cadre de Kyoto) et le Japon, sollicités, demandent à voir. Il s'agit peut-être bien d'une initiative majeure de la diplomatie américaine, qui semble soudain plus créative sous la nouvelle direction Rice-Zoellick.

Kyoto est en vigueur depuis février, dans les 38 Etats qui se sont engagés à diminuer de 5,2% en 2012 leurs émissions de CO2 par rapport au niveau de 1990. Les Etats-Unis (le quart des émissions) et l'Australie ont rejeté le protocole, parce qu'ils refusaient d'en payer le prix en terme de croissance. Leur argument subsidiaire – d'assez mauvaise foi – consistait à dire que l'accord ne valait rien tant que les géants en développement rapide, la Chine (le deuxième émetteur) et l'Inde étaient hors du coup.

George Bush, après avoir exclu la ratification de Kyoto il y a cinq ans, a d'abord laissé dire à une poignée de scientifiques manipulables que le réchauffement climatique n'était pas certain, ni sa cause. Puis, devant la mobilisation des académiciens qui eux ne doutent pas, l'Américain a glissé, au récent G8, vers une admission de l'origine humaine d'un réchauffement réel. Mais Kyoto, dit-il, n'est pas la réponse. Des signataires, d'ailleurs, ne tiennent déjà pas leurs engagements. Que faire alors? Il faut continuer à produire les quantités d'énergie dont les hommes ont besoin, et travailler à la rendre «propre» par le développement de «nouvelles technologies» – désormais le refrain de la Maison-Blanche. Le Partenariat Asie-Pacifique veut organiser le transfert de cette technologie des pays industrialisés (Etats-Unis d'abord) vers les pays en développement rapide.

Quelles technologies? Celles, par exemple, dont l'administration parle constamment. La transformation du charbon en un liquide dont on extrait les substances à effet de serre pour les réinjecter profondément dans le sol. Cette technique n'est pas encore fiable, mais la nouvelle loi américaine sur l'énergie (lire ci-dessous) promet des milliards à son développement. Rappel: les grands exportateurs de charbon sont l'Australie, les Etats-Unis, la Chine, gros consommateur aussi.

L'autre technologie, c'est le nucléaire. Des écologistes ne le haïssent plus, voyant bien que les centrales, si elles produisent des déchets affreusement encombrants, ne gâchent pas le climat. La Chine et l'Inde s'y intéressent beaucoup. La semaine dernière, George Bush a reçu le président indien, Manmohan Singh, et il a signé avec lui un accord qui, s'il est accepté par le Congrès, est une fantastique volte-face. Les Etats-Unis passent l'éponge sur le développement de l'arme nucléaire par l'Inde, lèvent leurs sanctions, et acceptent de coopérer avec l'immense république pour développer son nucléaire civil. A l'égard de l'Iran, l'attitude de Washington est exactement inverse. Explication: l'Amérique – oubliant le traité de non-prolifération, à l'abandon – adapte sa politique au régime de ses partenaires. Avec un Etat démocratique et ami, on peut collaborer dans le nucléaire, pour protéger le climat. Avec un Etat autoritaire et hostile, pas question.

La loi Bush sur l'énergie: tout pour la production
Après quatre ans de travaux, le Congrès a trouvé un accord.
por Alain Campiotti

George Bush devrait avoir vendredi sur son bureau la loi sur l'énergie, qu'il attend depuis quatre ans. Les deux Chambres du Congrès viennent d'adopter un texte de compromis de l'Energy Policy Act. Enorme pavé, gorgé de cadeaux pour l'industrie. Mais sans un mot sur Kyoto. La Sénat a bien voté une résolution en faveur d'une limitation obligatoire des émissions à effet de serre, mais elle n'est pas dans la loi. Deux autres dispositions favorables à la protection de l'environnement ont aussi été balayées. La première voulait imposer aux constructeurs de voitures une nouvelle norme de rendement qui aurait permis une économie d'un million de barils de pétrole par jour en 2020. L'autre voulait imposer à l'industrie électrique de produire 10% du courant à partir de sources renouvelables.

L'administration républicaine, on commence à le savoir, n'aime pas les limitations. Elle est encore moins sensible que l'industrie (GE ou BP, par exemple, qui se «verdissent») à la nécessité d'économiser l'énergie. La loi est tout entière tournée vers la production, comme le voulait le plan conçu sous la direction de Dick Cheney dès 2001. L'objectif affiché est de libérer peu à peu les Etats-Unis de leur dépendance à l'égard du pétrole importé. Personne ne croit que ce but est atteignable. Le pays importait 34% de son brut en 1973, 58% l'an passé, et la proportion devrait être de 68% dans quinze ans.

Le productivisme acharné de la loi vaut aux compagnies pétrolières de grasses remises d'impôt et garanties de prêts pour les inciter à pomper plus profond, plus loin dans la mer, en Alaska aussi, mais pas encore dans le Refuge arctique. La proportion d'éthanol (tiré du maïs et d'autres végétaux) dans l'essence sera doublée, malgré les doutes des chercheurs qui s'inquiètent du rendement énergétique quasi nul de cet additif. La porte est aussi grande ouverte au gaz naturel liquéfié (GNL), qui ne va pas diminuer la dépendance du pays. L'administration pourra lever les oppositions à la construction de nouvelles installations de réception du GNL.

Le nucléaire fait comme prévu son retour en force, grâce à l'alliance des républicains et d'écologistes séduits par une production d'électricité sans émissions à effet de serre. La question non résolue des déchets retardera cependant la construction de nouvelles centrales.

Les moteurs hybrides, le charbon «propre», le solaire, les éoliennes reçoivent aussi leurs (plus petits) paquets d'incitations financières ou fiscales. L'arrosage des subsides divers s'élève au total à plus de 11 milliards de dollars. Et les Américains vivront plus longtemps, chaque année, au rythme de l'heure d'été.

El meteorito caído en Palencia en enero de 2004 pesaba 750 kilos 

El Pais (Madrid)
por MANUEL ALTOZANO

La bola de fuego que centenares de personas observaron el 4 de enero de 2004 en el noroeste de la Península a plena luz del día, era un meteorito de alrededor de un metro de diámetro y 750 kilos de peso que se desintegró en una gran explosión a unos 28 kilómetros de altura. A esta conclusión han llegado siete científicos españoles de la Red de Investigación de Bólidos y Meteoritos que, junto a otros colegas extranjeros, estudiaron el fenómeno durante un año y medio. Ellos publican sus resultados en la revista Meteorics and Planetary Science.

El bólido era una condrita ordinaria, un tipo de meteorito muy común compuesto de silicatos oxidados y pequeñas vetas de hierro y níquel. Salió despedido del cinturón de asteroides (entre Marte y Júpiter) tras un choque que se produjo hace 48 millones de años, según los investigadores.

El meteorito entró en la atmósfera terrestre con una velocidad de 61.000 kilómetros por hora y se rompió en pedazos debido a la fricción, en una explosión de una centésima parte de la potencia de la bomba de Hiroshima. Su recorrido se pudo ver a las 14.46 horas desde el norte de Portugal hasta la provincia de Palencia, donde cayó. Sus fragmentos se esparcieron en una elipse de unos 12 kilómetros junto a Villalbeto de la Peña, el municipio que le ha dado nombre.

Portugal acepta recibir menos agua del Duero por la sequía en España 

El Pais (Madrid)
por MARGARIDA PINTO

Portugal aceptó el régimen de excepción invocado por España para el río Duero debido a la sequía y recibirá hasta finales de septiembre menos agua que el mínimo pactado por ambos países en la Convención de Albufeira de 1998, explicaron ayer en Lisboa Luís Nunes Correia y Cristina Narbona, ministros de Ambiente de Portugal y España, respectivamente. El acuerdo firmado hace siete años establece reglas para la gestión de los ríos compartidos (Miño, Duero, Tajo y Guadiana), definiendo una cantidad mínima anual de agua que debe pasar desde España hacia el lado portugués. La falta de lluvia de este año hidrológico (del 1 de octubre al 30 de septiembre) llevará al incumplimiento del pacto, pero, en el marco de la convención, España puede pedir renegociar los caudales mínimos en años de escasez excepcional de precipitación, como el actual.

Las dos partes establecieron ayer que hasta finales de septiembre deben entrar al menos 607 millones de metros cúbicos de agua en el tramo portugués del Duero, "sólo un 15% menos" que el mínimo fijado para años normales, "pese a que la reducción de la precipitación fue de un 40%" en la cuenca del Duero en territorio español, destacó Narbona. La ministra explicó que España "hace este esfuerzo" para no afectar de forma significativa la producción hidroeléctrica en el Duero portugués, que es de "enorme importancia" para la economía lusa.

Portugal, que también vive una situación de falta de lluvia sin precedentes (la sequía grave afecta al cien por cien del territorio), "comprende la situación gravísima" española y acepta esta disminución en el caudal del Duero, explicó el ministro Nunes Correia. Lisboa espera ahora que los caudales en el Guadiana y en el Tajo sean "escrupulosamente respectados". Madrid no invocó ningún régimen excepcional para estos dos ríos y debe, por eso, cumplir los pactos entre ambos países.

Portugal se quejó, sin embargo, de que el caudal del Tajo es "excesivamente irregular", provocando daños ecológicos en la cuenca del río. La convención sólo establece una cantidad de agua mínima anual, pero no obliga a mantener un nivel de caudal constante.

Varias asociaciones han denunciado en las últimas semanas que España puede, por eso, pasar días y semanas consecutivas sin dejar pasar agua para Portugal. Narbona reconoció las dificultades en la gestión del Tajo y dijo que se hará un esfuerzo para mantener una "cierta regularidad" en el caudal del Tajo.

Narbona reiteró también la petición del presidente de la Junta de Extremadura, Juan Carlos Rodríguez Ibarra, al Gobierno portugués para que agricultores de algunas zonas de Extremadura (como Cheles y Villanueva del Fresno) puedan utilizar agua de la represa de Alqueva para sus culturas de regadío, cosa que Portugal deberá permitir, según el ministro luso.

Ésta fue la primera vez que los dos Ejecutivos se reunieron en el marco de la Convención de Albufeira, pese a los siete años de vigencia del acuerdo. "La sequía que afecta a los dos países no es una oportunidad para olvidar la convención, sino una oportunidad para llevarla a la práctica y ponerla a prueba", dijo Nunes Correia. Ambos ministros reconocieron que el tema del agua es "delicado" en el marco de las relaciones entre Portugal y España, pero consideraron muy positivo el texto del acuerdo.

quarta-feira, julho 27, 2005

Índice de hoje 

- Le cortex, un supercalculateur qui gère nos informations sensorielles (Le Monde, Paris)
- El agua será el carbón del futuro", profetizó Julio Verne (El Pais, Madrid)
- La UE prepara la puesta a punto de las pilas de combustible (El Pais, Madrid)
- El manejo de robots a través de señales cerebrales deja de ser ficción y se convierte en realidad (ABC, Madrid)
- Prison à vie pour Bouyeri (Le Soir, Bruxelas)

Le cortex, un supercalculateur qui gère nos informations sensorielles 

Le Monde (Paris)
por Christiane Galus

Les neurones corticaux sont capables d'incroyables performances. Des chercheurs de l'Institut des sciences cognitives de Lyon (CNRS-université Claude-Bernard), en collaboration avec des équipes de l'Université catholique de Louvain et de l'université de Rochester, viennent d'en administrer la preuve dans la revue Nature Neuroscience du mois de juillet.

Ils montrent comment certains neurones du cortex pariétal parviennent à intégrer différentes informations spatiales provenant de signaux visuels ou sonores et de stimulations mécaniques à la surface du corps, pour procéder ensuite à une pondération entre ces différentes informations.

"Tout se passe comme si le cerveau humain fonctionnait à l'image d'un ordinateur qui combine de multiples données pour trouver l'information optimale", explique Jean-René Duhamel, neurophysiologiste à l'Institut des sciences cognitives. C'est ce que fait notre cerveau lorsque nous nous trouvons dans un environnement bruyant et que nous réussissons néanmoins à comprendre ce que nous dit notre interlocuteur. C'est aussi de cette façon qu'un boxeur anticipe l'impact sur son corps d'un coup porté par son adversaire.

Dans le cerveau, le cortex comporte des aires qui répondent de manière spécifique à différentes composantes élémentaires des stimuli visuels (couleur, direction du mouvement, reconnaissance des formes). D'autres aires corticales participent aussi à l'élaboration de la perception visuelle, comme le cortex temporal ou le cortex pariétal. Ce dernier évalue certaines données, telles la position du corps et celle d'un objet dans l'espace, grâce aux informations sensorielles qu'il reçoit.

ÉTUDIER LA RÉACTION DES SINGES

Comment toutes ces données se combinent-elles ? Pour le savoir, les chercheurs ont étudié les réactions de singes macaques soumis à des stimulations sollicitant plusieurs sens. Parallèlement, ils ont fait appel à des simulations fournies par des réseaux de neurones artificiels.

Cela leur a permis de vérifier deux hypothèses. D'une part, avant d'être combinées, les informations sensorielles et posturales convergent vers des ensembles de cellules situées dans des aires intermédiaires. Ces cellules servent à nouer un "dialogue" entre les cartes visuelles et les cartes somatosensorielles du cortex. D'autre part, les chercheurs ont constaté que les voies de communication nerveuses sont à double sens, permettant ainsi à l'information de circuler de manière itérative d'une région à l'autre.

Les scientifiques estiment qu'ils peuvent extrapoler à l'homme les données obtenues sur le petit macaque, car "leur système visuel et la structure interne de leur cerveau sont très semblables", précise Jean-René Duhamel.

Ces travaux concernent une région du cortex impliquée dans "des fonctions cognitives de très haut niveau, comprenant notamment la capacité à manipuler les nombres", ajoute le scientifique. Une aptitude qui a été mise en évidence par les techniques d'imagerie fonctionnelle.

Ainsi les travaux menés récemment par Stanislas Dehaene, spécialiste des neurosciences à l'Inserm, ont montré une très forte relation entre nos capacités mathématiques et notre faculté à manipuler les informations spatiales.

"El agua será el carbón del futuro", profetizó Julio Verne 

El Pais (Madrid)
por A. R.

"El mundo no se está quedando sin energía, lo que se está quedando es sin fuentes de energía baratas -en especial petróleo-, sin posibilidades de adaptación medioambiental y sin tiempo para hacer una transición no traumática y las inversiones necesarias para poner en marcha otras opciones tecnológicas nuevas", explico Marc Steen, del Instituto de Energía de Patten. Hay que tener en cuenta, destacó, que la puesta en operación de un sistema energético lleva mucho tiempo desde que está disponible tecnológicamente.

Las pilas de combustible, aunque funcionan prototipos, deben mejorar aún para ser atractivas en el mercado. Su eficiencia de conversión energética es alta, la contaminación que generan es prácticamente nula, su consumo es bajo comparativamente, su modularidad es atractiva para muchas aplicaciones, destacó Steen entre las ventajas. Pero no ocultó las barreras pendientes: el alto coste, las prestaciones y la duración, la producción de hidrógeno con fuentes no renovables de energía y las infraestructuras de suministro de combustible.

Para producir el hidrógeno de las pilas hay que usar energía generada por alternativas renovables, en centrales eléctricas de combustibles fósiles o en plantas nucleares. Una vez producido el hidrógeno, este se convierte en un combustible transportable y disponible al margen de la red eléctrica. Según los expertos, los primeros equipos con esta nueva fuente de alimentación que estarán en el mercado serán los electrónicos. Los vehículos llegarán más tarde, cuando estén listas todas las tecnologías implicadas y se generalicen las redes de distribución de combustible.

Steen recordó la profética visión de Julio Verne en La isla misteriosa: "Creo que un día el agua será un carburante, que el hidrógeno y el oxígeno que la constituyen, utilizados solos o conjuntamente, proporcionarán una fuente inagotable de energía y de luz, con una intensidad que el carbón no puede; que dado que las reservas de carbón se agotarán, nos calentaremos gracias al agua. El agua será el carbón del futuro".

La UE prepara la puesta a punto de las pilas de combustible 

El Pais (Madrid)
por ALICIA RIVERA

Pese a que las pilas de combustible, una tecnología energética basada en el hidrógeno, no han llegado al punto de madurez para entrar ya en el mercado, la Unión Europea considera que es necesario ya fijar estándares de rendimiento, seguridad, comportamiento, duración, etcétera y facilitar así su puesta a punto industrial. Para ello, el Laboratorio Común de Investigación, dependiente de la Comisión Europea, ha creado unas nuevas instalaciones de ensayos de pilas de combustible y los dispositivos asociados a ellas. Las instalaciones, ubicadas en el Instituto de la Energía de Petten (Holanda) han sido inauguradas recientemente.

"Las expectativas acerca de las pilas de combustible son enormes, pero también lo son los retos pendientes", dijo Kari Törronen, director del Instituto, en la inauguración. Por ejemplo, añadió, hace falta mucha energía para separar el hidrógeno de los compuestos que lo contienen, hay que buscar soluciones más eficientes respecto al coste; además hay que solucionar los problemas de almacenamiento y transporte del hidrógeno.

Las pilas de combustible generan electricidad al combinar, en reacciones electroquímicas, hidrógeno y un oxidante (oxígeno o aire). El residuo generado es agua. No son una alternativa a generadores de energía como tales, puesto que el hidrógeno hay que producirlo y el proceso no es barato en términos energéticos, pero se espera que las pilas resulten muy útiles como alternativa de almacenamiento energéticos para cualquier dispositivo no enchufado a la red. Los vehículos son, indudablemente, el gran objetivo de los expertos, ya que la sustitución de los combustibles fósiles por el hidrógeno conllevaría importantes ventajas tanto en el ámbito medioambiental como en los parámetros económicos y geopolíticos.

"La mitad de la energía de la UE actualmente se importa, y se calcula que el porcentaje aumentará hasta un 70% en 2030", recordó Janez Potocnik, comisario de Investigación de la UE, en el laboratorio de Patten. Destacó también el problema del calentamiento global del planeta y las emisiones de gases de efecto invernadero que lo provocan. "No creo que haya una única solución a la que podamos asociar todas nuestras esperanzas [de afrontar nuestras necesidades energéticas en el futuro]. Tenemos que mantener abiertas diferentes opciones", dijo.

Una de las nuevas instalaciones inauguradas en Petten es el búnquer de ensayos de depósitos de hidrógeno a alta presión. Allí se prueba el comportamiento de depósitos en sucesivos ciclos de llenado y vaciado y condiciones de presión muy alta, muy superior a la que llevarían los vehículos comerciales. Hugh Crutzen mostró un depósito cilíndrico de varias capas de fibras, metal y plásticos con capacidad para 126 litros de hidrógeno comprimido. "Sería el típico depósito de un autobús, para los coches se utilizarán otros más pequeños colocados estratégicamente aprovechando huecos", explicó.

Las pilas de combustible funcionan, sin duda, aunque sus prestaciones deban mejorar considerablemente antes de alimentar coches, barcos, ordenadores o teléfonos móviles. Pero ahora ya no basta con saber que van bien en condiciones de laboratorio.

Por ello, unas salas del instituto de Petten alojan simuladores donde se mide el comportamiento de las pilas sometidas a fuertes vibraciones, a condiciones de humedad muy alta, a temperaturas extremas -entre 40 grados centígrados bajo cero y 60 sobre cero-. Los ingenieros saben que estos aparatos tendrán que funcionar sin fallos en vehículos que recorran caminos accidentados, en medio de fuertes lluvias, en el frío invernal del norte de Europa y en el calor tórrido del sur. "Una pila dura unas 5.000 o 6.000 horas en medios de transporte y hasta 30.000 o 40.000 horas en aplicaciones estáticas", explicó Tomas Malkow.

La estandarización de parámetros tanto de las pilas como de los depósitos de combustible o de los futuros centros de suministro de hidrógeno, debe facilitar y orientar, según los responsables de la UE, tanto las estrategias industriales y tecnológicas del sector como la investigación.

Un futuro vehículo propulsado por una pila de combustible en lugar de un motor convencional, como los prototipos de autobuses urbanos que están ensayándose en varias ciudades europeas, incluida Madrid, lleva depósitos con hidrógeno comprimido. Pero esta opción no es la única posible tecnológicamente.

Los científicos e ingenieros están avanzando en el desarrollo de sistemas de almacenamiento basados en alternativas de estado sólido. Esta tecnología parte de materiales capaces de absorber grandes cantidades de hidrógeno y emitirlo luego, cuando hace falta para alimentar la pila. Es una opción aún en fase muy experimental, donde los expertos esperan dar respuesta a parámetros como la eficiencia del material, el peso o los márgenes de temperatura admisibles. A ello se dedica un equipo de expertos en Petten, más directamente implicado en la investigación que en los ensayos y técnicas de estandarización.

El manejo de robots a través de señales cerebrales deja de ser ficción y se convierte en realidad 

ABC (Madrid)
por LUZ DERQUI

VALENCIA. Ha borrado una de las líneas que separan la ciencia-ficción de la realidad, aunque todavía habrá que esperar unos años para que sus «experimentos» puedan ser aplicados. De momento ayer, Kevin Warwick, catedrático de Cibernética de la Universidad de Reading en Inglaterra, asistió a la primera jornada de la Campus Party que se celebra en Valencia para demostrar cómo se pueden manejar robots a distancia mandando señales desde el cerebro.

En 2002, el llamado «cyborg humano» se implantó en los nervios del brazo un chip con cien sensores -en 1998 ya lo había hecho de forma experimental- para, a través del pensamiento, mandar impulsos nerviosos que son capaces de articular un brazo robótico. Para implantar los sensores, que apenas ocupan la mitad de una moneda de diez céntimos, a los nervios del antebrazo basta una sencilla intervención, que únicamente necesita anestesia local.

En la demostración-show que ayer realizó en Valencia, Warwick no sólo manipuló el brazo robótico, sino también una silla de ruedas, lo que en el futuro puede ser un gran avance para personas tetrapléjicas o con cualquier tipo de lesión medular, así como aquellas a las que les hayan amputado un miembro. En una segunda parte de su intervención el catedrático de cibernética, demostró a los asistentes cómo el sistema puede mandar señales «desde dentro» y también recibir señales «desde fuera». Para la demostración de sus investigaciones se colocó un «gorro» en el que están colocados los sensores y que, a través de ultrasonidos, se pueden detectar y recibir señales con las que «avisa» de la situacón de los objetos sin necesidad de verlos. El sistema es similar al que utilizan los murciélagos para moverse en la oscuridad y podría ser de gran utilidad cuando esté completamente desarrollado para personas invidentes.

Chips de silicio

Entre genio y excéntrico, el profesor británico que ayer asombró a los participantes de la Campus Party, ha abierto una puerta a la esperanza a miles de discapacitados. Su nombre saltó a la fama en 1998, cuando comenzó sus experimentos conectando los chips de silicio implantados en su antebrazo a una computadora. La señal emitida por este dispositivo era recogido por una red de antenas conectadas al ordenador y procesada de forma que era capaz de responder a determinadas órdenes. Cuando el implante recibía una señal de radio, a través de la bobina, generaba una corriente eléctrica y emitía una señal única de 64 bits, cuyo código identificado y discriminado por el ordenador, lanzaba el programa correspondiente y era capaz de manejar electrodomésticos a distancia, encender o apagar las luces o abrir una puerta. El científico dio incluso un paso más allá y llegó a implantar otro chip a su esposa para poder «comunicarse» con ella.

De momento, el catedrático está presentando sus investigaciones a través de conferencias y demostraciones por todo el mundo, mientras prepara una nueva fase en sus investigaciones que es la implantación del chip no ya en los nervios, sino en el propio cerebro. En este sentido, anunció que en 6 o 7 años sus investigaciones estarán ya lo suficientemente avanzadas para ponerlas en práctica y adelantó que, al igual que hizo con los chips del brazo, él mismo se implantará en el cerebro el nuevo mecanismo.

La exhibición de Warwick ha sido coordinada por el área de robótica de Campus Party, una de las que despierta mayor interés de todo el evento y que está dirigida por Alejandro Alonso Puig, quien destaca que «mucho antes de lo que esperamos habrá un robot en cada hogar». Para este experto, cuyo robot Melanie obtuvo el primer premio en la prueba libre del Concurso Nacional de Robótica Hispabot 2004, «el interés creciente por la robótica es un hecho y las naciones más avanzadas tecnológicamente del mundo compiten por ser líderes en este campo». Las áreas de la robótica en las que se espera un mayor crecimiento comercial son las de robótica personal y de servicios, con un crecimiento exponencial, llegando en 2010 a generar el doble de beneficios que la robótica industrial; una diferencia que será del cuádruple en el 2025, según el especialista. En este sentido, resaltó que la robótica generará unas ventas de más de 60.000 millones de euros anuales a nivel mundial en 2025. Las empresas y naciones que se den cuenta de esta situación e inviertan adecuadamente, se favorecerán de una explosión del mercado similar a la que tuvieron los ordenadores personales, los teléfonos móviles o internet.

Aunque Warwick y Armstrong fueron ayer las dos grandes estrellas que eclipsaron el resto de actividades de la Campus Party, la primera jornada del certamen contó con importantes citas. Así, en la Ciudad de las Artes y las Ciencias se inauguró la Campus Experience, una muestra abierta a todos los ciudadanos cuyo objetivo es extender el conocimiento de las nuevas tecnologías a la población y a la que se estima una asistencia superior a las 45.000 personas durante los siete días que dura la Campus Party.

Más rápido que nunca

Mientras, en las instalaciones de Feria Valencia que este año acoge por primera vez a los casi 6.000 «campuseros», se vivía un ambiente frenético. En el recinto ferial se han tendido nada menos que 250 kilómetros de cable de red y otros 30 de cable de fibra para conectar los ordenadores. Todo para hacer realidad el sueño de cualquier aficionado o adicto a la informática, navegar a la velocidad más alta jamás soñada, ya que la capacidad total que Telefónica pone a disposición de los «campuseros» es superior a 1 Giga por segundo.

Para esta edición se supera el ancho de banda de cualquier acontecimiento jamás desarrollado en nuestro país, ya que se alcanzarán los 1,8 Gb. Además para asegurar la máxima calidad en la conexión a internet se han desarrollado varias líneas de 622 Mb, que garantizan el mantenimiento de las redes durante toda la semana.

De los 5.500 participantes, el más joven tiene diez años y el más «veterano» casi noventa. Todos convivirán durante siete días bajo el lema «Unimos talento. Creamos futuro», conectados día y noche a internet, y participando en las diferentes áreas incluidas en el que está ya considerado como el mayor evento de ocio y entretenimiento electrónico en red de todo el mundo.

La cultura electrónica de club y los más modernos modos de creación musical y audiovisual con el soporte de las nuevas tecnologías son los ejes sobre los que gira un programa formativo auspiciado por la Sociedad General de Autores y Editores (SGAE) y del que podrán disfrutar los asistentes a la Campus Party de Valencia.

En la jornada de ayer, el periodista Joan Oleaque ofreció una charla sobre la historia de la música electrónica y, a continuación, el colectivo ERRORvideo y el músico y DJ Nacho Marco realizaron sendas sesiones prácticas en las que mostraron su relación con los medios digitales como herramientas de creación audiovisual y musical.

La colaboración de la SGAE con la última edición de la Campus Party incluye también una sesión en torno a la propiedad intelectual que se celebrará mañana. Y a través de Portal Latino -plataforma digital creada por la Sociedad Digital de Autores y Editores (sDae)- se impartirá el viernes un taller práctico sobre Visual Jammer, un software especialmente útil para pinchadiscos y «videojockeys» que permite la creación y utilización de contenidos en tiempo real.

Prison à vie pour Bouyeri 

Le Soir (Bruxelas)

Mohammed Bouyeri, l'assassin du cinéaste néerlandais Theo Van Gogh qui avait reconnu sa culpabilité en affirmant avoir agi au nom de l'Islam, a été condamné ce mardi à Amsterdam à la réclusion à perpétuité.
Le meurtre en novembre dernier de Theo Van Gogh, descendant éloigné du peintre Vincent Van Gogh, a suscité une immense émotion aux Pays-Bas, provoquant un regain de tensions entre la communauté musulmane et le reste de la population néerlandaise, qui s'inquiète de la montée de l'intégrisme islamiste.

Mohammed Bouyeri, Néerlandais d'origine marocaine de 27 ans, n'a pas manifesté d'émotion à la lecture du verdict, intervenu à l'issue de deux semaines de procès. L'accusé, qui a déclaré avoir voulu mourir en martyr, a été reconnu coupable d'avoir tué le cinéaste en pleine rue le 2 novembre 2004.

Muni d'une arme de poing et de deux couteaux, il avait d'abord ouvert le feu sur lui à plusieurs reprises, avant de l'égorger et de planter sur le corps, avec un autre couteau, une lettre de menaces promettant d'autres assassinats au nom de l'Islam. Il avait été arrêté au terme d'une fusillade avec la police, quelques minutes plus tard.

Le président du tribunal, Udo Willem Bentick, a souligné que la réclusion perpétuité était la seule sanction possible pour ce crime considéré comme un attentat terroriste, qui cherchait à déstabiliser la démocratie néerlandaise et son système politique. Mohammed Bouyeri voulait installer la peur au sein de la population néerlandaise. La cour en conclut dès lors que l'élément terroriste a été prouvé.

Le tribunal a en outre considéré qu'il n'y avait aucune possibilité de réintégration de Bouyeri dans la société, citant son absence totale de remords ou de volonté de revenir sur ses opinions extrémistes. Mohammed Bouyeri, ont souligné les magistrats, a manifesté un mépris complet pour la vie humaine. Theo Van Gogh a été massacré sans pitié et c'est un miracle que deux passants seulement aient été touchés par des balles perdues.

Mohammed Bouyeri, lors d'une précédente audience, avait affirmé avoir agi au nom de l'Islam, sans ressentir de compassion pour la famille du cinéaste. Ce qui m'a incité à faire ce que j'ai fait, c'est purement ma foi. J'ai été mû par la loi qui me commande de trancher la tête de quiconque insulte Allah et son prophète. Il avait également répondu à un juge qui lui demandait pourquoi il haïssait la société occidentale, où ses parents, immigrés marocains, ont trouvé un refuge et du travail.

Je prie Dieu pour qu'Il m'épargne de penser un jour différemment d'aujourd'hui, avait-il dit en arabe. Theo Van Gogh avait reçu des menaces après la diffusion du téléfilm "Soumission", réalisé avec la collaboration d'une députée néerlandaise d'origine somalienne. Cette dernière, Ayaan Hirsi Ali, a passé des mois dans la clandestinité après l'assassinat du cinéaste.

Dans ce court-métrage, une narratrice voilée racontait l'histoire fictive de quatre femmes musulmanes ayant été victimes d'agressions sexuelles dans leurs foyers. La protection policière entourant le domicile de Theo Van Gogh avait été levée faute de preuve concrète de la menace, selon le procureur Leo de Wit. Le cinéaste était critiqué pour des films controversés. Plusieurs plaintes avaient également été déposées contre lui, l'accusant d'avoir tenu des propos antisémites, anti-chrétiens et anti-musulmans lors d'interviews ou dans les éditoriaux qu'il écrivait sur son site Internet ainsi que dans un journal néerlandais.

Son assassinat a entraîné un regain de tensions, et de nombreux incendies criminels ont visé dans les jours suivants mosquées et écoles islamiques à travers le pays, où vivent un million de Musulmans.
(D'après AP)

terça-feira, julho 26, 2005

Índice de hoje 

- O pântano português, por Vasco Pulido Valente (Público, Lisboa, 24 Jul 2005)
- A ditadura do primeiro-ministro, por Vasco Pulido Valente (Público, Lisboa, 23 Jul 2005)
- O melodrama voltou, por Vasco Pulido Valente (Público, Lisboa, 22 Jul 2005)
- Desgraciadamente, hay que tirar (ABC, Madrid)
- No se debe divagar en las conversaciones de seis partes (Diário do Povo, Pequim)

O pântano português 

Pùblico (Lisboa), 24 Jul 2005
por Vasco Pulido Valente

Parece que há hoje, pelo mcnos segundo João Cravinho, novas teorias do desenvolvimento económico que atrihuem uma importância decisiva à história e à cultura. Mais vale tarde do que munca. Finalmente, alguém percebeu que Portugal ou o
sul de Itália não são uma cópia com mais sol da Inglaterra ou da Alemanha. Claro que, no fundo, isto não traz nada de novo. A teoria sociológica de Montesquieu a Weber, e até o nosso caseiro Antero já tinham dito o mesmo. Mas que a ideia penetre por acaso na cabeça de um economista não deixa de ser uma alegria. Cravinho, por exemplo, jura, com uma extraordinária fantasia, que se fossemos mais parecidos com a Inglaterra estávamos cum certeza num "patamar" 30 ou 40 por cento "superior", Infelizmente, não estamos. E porquê?

Em primeiro lugar, como viu Antero, por causa da religião (de que João Cravinho não fala). O catolicismo prescindia da leitura da Bíblia (e, portanto, da alfabetização), estabelecia a autoridade absoluta do padre e pedia em matéria de pensamento uma incondicional obediência. O iluminismo português, como verdadeiro movimento filosófico e cientifico, não chegou a existir e Coimhra nunca seriamente saiu da sua escuridão. Em segundo lugar, e depois da Igreja, o Estado abafou a sociedade e o indivíduo. O Estado fazia e desfazia as classes dirigentes, que, dos pares do Reino ao último escrivão, dependiam dele. O Estado distribuía a sua justiça e os seus favores com um lendário arbítrio. E, pior que tudo, o Estado exercia um poder de facto, ilegítimo pelo exercício ou pela origem, universalmente ressentido e cobiçado. O liberalismo, a República e a Ditadura nào mudaram, neste capitulo, nada de essencial.

A geografia, ainda por cima, não ajudou. Depois da perda do Brasil e do barco a vapor, Portugal ficou fora das grandes rotas comerciais do Atlântico e cada vez mais longe da Europa. Pouco a pouco acabou por se tornar numa pais sem destino, a que nem as colónias de África, por falta de dinheiro, ofereciam um papel. A pobreza e a velha consciência do atraso nacional acabaram por criar uma cultura de passividade e conformismo, subserviente e velhaca e, como seris de esperar, hostil ao individuo e ao risco. A democracia e a "Europa" cairam neste venerável pântano português. Ninguêm que saiba um bocadinho de história se deve surpreender.

A ditadura do primeiro-ministro 

Público (Lisboa), 23 Jul 2005
por Vasco Pulido Valente

A coisa começou com a Europália, uma exibição inútil, para "afirmar Portugal na Europa". Veio a seguir o Centro Cultural de Belém, para o dr. Cavaco receber os colegas com a devida pompa, e que hoje vegeta tristemente, abandonado e meio falido. Veio também a Lisboa, Capital da Cultura, uma salada sobre o mediocre, que não deixou vestígio. Veio a Expo-98, que não "salvou" a Lisboa oriental e nos deu um monte de arquitectura extravagante, sem uso concebivel. Veio o Porto, Capital da Cultura, com uma Casa da Música duvidosa e carissima. E veio o Euro 2004, com a
sua dezena de estádios, que estão ainda hoje por pagar e quase todos sem gente. O regime do "25 de Abril" tem um gosto provinciano e crasso por "eventos de prestigio" (desculpem a expressão) e por uma monumentalidade, estilo Estado Novo, que ficou nos costumes.

No fim da ditadura, a megalomania já era económica. a "complexo de Sines", que arruinou o Estado, e o Alqueva, que não foi melhor, iam mudar para sempre o Alentejo. Não mudaram nada ou mudaram muito pouco, e muitas vezes para pior. Agora voltou a deméncia com o TGV e a Ota. Desta vez dizem que é para tornar Lisboa e o Porto em grandes "centros" da Peninsula Ibérica. Nenhuma evidência empirica sustenta esta ideia estrambólica. Pelo contrário, a que existe indica um desastre certo. Mas, num ministério qualquer, meia dúzia de senhores resolveram um belo dia que Portugal precisava de um novo aeroporto e de comboios "como lá fora" e conseguiram vender essa fantasia a um ministro. Na administração indigena a grandeza do disparate ajuda. Que técnico ou que burocrata não se imagina a mandar nos trabalhos? Que ministro ou primeiro-ministro nào que ser "pai" da Ota e do TGV?

Depois, não há travões. Ninguém nunca pedirá aos responsáveis contas do dinheiro que se gastar. No Governo, quem discorda sai. Na Assembleia da República, a maioria vota como lhe compete. As criticas sào tomadas por pessimismo, malevolência ou inveja. E, cá fora, a própria enormidade do "projecto" convence os patetas. No fundo, basta um homem como Sócrates, suficientemente autoritário e presunçoso, para meter sozinho o pais num sarilho sem fim. Os milhões que se espatifaram da Europália ao Euro e os que planeiam espatifar na Ota e no TGV não ajudaram e não ajudarão em nada Portugal e a vida dos portugueses. Infelizmente, esta "democracia" é a ditadura do primeiro-ministro.

O melodrama voltou 

Público (Lisboa), 22 Jul 2005
por Vasco Pulido Valente

Não há dúvida , que o ministro das Finanças saiu, ou foi forçado a sair, por causa da sua oposição ao plano de investimentos de Sócrates, Manuel Pinho e Mário Lino.
Não seria portanto mau começar por perceber esse plano. A justificação mais sofisticada vem curiosamente do pior nacionalismo reaccionário. retórica e antiespanhol: a Ota e o TGV impediriam que Madrid se tomasse o úmico "centro" da peninsula. Mesmo levando a sério esta fantasia ideológica, não existe razão para supor que a Ota e o TGV fizessem no caso a menor diferença. Mas. por outro lado, têm a vantagem de encaixar perfeitamente nos vicios portugueses. Primeiro, não obrigam a qualquer reforma, ou qualquer mudança, da sociedade e do Estado. Segundo, ficam pelo terreno de uma tecnologia rasteira que não perturba nenhuma empresa ou funcionário indigena. Terceiro, alegram os lobbies abrem a porta a grandes negócios de terrenos. Sexto. criam emprego, embora não qualificado e precário. Sétimo, descansam o Governo, que, na sua irresponsabilidade, encomehda coisas majestosas, sem risco de falhar. E, oitavo, endividam o Estado. Com tantos defeitos, tão intimamente nossos, era fatal que Sócrates se agarrasse ao TGV e à Ota.

O antigo ministro das Finanças viu o que toda a gente viu: que o TGV e a Ota iam provocar despesas sem limite definido, ou definivel, e que a prazo iam também comprometer drasticamente o equilíbrio financeiro do Estado e o crescimento económico do país. Sócrates não concordou com ele e o prof. Cunha, pensando talvez na sua reputação profissional, escreveu um artigo a explicar as suas dúvidas. Não sei se percebeu que a partir desse momento estava na rua ou se escreveu o artigo para o porem na rua. De qualquer maneira, a sua passagem pelo Governo revelou que ele presumia na política alguma racionalidade, para além do cálculo do interesse imediato e grosso. Erro fatal. Resta que bastaram a Sócrates 130 dias para se desacreditar. A demissão do prof. Cunha retira autoridade ao Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) para Portugal apresentado na Ecofin; e suscita uma suspeita de fundo sobre o Programa de Investimentos em Infra-Estruturas Prioritárias e a necessidade das "medidas" que se anunciaram desavergonhadamente como "reformas" e que, no fundo, nem a remendos chegavam. Sócrates começa a repetir Barroso e até Santana: na desorientação, na vacuidade, na desordem. O melodrama voltou.

Desgraciadamente, hay que tirar 

ABC (Madrid)
por PILAR CERNUDA

ES todo lo políticamente incorrecto que se quiera, va contra quienes estamos contra la pena de muerte, es algo que nos revuelve desagradablemente por dentro, que nos cuesta confesar en voz alta. Es una decisión que no se tiene en pie, que va contra el Estado de Derecho y contra las normas de la democracia. Pero en determinadas ocasiones es la única posibilidad de salvar vidas. Ante un suicida fanatizado es difícil poner a funcionar el sentido común; ante un terrorista dispuesto a morir matando no se puede dudar: hay que abatirlo para que no cometa una salvajada.

Es fácil argumentar que se debe disparar a las piernas, la experiencia -mala- de los últimos años demuestra que en milímetros de segundos el hombre o la mujer terroristas pueden hacer estallar los explosivos incluso cuando se encuentran malheridos en el suelo. Ésa es su fuerza, ésa es su ventaja, saben que la policía democrática, los cuerpos y fuerzas de seguridad de los estados democráticos no matan, y los terroristas islámicos están entrenados precisamente para inmolarse cuando se descargan contra ellos las metralletas, cuando se les da el alto, cuando se les impide correr.

Si se trata de salvar vidas, es evidente que se debe ser implacable contra los terroristas. Aunque nos repugne la contundencia para evitar que maten.

No se debe divagar en las conversaciones de seis partes 

Diário do Povo (Pequim)

La cuarta ronda de conversaciones de seis partes sobre el problema nuclear de Corea del Norte se inició hoy martes. Aunque cada una de las partes puede plantear temas para las conversaciones, es de conocimiento general que éstas deben girar estrechamente en torno al problema fundamental, que es la salvaguardia de la desnuclearización de la península Coreana. Hay que conversar sobre lo que debe ser discutido y no sobre lo que no lo es, centrándose en el tema de solucionar el problema principal, de modo que las conversaciones puedan dar resultado efectivo lo más rápidamente posible en un tiempo limitado.
Sin embargo, el gobierno japonés tiene ideas diferentes de las de las demás partes. Según se ha informado, se obstinará, a pesar de la oposición de otras partes, en presentar en las conversaciones el “problema del secuestro”.
De hecho, ya durante la primera visita del primer ministro japonés Junichiro Koizumi a Corea del Norte en septiembre de 2002 ésta expresó sinceras excusas por el incidente de secuestro de 13 japoneses por los servicios secretos norcoreanos en la década de 1970 y la de 1980. En la declaración norcoreano-japonesa de Pyongyang firmada por las dos partes, Corea del Norte manifestó oficialmente por escrito que confirma que este problema lamentable ocurrió en circunstancias anormales de las relaciones bilaterales y que tomará medidas apropiadas para evitar la repetición de semejante problema.
En los últimos 150 años, Japón desató tantas guerras de agresión, masacró a tantas gentes sencillas de diversos países y secuestró a tantos chinos, norcoreanos, filipinos... para que sirvieran de esclavos en Japón, prostitutas en el ejército japonés o carne de cañón en la guerra, pero el gobierno japonés no ha expresado sincera disculpa ni arrepentimiento. Mantiene callado, sin abrir la boca, respecto a los crímenes cometidos, mientras que plantea el “problema del secuestro” una y otra vez cualquiera que sea el momento, lugar u ocasión. Ahora, al volver a crear complicaciones, ¿qué es lo que intenta?
Basta con reflexionar detenidamente para descubrir que quien gana realmente en la crisis nuclear norcoreana es el ala derecha de Japón.
Después del término de la Segunda Guerra Mundial, el militarismo japonés, bajo las condiciones históricas especiales, no fue liquidado completamente como lo fue el partido nazi alemán. El ala derecha de Japón nunca ha dejado de soñar con resucitar el militarismo, pero no lo ha logrado sólo debido a que las amplias masas populares japonesas, que sufrieron mucho en la guerra, persisten en el pacifismo, defienden la constitución pacifista y se oponen al rearme de Japón. No obstante, a partir del estallido de la crisis nuclear norcoreana, particularmente cuando un proyectil norcoreano sobrevoló Japón en agosto de 1998 y Corea del Norte insinuó o manifestó repetidas veces desde octubre de 2002 que había logrado fabricar armas nucleares, la actitud de las masas populares japonesas cambió bruscamente. Conforme a un sondeo de opinión pública efectuado en Japón en junio de 2003, un 93% de los encuestados contestó que Corea del Norte es un país “peligroso”. El gobierno japonés aprovechó esta oportunidad como pretexto para apretar el paso de rearme. Primero busca la legalización del envío de fuerzas armadas al extranjero para conmover los pilares de la constitución pacífica, y luego, rompiendo las limitaciones de la “defensa exclusiva”, se esfuerza por perpetuar dicho envío. Más tarde, so pretexto de hacer frente a una “nueva amenaza”, trata de expandir la esfera de la defensa y después modificar el programa de defensa. Y el próximo paso que va a dar Japón es reformar totalmente la constitución para realizar su sueño de volver a ser una potencia militar.
Por lo tanto, es sospechosa la intención del gobierno japonés al obstinarse en meter el problema del secuestro en las conversaciones de seis partes que se destinan a solucionar pacíficamente el problema nuclear de Corea del Norte.
El problema nuclear norcoreano es un problema de seguridad colectiva, que debe ser resuelto dentro del marco de la seguridad. Cualquier tentativa de incluir en él toda clase de problemas en busca de una “solución en bloque” sólo conducirá a una mayor complicación de la cuestión en contraposición con lo que desean las partes. (Pueblo en Línea)

segunda-feira, julho 25, 2005

Índice de hoje 

- Des bactéries d'un nouveau genre (Le Figaro, Paris)
- La Policía británica declara que disparará «a matar» siempre que sea necesario (ABC, Madrid)
- De autonomia a confederación (ABC, Madrid)
- Estamos en guerra (ABC, Madrid)

Des bactéries d'un nouveau genre 

Le Figaro (Paris)
por Julien Bourdet

Dans la famille des bactéries, je voudrais celle qui, comme les plantes, réalise la photosynthèse (réaction qui permet de fabriquer des molécules organiques à partir de dioxyde de carbone grâce à la lumière) mais sans soleil, et celle qui fabrique de l'électricité. Aussi farfelus qu'ils paraissent, ces scénarios ne sont pas de la pure fiction. Des biologistes sont parvenus à dénicher récemment ces deux types de micro-organismes.

La première bactérie a été trouvée il y a peu de temps par une équipe dirigée par Thomas Beatty (université de Vancouver) à 2 400 mètres de profondeur sur le plancher océanique de l'océan Indien au niveau de sources hydrothermales, là où s'échappe de l'eau chauffée par les gaz et la lave volcaniques (1). Découverts à la fin des années?70, ces sites foisonnent de vie. Pour les biologistes, ils représentent un grand mystère. Comment un écosystème peut-il se développer à une telle profondeur en l'absence totale de la lumière du soleil? Réponse: les bactéries sont chimiosynthétiques. En d'autres termes, elles puisent leur énergie non pas de la photosynthèse mais grâce à des réactions chimiques faisant intervenir certains éléments (le sulfure d'hydrogène surtout) contenus dans les fluides hydrothermaux.

Et c'est le cas de notre dernière bactérie. Mais, comme le précise Joël Quérellou, de l'Ifremer: «Elle n'utilise pas seulement la photosynthèse comme complément à la chimiosynthèse. Sans photosynthèse, elle meurt.» Dès 2002, des chercheurs avaient remarqué que certaines bactéries abyssales avaient la faculté d'utiliser – toujours par photosynthèse – le faible rayonnement lumineux émis par la chaleur incandescente des fumerolles. Mais c'est ici le premier cas d'organisme pour qui la lumière non solaire est vitale.

Si la découverte reste à confirmer (les chercheurs n'ont en effet pas collecté la bactérie sur la source hydrothermale mais juste au-dessus de cette structure), elle ouvre de nouveaux horizons aux biologistes et aux exobiologistes. La photosynthèse au fond des océans a-t-elle précédé celle sur la Terre? Existe-t-il d'autres formes de vie basées sur le même principe sur d'autres planètes? Personne ne peut encore répondre à ces questions mais en tout cas, «cette découverte va à l'encontre de l'idée communément admise que la vie dépendante de la lumière est forcément limitée à des habitats éclairés par le Soleil», concluent les chercheurs dans l'article.

Autre curiosité de la nature: la bactérie Geobacter sulfurreducens que des biologistes conduits par Gemma Reguera (université du Massachusetts) ont observée sur des dépôts sédimentaires riches en fer (2). Ce spécimen fait partie d'un groupe de bactéries connu depuis la fin des années?80 qui tirent leur énergie de la transformation du fer. «Ils ont besoin de fer comme nous avons besoin d'oxygène pour notre métabolisme», explique Muhamed-Kheir Taha, de l'Institut Pasteur.

Mais Geobacter sulfurreducensest différente: alors que les autres possèdent une membrane à travers laquelle le fer est transformé, cette dernière s'attache littéralement à la couche ferreuse grâce à des filaments microscopiques (appelés pili) qui partent de ses cellules. Et les chercheurs ont réussi à montrer, grâce à un microscope à force atomique, sensible aux variations fines de courant électrique, que ces pili étaient conducteurs d'électricité. Ils servent à transférer des électrons depuis la cellule jusqu'au fer, créant ainsi un courant électrique.

Il n'en fallait pas plus aux chercheurs pour imaginer une application étonnante à partir de cette bactérie: récupérer le courant généré par les bactéries en se servant des pili comme autant de fils électriques nanométriques qu'on pourrait utiliser en électronique. Les microbiologistes, qui ont identifié également la protéine qui permettait le développement des filaments, pensent même modifier génétiquement les bactéries pour multiplier les fonctions de ces nanofils. La perspective paraît très lointaine mais elle est alléchante.

(1) PNAS, 28 juin 2005
(2) Nature, 23 juin 2005
Existe-t-il des formes de vie basées sur ces principes sur d'autres planètes?

La Policía británica declara que disparará «a matar» siempre que sea necesario 

ABC (Madrid)
por EMILI J. BLASCO, CORRESPONSAL

LONDRES. Controversia, pero no tormenta política ni serio cuestionamiento social. Los disparos mortales que por error la Policía descargó el viernes sobre Jean Charles de Menezes, un electricista brasileño de 27 años, fueron nuevamente lamentados ayer por el jefe de Scotland Yard, Ian Blair, pero la comprensión mayoritaria sobre el trabajo extremo al que se enfrentan las fuerzas de seguridad le llevaron a Blair a ratificar que los agentes continuarán disparando «a matar» si resulta necesario.

«No vamos a cambiar de práctica. Alguien más podría recibir disparos», comentó, recordando que la única manera de impedir que alguien del que se sospecha que es un terrorista suicida explote su bomba es disparándole a la cabeza. Dio garantías de que «se hace todo lo posible para actuar de modo correcto».

Brasil ha elevado su protesta. «El Gobierno y la gente de Brasil -indicó en Londres el ministro de Exteriores, Celso Amorim- han quedado perplejos de que se mate a una persona pacífica e inocente. Brasil es totalmente solidario con el Reino Unido en la lucha contra el terrorismo, pero se debería ser cauteloso para evitar la pérdida de vidas inocentes».

«Valientes agentes»

El titular del Foreign Office, Jack Straw, por su parte, pidió comprensión hacia los policías por la «extrema tensión» a la que están sometidos en su trabajo. Esos valientes agentes, en nombre de los ciudadanos de Londres, estaban persiguiendo a alguien del que tenían buenas razones para creer que estaba implicado en este desgraciado acto terrorista».

Jean Charles de Menezes fue perseguido el viernes por la mañana por agentes vestidos de paisano cuando salió de un domicilio que los investigadores consideraban vinculado a los atentados perpetrados el día anterior en tres metros y un autobús de Londres, que no causaron víctimas porque sólo estallaron los detonadores y no la carga explosiva. Por alguna razón difícil de comprender, el joven brasileño no atendió al alto policial, comenzó a correr y fue abatido cuando entraba en un vagón de metro en la estación de Stockwell.

La Policía no ha explicado por qué si temía que el joven era un hombre-bomba le permitió coger previamente un autobús, con la pretensión de seguirle para ver si iba a reunirse con otras personas del comando terrorista dado a la fuga. Más información, una independiente investigación sobre el caso -ya comenzada- y un mayor cuidado en sus acciones fue lo que reclamaron ayer algunos editoriales de Prensa, sin cuestionar que deba abatirse a alguien del que se tengan indicios claros que es un terrorista suicida. También destacaron que esta muerte puede generar una falta de confianza de la comunidad musulmana hacia la Policía, en un momento en que su colaboración es esencial para descubrir las tramas del extremismo islámico.

Sólo ciertas asociaciones musulmanas censuraron agriamente la actuación policial. A ellas se unieron algunas voces como la del ex ministro Robin Cook, que solicitó una revisión de la estrategia de «tirar a matar». Pero Ken Livingstone, alcalde de Londres y también en la izquierda del laborismo, ha defendido a la Policía. Incluso Scotland Yard aseguró haber recibido un ramo de flores de un grupo llamado «Los anarquistas», con el texto: «Bien hecho. El terrorismo no es el camino. Por favor, no esperen este tipo de apoyo cada día».

Por otro lado, la Policía procedió a la detención de una tercera persona relacionada con los atentados del día 21, ninguna de las cuales parece ser alguno de los cuatro terroristas dados a la fuga y que se cree que no han abandonado el país. El diario News of the World ha anunciado una recompensa de 150.000 euros por ellos.

Dos terroristas hacen «rafting»

Scotland Yard considera que las células que cometieron los atentados del día 7 y del día 21 probablemente estaban vinculadas, aunque aún no existen pruebas, más allá de que los explosivos, de similares características, pueden tener la misma procedencia. Una de las pistas que se están investigando es la posibilidad de que también miembros de la segunda célula hubieran acudido a hacer «rafting» a las montañas de Gales, donde estuvieron Mohammed Sidique Khan y Shehzad Tanweer un mes antes de ejecutar los atentados del 7-J.

Informaciones periodísticas indican que dos de los detenidos son un etíope y de un somalí, que podrían tener relación con una organización de Al Qaida que operaría en la capital de Somalia, como aseguraba a comienzos de mes un informe.

De autonomía a confederación 

ABC (Madrid)
editorial

A medida que se acerca la conclusión del debate parlamentario sobre la reforma del Estatuto catalán, se perfilan con mayor nitidez los problemas de carácter constitucional que presenta el texto aprobado por los grupos parlamentarios que integran el gobierno tripartito. Y esos problemas, a su vez, empiezan a dibujar un camino laberíntico para el Ejecutivo de Maragall, pero también para el Gobierno central, pues Rodríguez Zapatero hizo suya desde el primer momento la iniciativa estatutaria del PSC y de ERC. La forma en que esta iniciativa se halla recogida en el texto aprobado por la Ponencia del Parlamento catalán no augura grandes satisfacciones al presidente del Gobierno. Si finalmente no hay nuevo estatuto, habrá fracasado definitivamente la «vía catalana», trasunto autonómico del talante presidencial y espejo en el que el PSOE quería que se miraran los demás procesos de reformas estatutarias. Si se aprueba tal y como está publicado en el Boletín del Parlamento catalán -incluso aunque previamente se introdujeran las enmiendas contenidas en el voto particular del PSC-, Zapatero habrá franqueado el paso a una reforma constitucional encubierta, pero explícita, con una quiebra del modelo de Estado aprobado en 1978 y con una ruptura de los principios de unidad nacional, soberanía, igualdad y solidaridad. La última palabra la tendrá el Tribunal Constitucional.

El texto del tripartito da las pistas necesarias para medir la gravedad de lo que está en juego, pese a que su discusión avanza entre amenazas y órdagos recíprocos de los partidos catalanes, con ERC anunciando que pedirá el derecho de autodeterminación y con una política lingüística que haría moderada a la ahora vigente. No es realmente una reforma del Estatuto, sino uno nuevo, en toda su extensión, que alumbra un sistema político específico -no autonómico- para Cataluña y que se asienta en una relación bilateral entre esta comunidad y el Estado español. La definición de Cataluña como nación no es una licencia literaria, sino el fundamento jurídico de la nueva organización política de esta comunidad, pero también del Estado, porque, desde el momento en que una parte de España se califique estatutariamente como nación, está alterando la configuración general del Estado. A partir de ahí, es lógico -en términos jurídicos y políticos, pero no constitucionales- que el proyecto de Estatuto prevea para Cataluña una arquitectura estatal -nación, territorio, derechos ciudadanos, poder judicial, blindaje de competencias- y una relación confederal con el Estado español.

La inconstitucionalidad de este planteamiento es palmaria y el Gobierno socialista no debe aceptarla. Pero el problema de Zapatero es que ese planteamiento ha tomado mucho cuerpo político y el cheque que extendió a su favor, sólo con la condición de que fuera aprobado por la Cámara catalana, pronto se le pasará al cobro. Las políticas nacionalistas radicales -aunque sean participadas por el socialismo, como es el caso- no son constructivas. Tienden a la discordia, no respetan los pactos constitucionales y buscan la imposición de identidades únicas. El consenso constitucional ha venido funcionando desde 1978 porque esas políticas eran marginadas a la hora de definir las líneas de progreso de España. Pero ahora están siendo alentadas por el Gobierno central y éste es un error de consecuencias previsibles y perjudiciales para la estabilidad institucional y la cohesión nacional.

Ahora, tanto desde Madrid como desde Barcelona, se insiste en que el nuevo Estatuto será constitucional, como si pudiese ser otra cosa distinta. O es constitucional, o no es, y no se trata de una concesión o de un gesto de moderación, sino del deber absoluto de los poderes públicos de acatar la Constitución. Pero las leyes no son constitucionales sólo porque lo digan los legisladores. Tampoco porque vayan recabando más apoyos a medida que avanza el proceso legislativo. En este sentido, resulta hasta gracioso que, durante su último encuentro en La Moncloa, Zapatero y Carod-Rovira coincidieran en pretender el apoyo del PP al proyecto estatutario, después de que el pacto del tripartito prevea la exclusión expresa de todo acuerdo político con los populares. Sea por ánimo de dividir internamente al PP, o por provocar a CiU, ese súbito interés por el apoyo de los populares demuestra también que hay un riesgo cierto de que el proyecto encalle antes (en el Parlamento catalán) o después (en el Congreso de los Diputados).

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